18 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 16


Príncipe



Belieber's POV

 
Nós já havíamos chegado à festa há alguns minutos. Já havia passado por aquela entrada constrangedora, onde todo mundo parece olhar para você. Como se não bastasse, um dos garotos que estava como DJ era da minha sala e ficaRa dando em cima de mim o primeiro semestre inteiro, então, assim que entrei, ele fez questão de fazer meu nome ecoar pelo salão inteiro e dedicar uma música para mim. Ainda tive que aguentar Manuela rindo de mim, igual uma idiota, enquanto eu sentia uma tremenda vontade de voltar para casa!

     Devido a esses primeiros minutos iniciais, eu realmente duvidei de que aquela seria a melhor noite da vida. Acho que nunca passara tanta vergonha em tão pouco tempo. E olha que eu já passei MUITA vergonha durante esses anos...

     Mas as coisas pareceram melhorar, quando Manuela me puxou para a pista de dança, enquanto uma música agitada tocava, estourando meus tímpanos. Ryan estava bem ao nosso lado, já Lucas sumira assim que entramos e, quando finalmente o achei no meio daquela multidão, ele já estava prestes a investir em uma garota qualquer. Muito diferente dele, eu até agora não ligara para nenhum garoto que chegava pelo de mim...

     Meus pés já estavam começando a doer de tanto dançar, quando Manuela falou alguma coisa que eu não consegui escutar devido à música, e puxou a mim e Ryan para um canto menos lotado.

     - Onde a gente vai? – berrei para me fazer ouvir.
     - Pegar um pouco de ponche, oras... Eu falei que estava com sede. – gritou, quando nos aproximamos da mesa.
     - Sério que você vai beber isso? – perguntei. – Aposto todo o meu dinheiro que alguém já tacou vodka nesse treco!
     - Tudo bem! Eu posso beber um copo, quanto a você é melhor não tocar nisso... – falou, rindo.
     - Por quê? Você tem a mesma idade que eu... – lembrei-a.
     - É, mas eu posso tomar um copo e continuar bem. Já você se beber um gole não se aguenta mais em pé...
    
     Fiz um biquinho de insatisfação, enquanto Manuela colocava um pouquinho da bebida em um pequeno copo. O que mais me frustrava era saber que o que ela falava era verdade, apenas uma pequena dose de álcool me dava muita dor de cabeça.

     -A propósito, você vai ficar ignorando todos os garotos a noite inteira? – perguntou, tentando não gritar muito.
     - Eu não estou ignorando todos os garotos... – protestei.
     - Claro que está! – ela riu. – Estou até começando a ficar com pena deles. Diz para ela, Ryan! 
     - O quê? – perguntou, depois de levar o copo de ponche à boca. – Estão falando comigo? Eu não tenho ideia do que vocês estão dizendo, afinal...
     - Ah, é! – ela tossiu, antes de mudar de idioma. – Desculpa! Assim é melhor?
     - Muito melhor! Obrigado... – Ryan riu.
     - Então, (Seu Nome), a questão é: por que você está ignorando todos? Coitados... – continuou Manuela.
     - Simples! Porque todos parecem muito estranhos... – afirmei o óbvio.
     - Como você pode saber disso? Eles estão todos fantasiados... E mascarados!
     - Exatamente! Se uma pessoa consegue parecer estranha até de fantasia e de máscaras, imagina sem elas... – ri.
    - Você é uma boba! – Manuela sorriu. – Mas, fala sério, é impossível não ter ninguém que você não ache “estranho” aqui... O lugar está lotado!
    - Não sei se é tão impossível assim... – conclui, observando ao redor.- Ok, tem um garoto entrando agora, olhe! Ele parece bonitinho... Ou pelo menos a fantasia dele faz com que ele pareça!
   
   Manuela ficou na ponta dos pés, para poder enxergar através de mim e, assim que pareceu finalmente vê-lo, um sorriso um tanto quanto suspeito se abriu em seu rosto.

   - Ei! – falei – Tira o olho! Eu vi primeiro... Além disso, você tem o Ryan aí do seu lado!
   - Ok, paranóica! – Manu riu. – Eu estou feliz com o meu Ryan, ok? Agora vai lá falar com o garoto bonitinho, vai...
   - Não, idiota! Eu não vou até ele, parece coisa de piriguete ou garota muito desesperada...
   - Ai, nada a ver, vai lá... – implorou, me empurrando.
   - Não...

   Ok, imagina duas malucas no meio de um baile meio que se estapeando levemente... Pois é! Manuela ficava tentando me empurrar na direção que o garoto deveria estar, enquanto eu afastava-a de mim com leves tapas. Ou não tão leves assim. Ficamos nisso por longos minutos, até eu desistir...
  
   - Tudo bem, maluca! Eu vou...
 
    Já ia começar a andar, contrariada, para sair à procura do tal gatinho, mas o meu lado desastrada decidiu estragar tudo e me atrapalhar. Assim que eu me virei para o outro lado, esbarrei em alguém. O pior é que não era qualquer “alguém” e, sim, o garoto que eu vira há pouco e que provavelmente estaria me achando uma tremenda retardada.

    - Ai, meu Deus! – berrei, tentando me mantar mais alta do que a música. – Desculpa!
   
    Ele não disse nada, apenas sorriu para mim e então eu imagine que estava desculpada. Na verdade, eu não tive tempo para pensar em muita coisa, já que estava ocupada demais corrigindo a mim mesma: Ele não era “bonitinho”, mas sim lindo. E estava encantadoramenteperfeito naquela fantasia de príncipe (bom, os tênis não combinavam muito, mas quem liga para um par de sapatos?). A máscara preta simples que ele usava estava me deixando curiosa. Eu sabia que o conhecia, já tinha visto aquele lindo sorriso em algum lugar, só não me lembrava onde. Quem seria ele? O garoto super lindo da sala ao lado? Ou quem sabe um ex-aluno (hum... Eu gosto de garotos mais velhos!)?

     Devido a minha distração intensa, mal percebi o garoto fazendo uma pequena reverência diante de mim, como se eu fosse realmente uma princesa, e depois estendeu a mão, como que me convidando para dançar. Por uma fração de segundo, senti um medo absurdo. Eu nem sabia do que exatamente, mas estava com medo. Assim, quase o rejeitei, mas quando ia fazê-lo, Manuela cutucou nas costas, desaprovando minha dúvida. Suspirei, antes de segurar a mão do estranho, que sorriu para mim, novamente.

    Era incomum ele estar me tratando daquele jeito tão formal, porque no momento estava tocando uma música agitada e, bom, se nós fossemos dançar, seria muito diferente do que eu estava realmente imaginando. Mas percebi, um pouco tarde demais, que ele não estava me levando até ao centro da pista de dança e, sim, até a porta dos fundos. Ia protestar, mas desisti. Aliás, eu ainda estava admirada pelo toque da sua mão na minha, que estava fazendo meu corpo todo estremecer.

     Assim, ele abriu uma das enormes portas de carvalho, para que eu passasse primeiro. Logo que cheguei ao lado de fora, meus olhos brilharam. Havia um pequeno palco encostado à parede externa e, a frente dele, diversas cadeiras brancas colocadas em fileiras simétricas. Ali era o local onde sempre havia palestras, apresentações e afins. Mas não era isso que me importava, de fato. O que estava mais afastado, no final do jardim, é que me encantava...

    Atrás de toda essa bagunça desinteressante, estava um dos lugares mais simples e lindos do mundo. Descrevendo de uma forma crítica: havia um círculo enorme no chão, com a imagem do céu com várias nuvens, o espaço era delimitado por uma pequena cerca branca, coberta com flores – que variavam entre as cores rosa e vermelho – e diversos pisca-piscas iluminavam o local,o que fazia os meus olhinhos brilharem de animação. Ao fundo, havia uma dessas máquinas antigas de música.

   Em outros dias normais, aquele pareceria o lugar mais sem-graça do mundo, sem enfeites e flores, mas hoje estava perfeito e eu o reconhecera entre as minhas lembranças. Quando eu era menor, tinha uma prima que estudava aqui. Ela costumava me contar que sempre tentava vir aqui com o namorado dela, mas era complicado porque estava sempre tão cheio. Naquela época, o comitê do baile costumava contratar violinistas, que tocavam as mais lindas músicas. Agora, eles haviam sido substituídos por aquela maquina lá atrás, já que a organização da festa resolveu parar de investir tanto assim, pois a movimentação ali havia diminuído. Agora mesmo, não havia ninguém.

    Pensar em como o romantismo estava sendo destruído com o tempo, quase me deixou triste, mas, aguentei firme, enquanto caminhava com o “garoto misterioso” até o local. Ele soltou a minha mão, quando chegamos e dirigiu-se até a máquina.
Pegou uma moeda no bolso e selecionou uma música...

    “It's undeniable that we should be together. It's unbelievable how I used to say that I'd fall never… The basisyou need to know, if you don't know just how I feel (…)”

    Eu amava essa música e fazia muito tempo que eu não a ouvia.
Era meio estranho pensar que um garoto conhecia e gostava de algo assim. Afinal, ultimamente os homens não tinham um gosto musical muito bom.
 
   Pensar nisso me deixou ainda mais curiosa. Já ia usar minha cara de pau e perguntar quem ele era, quando o garoto virou-se e seus olhos encontraram-se diretamente com os meus. Senti vontade de arrancar aquela máscara do rosto dele na mesma hora, mas meus ossos congelaram dentro do meu corpo. Era impossível eu não conhecer aquele garoto...

   O importante mesmo é que ele não pareceu se abalar tanto quanto e, logo, esticou a mão para que eu a segurasse. Assim que o fiz, ele colou nossos corpos – em uma velocidade tão grande que quase perguntei desde quando tínhamos essa intimidade toda –, segurando minha cintura. Logo, levei minha outra mão até seu ombro e começamos a dançar.

   Não sei se ele conseguia perceber o quanto eu estava tremendo, mas eu simplesmente não conseguia parar. Os olhos deles pareciam tão intensos, penetrantes... Familiares. Uma ideia muito louca passou pela minha cabeça e fiz questão de ignorá-la. Eu tenho que parar com esses pensamentos loucos que envolvem gente louca.

   Acho que percebi um pouco tarde demais, que meus "pensamentos loucos" me fizeram bancar a maluca. Eu não sei por que eu tinha parado de dançar do nada. Quer dizer, sei sim! O Justin era tão idiota que até pensar nele me fazia parecer idiota.

   Bom, o garoto misterioso estava me olhando com uma cara estranha, quase como se quisesse rir de mim, mas não tivesse coragem. Fiquei um pouquinho ressentida. Tudo bem, eu estava agindo como retardada, mas a culpa não era minha, oras!

   - Eu... Eu... – tentei achar uma desculpa aceitável, mas nada me vinha à cabeça.

   E, então de repente, enquanto eu começava a passar vergonha, como sempre, ele soltou a minha mão e segurou minha cintura. Sorrindo, quase como se gostasse do meu jeito enrolado e sem-graça. O tal garoto fez com que o mínimo espaço entre nós sumisse, me puxando para ainda mais perto. Nossas testas estavam coladas e ele acariciou levemente meu rosto, me fazendo corar.

   Na verdade, eu não tinha ideia do que estava fazendo, só... Não queria parar. Ah, é, (SEU NOME),MUITO ESPERTO DA SUA PARTE! VOCÊ AÍ, DEIXANDO UM ESTRANHO TE AGARRAR! SE ELE FOR UM MANÍACO DO PARQUE QUE VAI TE SEQUESTRAR, TE MATAR E ESQUARTEJAR, DANE-SE, NÉ?

   Mas eu não me importava. Uma pessoa com aquele tipo de olhar não podia ser tão má assim, além disso, eu já estava ali fora mesmo, sem mais ninguém além dele e eu. Então, se eu fosse ser morta, iria acontecer. Se eu deixasse tudo rolar naturalmente pelo menos poderia aproveitar mais um pouquinho, antes de morrer...

   Assim, levei minha outra mão até seu ombro também e fechei meus olhos, enquanto o estranho avançava para me beijar. E, descrevendo a experiência de uma forma racional, foi a coisa mais estranha da minha vida!

    Logo que os lábios deles encostaram-se aos meus, eu senti o melhor beijo do mundo. Romântico, quente, inocente até onde era possível, perfeito. Meu coração batia como louco, enquanto nossas línguas se entrelaçavam. Tudo parecia ótimo. O único problema é que só havia uma pessoa capaz de fazer com que eu me sentisse daquele jeito. Essa pessoa era a dona desse beijo, que eu – tenho certeza – poderia reconhecer até depois de morta.

     Assim que ele se afastou de mim, senti uma enorme vontade de acertar um tapa em sua cara, mas não o fiz. Estava me sentindo idiota demais por não ter reconhecido aqueles olhos e aquele sorriso antes. Bom, talvez eu até já soubesse, só não queria acreditar... Ou me iludir e me decepcionar logo em seguida.
   
     De qualquer forma, ele ainda olhava para mim, provavelmente esperando alguma reação. A única coisa que consegui fazer foi levar a ponta dos dedos até sua máscara e levantá-la, revelando seu rosto. Eu mal percebera que estava mordendo os lábios de tanto nervoso. Juntei toda força possível para tentar falar, enquanto uma pequena lágrima deslizava por meu rosto:
    
      - Justin...
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Capítulo 16, lindas :)
     Bom, eu vou dedicar essa capítulo super "awn" para a Luiza boba, que mesmo sendo bullyinguera comigo, é fofa (quando quer, né? skaopsaskakspaos <3) [Sim, olha a Juh voltando a dedicar capítulo aí, meu povo!]

    Enfim, eu espero que vocês gostem desse capítulo... :)
    Boa noite, bebês!

(PS: A imagem do capítulo é da Noelia Barral)

8 comentários:

  1. Primeira, uhu! É A SUA CHURROS AQUI! HEHE! "Espero que tenham gostado"? EU A-M-E-I esse capítulo, foi tão...eu, e claro, minhas imaginações solitárias com o Justin antes de dormir. KKKKKKK acho que eu vou fazer um filme, assim: "Livian e seu marido Justin, que só existe em seu travesseiro." Neeeo, acho que meus sonhos mesmo fazem mais sentido, mesmo sem ter sentido nenhum, beijitos churros, BAI BAI! Ah, CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAA!

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  2. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TIPO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TIPO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TIPO AAAAAAAAAAAAAH MEU DEEEEEEEEUS CONTINUA LOGO AAAAAAAAAAAH

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  3. SENHORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR QUE QUE FOI ISSO? TIPO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWWWWWWWWWWWWWWWWWWN QUANTA FOFURA, QUANTA COISA MISTURA NUM CAPITULO SÓ, É O AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOR MEU POVO *-* VEI, VEI, VEI, VEI, VEI, ISSO TA MTO LINDO, PQP CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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  4. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA JUH QUE CAPITULO PERFEITO NA BOA, GENTE O JUSTIN É REALMENTE PERFEITO, QISSO VÉI CONTINUA AGORA SE DER, AMEI AMEI AMEI

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  5. OMBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB! QUE PERFEITO!

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  6. Leitora nova aqui. NOSSA TO AMANDO SUA IB. MUITO PERFEITAAAAAAAAAAAAAAAA CONTINUA LOGO. By.: pride_kidrauhl

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  7. AAAAAAAAAAAAH aa não canso de dizer .. ta PERFEITO , PERFEITO , PERFEITO .. ESTOU SEM PALAVRAS PRA DIZER SOBRE ESSE CAPITULO A UNICA COISA É QUE TA PEEEEEEEERFEITO DE MAIS .. ownnt continuuuuuuuuua bjs.

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