23 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 19

Safe and Sound

Música do capítulo: Hero - Sterling Knight

Justin's POV


   Estava dirigindo de volta para casa. Não podia evitar segurar o volante com uma força exagerada demais. Nunca me sentira tão irritado em toda a minha vida. Até agora não acredito que tinha visto mesmo aquela cena. E pior, tinha visto aquilo e deixado aquele idiota sair vivo.

    Ao meu lado, o silêncio da (Seu Nome) estava me enlouquecendo. Ela olhava através da janela do carro, como se estivesse perdida em pensamentos. Por todo o percurso até a casa de Manuela, fiquei me perguntando no que ela estaria pensando. Essa curiosidade só aumentava quando eu lembrava de sua estúpida mania de se fazer de forte, quando estava desmoronando.

    Aguentei a minha vontade até me aproximar de casa. Mas eu não podia me segurar para sempre, então, mesmo sabendo que provavelmente ela mentiria, perguntei:

    - Você está bem?
    - Já disse que sim, Justin... – sua voz estava meio baixa demais.

    Percebi que ela não queria falar muito, mas simplesmente não conseguia evitar. Ela estava mentindo, eu sabia disso, dava para notar até no modo que ele colocava as palavras. Tentei esperar só um pouquinho mais até entrarmos em casa.

    - Chegamos! – sorri, quando já estávamos em frente à porta da garagem.
   
   (Seu Nome) não disse nada, apenas começou a tirar o cinto de segurança. Assim que o fez, o vestido se endireitou no seu corpo, mostrando uma “fenda” que eu não havia notado antes... Talvez porque anteriormente não estivera ali. O pano nessa região parecia que fora bruscamente cortado e estava com uma estranha mancha vermelha. Só então percebi um corte sangrando em sua coxa.

    - (Seu Nome), o que é isso? – perguntei, temendo a resposta.
    - Nada demais, Justin! Só... Um machucado! – ela pareceu meio nervosa quando perguntei.
    - Foi aquele babaca que fez isso com você? – continuei, ignorando seu estado.
    - Justin, está tudo bem, ok?
    - Foi ou não foi? – pressionei.
    - JUSTIN, EU JÁ DISSE QUE ESTOU BEM! – berrou e, eu fingi não perceber que ela lutava contra uma lágrima.

    (Seu Nome) bufou, parecendo irritada, antes de abrir bruscamente a porta do carro. Ela desceu do veículo e bateu a porta novamente, enquanto eu a observava caminhar até a porta de casa. Ai, por que eu tinha que me apaixonar por uma garota tão... Autossuficiente?

    Tentei não me sentir muito frustrado, enquanto deixava o carro na garagem. Depois, segui para a casa e encontrei (Seu Nome) parada na porta, com os braços cruzados, como se ainda estivesse irritada. Olhei sugestivamente para ela, quando me aproximei.

    - As chaves ficaram com a Manuela... – explicou, parecendo insatisfeita.
    - Ela me emprestou uma cópia, boba! – sorri, chacoalhando o chaveiro em minha mão.

   (Seu Nome) me olhou como se fosse minha obrigação estar com as chaves, o que me irritaria se viesse de qualquer outra pessoa. Logo que eu abri a porta, ela passou rapidamente por mim e entrou. Antes que eu pudesse dizer algo, ela já estava subindo as escadas. Os passos firmes pelo piso demonstravam que ela estava irritada. Eu só... Não sabia o que tinha feito agora.

    Pensei em segui-la, mas logo dispensei a ideia. Costumava ouvir que, certas vezes, as pessoas precisam de espaço. Assim, apenas subi as escadas, indo em direção ao quarto de hóspedes para tomar um banho e me livrar daquela máscara maldita que eu ainda usara. Aquele treco me incomodara a noite inteira...

    Entrei debaixo do chuveiro e deixei com que a água caísse sobre o meu corpo, tentando não pensar, mas era difícil. Cada vez que eu fechava os olhos, aquela cena desprezível enchia meus pensamentos. Como pode existir um ser humano que faz esse tipo de coisa?

   Desliguei o chuveiro, assim que percebi que não conseguiria relaxar.  Vesti uma roupa qualquer para dormir e, em seguida, decidi que esse “espaço” que eu deveria dar a (Seu Nome) já tinha chegado a seu limite. Ok, eu não conseguia mais deixá-la ficar sozinha.

   Assim, caminhei até o quarto onde ela estava e bati na porta. Fiquei sem resposta, então decidi entrar. O cômodo estava vazio, o que me assustou, de inicio. Mas, logo, ouvi um barulho muito baixo, quase como um ruído, que provavelmente só ficou audível, porque a casa toda estava silenciosa.

   O som vinha do banheiro. Assim, não hesitei em encostar o ouvido na porta e escutar, como um bisbilhoteiro. Agora que eu podia ouvir um o pouco mais claramente, consegui identificar o som como um choro desesperado, como o de uma criança que é “esquecida” em casa. Era, sem dúvida, a (Seu Nome).

   E, de repente, as palavras de Lucas ecoaram pela minha cabeça: “só está agindo desse jeito para proteger a si mesma”, fazendo com que eu me sentisse um idiota por não ter notado antes. Ela não estava irritada comigo e, sim, arrasada pela situação. Só estava agindo daquele jeito para que eu não percebesse isso...

    Bati à porta e esperei alguma reação, mas fiquei sem resposta, então, insisti mais uma vez. Nessa tentativa, houve um silêncio lá dentro e depois pude escutá-la:
   
    - Justin?
    - É... – respondi, suspirando. – (Seu Nome), você está bem? Já acabou?
    - Estou! Eu... Estou tentando só... Acertar a temperatura da água.

    Não acredito que ela realmente pensou que eu realmente iria acreditar nisso. Tudo bem que eu sou um pouquinho idiota, mas dizer isso já era me subestimar demais. A voz dela estava sendo completamente entrecortada pelos soluços do choro.

    Bom, deixei minha educação de lado por um momento e, entrei assim mesmo, já que a porta estava apenas fechada e, não, trancada. (Seu Nome) estava sentada no chão, ainda completamente vestida, mexendo nos detalhes da sua pequena coroa, enquanto lágrimas deslizavam por seu rosto. Seus olhos se alarmaram assim que me viu, mas logo ela se levantou e limpou o rosto com as mãos, ainda tentando fingir estar bem.

    - Não é muito educado entrar sem permissão, sabia? – falou, buscando recuperar a agressividade, mas sem sucesso.
    - (Seu Nome)... Para com isso, por favor! – pedi.

    Avancei até ela e lhe abracei, suspirando. (Seu Nome) se encolheu em meus braços e voltou a chorar novamente. Tive a impressão de sentir meu coração se partindo em dois... Nunca a vira assim, tão frágil.

    - Quer que eu fique aqui? – perguntei, inocente.
    - NÃO! – ela falou, como se aquilo fosse um grande absurdo. – Olha, por que você não me espera lá fora? Eu... Estou bem, ok? Toma, leva isso com você!

    Ela pegou a pequena coroa que estava em suas mãos e me deu. (Seu Nome) sorria como se só estivesse me dando aquilo para guardar, mas, no fundo, eu sabia que era bem mais do que isso. Ela estava me entregando aquilo, simplesmente, porque não se sentia especial o bastante para ser uma princesa.

    Quis dizer algo, mas eu só iria piorar as coisas se o fizesse. Assim me dirigi, pensativo, até a saída do banheiro, voltando para o quarto dela. Coloquei o seu acessório sobre a mesa de cabeceira e me deitei na cama, esperando.

    Notei o corte no meu braço, pela segunda vez. Eu não dera importância para isso na hora em que estava lutando com Rodrigo, mas agora parecia doer, embora não sangrasse mais. Eu apenas não ligava, já que nenhum dor poderia ser pior do que ver minha princesa daquele jeito.

    Permaneci ali, pensativo, durante alguns longos minutos. Até que, finalmente, (Seu Nome) saiu do banheiro. Ela trajava um pijama azul claro curto, embora parecesse com frio, e seu cabelo molhado estava penteado para trás. Segurava o vestido quase todo destruído em uma mão e os sapatos na outra. Tratou de guardá-los em um canto qualquer, antes de parecer prestar atenção em mim.

    Seus olhos tristes pairaram sobre mim, durante um minuto e, depois, ela seguiu para fora do quarto. Estranhei sua atitude e me dirigi até a porta para ver onde ela estava indo. (Seu Nome) entrou no quarto, onde Manuela costumava dormir e saiu, rapidamente, segurando uma maleta de “primeiros-socorros”...

    (Seu Nome) voltou ao cômodo em que eu estava, novamente,me puxando até a cama. Ela sentou-se e eu fiz o mesmo. Me senti quase como uma criança, quando ela abriu a pequena maleta e eu senti um frio na espinha. Ok, Justin, pare com isso! Você é um homem e sabe que não há nada demais em...

    - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – berrei, quando (Seu Nome) passou algo em minha pele, que fez meu machucado arder, como se tivesse lhe tacado fogo.
    - SHHHHHHH! – me repreendeu.

    Ela continuou, sem se importar com as minhas expressões de dor extrema. Mas, felizmente, antes do que eu imaginava, (Seu Nome) já havia acabado de fazer o curativo e segurava um pirulito em minha direção.

     - O que é isso? – perguntei, sorrindo, antes de pegar o doce.
     - Ué, bons meninos merecem uma recompensa, não?

     Havia um sorriso enorme em seu rosto, mas os olhos quase pareciam gritar por socorro, o que me assustou. Eu não estava muito acostumado a vê-la desse jeito. Assim, me aproximei, mas ela recuou, me deixando sem ação. Fitei, por um momento, o corte em sua perna, antes de perguntar:
 
     - Você não vai fazer um curativo nisso?

    O sorriso sumiu rapidamente. (Seu Nome) não me respondeu, apenas guardou a maleta embaixo da cama. Sem olhar para mim, novamente, ela se encolheu na cama, puxando o travesseiro, para cobrir o machucado em sua coxa.

    Pensei em me aproximar, mas sabia que ela iria rejeitar minha ação. Não liguei. E, me arrastei para perto de (Seu Nome), mais uma vez. Aproveitei que ela, felizmente, não recuou, para abraçá-la, puxando-a para meu colo. O fato dela não parecer hostil me surpreendeu um pouco. É, as coisas estavam piores do que eu pensava!

    - Ei, está tudo bem! – sussurrei, passando a mão em seu cabelo.
    - Não, não está! – a voz dela estava um pouco enrolada e, então, percebi que (Seu Nome) estava chorando, novamente, molhando minha blusa – Foi horrível, Justin...
   
    Eu não sabia o que dizer em resposta. Ver como ela estava, me deixava com raiva, mas eu não podia demonstrar isso. Não queria deixá-la mais assustada, do que já aparentava estar. Então, somente continuei abraçando-a, ainda mais forte, enquanto meus dedos deslizavam pelas suas madeixas.

    - Ele me tratou como se eu fosse uma qualquer... – ela soluçava entre as palavras, fazendo meu coração quebrar. – Ele disse e fez coisas que me deixaram com tanta raiva e... Eu não pude fazer nada!
    - Ei, já passou! – suspirei, preocupado. – Eu estou aqui com você...
    - Tem ideia do que iria acontecer se você não tivesse aparecido?
    - Mas eu apareci e isso que importa... Eu sempre vou te proteger. Você realmente não merece passar por essas coisas. Se lembra do que me disse uma vez? Você é uma princesa e ninguém pode te tratar como menos que isso...

    Houve um rápido silêncio, antes que (Seu Nome) se endireitasse no meu colo, para que pudesse olhar melhor para mim. Havia um leve sorriso em seu rosto, mas os olhos permaneceram tristes. Ela colou nossas testas e me olhou por um longo tempo, enquanto acariciava meu rosto. E, então, fechando os olhos, levou seus lábios até os meus.

    No começo, achei que estivesse apenas imaginando ou sonhando. Mas logo percebi que não, eu não conseguiria imaginar o beijo da (Seu Nome). Era uma sensação perfeita demais, para se conseguir reproduzir em um simples devaneio.

    Mas, infelizmente, antes que eu pudesse aproveitar melhor, ela se afastou. Senti vontade de choramingar um triste “AH!” ou puxá-la novamente para um beijo, mas achei que talvez não fosse adequado. Assim, apenas observei, enquanto ela apoiava a cabeça em meu ombro, suspirando.

    - Obrigada, meu príncipe! – sussurrou.

   Tive que me controlar para não sorrir igual um retardado, quando ouvi aquilo. Ao invés disso, apenas me limitei a continuar brincando com as mechas de cabelo dela. No silêncio profundo em que nos encontrávamos, dava para ouvir com clareza a sua respiração e eu gostava disso.

   Quando o som foi ficando mais pausado e profundo, conclui que provavelmente ela estaria dormindo. Assim, suavemente, tirei (Seu Nome) do meu colo e endireitei-a na cama, cobrindo-a com o cobertor. Já estava me levantando para sair do quarto, quando ela se moveu na cama, abrindo os olhos...

    - Ei, fica! – miou, baixinho.

    Sorri, antes de me deitar ao seu lado. Embora sua atitude fosse estranha, considerando o ato de que ela ainda deveria estar agindo como se me odiasse, me senti na obrigação de explicar o motivo pelo qual estava saindo...

    - Desculpa! – comecei. – Eu pensei que você estivesse dormindo...
    - Quer dizer que você está apenas esperando eu dormir para ir embora? – havia um tom diferente em sua voz, o que me fez questionar se ela estava realmente apenas falando desse momento ou usando algum tipo de metáfora.
    - Não! É só que... Eu não pensei que me quisesse aqui!
    - Mas eu quero...
    - Bom, aqui estou eu! – ri. – Não consegue dormir?
    - Basicamente, não! – suspirou (Seu Nome), parecendo cansada.
    - Quer que eu cante para você?

    (Seu Nome) assentiu. Busquei alguma música em minha cabeça, mas nenhuma parecia boa o suficiente ou, pelo menos, adequada. Bom, exceto uma. Suspirei, antes de começar, pulando o início:

    - Who's gonna make you fall in love
      I know you got your wall wrapped on
     All the way around your heart
     You're not gon' be scared at all, oh my love…


   Continuei cantando, enquanto ela docemente brincava com um detalhe da minha camisa.
Não demorou muito tempo até que (Seu Nome) pegasse no sono, enquanto eu fazia uma das coisas que eu mais adorava na vida: admirar minha princesa.
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Capítulo 19, amores :)

   Enfim, desculpe a demora para postar e a qualidade do capítulo, mas eu tive uns probleminhas em relação à ele! Quem tem meu facebook, me viu pirando no sábado, porque o meu computador simplesmente sumiu com todo o meu arquivo da segunda temporada da IB :c (Tipo, ele permanecia lá, mas dizia que não era possível, abrí-lo :c). No final, eu tive que excluir tudo, recopiar os capítulo que eu já tinha postado (para deixá-los solvos no PC) e reescrever o capítulo 19, que já estava quase pronto, antes desse desastre acontecer... Então, me desculpem, tá, amoures? :)

  De qualquer maneira, eu espero que gostem! =D

(Ps: A imagem do post é da SABRYY)

7 comentários:

  1. perfeitoooo! amei juuuu - @ourbieberisswag aqui

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  2. PEEEEEEERFEITO COMO SEMPRE ! BY.: @pride_kidrauhl

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  3. OMG muito bom, da vontade de chorar guria kkkkk @evelyndfreitas aqui!

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  4. AWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWN que PERFEITO JUH MUITO LINDO AMEI AMEI AMEI KK

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  5. SOOOOOOOOOOOOOOOOOS QUE PERFEIRTO JUUUUUUUH AAAAAAAH

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  6. OWNNNNNNNNNNNT QUE PERFEEEEEEEEEEEEEEITO ameeeeeeeeeeeeeeeeei de ++++++++++++ continuuuuuuuuua logo bjs.

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