2. You Make Me Love You - Capítulo 9

De mal a pior...

Justin’s POV

   Eu estava jogado no sofá da sala, junto a Ryan e (ARGH!) Lucas, fazia horas. Estávamos “assistindo” a um filme. Na verdade, só Lucas estava vendo, já que Ryan dormia a meu lado, enquanto eu rabiscava algo em uma folha, frustrado, por não poder entender a fala dos personagens.
   
   O espaço em branco na folha já estava acabando. Eu já tinha escrito o nome da (Seu Nome) das mais diferentes formas e letras, mas não adiantava muita coisa. Eu já estava começando a ficar irritado comigo mesmo, quando escutei um barulho vindo do andar de cima. Na verdade, era só uma música, mas se tornara um “barulho estranho” se for pensar no fato que, minutos antes, Manuela descera, fora até a cozinha e voltara lá para cima, no maior clima suspeito.

    - O que é  isso? – perguntei, cutucando Ryan.

    Meu amigo se endireitou no sofá, sem ligar muito para a minha pergunta e pareceu voltar a seu sono. Respirei fundo, antes de olhar sugestivamente para Lucas. Ele revirou os olhos, como se fosse óbvio e eu fosse um grande idiota. Pareceu relutante, como se falar a minha língua fosse um grande sacrifício, mas no fim, soltou:

     - São as garotas fazendo o que elas fazem de melhor... Agir como garotas! – houve uma pausa. – Aliás, por que você não se junta à elas?
    
     Meus punhos se fecharam. Aquele garoto me dava nos nervos, agindo como se fosse o dono do mundo. Toda vez que ele abria a boca e falava alguma besteira, o meu sangue esquentava e eu sentia uma enorme vontade de ir para cima dele e quebrar os dentes daquele permanente sorriso sarcástico.

     Levantei-me do sofá e andei até as escadas. Aquela música ao fundo parecia boa e eu precisava me certificar do que realmente estava acontecendo lá em cima, já que não acredito em nenhuma palavra que saia da boca desse babaca. Já estava no meio das escadas, quando precisei escutar essa:

      - Hum... Vai seguir meu conselho, é?

     Pensei em responder a altura, mas a ideia de começar uma confusão afastou essa possibilidade da minha cabeça. Assim, apenas o ignorei, continuando meu caminho até o segundo andar. A medida que ia subindo os degraus, conseguia ouvir melhor a melodia que tocava. Era a música “Moves Like Jagger” do Maroon 5, mas cantada por uma voz feminina.   
    
    O som vinha do quarto de Manuela, cujo estava com a porta ligeiramente entreaberta, apenas me deixando tentado a espiar. Mas, obviamente, eu não faria isso, já que não é nada legal espiar as pess...
 
    No cômodo, (Seu Nome) estava rindo muito, jogada na cama, enquanto Manuela cantava o refrão da música do Maroon 5. Houve um suspiro rápido, assim que o refrão acabou e, então a voz mudou de tom rapidamente, para algo mais doce e suave. Fiquei perplexo por um segundo, pensando se eu realmente estava ouvindo aquela perfeição ou era apenas invenção da minha cabeça. Apenas para me certificar, peguei meu celular e gravei enquanto (Seu Nome) cantava:

     - (...) You're gonna have to keep it
      Nobody else can see this
      So watch and learn, I won't show you twice
      Head to toe, ooh baby rub me right
      If I share my secret, you're gonna have to keep it
      Nobody else can see this…


    E, então, as duas começaram a cantarolar o refrão, novamente. Parei de gravar logo em seguida, pronto para sair dali. Mas assim que o ia fazer, a música parou de tocar, de repente e a porta foi completamente aberta da forma mais inesperada possível.
 
     - Você não tem mais o que fazer, não? – perguntou (Seu Nome) irritada, encostada na porta do quarto.
     - Eu... – tentei arranjar uma desculpa.
     - (Seu Nome), para com isso! – pediu Manuela. – Deixa o garoto!
     - Eu não estou segurando ninguém, amiga... – falou.
     - Eu estava só passando! – menti, com a maior cara de pau do mundo.
     - Ah, claro! Acredito... – (Seu Nome) estava utilizando seu sarcasmo irritante novamente. – De boa, garoto, não há nada que você não queira estragar, não?

    Ela respirou fundo, antes de me ignorando, sair andando pelo corredor. Suspirei, enquanto observava (Seu Nome) se afastando, ao descer as escadas. Manuela olhou para mim por um minuto, como quem procura se desculpar, mas nós dois saibamos que isso não era culpa dela.

    - As coisas vão melhorar, ok? – falou, antes de perceber que eu realmente não acreditava naquilo. – Vem! Vamos descer, porque está na hora do jantar...

   Manuela pegou minha mão e me puxou até lá embaixo, quase consegui sorrir, devido ao jeito espontâneo e fofo dela, mas o semi sorriso sumiu em segundos, assim que cheguei ao primeiro andar e vi (Seu Nome) sentada na poltrona, no colo do retardado do Lucas. Meus punhos se fecharam, enquanto uma corrente de raiva passou pelo meu corpo. O loiro sorriu para mim, me provocando, quase como se pudesse saber que aquilo me irritava.

   Tentei parecer tranquilo e me acalmar, enquanto Manuela continuava me puxando até o sofá, onde nos sentamos. Ela ainda segurava minha mão e a apertou com força, como quem tenta me obrigar a ser forte, perante aquela situação.

    Suspirei, enquanto percebia Manu pegando o telefone, que estava em cima da pequena mesinha ao lado. Ela discou um número de um cartão e esperou, antes de começar a tagarelar qualquer coisa que eu não entendi. Levou apenas poucos minutos, até que ela terminasse e desligasse o aparelho...

    - Nosso jantar está à caminho! – riu.
       
   Lucas olhou para Manuela, antes de comentar algo (já disse que odeio quando eles falam em português?)e, pareceu deixar a garota um tanto impaciente.

   - Inglês, por favor, Lucas... – pediu Manuela.

   Ele respirou fundo, resmungando, sem parecer disposto a atender ao pedido de Manuela. (Seu Nome) riu das palavras de Lucas, o que me deixou ligeiramente frustrado.

   ARGH! Eu simplesmente me sentia péssimo. Tudo parecia me irritar: O retardado do Lucas se sentindo o dono do mundo, Ryan dormindo sem consciência de nada e a porcaria da televisão soltando o seu português como se fosse a coisa mais fácil do mundo, e isso me dava dor de cabeça.
 
   Graças à Deus a comida chegou logo (o que fez Ryan acordar num pulo!). Comi o mais rápido que consegui, só para poder voltar para o meu quarto e, sei lá, dormir para sempre. E, foi exatamente o que fiz logo depois de ajudar Manuela a arrumar as coisas.

   O quarto de hóspedes era bom, quando um certo moleque não se fazia presente. Assim que entrei no cômodo, me joguei na cama, suspirando. Não estava realmente disposto a dormir, até porque nem conseguiria, mas pensar parecia bom para mim. Embora minha cabeça estivesse tão cheia de confusão que eu nem conseguia decifrar meus pensamentos.

   Feliz ou infelizmente, acabei nem tendo tempo para isso, já que quando menos esperava a porta do quarto se abriu e, quebrando o silêncio do local, Ryan entrou e sentou-se ao meu lado.

    - E então, cara, tudo bem?
    - Bom, estou sentindo uma enorme vontade de voltar para casa, como uma criança de 5 anos de idade! – respondi sem muito entusiasmo. – Isso é bom ou ruim?
    - É... Não parece muito bom...- suspirou.- Mas eu, realmente, não acredito que você veio até aqui para desistir agora. Acorda! Você é Justin Drew Bieber, se lembra? Nunca diga nunca? Mas tudo bem... Se você prefere assim! Bom, eu vou ir lá twittar para as suas beliebers que você é um mentiroso safado e que está ridiculamente desistindo. Nossa! Coitada delas... Imagina só, descobrir que a sua inspiração para acreditar está desistindo...
    - Ok, cara! Já entendi... – falei, esperando que ele calasse a boca. Aquele discurso já estava ficando melancólico. – Eu só disse que estava com vontade de embora e, não, que iria de verdade!
   - Tudo bem. Eu só queria que você parasse de pensar nisso. – pediu.- Porque pelo que eu sei, eu não viajei quilômetros e quilômetros para chegar aqui e te ver desistindo...
   - Claro que não! – respondi, rindo. – Você viajou quilômetro e quilômetros para chegar aqui e ver a Manuela!
   - Isso é muito... Verdade! – ele riu também. – Mas, mesmo assim, você deveria parar de pensar nessas besteiras e, raciocine, você não tem muito tempo! Uma semana e meia para reconquistar a garota que você gosta. E, então, vai tomar uma atitude ou passar esse tempo todo se lamentando?
   - Eu...

   Fui interrompido pelo som da porta do quarto sendo aberta, novamente. Assim, Lucas entrou no cômodo e, logo, dirigiu um olhar estanho para mim e Ryan, quase como se nós estivemos com alguma gosma verde de outro planeta na cara. Como se não bastasse, falou:
 
   - Uh, vocês dois aí sozinhos nesse quarto... Nem vou dizer como isso é estranho!

   Lucas parecia ter uma certa resistência em falar a minha língua, acho que era apenas para bancar o inconveniente mesmo. Mas, quando o objetivo era me irritar, ele aparecia com um inglês semi-perfeito.

   - Você não tem mais o que fazer, não? – perguntei, irritado.
   - Em geral, eu tenho. Mas eu costumo me preocupar quando encontro o garoto, que diz gostar da minha amiga, sozinho em um quarto, junto com uma bichona, feito você! – provocou.
   - Olha aqui, garoto, eu já estou ficando cansado de você, sabia?
  
   Me levantei da cama, irritado, indo na direção dele, mas o loiro não pareceu se intimidar e manteve o sorriso idiota de sempre, me deixando ainda com mais raiva.

   - Ah, é? – começou, sarcástico. – E o que você vai fazer? Me bater com a sua bolsinha?

    Ok, aquilo tinha sido um pouco demais! Eu já estava partindo para cima daquele palhaço, que até parecia estar muito ansioso por uma briga, quando Ryan se pôs no espaço entre nós dois.
    
    - Ei, vocês dois querem parar com isso? – berrou.
    - Esse babaca que começou... – bufei, enquanto meus olhos ainda transmitiam uma raiva iminente.
    - Ah, a mocinha se estressou, foi? – provocou o loiro.
    - LUCAS! – repreendeu Ryan. – Aliás, vocês dois, parem, ok? Já chega! Lucas, vá fazer o que você veio fazer aqui e, Justin, volte para onde você estava!

  Fiz o que Ryan falou, embora me sentisse um pouco contrariado. Queria acabar com aquele ridículo, mas, por hora, não havia nada que eu pudesse fazer. Sentei na minha cama, novamente e, observei enquanto Lucas seguia no caminho até o banheiro do quarto.

  - Ei! – Ryan chamou nossa atenção. – Eu vou sair agora e, se, enquanto isso, vocês TENTAREM se matar, vão ter que me aguentar arruinando a vida de vocês até o fim dos tempos! Recado dado...

  E, então, em seguida Ryan saiu, fechando a porta e me fazendo pensar que ele estava começando a andar muito com a doidinha da Manuela.

   Felizmente, Lucas pareceu ouvir Ryan e assim que saiu do banheiro me ignorou, saindo do quarto. Assim, aproveitei a solidão para tomar banho e ir dormir o mais rápido possível. Pelo menos quando eu dormia, não precisava ter que olhar para a cara daquele palhaço e, ainda tinha o bônus de que, nos meus sonhos, a (Seu Nome) ainda era tão minha, quanto deveria ser.   
 
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Capítulo postado, gatinhas! :)
   Eu espero que vocês tenham gostado e me desculpem pela demora é que... Essa semana foi meio enrolada para mim, mas eu vou aproveitar essa sexta e sábado para tentar recompensar isso, ok? E, adiantar, os capítulos de segunda que provavelmente não será postado, porque... :DD (Não vou dizer porque, mas é algo muito legal! :)... Para mim! hahaha Ou não...)

   E, só queria dizer uma coisa, eu parei de responder os comentários de vocês aqui, mas eu ainda "comento" um pouquinho no twitter (@JuhLiannaC) e leio todos, sempre. Mas, dificelmente consigo responder, por causa da correria para escrever :)

   Por hoje, é só! Espero que gostem! :)

(PS: A imagem do post é da Gabby)