14 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 11


Plano...



Justin's POV

    O quão patético eu poderia ser?

    Então, eu estava sentado no chão da cozinha, encostado ao armário no canto. Olhos vermelhos, cabelo bagunçado e o corpo inteiro fraco. Despistara Manuela e Ryan, alguns minutos antes, alegando que estava bem e que iria só “tomar um copo d’água”, antes de ir me deitar. Confirmei que eles não precisavam se preocupar e, nem sei como consegui ser convincente.

    Me sentia péssimo, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Meus ossos pareciam esmigalhados, meus músculos, derretidos e o coração havia inchado. Eu simplesmente não conseguia acreditar que realmente tinha visto a minha princesa beijando aquele palhaço. E, falando nele...

     - Hum... Olha quem está aqui!

     Lucas entrou na cozinha, com aquela mesma cara idiota de sempre. Mas dessa vez, nem raiva eu consegui sentir, estava ocupado demais tendo flashbacks daquela triste cena em minha mente. Enquanto isso, o loiro apenas caminhou até ficar próximo a mim e, encostou-se à bancada, parecendo me analisar.
 
      - Nossa, você parece péssimo! – concluiu.
      - Obrigado! – respondi, um tantinho irônico. – O que você quer, cara?
      - Bom, eu poderia ter vindo aqui para rir da sua cara, te bater até a morte, observar o quanto você é patético, mas não hoje! Eu vou te ajudar... – ele não parecia muito feliz em dizer isso.
      - Como você pode me ajudar? – perguntei, enojado por suas palavras. – Vai esfregar na minha cara que a (Seu Nome) está com você agora? Obrigado, esse tipo de ajuda, eu dispenso!
      - Ai, como eu já estou ficando acostumado com essa sua idiotice, vou fingir que não ouvi isso, ok? Eu não vim aqui para isso... Até porque a (Seu Nome) não está “comigo”, como você disse...
      - Ah, não? E o que foi aquela pegação lá em cima? – perguntei, começando a ficar irritado.
      - Ah, Meu Deus! Não vai me dizer que você realmente acreditou naquilo? – Lucas riu como se eu tivesse acabado de contar a melhor piada do século. – A (Seu Nome) pediu aquilo para poder te evitar! Ah, cara, você não pode ser tão idiota assim, não é? Ela só tem olhos para você! E só está agindo desse jeito para proteger a si mesma ou você acha que ela gosta de ficar chorando e sofrendo por um garoto que a deixa partir com o risco de nunca mais se verem?
      - Ei, não use esse tom de censura comigo! Eu errei, admito. Mas, paguei por esse erro, durante todos os segundos desses últimos meses. Você não entende... Com certeza, nunca passou por isso!   
      - Não fala o que você não sabe...

      A voz de Lucas estava áspera, enquanto ele adotou uma posição mais rígida e seus dedos apertaram a superfície da bancada. Meus olhos se arregalaram, quando uma onda de surpresa tomou conta de mim.
     
      - Sério? – perguntei, incrédulo.

     O loiro assentiu. E, eu esperei que ele me contasse algo, mas talvez isso não acontecesse. Sua expressão era distante, como ele estivesse se lembrando de algo que acontecera há muito tempo. Permanecemos em silêncio durante alguns segundos, até que ele finalmente pareceu perceber a minha expectativa e começou:

    - Ela era a garota mais incrível do mundo! Doce, sorridente,teimosa, boba, engraçada... Perfeita! Quando ela olhava para mim era como se todas as coisas ruins do mundo não existissem. Ela me tornou uma pessoa melhor e nada parecia me afetar quando ela estava por perto, definitivament...
    - Espera! Você era apaixonado pela (Seu Nome)? – perguntei, assustado.
    - O QUÊ? – Lucas pareceu perplexo com a minha pergunta. – Não! Isso seria... Muito estranho!
    - É, mas, admita, você praticamente a descreveu! – afirmei.
    - Bem... Ela se encaixa nessas definições mesmo, mas, ainda assim, não! – ele respirou fundo. – Melissa... Era o nome dela! Nós namoramos por pouco tempo, na verdade. Até que...
    - O que aconteceu? – perguntei, ansioso.
    - Bom, os pais delas nunca gostaram de mim. Eles achavam que eu era um “mau-exemplo”! Um dia, o pai dela foi promovido em seu trabalho e eles decidiram se mudar para facilitar as coisas na impresa. Não sei muito bem... Mas, dias antes da viagem, a Melissa parou de frequentar a escola e quando eu, finalmente, decidi ir visitá-la, embora soubesse que os pais dela me odiavam, cheguei tarde demais! Eles viajaram mais cedo do que planejavam... Eu, apenas, nunca pude me despedir dela!
    - Nossa!
    - É, mas isso não me afetou por um longo período...- apontou. – A (Seu Nome) e a Manu ficaram do meu lado, como sempre, aliás. E as coisas não demoraram a melhorar!
    - Eu... Sinto muito! – sussurrei.
    - Não sente nada... – ele me olhou meio enojado, como se eu tivesse dito uma grande mentira.
    - Ei, sinto sim! Eu não minto, ok? – respondi, ofendido.
    - Ah, é? – desafiou. – Pois não foi isso que eu ouvi dizer... A (Seu Nome) costumava chorar sussurrando que você prometera não deixá-la ir e... Bem, você conhece essa história melhor do que eu!
   - Ok, cara, eu já entendi! – resmunguei. – Eu não sou e nem nunca fui o namorado perfeito, ok? Se você quiser, eu posso fazer uma lista das vezes em que fiz a (Seu Nome) chorar: Eu “deixei” uma belieber me beijar, não acreditei nela, insinuei que ela era um vadi...

    NÃO TERMINEI A FRASE!
 
    Antes que eu pudesse ter qualquer atitude, senti me levantarem pela camisa e depois uma pressão enorme sobre meu olho esquerdo. É, pois é, Lucas tinha me acertado um soco. E, bem... Eu poderia muito bem revidar e começarmos uma briga enorme ali, mas eu não tinha força nem para me manter em pé, quanto mais para começar uma confusão com alguém. Além disso, de uma forma ou de outra, eu sabia que estava errado. Então, apenas deixei que Lucas soltasse a minha blusa, enquanto minhas costas batiam no armário.

    - Eu devia acabar com você! – rosnou.
    - Eu sei! – suspirei. – E, se quiser, pode fazer isso agora! Eu não vou reagir de qualquer forma, mesmo... Ah, e só para sua informação, eu iria terminar a frase com “mas isso não quer dizer que eu não a ame!”.
    - Meio difícil de acreditar, não é? –provocou, cruzando os braços.
    - É, acho que se eu não fosse eu, também não acreditaria... – admiti.
    - Bom, eu não acredito! Aliás, não acredito em nada que saia da sua boca mesmo! Mas, uma parte da (Seu Nome) ainda quer acreditar... Então,você só tem mais uma chance para provar que não é o babaca que aparenta ser!
     - Então... Qual é o seu “plano”?- suspirei.
     - Bom, nesse sábado vai acontecer o “baile de máscaras” no colégio. Essa festa só acontece de três em três anos e é praticamente uma tradição para “reunir alunos e ex-alunos em um bom ambiente”. Ou seja, uma desculpa para um bando de adolescentes se embebedarem ou fingir estarem bêbados e sair agarrando qualquer pessoa que veja. Mas, enfim, o tema desse ano é “Mundo da fantasia”, mais brega impossível! E é aí que você entra...
    
    Fiquei confuso por um minuto, antes de Lucas começar a relatar os detalhes e... Como aquilo era idiota! Não idiota do tipo ridículo, mas do tipo “nunca vai dar certo”. Ainda assim, continuei escutando, tentando fazer minha mente pensar em um jeito daquilo funcionar, o que era pouco provável.

     - E como eu vou fazer isso tudo acontecer? – perguntei, confuso.
     - Ai, ai, Deus, como lidar com um ser assim? – Lucas bufou, sem muita paciência. – Amanhã você fala sobre isso com a Manuela, já que ela, por algum motivo que eu não consigo entender, gosta muito de você e arranjará tudo o que você possa vir a precisar...
     - Ok. Obrigado, cara... – agradeci, meio contrariado.
     - Não me agradeça! Eu não estou fazendo isso por você... Estou fazendo pela (Seu Nome)! Ela é a garota mais encantadora do mundo e não merece ficar sofrendo por idiotas como você... – ele começou a caminhar para fora da cozinha. – Ah, e só para deixar claro, eu estou te dando uma chance... Magoe a (Seu Nome) de novo e eu vou acabar com a sua vida!
  
      E então, ele saiu, indo em direção ao segundo andar. De fato, a ameaça de Lucas não me preocupara nem um pouco até porque se eu magoasse (Seu Nome) novamente, “acabar com a minha vida” seria a melhor coisa que ele poderia fazer por mim. Mas, pensar nisso era besteira, eu não iria falhar dessa vez. Ia dar certo, TINHA que dar certo...  
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Capítulo 11, lindas :)
   Espero que gostem! E, não "odeiem" tanto o Lucas, ok? Hahaha. Sim, ele bateu no Justin, mas foi por vocês, ok? Hahahahahaha
 
   Ah, IB novinha para vocês, bebês. É de uma leitora nova aqui do "Devaneio"...
 http://thaislorinho.blogspot.com.br/
    (Leiam, comentem, sigam e persigam... Hahahaha' Lembrem-se do que eu sempre falo: "Participar" de um blog não machuca, nem custa nada (haha), mas faz muito bem para o coração da autora =D)

   Enfim, talvez mais tarde, eu volte com mais capítulo. Torçam para que sim! Haha   

(A imagem do post é da mrshbomb)

3 comentários:

  1. LOL as coisas estão começando a dar certo kkkk @evelyndfreitas aqui, bjs diva :D

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  2. Continuuuuuuuuuuua ta perfeito eu to amando sua #IB . Obrigada por te divulgado meu blog haha . Bjs

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