2. You Make Me Love You - Capítulo 20

Bom dia (?)

Belieber's POV


    Acordei com uma irritante luz do sol batendo no meu rosto. A má notícia era que já era de manhã e, a boa era que eu tinha passado por uma noite sem sonhos. Em geral, eu não gosto disso, mas eu estava com medo de acabar tendo pesadelos com aquele idiota, então a ausência de sonhos me tranquilizou um pouco.

     Ao meu lado, Justin me fitava com seu par de olhos maravilhosamente belos, que fazia com que toda a dor fosse embora. Eu havia sentido tanta falta disso, de acordar com essa enorme visão do paraíso.

     - Bom dia! – falou, sorrindo.
     - Bom dia! – me endireitei na cama, sentando, enquanto arrumava o cabelo bagunçado. – Está acordado há muito tempo?
     - É... Hã, mais ou menos!

    Olhei sugestivamente para ele, durante alguns segundos, duvidando de suas palavras. Justin desviou o olhar rapidamente e começou a mexer no cobertor. Tradução: ele estava mentindo.

     - Você nem dormiu, não é mesmo? – perguntei, me sentindo culpada.
     - Eu só queria me certificar de que você estava bem! – explicou.
     - Por que você faz isso, hein? Quero dizer... Eu estava te tratando tão mal nesses últimos dias, mas você continua sendo um fofo comigo. Por quê?
     - Eu pensei que você já soubesse... – Justiu riu, como se aquilo fosse tão óbvio, que eu quase me senti idiota por perguntar. – (Seu Nome), eu te amo, bobona! E, de verdade, eu não me importo se você odeia, eu nunca vou querer te ver mal...
  
     Eu simplesmente odeio esse mania do Justin de me fazer sentir uma idiota por minhas atitudes. O pior é saber que ele nem tem essa intenção. Argh, que imbecil!

    Suspirei, antes de abraçá-lo. Na verdade, eu queria fazer muito mais que isso, mas achei que, por hora, estava bom. Já estava ficando cansada de agir de forma muito vagarosa, porém ao mesmo tempo não queria fazer nada sem pensar.

    - Obrigada! – disse, dando um beijo na sua bochecha. – Olha, eu vou tomar um banho e você deveria fazer o mesmo! Depois, vamos comer algo e eu vou te colocar para dormir, bobão!
    - Hum... “Me colocar para dormir”? Você sabe que eu não sou criança, não é? – Justin riu, arqueando as sobrancelhas.
    - Aparentemente, não... Mas, mentalmente, Justin, você tem cinco anos... – provoquei.
   
    Sua expressão mudou, rapidamente, para uma de travessura e, eu quase me arrependi de ter dito aquilo. Justin se levantou, lentamente, da cama, pondo-se de pé e caminhou muito devagar em minha direção.

    - Justin, mantenha-se longe de mim! – pedi, rindo.
    - Não mesmo! Você verá agora o que a criança aqui vai aprontar... – ameaçou.

    E, então, ele começou a correr atrás de mim pelo quarto, enquanto eu fugia, gritando. Mas, como era de se esperar, não fui muito longe. Aliás, eu nunca consigo ir muito longe, ainda mais com a dor que ainda sentia na perna. Justin logo me alcançou, me segurando pela cintura e virando-me para olhar para ele.

    - Quem é a criança agora, hein? – perguntou, colando nossos corpos.
    - Continua sendo você...
    - Talvez você tenha razão! – sorriu, fazendo uma pausa, enquanto olhava bem para mim. – Ei, sabia que eu prefiro, mil vezes, ver você sorrindo?
   
    As palavras dele me fizeram pensar. Eu sabia que ele estava se referindo à noite passada e isso não era bom. Mas percebi que o meu silêncio o incomodava, então resolvi soltar a verdade de uma vez.

    - Justin, eu estou sorrindo agora, mas isso não significa que eu esqueci o que aconteceu na noite anterior... Na verdade, eu nem sei se um dia conseguirei esquecer isso! É só que... Estar com você faz as coisas parecerem melhores!
    - Sério? – seus olhinhos brilharam de emoção e eu quase ri.
    - Ok, você não precisa ficar se achando por isso, aliás, eu ainda te odeio! – menti, tentando voltar a minha posição autoritária.
    - Desculpe, então... – falou Justin, fazendo um biquinho que fez uma parte de mim parar de querer ser tão “má”.
    - Ei, estou brincando... – sorri para tranquilizá-lo. – Enfim, vai logo ir tomar banho, crianção!

    Ele riu, pensando que eu ainda estava brincando, mas, de repente, comecei a expulsá-lo do meu quarto, sem pena. Justin pareceu meio insatisfeito com essa situação, mas eu fingi não ligar, enquanto batia a porta na cara dele. Finalmente eu sentia que as coisas estavam começando a voltar para seu devido lugar. Talvez, as pessoas que me disseram que “depois da tempestade, sempre vem o arco-íris”, estivessem certas.

    Pensar dessa maneira era bom e, ao mesmo tempo, ruim. Bom porque eu já estava querendo isso há muito tempo. Mas, ruim, porque a ideia de me magoar outra vez não estava na minha lista de coisas favoritas a fazer.

    Tentando evitar ficar me preocupando com bobagens, resolvi fazer o que disse que faria e, então, corri para o banheiro. Tomei um banho relativamente rápido, apenas para não ficar refletindo embaixo d’água. Até porque, no final das contas, eu só queria me sentir bem, embora fosse difícil, quando eu tinha que ficar olhando para aquele corte horrível na minha perna, que me deixava inundada em péssimas lembranças da noite passada.

   Ok, eu tenho que parar com isso. Pensamentos ruins, mantenham distância, por favor! À partir de agora, só vou pensar em coisas boas, tipo... Justin! Ai, meu Deus, o que é isso, hein? Meu cérebro deve ser defeituoso, só pode...

   Terminei de me arrumar o mais rápido que pude, antes que eu acabasse enlouquecendo, discutindo comigo mesma. Assim que fiquei pronta, saí do quarto, descendo até o primeiro andar e... Sem sinal do Justin.

   Na sala, havia apenas Ryan. Ele estava no sofá, falando no celular. Sua expressão parecia um tanto quanto preocupada e confusa. Não queria parecer fofoqueira, mas o jeito como ele estava, me deixou preocupada também. Assim, não hesitei em prestar atenção em parte da sua conversa...

    - Eu sei... – falava Ryan. – Manu, fica calma! Assim que ela ac...

    Então, de repente, ele pareceu notar minha presença, o que me deixou um pouco envergonhada por estar “espionando”. Ryan apenas se levantou do sofá, rapidamente, e andou até mim, esticando o celular em minha direção.

    - (Seu Nome), que bom que já está acordada! – falou. – A Manu estava desesperada para falar com você!
    - Por quê? O que aconteceu? – perguntei, sendo tomada por uma preocupação quase maternal. – Por que ela não está aqui?
    - Bom... É melhor ela mesma te explicar! – concluiu Ryan.

    Os olhos dele pareciam um tanto quando alarmados, o que acabaram por me deixar mais nervosa ainda. Notei que quando peguei o celular, minhas mãos já estavam tremendo. Tentei me obrigar a ficar calma, mas não adiantou muito.

    - Manuela? – falei, assim que aproximei o aparelho do ouvido.
    - (Seu Nome), graças à Deus você acordou! Eu estava pirando para falar com você... – a voz da minha amiga parecia um pouco trêmula, o que não ajudava na minha tentativa de me acalmar.
    - Ok, o que aconteceu? – perguntei.
    - Hã... Antes que eu comece a contar, você tem que prometer que não vai ficar nervosa, ok? Fica calma! – pediu, obtendo um efeito completamente contrário.
    - Manuela, o que aconteceu?
 
     Houve um silêncio, antes que ela começasse a falar e, sinceramente, seria melhor que eu não tivesse ouvido nada. Assim que ela ia dizendo cada palavra, meu coração pulava. Juro que antes mesmo dela concluir seu relato, achei que iria enfartar, mas não aconteceu, ainda bem. De qualquer modo, ainda assim, fui obrigada a segurar uma lágrima.

     - Eu estou indo para aí! – disse, antes de desligar a ligação.

     Respirei fundo, assim que entreguei o celular de volta para Ryan. Ele me olhou, solidário e, ao mesmo tempo, sem-graça, talvez por não ter sido ele a me contar. Pensei em dizer algo, mas o som de passos na escada, fez com que eu interrompesse qualquer linha de raciocínio. Justin vinha descendo até nós e, antes mesmo dele se aproximar, pedi:

      - Justin, preciso que você nos leve até o hospital...
      - Por quê? – ele pareceu assustado. – O que aconteceu?
      - O Lucas...

     Não consegui falar mais nada. Lágrimas começaram a pular dos meus olhos, desperdiçando todo o meu esforço até agora. Eu... Não posso acreditar que isso aconteceu com meu bobão!
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Capítulo 20, lindas :)

    Enfim, não tenho muita coisa a dizer hoje, apenas... Obrigada! O acesso do blog vem crescendo e eu devo tudo isso a vocês (pensa que eu não vejo quando vocês meigamente indicam o blog para alguém? :)
Eu sei que não costumo agradecer frequentemente, mas é só para não ficar repetitivo. Porque, sério, lindas, toda vez que eu olho as estatísticas ou comentários do meu blogger... Sei lá, não tem como descrever o quão grata eu fico à vocês. Obrigada por construirem o devaneio comigo, bebês! De coração, eu amo vocês! :)

PS: Tenho um blog "novo"  para indicar a vocês, amores... Não é bem novo, mas vai ter IB nova nele. É o blog da Gi, então para vocês acompanharem, o link aí embaixo:
http://imag1ne-belieber.blogspot.com.br/

(Leiam, comentem, sigam e persigam... Porque como é mesmo que eu sempre digo? Participar de um blog não arranca pedaço, mas faz muuuuito bem ao coração do autor)  


(A imagem do post é da Gabrielle)