02 dezembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 29


Aliviando a tensão




Justin’s POV


   Me preocupei  em dirigir vagarosamente, enquanto (Seu Nome)  ainda não se acomodara no assento ao meu lado. Ela parecia bastante assustada ou pensativa, tateando os dedos sobre a própria perna. Estava ligeiramente virada para trás, fitando o urso de pelúcia que se apoiava no banco traseiro. Não pude impedir uma onda de culpa me arrastando para aquela situação.    

    Precisei perguntar, no mínimo, trezentas vezes se estava tudo bem, obtendo uma resposta positiva em todas as tentativas. Mas, ainda assim, dava para perceber a mentira por trás do ”sim” baixo de minha namorada. Tentei não me lembrar do quanto era idiota, enquanto acelerava pela estrada, seguindo para um novo destino que havia me passado pela cabeça.
   
   Algumas curvas, semáforos e retornos – eu não me lembrava do caminho com exatidão – depois, necessitei ainda gastar mias tempo para achar uma vaga para estacionar, mas feliz e finalmente, havíamos chegado.

    - Ei, onde estamos? – perguntou (Seu Nome), estranhando quando fiz menção a sair do carro.      
    - Surpresa... – sorri, abrindo a porta com pressa.
    Contornei o veículo, correndo, até chegar ao outro lado e, então, abri a porta para que minha princesa saísse. Pude facilmente perceber sua hesitação. Ela não estava, nem de longe, tão confiante e animada como hoje de manhã. Talvez – embora eu evitasse pensar nisso – (Seu Nome) não estivesse assustada, mas sim, chateada e frustrada comigo. E essa opção não era muito aceitável.

      Passei a mão lentamente por sua cintura, tentando descobrir algum ponto de segurança em sua estrutura emocional difícil. Não houve nenhuma reação adversa. Assim, um pouco mais aliviado, a conduzi para fora do estacionamento, caminhando com calma, apenas para aumentar suas expectativas.     

      Ao chegarmos à entrada do local, vi meus planos começar a darem certos. (Seu Nome) ficou claramente radiante, enquanto andávamos até a porta do seu restaurante favorito. Eu não lembrava quanto tempo fazia desde que estivéramos ali da última vez, mas tinha certeza que fazia longos 1meses e isso só aumentava o efeito da surpresa.

       - Sério que você me trouxe aqui? – perguntou, parecendo curtir uma piada particular – Está se sentindo tão culpado assim?
       - Não... – menti. – Mas não podemos vir aqui sempre, por isso eu achei que fosse ser legal. Você ama esse lugar, então...
       - Ok, Justin, eu já entendi! – ela riu, sem graça por ter que me interromper.

       Me calei, enquanto caminhávamos até a entrada. Segurei a sua mão, suavemente, ao passarmos pela porta. Eu sequer tinha entrado no restaurante direito e já havia uma recepcionista, pronta para nos levar à uma mesa mais reservada.

      Enquanto andávamos entre as mesas e conversas alheias, pude ver os olhos de (Seu Nome) quase brilhando, diante da decoração do lugar. Foi inevitável me lembrar da primeira vez em que estivéramos ali. Ela praticamente ignorara o cardápio, o garçom e até mesmo o prato – que eu tivera que pedir – e ficara olhando para o espaço, admirando as mesas e cadeiras elegantes, as paredes em tom pastel, a iluminação fraca, a música suave ao fundo a aglomeração de pessoas sentadas às mesas conversando em meio tom e, principalmente, o incrível teto de material transparente, que deixava o céu e as estrelas à mostra, acima de nós.

      Sentamos à mesa e (Seu Nome) pediu gentilmente para que chamasse Josh, o garçom que sempre nos atendia quando íamos até lá e por quem, possivelmente, minha namorada tinha uma queda. Mesmo não tendo certeza dessa hipótese, não podia descartá-la, ainda mais se considerasse o modo como eles pareciam íntimos nesse curto intervalo de tempo.

      - Feliz agora? – indaguei, quando a moça se afastou de nossa mesa nos deixando sozinhos novamente.
      - Muito. – respondeu, olhando diretamente para mim. – Você é perfeito. Doido, mas perfeito…
      - Aprendo um pouco disso com você todos os dias!

     (Seu Nome) chegou a abrir a boca para falar, mas rapidamente um indivíduo se aproximou. Josh era alguns centímetros mais alto que eu, um pouco mais forte, com cabelo preto e curto. Tinha olhos igualmente escuros, trajava seu uniforme de trabalho, levando um bloquinho no bolso da camisa e... Estava bem diante de nós.

     - Então, senhores, estão prontos para pedir? – perguntou, fingindo uma cortesia.
     - Josh, quanto tempo! – exclamou (Seu Nome), visivelmente mais animada do que eu.
     - É, já faz bastante tempo mesmo. Pensei que estivesse esquecido o endereço do restaurante. E, depois, quando te vi passando pela porta hoje, achei que nem se lembraria mais de mim...
     - Mas, aparentemente, ela lembra... Que felicidade, não? – me intrometi, seco e sarcástico, começando a me cansar de tanta perda de tempo.
     - Hã... – Josh pigarreou duas vezes, aparentemente embaraçado pela minha intromissão. – Então, o que vão querer?
     - O de sempre... – suspirou (Seu Nome). – Aliás, ainda tem isso no cardápio, não é?
     - Se você tivesse aberto, talvez soubesse... Brincadeira. É claro que ainda temos. – seu tom de voz se alterou discretamente. – E você, Justin?
    
     Justin? Cadê a formalidade agora, senhor pseudo lorde inglês?

     - O mesmo, por favor. – pedi, dando ênfase na gentileza do meu “por favor”. 
     - Ok, volto já com os pedidos...

     Por uma questão de bem maior, fingi não perceber a piscada que ele direcionou a minha namorada, antes de se afastar. Porém, apesar disso, precisei respirar fundo, quando vi a expressão de (Seu Nome) perder a suavidade quando Josh se afastou. Para falar a verdade, da última vez que viéramos aqui, não rolava esse abuso todo, não.

     - Ai, “Joshe”, quanto tempo, hein... – dissimulei em uma tentativa frustrada de imitar a voz da garota diante de mim.
     - O que foi agora, Justin? – (Seu Nome) estreitou os olhos, esperando que eu realmente me manifestasse.
     - Desde quando vocês são tão amiguinhos, hein?
     - Desde quando você é tão ciumento, hein, bobão?
     - Eu não estou com ciúmes. – afirmei. – Mas... Só me tire uma pequena dúvida. O fato de esse ser seu restaurante preferido não é por causa dele, né?
     - Justin, você está bebendo? – ela pareceu tão séria que fiquei tentado a responder sua pergunta. - Deixa de ser idiota. Josh é só um amigo e bonito garçom, você não. Você é meu... Quantas vezes tenho que te lembrar disso?
     - Três vezes por dia é o suficiente...

     Nos olhamos por menos de um minuto e, então, (Seu Nome) começou a rir. Seus olhos faiscavam para mim como se parte da minha idiotice fosse uma das coisas que ela mais gostava em mim. Admito que me ocorreu a ideia de tirar uma foto dessa expressão para esfregar esse maravilhoso momento na cara de um certo Josh, quando o mesmo voltasse.

      Mais rápido do que eu esperava, ele voltou, trazendo nossos pratos e bebidas. O jovem garçom ajeitou tudo calmamente sobre nossa mesa, enquanto eu estudava sorrateiramente seus movimentos perto da (Seu Nome). Quando eu já estava prestes a tocar no garfo, imaginei que ele apenas iria se retirar calma e rapidamente. Porém, eu estava visivelmente enganado.

      - Então, como vocês estão? – perguntou Josh, intrometido. – Pelo que eu sei, alguém por aqui encerrou uma turnê há poucos dias...
      - Nossa, quem? – ela brincou, fingindo-se de desentendida. – É verdade, mas... Acredite você ou não, eu já estou entediada de não precisar ter que fazer nada. É estranho!
      - Ok, eu não acredito! – ele riu. – Até eu já estou contando ansiosamente os dias para as minhas férias...
     - Imagino...
     - Mas, e quanto a você, Justin? Ouvi dizer que você já está trabalhando no seu novo álbum, não é? – sim, ele estava se dirigindo a mim.
     - É... – respondi, seco, enquanto fitava o meu prato, ansioso por ter um pouco de paz.
    
      Desprevenido, quase pulei da cadeira, quando fui atingido por um chute debaixo da mesa. (Seu Nome) estava me fuzilando com os olhos e, balançou a cabeça sugestivamente para que eu fosse um pouco mais receptivo com o interesse do nosso colega.

     - Quero dizer... – corrigi, sem muita vontade, mas fingindo um ânimo inexistente. – Eu estou com várias músicas, mas ainda não gravei nenhuma, na verdade. Talvez comecemos com esse processo nas próximas semanas.
     - Ótimo, não? – incrivelmente, ele parecia sincero. Porém, um segundo depois, teve sua atenção tomada por outra coisa que acontecia a nossa volta. – Bom... É melhor eu ir agora. O trabalho não para. E, para vocês, bom apetite!

     Observei enquanto Josh se afastava. A bandeja estava mal equilibrada, quando ele retirou o bloco do bolso e se apressou para chegar à outra mesa. Satisfeito, voltei minha atenção para a comida. Posso, de forma bastante madura, afirmar que ele não é tão inconveniente como eu falo que é, mas ainda acho que poderíamos ter deixado para conversar depois. Aliás - apesar de não ser o caso – se eu fosse um prato, provavelmente ficaria frio de frustração com essa demora.

      Ouvi (Seu Nome) rindo da minha quietude e, só então, notei que ainda não havia, de fato, tocado em nenhum grão da minha refeição. Comecei a comer, com calma. Minha namorada ficava alternando entre se concentrar no prato diante de si e em mim e, involuntariamente, comecei a fazer o mesmo. Embora parecesse estranho, nós estávamos conversando a nosso modo, de um jeito que só nós mesmos entenderíamos.

     Acabamos praticamente ao mesmo tempo e, quando perguntei, (Seu Nome) recusou a sobremesa, o que estranhei de imediato. Para passar o tempo, enquanto Josh parecia ocupado demais para notar nossa existência, permaneci entrelaçando nossos dedos sobre a mesa e observando como minha mão parecia inferior a dela, que era visivelmente mais macia e com as unhas milimetricamente certas. Mas, minha diversão particular acabou, quando uma voz masculina ecoou novamente perto de nós.

     - Já acabaram? – perguntou Josh, parecendo já meio cansado. – Não vão querer mais nada?
     - Não, obrigado. – respondi de imediato, sobre o olhar de reprovação da minha namorada.
     - Ok, então, vou trazer a conta...

     Assenti, antes de ele se afastar. Troquei um rápido olhar com (Seu Nome), sem paciência para repreensões. Não era minha culpa se seu colega tão íntimo parecia muito mais amigável quando estava bem longe de nós, oras.

     - Da próxima vez em que você for frio de novo, eu te coloco em um tanque de gelo para você aprender algo que preste... – ameaçou, agressiva.
     - Eu não fiz nada, ok? – rebati. – Apenas respondi, rapidamente, para não deixar o rapaz esperando...
     - Você não me deixou falar.
     - Por quê, hein? Queria ficar batendo mais papinho ainda com ele? – perguntei, irônico.
     - Justin, vamos acabar com isso, ok?
    
     Fiquei confuso por um minuto, enquanto (Seu Nome) passara docemente para o meu lado, com cuidado para não fazer muito barulho com a cadeira. Ela olhou para os lados, aparentemente, procurando por algo... Ou alguém... Ou Josh.

    - O que quer dizer? – indaguei, por fim.
    - Bom, você pediu por isso, então é isso que você terá! – suas palavras pareciam firmes, mas seus olhos ainda vagavam pelo local. – Pronto, ele está vindo!

     Antes que eu tivesse tempo para ver de quem ela estava falando, (Seu Nome) puxou-me rapidamente para perto, levando seus lábios aos meus. Meu sangue ferveu. O lugar ficou quente, enquanto minha língua ansiava para que aquilo não terminasse tão cedo. Eu não costumava ser beijado de surpresa – embora sempre fizesse isso – então, quando acontecia, parecia ainda melhor do que o normal. Grudei minhas mãos em seu corpo e aproveitei.

    Eu já tinha até esquecido que estávamos em local público, quando unhas se cravaram fortemente no músculo de meu braço. Ouvi passos perto de nós e, de repente, (Seu Nome) apressou-se para acabar com aquilo. Precisei roubar mais uns três ou quatro selinhos – no mínimo – até que finalmente déssemos atenção ao jovem rapaz a nossa frente.

     - Feliz agora? – ela sussurrou em um tom quase inaudível para que somente eu pudesse compreender.

     Sorri, em resposta. Ao contrário do que eu esperava, Josh não pareceu nem um pouco surpreso. Meio desconfortável com alguma coisa, mas não irritado, nem nada do tipo. E, com calma, passou a conta para minhas mãos. O silêncio ali soava quase perturbador de tão incomum.

     - Eu não quero parecer intrometido, nem nada, mas... – Falou Josh, por fim. – Se eu fosse vocês, não faria isso exatamente aqui.
    - Ah, não? Por quê? – escondi um pequeno sorriso sarcástico.
    - Bom, estavam comentando a pouco sobre paparazzis do lado de fora do restaurante. Eu não tenho certeza de que seja verdade, porque não pude sair, mas é melhor prevenir, não é?
    - Ele tem razão... – concluiu (Seu Nome), ao meu lado.
    - De qualquer maneira, nós já estamos indo embora, não é? – suspirei, preocupado.
 
     (Seu Nome) concordou discretamente. Efetuei o pagamento com um cartão e Josh pareceu bastante amistoso, quando já estávamos indo embora. Felizmente, antes de passarmos a porta do restaurante, um funcionário realmente forte se ofereceu para nos acompanhar até o estacionamento. De fato, achei lisonjeiro, porém não necessário e, felizmente, nenhum dos fotógrafos se aproximou, só o flash das câmeras que eram um pouco incômodo.

      Quando finalmente chegamos ao carro, me certifiquei de retribuir ao homem por tratar que chegássemos ao nosso veículo em segurança. Ele pareceu meio envergonhado de início, mas cedeu facilmente. E só retornou ao interior do restaurante quando já estávamos rodando pela estrada.

      Enquanto dirigia vagarosamente pela cidade, pensava sobre o jantar que tivéramos. Parecia que eu conseguira cumprir o objetivo que era deixar minha princesa satisfeita. Além disso, agora na segurança do carro e sob o olhar meigo da (Seu Nome), refleti que um dos poucos motivos para ela ser tão agradável com Josh é que talvez – só talvez – ele a lembre de Lucas, o tipo de idiota que eu nunca serei. De um jeito estranho, eu fico até feliz por isso e, aparentemente, ela também.

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Capítulo 29, amores!
    Vou dedicar esse capítulo (HÁ, acharam que eu tinha parado de fazer isso? JAMAIS!) a duas leitoras beeem ciumentas, haha, a Luh e a Quel. Relaxem, meninas, eu amo vocês, ok? :)
   
     Enfim, devido ao tempo que eu fiquei sem postar, acho que teremos dois capítulos hoje! Mas, apenas, se eu tiver 3 comentários nesse, porque eu não estou a fim de postar para o vento, sabe? Hahahaha. Então, volto já... Eu acho!

     (A imagem do post é da Farah)
 

4 comentários:

  1. to comentando so pq quero capitulo. bjao

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  2. Azeitona ooooi,o Jubs é muito ciumento pqp kkkk continua amore ta muito perfeito (igual voce) awnnt que fofa eu kkkk.
    @yepdrew

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  3. Como vc sabe está PERFEITO hahah Justin com ciumes *--*

    Continuuua bjs ^^

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  4. VOCÊ É CHURROS MUITO MAL SABIA DISSO?
    Eu to lá na ansiedade "é parte hot, é parte hot!" e chega lá toda hora a (SEUnome)(pq não sou eu, eu jamais faria isso #Rum.) estragando TUDO como sempre e deixando o Justin subindo pelas paredes, tadinho! kk
    Mas voltando ao ponto, EU QUERO PARTE HOT SRA. JULLIANA TROLL CASTRO!
    KKKKKKKKKKKKKKKKK Tá, acabou a parte perversa.
    Amando a #ib aqui õ/ e já estou ligando pra gráfica pra poder fazer seu livro õ/ -n.
    CONTINUE! bj

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