05 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 6

                                            Sorveteria...
  

Belieber's POV

  Eu estava na sorveteria mais próxima de casa, junto a Lucas, que tinha vindo, sendo gentilmente arrastado por mim. Ele, agora, me olhava assustado, enquanto eu devorava, irritada, o meu sundae de chocolate.
 
   - (Seu Nome), calma! O seu sorvete não vai fugir! – falou Lucas, tentando frustradamente me acalmar.
   - NÃO SE METE! – berrei, fazendo algumas pessoas do local olharem para mim.

   Eu enchia a colher de sorvete e tentava comer muito mais do que a minha boca poderia suportar, mas não me importava. Aliás, se em alguma dessas colheradas, eu engasgasse e morresse seria bem melhor.

    Assim, acabei de comer rápido demais e, em pouco tempo nós saímos do estabelecimento. Não sentia a mínima vontade de ir para casa, então, Lucas me levou até o parque, que ficava um pouco mais distante dali, mas era muito melhor do que ter que ficar olhando para aquele bobão do Justin.
  
   O parque era um lugar bom, pelo menos nesse horário. Já estava próximo de anoitecer – o sol já podia ser visto tentando se esconder atrás de algumas montanhas – então, não havia mais tantas crianças correndo alegres por aí. A maioria estava indo embora, acompanhadas de suas mães e o local estava já quase deserto.
      
   Sentei-me em um dos bancos da praça e Lucas fez o mesmo. Apesar disso, eu tentava de qualquer jeito, fazer algum contato visual, porque eu sabia que isso me levaria a conversar e eu, com certeza, não queria isso.

   - E então, isso muda alguma coisa? – perguntou Lucas, estragando completamente minha ideia inicial.
   - O quê? – me fiz de desentendida.
   - (Seu Nome), eu sei que você escutou, ok? E estou falando sobre o viadinho que resolveu aparecer na porta da casa da sua amiga, assim, do nada...
   - Quem?
   - Você pode parar de tentar fugir do assunto? – Lucas pareceu meio impaciente por alguns segundos.
   - Eu não estou fugindo do assunto! – bufei. – Eu só NÃO quero falar sobre isso...
   - Que pena! Por que é sobre isso mesmo que vamos falar.

   Suspirei, ignorando-o. Lucas não pareceu se incomodar com o gelo que eu estava tentando dar nele e continuou ali, me fitando, apenas para me pressionar a conversar. Demorou um pouco de tempo até ele perceber que eu realmente não iria falar nada e, então, se manifestou:
 
  - Então, você está de boa quando ao fato de que o Bieber irá passar uns dias na mesma casa que você?
   - O QUÊ? – berrei, assustada. – Do que você está falando?
   - Bom, o cara vai fazer um show aqui daqui há duas semanas. Obviamente, ele irá permanecer no país até lá e... Você acha mesmo que a Manuela vai deixá-lo ir para outro lugar, se não a casa dela?
   - ARGH! Eu nem tinha pensado nisso... – suspirei.
   - Preciso mesmo dizer que é bastante óbvio que você só está irritada porque sabe que ainda ama aquele moleque?
   - Aff, nada a ver, Lucas!
   - (Seu Nome), a verdade, por favor...
   - Eu estou falando a verdade! – afirmei. – E digo que você está enganado...
   - A VERDADE!
   - Eu não sinto, praticamente, nada por ele, ok?
   - (Seu Nome)... – me repreendeu.
   - Bom...- respirei fundo. – Talvez eu tenha uma pequena queda por ele ainda, mas nada que não possa ser ignorado!
  
   Lucas abafou um riso, como se ainda não acreditasse nas minhas palavras. Senti vontade de socá-lo ou talvez esfaqueá-lo, recolher os pedaços e jogar no fundo de um rio qualquer... Ok, eu tenho que parar de andar tanto com a Manuela!

     - E, então, o que você vai fazer a respeito disso? – perguntou.
     - Voltar para a minha casa é uma opção?
     - Claro que não! A Manuela iria colocar até grades nas portas e janelas para você não ir. Além disso, lembre-se, ela é “amiguinha” dele agora. Então, você acha mesmo que ela facilitaria as coisas para você?
     - É, provavelmente não! – suspirei.- Mas isso não faz diferença! Vou ignorá-lo, pronto. Já cansei dessa palhaçada de ficar apaixonadinha apenas por babacas!
     - Então, você tem um plano? – ele riu.
     - Não, mas eu irei pensar em algo!
     - Se você diz... – aparentemente, ele não estava me dando muito crédito naquele dia. – E então, vamos para casa? Já está anoitecendo!
     - Qual o problema? Está com medo do escuro, bebê? – provoquei.
     - Não, mas e você? Está com medo do seu ex-namoradinho gay?
    
    Minha expressão se fechou e eu fuzilei Lucas com os olhos. Ele pareceu meio assustado, enquanto se levantava lentamente do banco da praça e caminhava de costas, devagar. Seus olhos se estreitaram, quando eu me levantei também.
   
    - Devo correr? – perguntou.
    - Ah, deve! Você tem 3 segundos...
    - Só para te lembrar, estamos no meio de uma praça PÚBLICA, ok? – ele parecia esperançoso.
    - Tudo bem, não importo se houver testemunhas! – afirmei, enquanto um falso sorriso maligno se formava no meu rosto.

   Assim que a última palavra saiu da minha boca, Lucas já não estava mais no meu campo de visão. Teria me perdido completamente dele, senão tivesse ouvido seu pedido desesperado de socorro, a uma distância significativa. Ele corria loucamente indo na direção da casa da Manu, ignorando os semáforos vermelhos por onde passávamos. Juro que em uma dessas loucuras, achei que ele iria ser realmente atropelado, mas (Graças a Deus!) não aconteceu. Já eu não tinha coragem assim... E nem velocidade! Fôlego, muito menos. Mas a minha vontade de matá-lo permanecia ali, firme e forte!

   Não demorou muito para chegar em casa. Lucas já estava parado na porta, esperando por mim, de braços cruzados e um sorriso vitorioso.

   - Cansou, bebê? – provocou o loiro, com muita vontade de apanhar.
   - Na próxima vez, você não sobrevive... – ameacei.

   Ele me deu às costas, como se eu fosse insignificante, e pegou a chave para abrir a porta. A casa estava silenciosa, mas um leve cheiro de queimado preenchia o local. Estremeci. Meu organismo ainda não tinha se recuperado da última invenção culinária de Manu.

   - Ai, meu Deus! – os olhos de Lucas se arregalaram, assustados.
   - Fique aqui, pequeno garoto! – dramatizei. – Eu salvarei a nossa pele! Apenas... Não inale o cheiro! Pode ser fatal!
 
   Lucas riu, enquanto eu caminhava “silenciosamente” até a cozinha, fingindo estar em um daqueles filmes idiotas de espiões. E... Bom, a cena que eu encontrei na cozinha era definitivamente inesperada e nostálgica. O jantar estava queimando e completamente ignorado, enquanto Manuela estava de pijama, sentada na bancada, aos beijos com o Ryan. Eles pareciam meio envolvidos demais, então eu tinha duas opções: Tirar a comida queimada ali e tentar salvar o jantar OU estragar o momento lindo entre eles...

  - Eu estou vendo essa safadeza... – cantarolei.

   SIM, EU ESTRAGUEI O MOMENTO! Porque é isso que fazem os amigos...

   Manuela empurrou Ryan fortemente para o lado, assustada. Sua boca estava vermelha, mas nem se comparava ao resto da face. Ela escondeu o rosto com a mão durante um segundo, até perceber que algo estava queimando. Manu saiu correndo feito louca para desligar o forno, mas já era tarde demais... Iríamos comer carvão aquela noite.

   - Droga! Como isso foi acontecer? – ela gritou consigo mesmo, irritada.
   - Simples. É que, em geral, não é aconselhável ficar se agarrando por aí, quando se está cozinhando... – provoquei.
   -(Seu Nome), SAI DAQUI! - ela olhou como se pudesse me desintegrar.
   - Ok, estressadinha! – ri.
   - Ei, pode voltar aqui! – pediu Ryan. – Eu já cheguei aqui faz horas e a única coisa que tive foi um “Bom te ver de novo, Ryan” para compensar seis meses.

   Sorri, antes de me jogar em seus braços. Assim que senti seus braços ao meu redor e apoiei minha cabeça em seu ombro, me deu vontade de rir. A blusa de Ryan estava com o cheiro do perfume que Manuela sempre usava. É, eles decidiram matar a saudades MESMO, hein?

    - Senti saudades, sabia? –falei.
    - Eu também... – ele sorriu, antes de nos afastarmos.
    - Mas... Agora que o jantar já escapou da tortura, acho melhor deixar vocês dois sozinhos! Segurar vela não é para mim, ok? – ri, sabendo que a Manuela deveria estar querendo me matar por ter dito isso.

    Saí da cozinha o mais rápido possível...Sei bem quando devo correr da minha melhor amiga louca. Na sala, Lucas estava distraído, parecendo muito entretido com um cubo mágico, quando eu lhe anunciei as novidades:

    - Missão cumprida, garoto! Devo dizer que nos salvei do jantar envenenado, mas... Vamos morrer de fome!
    - Parece bom para mim... – ele riu.
    - Vou para o quarto. Você vem?
 
    Lucas não me respondeu nada, apenas me seguiu pelas escadas. Eu já estava me aproximando da porta do cômodo, quando ele falou algo que não escutei. Ia me virar para pergunta, mas meu sangue gelou antes que eu pudesse fazer algo. Bem na minha frente, Justin estava saindo do quarto de hóspedes, bagunçando o cabelo molhado, em uma tentativa capenga de me seduzir (aposto!).
   
    Foi meio complicado pensar e resistir, quando ele finalmente pareceu notar minha presença. Seus olhos brilharam para os meus e eu senti como se todos os meus ossos tivessem enfraquecido. Fechei os olhos. Ok, eu provavelmente parecia idiota, mas era mais seguro.

     Não adiantou! Eu ainda podia ouvir sua respiração pausada e tinha total consciência de que ele ainda olhava para mim. ARGH, por que alguém não me dá um tapa na cara logo e me tira desse pesadelo?

    Ouvi uma tosse falsa atrás de mim e a voz de Lucas ecoou pelo antigo silêncio, em uma linguagem diferente.

   - Ei, Justin! Sou o Lucas. Bom te conhecer...
   - Digo o mesmo! – a voz de Justin falhou um pouco.

    Hum... Que cheiro estranho é esse? Ah, é! Cheiro de falsidade...

    Abri meus olhos e percebi os dois dando um aperto de mão. Estaria tudo bem, se Lucas não apertasse mais forte do que o normal a mão de Justin, que tentava resistir e fazer o mesmo, mas ele não era forte quanto meu melhor amigo, embora atualmente seus braços estivessem um pouco mais malhados (NÃO QUE EU TIVESSE REPARADO!).

    De qualquer forma, isso não era importante. O que realmente importava era o ódio mortal que ardia nos olhos dos dois, como se eles já estivessem uma rixa que durara anos e anos. Suspirei, esperando que algum deles parasse com isso, mas não aconteceu.

   - Hã... Que bom que já se conheceram! – comecei. – Mas, eu e o Lucas estamos ocupados agora. Até mais, Justin...

   Em seguida, empurrei fortemente Lucas para que ele continuasse a caminho do quarto de Manuela. Ele não pareceu muito feliz com isso e resmungou algo sobre “acabar com esse palhaço”, mas eu me fiz de surda, enquanto fechava a porta, deixando Justin sozinho no corredor.

   - O que você tem na cabeça, hein? – berrei, jogando-o na cama.
   - O que foi? – ele pareceu confuso.
   - Simples, eu não quero você e o Justin se espancando por aí...
   - Hum... Isso é medo de que eu acabe com a vida do seu namoradinho, é?

   Fuzilei-o com os olhos, cerrando os punhos. Eu, definitivamente, não estava bem. A raiva me corrompia. Sentia vontade de gritar e correr para tacar o “Senhor Justin Bieber” debaixo de um trem. E ainda tinha que ficar ouvindo aquelas provocações do Lucas. ARGH, ele tem sorte que andar armada seja algo ilegal...

   - A pizza vai chegar logo, gente!
   - AAAAAAAAAAAAAAAH! – berrei, assustada.

   Manu estava na porta do quarto. Ela tinha entrado muito sorrateiramente e sua voz ecoando pelo cômodo me assustou.

   - Pirou, (Seu Nome)? – ela perguntou, surpresa com a minha reação.
   - Eu? Você que chega silenciosamente atrás das pessoas, com a intenção de, sei lá, fazê-las ter uma ataque do coração e ainda tem a cara de pau de dizer que fui EU quem pirou? – protestei.
   - Menos, amiga, menos... – riu. – Vamos descer, então? Como eu disse “a pizza já deve estar chegando”...
   - Ué, desistiu de queimar a comida hoje, Manuela? – brincou Lucas.
   - Há há! – ironizou. – Você é muito engraçado, hein?
   - Ei! Me diz uma coisa, Manu... Hã... O Justin está lá embaixo? – perguntei, insegura.
   - Claro que sim!
   - Ok, então... Traz dois pedaços de pizza aqui, para mim, por favor... – pedi, sentando-me na cama.
   - (Seu Nome)... – ela me repreendeu com um olhar.
   - Está bem, chata... Eu vou descer! – bufei.
   - Ah, só para vocês saberem, eu já decidi como vai ficar a organização de cada quarto! – anunciou.
   - Eu não vou ter que me “mudar” de novo, não é?-suspirei.
   - Para sua felicidade, não! – ela sorriu. – Você vai continuar a dormir no meu quarto e o Lucas vai dividir o quarto de hóspedes com o Justin.
   - VOCÊ ESTÁ DE CAÔ, NÉ? – berrou o loiro, indignado.
   - Não... – Manu continuou. – Você vai sair da cama mais confortável e deixá-la para o Justin.
   - Por quê? – ele fez um biquinho.
   - Porque essa casa é minha e quem manda aqui sou eu! – ela riu. – Sentiu o meu poder, né?
   - Você é muito chata, sabia? – Lucas se fingiu de magoado.
   - Espera! – interrompi o possível começo de uma discussão.- Onde o Ryan vai ficar?
   - Quem? – Manuela tentou parecer confusa, mas um sorriso safado se formara no seu rosto.
   - Manuela...- cantarolei, insinuando algo.
   - Não é nada disso que você está pensando! – ela riu, sem graça. – Nós não vamos dormir na mesma cama, ok? Tem um colchão guardado lá... E como ainda sou eu quem manda aqui, ele vai dormir nele no chão, fim.
   - Aham, sei! – Lucas falou, irônico. – Isso é o que você está dizendo para gente, mas safada do jeito que você é, duvido que isso aconteça mesmo, quando você estiver com ele, entre quatro paredes!
   - Não é nada disso, seu idiota... – falou, antes de dar um tapa tão forte em Lucas, que doeu até em mim.
    - Tudo bem! Só lembre-se que eu posso arranjar armas muito facilmente! – ameaçou. – Estou de olho nesse garoto aí!
    - Ah, só para deixar claro, Manuela... Amanhã, você irá me contar tudo sobre você e o Ryan, ok? – ri.

    Ela riu também e nós seguimos para a cozinha. Bastou poucos minutos, até que o entregador de pizza batesse a nossa porta, trazendo aquelas maravilhas. Manuela ficou nervosa quando este chegou, alegou estar com medo de que o homem desconfiasse de que o Justin estava aqui. Claro! Porque a primeira coisa que eu penso quando chego à porta da casa de alguém é: “OMG, será que o Justin Bieber está lá dentro?”

   Graças a Deus tudo ocorreu melhor do que esperava. Admito que comer tendo que olhar para a cara feia do Justin ainda era torturante, mas eu podia suportar, por enquanto.

  Depois disso, eu apenas ajudei Manu a lavar a louça, antes de subir para o meu quarto, irritada e cansada. Tratei de tomar banho e me deitar o mais rápido possível só para ver aquele dia acabar logo. Ainda assim, não adiantou e eu permaneci acordada por mais algumas horas. Apenas tempo suficiente para ouvir alguém bater na porta do meu quarto. Obviamente, ignorei, já que a pessoa não se anunciou e poderia muito bem ser um certo Justin, tentando confundir minha cabeça novamente.

   Passei mais alguns minutos rolando na cama, apenas desejando fazer o contrário do que é esperado. Permanecia com esperanças de acordar ao invés de dormir. Sim, acordar e perceber que tudo isso era um pesadelo, perceber que o Justin não estava realmente aqui de verdade. Ou, quem sabe, ir um pouco mais além, e perceber que eu de fato nunca fora para Nova York e o conheci. Perceber que tudo isso não passara de um longo devaneio. Isso tornaria minha vida bem mais simples...  

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Então, capítulo seis aí, lindonas! :)
    Desculpa a demora, bebês! Eu seeeeeeeeeeei que enrolei muito para postar, mas, sei lá, minha criatividade e inspiração ficaram ruins de uma hora para outra e aí nada de capítulo :c
    Mas aí está ele agora e eu tentarei recuperar o tempo perdido :)
    Enfim, espero que gostem, bebês :)

(PS: A imagem do capítulo é da Pinky

4 comentários:

  1. OMB! JA DISSE QUE SUA IB É PERFEITA?? CLARO QUE JA! MAS EU NAO CANSO DE FALAR! É A MAIS PERFEITA DE TODAS! SERIO! E TOMARA QUE A PESSOA NA PORTA DO QUARTO DA MINHA AMIGA MANU SEJA O JUS! kkkkkkkkkkkkkkkkkk SERIO! TEM QUE SER O JUSTIN! POSTA LOGO VIU LINDA?! NAO POSSO ESPERA MUITO POR UM CAP NOVO DA SUA IB! hahhaha

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  2. que clima tenso :O mas continua perfeito , me ensina a escrever assim ? obg u.u

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  3. eu aqui toda esperançosa achando que o Lucas ia beijar a sn kkkkkkkkkk, o Jus e ele vão brigar feio algum dia? e o que será que vai dar com os dois dormindo no mesmo quarto?? oh god

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  4. eu achava que o Lucas ia beijar ela no parque vei kkkk, pfvr Larucas é pfto U.U ( ou seria Lucari ??) ta parei. Eu acho que o Lucas e o Jus vão começar a ser amigos e ele vai dar uns toques por Justin (só acho), maaaaas como eu não sou nenhuma mãe Diná..... CONTINUAAAAAAAA

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