20 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 18


Rodrigo...

   

Belieber's POV

   Eu estava completamente imóvel. Não conseguia controlar nenhuma parte do meu corpo, acho que nem piscando eu estava. E, como se não bastasse, estava respirando igual a um asmático. Acho que, provavelmente, eu morri e minha alma esqueceu de sair do corpo...

     - Bom, quanto tempo, não?

     Ele andava de forma estranha e, assim que avançou alguns passos em minha direção, eu recuei, batendo de costas na árvore. Tentei me acalmar e analisar se a situação era muito ruim. Ele estava vestido com uma fantasia de Zorro, mas a máscara preta estava enrolada em sua mão direita. Na outra mão, havia uma garrafa que eu não consegui identificar, pois ele a jogou no chão, segundos depois, fazendo o vidro se quebrar na grama.

   - Rodrigo... – comecei, tentando não parecer tão nervosa quanto realmente estava. – O que você está fazendo aqui?
   - Bom, é uma festa para alunos e EX-ALUNOS! Então, por que eu não estaria aqui? – a voz dele estava estranha. Falhando algumas vezes, quase como se fosse difícil falar.
   - Talvez porque foi expulso da escola. E, alunos expulsos ou suspensos são proibidos de entrar! – tentei não usar um tom muito agressivo. Não sei porque estava sentindo um medo absurdo de ofendê-lo.
    - Ah, minha doce (Seu Nome), você costumava ser mais esperta que isso... É um baile de máscaras e isso aqui está lotado! Não tem como aquela segurança ridícula lá fora conseguir identificar a todos ou então haveria uma fila enorme para entrar...
    - É, mas eu quis dizer mais especificamente... O que você está fazendo aqui fora?
    - Ah, eu até estava lá dentro, mas aquilo estava tão chato... Um bando de crianças achando que estão dançando não se encaixa bem no meu conceito de diversão. Então, eu vim aqui para fora, porque não é “permitido” entrar com bebida alcoólica. Como se eu ligasse...

    Olhei para o local onde a garrafa havia se transformado em milhares cacos e hesitei. Era só o que me faltava, ele estava bêbado também! Uma voz parecia gritar na minha cabeça para que eu corresse, mas eu sabia que não iria conseguir. Não com aquele vestido e aquele salto enorme. Eu precisava ganhar tempo...

    - Mas... Você está se divertindo? – perguntei, fingindo ser simpática.
    - Não, na verdade! – ele fitou o chão, por alguns segundos, aparentando estar decepcionado. – Eu vim aqui esta noite só para fazer uma coisa, mas até agora não consegui.
    - Ah, é? E o quê? – continuei, tentando afastar o medo para longe de mim.
    - Bom, eu já deveria ter feito isso há muito tempo... Eu não sei se você sabia, minha linda, mas desde que eu saí desse colégio, há uma pessoa que eu odeio com toda a força do meu ser. Essa pessoa, aliás, me “ajudou” a ser expulso daqui. E, eu estava pensando que bem que eu poderia lhe retribuir esse favor, não é? Seria algo realmente legal e... Como eu sou uma pessoa muito generosa, não aguentaria me divertir sozinho, então arranjei alguns amiguinhos para me ajudar. Aliás, eles estão lá dentro. Mas, sabe, eu acho que não vou conseguir sem a sua ajuda... – a voz dele estava repleta de um sarcasmo forçado - Diga-me, (Seu Nome), você conhece um garoto alto, loiro, babaca e que se chama Lucas?

   Meus punhos se fecharam, enquanto eu começava a ficar irritada. Ele não podia estar falando sério. Respirei fundo, antes de ser tomada por uma descarga de coragem e quase berrar:

   - Você não vai encostar nele!
   - Oh, não, não! Pode ficar tranquila... – ele continuou, se aproximando mais. – Eu encontrei uma diversão muito melhor: Você! Sinceramente, (Seu Nome), eu não imaginei que viesse... Você sempre foi tão medrosa, que, bom, eu achei que imaginaria que eu estaria aqui e acabaria não vindo, mas aqui está você! Agora, seja sincera, você está com medo, não está?

    Ok, a coragem foi embora, assim que percebi o quão perto Rodrigo estava. Eu podia sentir o cheiro do seu hálito cheio de álcool, cada vez que ele falava e, isso era realmente muito nojento.

    - Ei, não precisa ficar com medo! – falou, quase parecendo agradável, mas ainda era o Rodrigo. – Eu não te faria mal, mas você sabe que temos um assunto interminado, não é?
    - Rodrigo, você está me assustando...

   Tentei afastá-lo de mim, mas ele foi mais rápido. Segurou meus pulsos, antes que eu conseguisse encostar nele. Seus olhos verdes brilharam malvados para mim, enquanto suas mãos se apertavam.

    - Me solta! – rosnei. – Você está me machucando...
    - Se você se comportar, não vou te machucar!

    Estava quase chorando de nervoso, quando as coisas pioraram. Ele, simplesmente, me beijou. Ok, eu admito, há uns alguns anos atrás, eu até gostava do beijo dele, mas a situação agora era muito diferente. Eu estava encurralada entre ele e uma árvore idiota e estava sendo beijada à força por um bêbado descontrolado. Seria menos nojento se toda a humanidade cuspisse em mim...

    Rodrigo se afastou de mim, rapidamente e, em seguida, passou os dedos por uma mecha do meu cabelo, como se em algum momento ele estivesse sendo romântico. Tentei aproveitar que ele havia soltado uma das minhas mãos, para acertar um soco certeiro em seu ombro. O que não funcionou muito bem. O medo me deixava mais fraca que o normal e toda a força que eu tentava reunir para socá-lo não faria nem cócegas nele!

    - Sabe, (Seu Nome)... – começou, olhando-me de forma estranha. – Você até que era bem bonita, naquela época, mas, acredite, se você fosse gostosa como você é agora, eu nunca faria o que fiz, ok?

    Ele sorriu, quase como se aquela besteira que estava falando fosse um maravilhoso pedido de desculpas. Isso me fez realmente questionar se ele era sempre tão idiota assim ou estava apenas sobre o efeito da bebida... Sinceramente, era mais fácil acreditar na primeira opção.

   Sentia tanta vontade de acertar um tapa na cara dele, mas eu mal conseguia respirar, enquanto era imprensada contra a árvore. Rapidamente, Rodrigo levou a mão a minha cintura, antes de me beijar de novo. Aquilo era demais para mim, eu me sentia suja até respirando o mesmo ar que aquele garoto.

  O pior é que logo ele tirou a mão da minha cintura, levando-a até as minhas costas e... Tentou descer o zíper do meu vestido. Quis berrar, me debater, chorar, mas tudo parecia impossível na hora. Eu estava sendo torturada por um psicótico, praticamente. Mas, felizmente, graças a Deus, o zíper emperrou no meio e, por mais que ele tentasse puxar, o fecho simplesmente não abria.

   Queria me sentir aliviada, mas não podia, porque aquilo não o ia parar. Rodrigo parou de me beijar, durante um segundo e, depois colou seus lábios em meu pescoço. Ele ficou dando leves (e nojentos!) beijos em meu colo. Percebi logo que lágrimas começaram a cair dos meus olhos, mas esse não era exatamente o choro que eu esperava. Queria chorar como uma criança que berra, esperneia, grita. Mas estava imóvel demais para conseguir fazer qualquer coisa e a minha voz morrera na garganta.

   E quando eu pensei que não pudesse ficar pior, senti uma dor enorme na perna. Me esforcei para olhar e notei que, de alguma forma (exceto com a mão), Rodrigo havia rasgado o meu vestido e talvez assim, acidentalmente, me cortado. E, como se não fosse o suficiente, ele tocou minha coxa. Não, foi pior do que tocar... Ele começou a alisar a minha coxa, como se eu fosse uma dessas prostitutas de esquina.

    Nunca me sentira tão péssima. Aquela, com certeza, era a pior situação pela qual já passara em toda a minha vida. Estava tão desesperada que até conseguira gritar, por fim. Mas foi um grito tão entrecortado pelas minhas lágrimas, que eu duvido que qualquer pessoa pudesse escutar.

    De repente, não muito longe dali, ouvi alguém falar alguma coisa. Eu estava tão nervosa que não consegui identificar nenhuma só palavra. Não sabia se aquilo era português, francês, italiano, inglês, mandarim ou sei lá que língua. Por isso não criei esperanças, provavelmente fora só a minha imaginação tentando me poupar daquele momento horroroso.

    Mas quando eu já estava certa de que aquele traste iria fazer comigo o que quisesse e ninguém iria me ajudar, senti o peso do seu corpo – que antes estava sobre mim – desaparecer. Respirei fundo, antes de, segundos depois, perceber Rodrigo largado no chão, com um garoto em cima dele, socando seu rosto. Mas não era qualquer garoto, era o Justin... Não acredito que aquele bobão impulsivo estava se arriscando por minha causa.

    - O que você está fazendo, idiota? – berrou Rodrigo, logo após levar outro soco.

   Sabia que Justin não entendera uma só palavra, mas isso não parecia o incomodar, já que ele continuava socando a cara do meu ex-namorado. Até que Rodrigo puxou um canivete – o que provavelmente usara para rasgar a saia do meu vestido – e fez um corte no braço do Justin. Meu coração parou de bater por um minuto. Aquele idiota poderia fazer qualquer coisa comigo, mas machucar o meu bebê já era um pouco demais.

   Felizmente, antes mesmo que eu pudesse fazer algo, vi Justin dando um tapa tão forte na mão de Rodrigo, que fez o canivete voar há alguns metros de distância, caindo em algum lugar na grama. Depois disso, a única coisa que deu para ver foi Rodrigo apanhando muito. Os olhos de Justin nunca pareceram tão raivosos. Juro que pensei que ele iria matá-lo, mas parou quando sentiu que ele já estava prestes a ficar inconsciente.

    - Eu deveria matar você... – ameaçou, sem se importar se ele entenderia ou não seu inglês.

    Justin levantou-se, respirando fundo, aparentemente, tentando se controlar. Ele caminhou até mim, enquanto a raiva dava lugar à preocupação em sua expressão. Atrás dele, ouvi Rodrigo gemer no chão, mas sem tentar se levantar.

     - Você está bem? – perguntou, assim que chegou bem perto de mim.

    Eu nunca me sentira tão aliviada em toda a minha vida. Olhar para os olhos do Justin, novamente, quase parecia fazer com que as coisas estivessem bem. Assim, respirei fundo, tentando recuperar minha voz, antes de responder:

    - É, eu estou bem... Acho!
    - Ah, graças a Deus! – ele me abraçou forte, enquanto suspirava aliviado. – Vem, eu vou te tirar daqui...
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Capítulo 18, lindas :)

   Uh... Que clima tensão, não? Haha', enfim, como puderam perdeber a maioria de vocês acertaram! Era mesmo o Rodrigo (haha), aliás, eu postei até uma tirinha sobre isso na twitpic, aqui olhem => https://twitpic.com/a9puoj 

   Espero que gostem do capítulo, bebês! :)

(PS: A imagem do post é da sammu)

9 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa #morri QUE PERFEITO, PQP - @imaginebrazil

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  2. VEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI JÁ DISSE QUE TA PERFEITO? PSÉ, TA PERFEITO *O* PQP, CONTINUAAAAA

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  3. JUSTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEN MEU HERÓI <333 VÉI ISSO TA PERFEITO DEMAIS

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  4. Muito perfeitoooooo. Nossa. Você pode me avisar no tt quando postar um novo cap ??????? Pride_kidrauhl

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  5. ISSO AI JUSTIN BATE MESMO NELE #RUUUUUM.. AAH AMEEEEEEEI CONTINUUUUUUUUUUUA LOGO BJS.

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  6. ISSSOOO AI JUSTIN, ARREBENTA A CARA DELE MANO, UHUU MEU HEROI
    CONTINUAAA PLEASEE
    BJJ
    LEITORA NOVA

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  7. aaaaaaaah quee raiiva doo Rodriigo pqp aiinda bem que o Bieber chegou pra me salvar nuss continuaa logooo to curiosaaa @BiebasMyPride

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  8. que clima tenso :O Mas ainda bem que o meu herói chegou pra me salvar né? kk Sério, como você consegue escrever capítulos tão perfeitos assim hein? Apesar de ser bem tenso, ficou muito bom *-* Que orgulhinho da minha sister diva haha :))
    @1997rafaela

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