2. You Make Me Love You - Capítulo 7

Sim, eu sou impossível!

Belieber's POV


   Dor de cabeça.
 
   Foi a primeira coisa que senti ao me levantar da cama aquela manhã. Ainda parecia cedo demais, então não me preocupei em seguir a minha rotina matinal, apenas desci até a cozinha para pegar um comprimido e acabar com aquela sensação de que meu crânio poderia explodir a qualquer momento.
  
   A cozinha estava diferente, talvez um pouco iluminada demais. Ou talvez eu só estivesse enlouquecendo por causa da dor de cabeça. Provavelmente, essa melodia estranha que tocava ao fundo também fosse invenção da minha mente. Ou não...
 
   Soava como violão. Como se alguém estivesse apenas deslizando o dedo pelas cordas, relaxado. Começava, parava, voltava de forma mais contínua e depois parava novamente. O som vinha da sala e como eu me recusava a acreditar que estava ficando louca, fui verificar...

   Ok, talvez fosse melhor se eu estivesse mesmo ficando louca.

   Na sala, Justin estava deitado no sofá, com um violão em cima de si. Sua expressão era triste, enquanto seus dedos tocavam as diferentes cordas do instrumento. Ele não pareceu notar minha presença, ainda bem. Assim, tentei voltar para o quarto da mesma maneira que chegara a cozinha: silenciosamente. Porém o desespero me atrapalhou e eu esbarrei em um móvel, provocando mais barulho do que eu gostaria.
  
   - (Seu Nome)? – Justin levantou-se, rapidamente, largando o violão ao lado.
   - Ah, desculpa! – suspirei. – Não queria te atrapalhar...
   - Você não está atrapalhando! – falou, um pouco rápido demais. – Eu queria mesmo falar com você!
   - Ah, seria bom, né? – menti. – Mas eu estou ocupada agora, deixa para depois!
   - Ei, nós PRECISAMOS conversar... – afirmou, bloqueando minha passagem.
   - Tudo bem! Então, vamos conversar. – sorri, sarcástica. – Hã... Você estava compondo uma canção? Que legal, hein? A propósito, onde arranjou esse violão? Pronto, está feliz com nossa conversa?
  
   Justin revirou os olhos, como se aquilo fosse ridículo e, então, respirou fundo, antes de começar a me responder, aparentemente sem paciência.
 
   - Primeiro, não, eu não estava compondo. Segundo, eu nunca viajo sem um violão... E, terceiro, você sabe que não é ESSE tipo de conversa que eu estava falando.
   - Então, me diga que tipo de conversa o senhor gostaria de ter, Justin Bieber? – sim, eu permaneci sarcástica.
   - Não me chame assim! – ele pronunciou as palavras pausadamente, como se estivesse começando a ficar nervoso.
   - Ah, não? Então como você prefere? JB? O magnífico Justin Bieber? O novo rei do pop? O cantor de “Baby”?
   - Quer parar? – sua voz se exaltou. – Você fica sendo irônica, o tempo todo, como se não desse para perceber que você só faz isso para evitar uma conversa séria. Você deveria crescer um pouco...
   - Então, você está dizendo agora que o problema sou eu? – franzi minha testa, enquanto começava a perder a paciência.
   - Não foi isso que eu quis di...
   - É, eu aposto que não mesmo! – interrompi. – Afinal, o problema aqui SEMPRE foi VOCÊ! Você e esse seu jeitinho impulsivo. Eu realmente não sei o que você pensa da vida! Você magoa uma pessoa, faz com que ela se sinta péssima e, aí, seis meses depois, volta, esperando que ela se jogue nos seus braços, em um estralar de dedos, simplesmente porque você é “o” Justin Bieber. Você é... Realmente muito estúpido!
    - Ah, é? – ele respirou fundo, cansado. – Mas até pouco tempo atrás, eu era o estúpido que você gostava!
    - Fico muito feliz por você ter conjugado o verbo “gostar” no tempo correto, no passado. – blefei. – Porque tudo o que eu sentia por você se esvaiu há muitos meses atrás.

   Dei as costas para Justin e já estava me pondo em direção as escadas, quando sua mão tocou meu pulso. Senti uma descarga de adrenalina por todo o meu corpo, mas não demonstrei nada. Apenas tentei fazer com que ele me soltasse, mas não adiantou de qualquer jeito, então, derrotada, me virei em sua direção.

   - Se você está tão certa assim de que tudo isso se esvaiu há meses atrás, porque você não olha meus olhos e fala que não sente mais nada por mim, hein? – desafiou Justin, parecendo bastante seguro de si.
   - Eu não posso dizer isso! – comecei, fingindo-me frágil. – Porque eu ainda sinto por você... Um ódio enorme que quase corrói meu corpo. Está feliz agora?
   - Não, nem um pouco. – é, agora ele não aparentava mais tanta segurança assim. – Você sabe bem o que eu quis dizer. Se você é tão forte, quando finge ser, (Seu Nome), prove que não sente mais nada por mim! Olhe nos meus olhos e diga que não me ama mais... Diga isso e eu te deixarei em paz.

   Parecia uma boa troca para mim, mas não era tão fácil quanto eu pensei. Seus olhos brilhavam para mim, pareciam esconder um medo enorme, que eu tentei ignorar, sem sucesso. Os olhos dele mexiam comigo, pareciam tão profundos, tão intensos. Mas eu TINHA que conseguir fazer isso!

   - Eu... Eu... – suspirei, enquanto bancava a retardada, porque as palavras simplesmente NÃO queriam sair. – Eu... Eu não tenho que provar nada a você, sabia? Você é um idiota e nada do que eu disser vai mudar isso mesmo... Então, como eu já disse, eu tenho muita coisa para fazer. Com licença!

  Puxei fortemente o braço e Justin finalmente o soltou. Irritada, me pus a subir as escadas, batendo o pé a cada degrau, só para demonstrar o meu nível de raiva. Sentia vontade de chorar, mas eu não iria MESMO dar esse gostinho a ele.

  - Você é impossível sabia? – ele berrou, bufando.

  Queria respondê-lo, concordando sarcasticamente, mas sabia que se falasse qualquer coisa, começaria a chorar. Então, apenas dei um tempo, correndo até meu quarto. E lá, sim, finalmente, desabei em lágrimas...

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Ok, capítulo 7, lindas...

    Espero que gostem do capítulo e é só isso mesmo, hoje! Hahahaha

   

   (Ah, uma leitora curiosa me pediu uma foto de um garoto que se parecesse com o Lucas da IB. Eu postei uma lá na página do blog no facebook. Então, se você está curiosa e só ir lá dar uma olhada =D)

PS: A imagem do capítulo é da Julie.