2. You Make Me Love You - Capítulo 10

Mantendo distância...

Belieber's POV
  As coisas não pareciam que iriam melhorar. Eu estava começando a fraquejar. Aquela sensação de pernas bambas, falta de ar e coração disparado sempre tomava conta de mim, quando eu sentia que estava no mesmo ambiente que Justin. Isso estava acabando comigo. E a ideia de me esgueirar para o lado de Lucas não estava sendo o suficiente. Estou com medo de não resistir a essas duas semanas...

  E foi com essas ideias chatas de reflexão que eu passei parte da minha manhã. Felizmente, eu consegui escapar de casa, sem levantar suspeitas de que aquilo era apenas uma desculpa para evitar o Justin. Pelo menos é isso que eu espero...

  Eu estava andando pela cidade, desde às 10 horas da manhã, procurando o material necessário para  terminamos a fantasia de Manuela. Ela mesma poderia estar fazendo isso, mas me ofereci com muita boa vontade, já que ficar trancada naquela casa, junto a “certas pessoas” já estava me dando náuseas.

   Infelizmente, já passavam das 14 horas, eu já havia achado tudo o que precisava há muito tempo e estava fazendo hora na rua, almoçando, indo a lojas que eu sabia que não encontraria nada para mim e as mais diversas coisas que pudessem me manter afastada. Mas, em um momento me ocorreu que talvez eu não pudesse ficar fora de casa para sempre.

    O caminho de volta para casa pareceu muito menor do que usualmente é. Assim que cheguei à porta do lugar, hesitei, realmente considerando a ideia de “ficar fora para sempre”.  Mas acho que alguma parte de mim – aquela que permanece sana – discordou.

    - Nossa, você demorou! – foi a primeira coisa que ouvi assim que abri a porta.
    - Você acha que foi fácil achar tudo isso, Manuela? – menti.
    - Tudo bem! – sorriu.- E, então, nós já almoçamos, mas se quiser eu faço algo para você agora...
    - Não precisa! Eu fui a um restaurante aqui perto. Sabe como é, né? Eu já andei muito hoje e ainda ter que sofrer com a sua comida? Dispenso... – ri.
    - Há há! – começou Manuela, irônica. – Como você é engraçada, (Seu Nome)!
    - Eu sei! Enfim, vamos logo lá para cima terminar essa sua fantasia linda, porque SÁBADO, VAI SER UMA DAS MELHORES NOITES DE NOSSAS VIDAS! Escreve isso que eu estou falando...
  

   Manuela riu, antes de me puxar feito louca, pelas escadas. Ela parecia ansiosa para terminar aquilo logo, mas, aparentemente, não seria fácil. A roupa que ela usaria já estava completamente pronta, mas havia um... Hã... Acessório, mais complicado de ser feito.

    Foram necessárias mais ou menos 6 horas de “trabalho”, três “queimaduras” com a pistola de cola quente, muitas risadas, distrações e surtos do tipo “isso nunca vai dar certo”, para que nós duas finalmente acabássemos.

    - Nem acredito! – suspirei, me jogando na cama.
    - Ah, para de drama! – riu, enquanto terminava de arrumar a bagunça que havíamos feito. – Não demoramos tanto assim!
    - Manuela, já são 20 horas... – alertei.
    - Nós não teríamos demorado tanto tempo se uma certa (Seu Nome) não tivesse ficado com preguiça e começasse a reclamar, feito uma velhinha...
    - Mas, eu... Ok, não tenho argumento contra isso! – admiti.- E, então, vamos comer alguma coisa? Estou morrendo de fome!
    - Vamos, mas antes... Eu preciso falar com você! – Manu pareceu um pouco insegura, o que me assustou.
    - Ok, fala... – tentei parecer natural.
    - Bom, é sobre o Justin... – ela sentou-se na cama, ao meu lado.
    - Ah, não! – respirei fundo. – Porque você sempre tem que vir com essa de Justin, Justin, Justin? Não dá para parar de falar dele, hein?
    - (Seu Nome), ele está sobre o mesmo teto que eu, como você espera que eu o ignore? Além disso, ele é meu amigo!
    - Simples! Vamos matá-lo! – falei, esperando convencê-la. – Olha é muito simples... Tem uma linda coleção de facas na sua cozinha. A gente o mata, corta em pedaços e queima! E o melhor, como ninguém sabe que ele está no Brasil, não levantamos suspeitas!
    - Ok, você está me assustando! – miou.
    - É brincadeira, boba! – ri. – Mas, admita, é uma ótima ideia!
    - É, sim! Eu deveria fazer isso com você para parar de ouvir essas besteiras que você fala!
    - Bom, se você me matasse agora, eu não teria que olhar mais para a cara do Justin nunca mais. Então, eu aceito!
    - Não vou fazer isso, bobona! – ela riu. – Mas, voltando a falar do Justin...
    - ARGH! – revirei os olhos, para demonstrar o quanto aquela conversa era idiota.
    - Ele está chateado, (Seu Nome)! Além disso, você está sendo dura demais com ele...
    - Que pena! – ironizei. – Não posso fazer nada...
    - Pode sim! – ela me repreendeu, o que me deixou com raiva. – Primeiro, que tal parar com essa ironia ridícula? Sabia que isso é muito irritante?
    - Claro que sei! – sorri. – Essa é a intenção!
    - Você é uma chata, sabia? Mas, sério, (Seu Nome), para com isso! Prometa para mim que da próxima vez que ele vier falar contigo, você vai ser agradável, ok? E escutar o que ele tem a dizer, sem essa hostilidade toda...
    - Por que eu prometeria algo assim?
    - Porque sou eu quem cozinha nessa casa e eu poderia facilmente te envenenar... Agora, prometa!
    - Esse é um bom argumento! Ok, eu prometo... – suspirei.
    - Ok, então... Vamos jantar? – perguntou, se levantando.
    - Hum... Não, obrigada! Depois dessa sua declaração, eu perdi a fome!
    - Vem logo, (Seu Nome)! Eu não vou envenenar sua comida... Hoje!
    - Nossa, fiquei até mais “tranquila” agora...
   
    Manuela riu, antes de sairmos do quarto, indo em direção à cozinha. Por uma questão de segurança, fiquei observando enquanto Manu preparava o jantar. Sempre que ela adicionava alguma coisa em uma panela, eu perguntava o que era e ela ria de mim, antes de responder.

    Assim que nossa refeição ficou pronta, arrumei a mesa, enquanto ela chamava os garotos. Comi o mais depressa possível, já que estava morrendo de vontade de sair dali e ir para o meu quarto. Estava realmente realmente cansada, então, foi um alívio quando escapei de lavar a louça.

    Fui para a sala, conversar com o besta do Lucas. E Manuela, Justin e Ryan acabaram com tudo na cozinha, rápido demais. Ok, isso, de fato, não me incomodava, mas ver Ryan e Justin cochichando algo, enquanto olhavam para mim, não era nada agradável. Aliás, o último já estava vindo em minha direção, quando, desesperada, falei:

    - Hã... Lucas, por que nós não vamos lá para cima? Eu estou ficando cansada!

    O loiro assentiu e então eu o puxei pelas escadas, rapidamente. Ele chegou lá em cima meio ofegante e pareceu estranhar o meu comportamento, mas não comentou nada e nós continuamos a conversar, embora eu já não soubesse mais do que ele estava falando. Estava mais interessada no que acontecia no andar de baixo.

    Ouvi passos na escada e meu sangue gelou. Depois Ryan sussurrou algo como “Lembra o que falou sobre tomar uma atitude?”. Então, Justin lembrou rapidamente “Eu não disse nada!”. Covarde!

    Os dois começaram a discutir algo e eu não consegui mais prestar atenção, já que os sons do possível desentendimento se misturavam com a voz de Lucas, perto de mim. Até que um “Ok, eu vou!” ecoou pelo corredor, fazendo minhas pernas tremerem.

    E, então, tudo o que eu pensava era nas palavras de Manuela e na promessa que eu, infelizmente, havia feito a ela. Nunca fui do tipo que quebra promessas, mas eu não sabia se conseguiria suportar um conversa normal com o Justin. Conhecia o jeito que ele tinha de fazer meu coração acelerar e eu não me sentia preparada o suficiente para encará-lo. Assim, me apeguei à única ideia que passara pela minha cabeça...

   - Lucas, eu sou sua melhor amiga, né? – o interrompi, sussurrando. - E você faria tudo por mim, não é?
   - Sim! – ele pareceu confuso. – Mas o que isso...
   - Não tenho tempo para explicar agora, só... Me beije como se eu fosse a garota mais gostosa que você já viu na vida!
   - O quê?

   Então, Justin apareceu no último degrau da escada, fazendo o meu desespero aumentar. Sem pensar duas vezes, puxei Lucas para perto e colei meus lábios aos deles. Ele pareceu sem reação no começo, mas assim que a voz de Justin ecoou novamente pelo corredor, sua mão se apertou em minha cintura, fazendo meu corpo todo estremecer. O loiro tirou uma mecha do meu cabelo do rosto e acariciou minha face.

   Segundos depois, ouvi passos na escada novamente e, então, finalmente, relaxei, já que Justin provavelmente tinha desistido, confirmando que meu plano dera certo. Assim, não demorou muito para que Lucas se afastasse de mim. Infelizmente, seu olhar era de censura, o que me deixou sem-graça.

    - Você está bravo? – perguntei.
    - Por que? Porque me usou para deixar seu “namoradinho” com raiva? – ele pareceu pensar, antes de abrir um sorriso - Não, não estou bravo! A propósito, se precisar irritar a biba novamente é só me chamar...
   - Você é um bobo, sabia? – ri, dando um soco no seu braço. – Pensei que estava furioso comigo!
   - É, eu não diria furioso, mas isso me deixa triste...
   - O quê, exatamente? – perguntei, confusa.
   - Ver você quase morrendo de amor por esse garoto!

   Suspirei, sem poder negar. Lucas rapidamente me abraçou e eu quase senti uma lágrima cair, mas juntei toda a minha força para conseguir contê-la. Não iria chorar agora, afinal, tinha uma longa noite inteira para isso...
 
    - Acho melhor eu ir dormir, bobão... – falei, enquanto lentamente me afastava dele.
    - Tudo bem! Boa noite, pequena! – falou, antes de me dar um beijo na testa.
    - Boa noite... – sorri.

   Assim, deixei Lucas sozinho no corredor e entrei no quarto. Feliz, por estar na minha solidão novamente. Sentei no chão, encostada a parede, assim que lágrimas começaram a deslizar pelo meu rosto. Agora era oficial! Eu não ia aguentar até o final dessas duas semanas...    
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Capítulo 10, bebês! :)
    Espero que gostem, lindas e, sim, deverão haver momentos fofos nessa temporada também,ok? Não se desesperem hahaha

(PS: A imagem do capítulo é da everybody's starry-eyed)