05 dezembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 31

                                                      On the floor


Música do capítulo:
Locked Out Of Heaven - Bruno Mars (a música não durará o capítulo todo, então dê replay)

Belieber's POV



     O sol já estava nascendo, fazendo uma luz agradável entrar pelo quarto, quando acordei. Rolei na cama por alguns minutos, incapaz de me colocar de pé. Meu corpo parecia um saco de cimento de tão pesado. Precisei pensar em tudo que deveria fazer durante o dia para achar qualquer tipo de motivação para sair dali, mas não tive muito sucesso. Só após quase meia hora, consegui cambalear, derrotada, para fora da cama.

     Percebi um vazio insuportável na minha cabeça, enquanto dava meus primeiros passos. Provavelmente, isso ainda era resultado do cansaço exagerado da última noite agitada. Precisei balançar freneticamente a cabeça para um lado e para o outro, tentando fazer meus pensamentos voltarem a ficar em seus devidos lugares, mas não obtive sucesso. Felizmente, tirando isso, eu me sentia ótima. Não sabia porque me sentia, emocionalmente, tão bem, mas dentro de mim, pairava uma paz e calor, misturando-se com a satisfação do tempo ligeiramente nublado.

     Suspirei, caminhando para fora do quarto. Sinceramente, aquele vai e vem já estava se tornando monótono demais. Já passara da hora de eu deixar minhas roupas no quarto de Justin e acabar com essa suposta de decência de que ainda temos nossos próprios espaços e qualquer coisa semelhante.

      Ao chegar ao cômodo que me pertencia, fiquei levemente perplexa. Ele não estava nem de longe parecido com o que eu deixara. Havia uma toalha úmida jogada sobre a cama, enquanto a luz do banheiro permanecia ligada e iluminava peças de roupas largadas em quaisquer lugares. Em meio à bagunça, quase não consegui localizar minha mala, mas, ao fazê-lo, certifiquei-me de pegar roupas que combinasse com meu humor. Assim, escolhi uma camisa de botão branca – de tecido bastante leve – e um short preto curto.

     Voltei, correndo, ao quarto de Justin e ignorando o seu corpo largado sobre a cama, segui para o banheiro. Me despi com cuidado, certificando-me de separar o pijama para lavar e, então, entrei no boxe, ligando o chuveiro. A água caindo sobre meu corpo era reconfortante e só fazia com que minha paz de espírito se agravasse. Sem pressa, fiz todo o processo que um bom banho incluía; passei shampoo no cabelo, massageando-os, depois fiz o mesmo com o condicionador e, por fim, espalhei sabonete por todo o meu corpo.     

     Quando, afinal, acabei, sentindo meu perfume exalar por todo o banheiro, saí debaixo d’água, desligando chuveiro. Ao contrário de tudo o que já tinha feito, me vesti rapidamente, com pressa para descer, comer alguma coisa e fazer o meu estômago parar de ser retorcer, oco.

     Já estava pronta para me dirigir à cozinha, quando – após quase alcançar a porta do quarto – me lembrei do possível cadáver, que pairava imóvel sobre a cama. Justin não se movera nem mesmo um centímetro desde que eu acordara. Com uma pontinha de preocupação – considerando a hipótese de que ele se sufocara durante a noite –, me aproximei, debruçando-me sobre ele, que aparentemente, ainda respirava.

     - Justin? – falei bem próxima ao seu ouvido.

    Não houve nenhuma reação. Ele apenas continuou imóvel, como se eu nada tivesse feito. Seu peitoral ainda se movia calmamente sob os feitos de sua respiração, enquanto meu namorado ainda parecia completamente absorto em seus sonhos.

    - Justin... – tentei mais uma vez, um pouco mais alto, enquanto o chacoalhava levemente.
   
    Por fim, ele gemeu baixinho, me fazendo rir. Não sei exatamente o porquê, mas, de repente, algo em sua expressão suave me deixou com dó de tentar uma terceira vez. Havia algo me dizendo que ele deveria estar realmente cansado, ao invés, de apenas fazendo drama, como eu pensara primeiro.

   
Assim, voltei a sair do quarto, me dirigindo para as escadas, dessa vez. O silêncio tomava conta da casa, tornando o clima quase assustador. Sem me comover, continuei meu caminho até a cozinha, motivada pela fome. Um desejo por coisas doces tomara conta de mim e eu precisava satisfazê-lo rapidamente. E eu não sei porque isso teve que soar como se fosse uma grávida falando.
     
     Tive que me deliciar com o pão-doce sozinha e não gostei. Parecia que eu estava completamente solitária, tendo a companhia apenas de ruídos externos.  Mas nada era pior do que ter que arrumar tudo depois, igualmente sozinha. Felizmente, por algum estranho motivo eu estava me sentindo empolgada o suficiente até para dar conta de serviços domésticos.

     Logo que acabei de deixar a cozinha como estava antes da minha refeição, me dirigi à lavanderia. Ocupei grande parte do meu tempo em separar o monte de roupas em brancas e coloridas, arrumando as em cestos diferentes, antes de levá-las a máquina de lavar. Como sempre, me atrapalhei com todos aqueles botões e funções desnecessárias que o aparelho oferecia, mas quando o mesmo começou a produzir um ronco suave e fazem as roupas girarem dentro de si, achei que afinal havia conseguido.

      Enquanto deixava a modernidade do século XXI cuidar da roupa suja, retornei a cozinha, notando que eu perdera mais tempo do que pensava. Inspirada, decidi me voltar para o almoço. Eu evoluíra muito desde que comecei a cozinhar – quando finalmente notei que não dava para viver sempre com comida de restaurantes – tanto que ultimamente havia se tornado um hobbie para os momentos em que eu não estivesse com tantas ocupações, como agora.

      Decidi fazer espaguete, uma das coisas mais divertidas de cozinhar. Com calma, espalhei tudo o que precisaria sobre a bancada à direita e, então, comecei, concentrada no que estava fazendo. Eu não sabia se realmente gostava disso ou se meu envelhecimento estava me levando a me tornar uma retardada, mas havia toda uma magia em ver os alimentos cozinhando.

      Já estava quase começando a ficar orgulhosa de mim mesma, ao notar que estava perto do fim, quando uma respiração no meu pescoço me surpreendeu. Precisei de muito autocontrole para não largar tudo, imediatamente, estragando assim nosso almoço.

      - Bom dia... – Justin sussurrou baixinho, me dando um beijo na bochecha.
      - Boa tarde, você quer dizer, não é? – provoquei, desligando o forno, enfim.
      - Não use esse tom comigo! – me repreendeu, simulando estar chateado. – A culpa
 não foi minha. O problema é que você me dá trabalho demais e isso me cansa às vezes, sabia?
      - Eu quem te dou trabalho? – perguntei, perplexa, virando-me para ele. – Justin, namorar você é como cuidar de uma criança...
      - Hum... Isso faz de você uma pedófila!

      Meus olhos se estreitaram, traduzindo minha incredulidade em suas palavras, mas, ainda assim, ri sem aguentar segurar a vontade por muito tempo. Minha pequena e discreta risada foi interrompida por lábios macios que descansaram nos meus por pouco mais de cinco segundos. Em seguida, Justin sustentou meu olhar e eu soube que ele tinha total consciência de que estava me provocando. Arfei, sem saber o que fazer.

     - Então, vai querer ajuda? – perguntou, com um sorriso sagaz.
     - Não. – suspirei. – Já estou acabando. Pode esperar na sala, logo eu te chamo.

     Justin me fitou por mais alguns segundos, antes de se retirar da cozinha, ainda com um sorriso nos lábios. Ignorando a minha suspeita de paranoia, conclui com facilidade de que meu namorado estava tramando mais alguma coisa e, como sempre, isso não seria algo que preste.

     Voltei a minha atenção a preparar a refeição e tentei fazê-lo o mais rápido possível. Peguei os dois pratos mais bonitos no armário e colocando-os sobre a banca mais próxima, preenchi com o espaguete, tentando reproduzir uma daquelas fotos maravilhosas de livro de culinária. Essa era, com certeza, uma das partes mais divertidas de cozinhar, então, obviamente, devido a minha concentração absoluta, consegui um resultado muito satisfatório.

     Coloquei os pratos sobre a mesa e talhares e guardanapos nos respectivos lados. Em seguida, coloquei dois copos de suco próximo a cada um e terminei minha obra-prima com um enfeite bonitinho, ao centro da mesa. Agora, restava saber se o sabor era semelhante à beleza simples, que eu havia criado.

      - Justin... – chamei, calmamente, enquanto ajeitava um pequeno detalhe sobre a toalha de mesa.

     A julgar pela surpresa dele ao retornar a porta da cozinha, concluí que ao menos a decoração estava satisfatória. Mas, ainda assim, hesitei quando nos sentamos à mesa e Justin arriscou a primeira garfada. Aparentemente – pelo modo entusiasmado em que ele levava a comida à boca, em seguida – meu desempenho culinário havia sido espetacularmente bom.

    Me sentia idiota por estar mais feliz vendo meu namorado deliciando-se com a minha comida do que eu mesma estar comendo. Assim, quando ele acabou, lhe ofereci um pouco mais, pelo menos três vezes, só para prolongar a sensação de orgulho de mim mesma, mas infelizmente, ele recusou. Apesar disso, tentei me contentar com a expressão satisfeita em seu rosto.

     Diferentemente do usual, Justin me oferecera ajuda com a louça e eu aceitei, embora não fosse muita coisa. Acabamos em menos de cinco minutos e, então, parecia que toda a minha animação para trabalhar em qualquer coisa havia se extinguido, mas nem por isso dia havia terminado, o que significava que eu ainda tinha muito mais coisas pela frente.

     Abandonei Justin na sala de estar e retornei ao meu quarto, no segundo andar. Peguei meu notebook esquecido dentro das minhas coisas e desci novamente. Por uma questão de melhor desempenho, seria bom que eu me isolasse e permanecesse no meu quarto, enquanto fazia o que eu tanto protelara por meses, mas, bom, para mim, era muito mais fácil me sentir inspirada quando podia ter o prazer de admirar o pequeno monumento que morava junto comigo.

     Enquanto meu namorado desocupado folheava uma revista, deitado no sofá, me acomodei na poltrona, tentando ficar o mais confortável possível, para começar minha pesquisa. Para dizer a verdade, eu sequer sabia sobre o que eu realmente queria escrever um monólogo, afinal, não havia nada sobre o qual eu pudesse e quisesse falar. Já rapidamente frustrada, abri o site de buscas e comecei a pesquisar sobre os temas que me foram dados.

     Precisei de, no mínimo, uma hora, até achar algo decente sobre o qual pudesse escrever. Deslizei os dedos pelas teclas e comecei o primeiro parágrafo, com precisão. Eu não tinha certeza se aquilo tudo realmente ficaria bom, mas a introdução parecia agradável e eu estava conseguindo desenvolver bastante a ideia inicial. Aliás, já estava no meio do começo do desenvolvimento, quando uma voz masculina chamou minha atenção.

     - Meu Deus! O que é isso? Imagina se eu pudesse pegar uma garota dessas...

     Ele parecia falar consigo mesmo, enquanto deixara a revista aberta em uma página específica. Arregalei os olhos para que minha insatisfação fosse notada e parei de escrever. Aparentemente, minhas sutis indiretas não tiveram tanto efeito quanto eu esperava e, então, ele apenas continuou fixado na imagem diante de si.

      - Wow, imagina uma dessas na minha cama...

     Ok, essa foi um pouquinho demais.

     Larguei o notebook sobre a mesa de centro da sala e estudei o que Justin segurava diante de si. Quase fiquei surpresa ao notar que era uma revista qualquer e não uma dessas masculinas machistas cheias de foto em que mulheres aparecem submissas. Ainda assim, não relaxei e me levantei da poltrona, dando passos curtos e bem marcados até ficar de frente para o meu namorado, encarando-o.

     - O que foi? – perguntou, abaixando as páginas discretamente.
     - Me dá a revista! – mandei, cruzando os braços.
     - O que é isso, hein? – ele franziu a testa, parecendo confuso. – Está virando lésbica e eu não sei, é?
     - Justin, deixa de graça! – bufei. – Posso saber o que você fica vendo aí com tanto interesse?
     - Não é da sua conta! – cantarolou baixinho.

     Incrédula em suas palavras, tomei uma atitude e pulei em cima dele, enquanto o mesmo tentava retirar a revista de meu alcance. Sempre que eu sentia que poderia pegar aquele aglomerado de papel, Justin destruía minhas expectativas . Já estava quase desistindo e o deixando sonhar com uma foto de uma Megan Fox da vida, quando ele se distraiu. Seus olhos se estreitaram me fitando e eu aproveitei o momento para tomar a revista de suas mãos.

     De modo estranho, Justin não pareceu nem um pouco receoso, quando eu comecei a prestar atenção no que ele estava tão vidrado anteriormente, após voltar a ficar de pé. Quando eu, por fim, vi a imagem, fiquei confusa e até arrisquei a olhar algumas páginas antes só para me certificar de que estava na certa, mas aparentemente estava.     
      
    - Justin... – bufei, largando a revista sobre a mesa de centro. – Você estava vendo uma foto minha?
    - Exato. – confirmou, sem se abalar.
    - Por que ainda perco meu tempo com você, hein? – resmunguei, pronta para voltar para o lugar de onde não deveria ter me levantado.
    - Ei!

    Antes que eu pudesse tomar o meu notebook em mãos novamente, Justin me segurou pelo braço e me fez girar até que ficássemos de frente para o outro e incrivelmente próximos. Eu teria hesitado se não já o conhecesse tão bem. Seu melhor sorriso sedutor reluziu para mim e eu senti o rosto arder.

     - Eu não estava brincando... – informou, por fim.

     Meu corpo todo estremeceu por dentro, quando a temperatura alta de seus lábios passou para os meus. Agarrei sua camisa com força, tentando colocar o corpo dele o mais próximo do meu que era possível, enquanto sua língua explorava minha boca sem um pingo de piedade ou decência. Senti meus ossos fraquejarem, quando suas mãos tocaram meu cabelo, passando inesperadamente por minha nuca, me fazendo arrepiar.

     Minhas mãos deslizaram por suas costas e hesitaram ao tocar na cintura de sua calça. Ao contrário de mim, Justin já parecia bem atirado, como sempre. Embora ele não desse atenção especial ao fato de eu estar ou não vestida, o modo como o mesmo tocava meu corpo tão naturalmente quase me deixava constrangida por lhe dar tamanha liberdade. Em uma revolta mental, empurrei meu próprio namorado para longe de mim, em um movimento realmente brusco.

      Justin acabou largado sobre o sofá. Sua expressão era um misto de surpresa com confusão, mas rapidamente se tranquilizou. Havia algo no modo com que ele me olhava que deixava claro seu conhecimento sobre mim. Aposto que ele já tinha total certeza do resultado que sua piscadela safada obteria.

      Sem autocontrole para resistir, me joguei nos braços dele, novamente. Suas mãos acariciaram lentamente o meu rosto – embora o seu sorriso safado nunca sumisse do rosto – e seu corpo me induziu a deitar sobre o sofá. Justin me fitou durante um minuto, colocando-se em cima de mim e selou nossos lábios rapidamente.

      - Sabe o quanto isso é engraçado? – perguntou, mordendo o lábio inferior para controlar uma risada.
      - O que foi? Vai ficar rindo da minha cara agora? – miei, sem graça.
      - (Seu Nome), já se passaram dois anos... Eu não sou o tipo de pessoa que costuma dizer isso, mas nesse caso, desista!
      - Justin, o mundo seria um lugar muito melhor se pelo menos uma vez na vida nós pudéssemos brincar de fingir que eu resisto a vocês, sabe?

      Justin apenas riu, antes de se voltar para a minha boca, novamente. Seu beijo fazia com que meus lábios parecessem queimar, enquanto meu corpo suava. Tentei lembrar a mim mesma que eu não era assim em um estado de sanidade normal, mas fazia meses que não acontecia e, bom, essa é uma situação muito triste, considerando o fato de que meu namorado é o garoto mais gostoso do mundo...

    Ok, esse pensamento não é meu!

    Perdi qualquer linha de raciocínio, quando – após deixar meus lábios em um vácuo absoluto – Justin começou a dar leves selinhos em meu pescoço. Estremeci por dentro. Isso era, com certeza, demais para mim. Minhas mãos deslizaram até a nuca do meu namorado e, quase involuntariamente, puxei seu cabelo com força, tentando controlar a mim mesma. E estava obtendo sucesso, até que ele se endireitou no sofá e tirou a blusa.

    Suspirei internamente, enquanto apreciava a visão e, então ele se aproximou novamente. Havia um brilho quase perverso nos olhos de Justin, que me provocavam. Imediatamente, entrelacei a perna direita sobre sua cintura, apenas para mostrar que eu não ficaria atônita diante das suas torturas sexuais. Mas não deu tão certo assim. Ele sabia mais coisas do que deveria sobre mim e como forma de revirar, mordeu suavemente minha orelha. Em uma tentativa de não parecer uma tarada, pressionei os lábios, tentando não demonstrar reação, quanto quase enlouquecia por dentro.

     Desesperada por um pouquinho de controle da situação, girei no espaço para ficar em cima dele, mas detalhes técnicos me atrapalharam. Talvez, o sofá da casa de Justin não fosse tão enorme quando eu pensava. Gemi, quando meu corpo foi imprensado entre o chão frio e o corpo quente de Justin.        

      - Machucou? – perguntou, preocupado, se afastando lentamente.
      - Não! – respondi de imediato, puxando-o de volta pelo braço forte. – Eu estou bem...
      - Nesse caso...

      Justin piscou rapidamente para mim, antes de voltar a se aproximar. Nós estávamos quase nos beijamos novamente, quando interrompi o momento, com o dedo sobre seus lábios vorazes. Notei que ele pareceu um pouco surpreso demais e considerei o fato de que talvez ele achasse que nada estivesse errado.

      - Você não prefere ir lá para cima? – sugeri, com um suspiro.
      - Por que perder tempo? – suas sobrancelhas se arquearam, como se, por acaso, eu estivesse falando uma grande besteira.
      - Justin, nós estamos no chão... – informei, surpresa por minha sensatez ainda estar em perfeito estado.
      - Isso, (Seu Nome), se chama sexo selvagem!

      Ele voltou a sorrir do modo usual e me fitou por um longo minuto. Sem sequer perceber, sustentei esse olhar, enquanto concluía comigo mesmo que os antigos namoros de Justin deveriam ter sido bastante estranhos, porque, aparentemente, ele tinha uma preferência anormal por relações sexuais em lugares desconfortáveis.

      Quando o incêndio que chamamos carinhosamente de beijo recomeçou, minhas conclusões aleatórias se dissiparam da minha cabeça e eu deixei que meus instintos de safadeza tomassem conta do eu corpo. Felizmente, devido a isso, consegui me concentrar somente em aproveitar um dos beijos mais intensos, longos, quentes e safados da minha vida inteira.

       Minha pele arrepiou, quando os dedos de Justin deslizaram pelo primeiro botão da minha camisa, abrindo-o. Ele continuou em um caminho devagar e demorado pelos outros botões, até ter certeza de que todos estavam devidamente abertos, como segundo ele, deveriam ficar sempre. Em seguida, suas mãos deslizaram por meu abdômen suavemente, aproveitando da quente maciez da minha pele.

      Estremeci, quando seus lábios percorreram um lento caminho da minha boca até parar em meu colo. Eu não sabia se conseguiria me controlar, mas quando arranhei as costas de Justin sem realmente querer, percebi que em breve fraquejaria. Assim, deixei suas mãos cuidadosas buscassem por um fecho frontal inexistente em meu sutiã, enquanto notava um volume extra na cueca do meu namorado. Mas em poucos minutos e possivelmente frustrado, suas mãos se direcionaram a minha perna, apertando firmemente minha coxa. Embora ele não parecesse se incomodar, ainda assim, talvez eu devesse passar a comprar peças intimas de modelos semelhantes.

    
Voltei a beijar Justin como uma forma de compensar seu pequeno fracasso. Envolvida por sua língua, deixei que minhas mãos fizessem o que bem entendessem, deslizando pelo abdômen bem definido, até parar novamente sobre a cintura de sua calça, onde localizou o botão e o zíper depressa. Sem interromper nosso beijo, Justin soltou uma pequena risadinha, o que me fez lembrar que ele simplesmente adorava quando eu me atrevia. Claro, do jeito que esse moleque é pervertido, estranho seria se não gostasse...

     Eu estava abaixando suas calças com calma, enquanto aproveitava para apalpar a sua bunda invejável, quando um ruído soou por perto. Justin nem pareceu perceber e, com pressa, puxou a calça um pouco mais para baixo. Porém, eu não era tão prática assim e me recusava a acreditar que no melhor momento em que tudo realmente começa a ficar divertido algo se intrometa para atrapalhar.

     - Justin... – miei, afastando- me do beijo . – Está ouvindo isso?
     - Não! – falou, de imediato, sem a mínima vontade de parar.
     - É sério, Justin! – respirei fundo, afastando-o um pouco para que pudesse me sentar. – Parece o seu celular...
     - Tudo bem. Então, eu desligo... – ele sorriu, enquanto pegava o celular sobre o sofá.
     - Justin! – repreendi. – Pode ser importante!
     - Mais importante que isso?

     Ele olhou para nossas roupas, sugerindo algo e, embora, não fosse sua intenção, eu me senti ridícula. Meu cabelo estava completamente bagunçado, minhas roupas todas amarrotadas sobre o meu corpo e meu sutiã à mostra. Justin estaria um pouco melhor se não fosse pelas calças mal posicionadas no momento.

     - Justin, atende! – falei, autoritária.
     - Mas... Nós estávamos nos divertindo! – retrucou, como uma criança.
     - Não interessa. Atende!
     - Mas você está usando uma lingerie vermelha! – afirmou, parecendo super sensato com o que acabara de dizer.
     - E posso saber o que isso tem demais? – indaguei, impaciente.
     - Bom, nós dois sabemos que você só veste peças assim quando está excitada...
     - Quê? – berrei, perplexa. – Eu não faço isso, ok?
     - (Seu Nome)... – Justin me repreendeu como se tivesse poder suficiente para usar esse tom comigo.
     - Ok, eu faço isso às vezes! – admiti, bufando. – Algum problema?
     - Com certeza, não é um problema...

      Justin insistia em usar o tom sedutor de novo, avançando para me beijar mais uma vez e me fazer esquecer o que realmente importara ali.

     - Atende! – pedi novamente, antes de ser seduzida.
     - Mas já parou de toc...

     Ele foi interrompido pelo som estridente do toque de celular de novo e, me olhando insatisfeito, se levantou para atender a ligação. Observei, enquanto ele subia novamente as calças ao ficar de pé e, então, me desliguei de qualquer assunto sobre o qual ele poderia estar tratando. A única coisa que fiz foi deitar sobre o chão, fitando o teto e desejando que o que quer que fosse não demorasse muito a acabar.

       Felizmente, logo Justin voltara, porém sua expressão não era das melhores, enquanto ele fitava o celular em suas mãos. Bufando, ele olhou para mim, me incriminando com um olhar realmente frio.

      - O que foi? – perguntei, por fim.
      - Feliz? Eu tenho que sair agora... – arfou, descontente.
      - Por quê?
      - Trabalho. Trabalho. Trabalho – suspirou. – Eu não sei bem o que é exatamente, mas vamos conversar sobre uma parceria.
       - Que bom, não? – sorri, encorajando-o.
      - É ótimo que agora você terá que exibir esse seu lindo corpo em roupas indecentes para as paredes da minha casa. Muito bacana mesmo! – ironizou, se virando em direção as escadas. – Enfim, alguém por aqui tem que se arrumar...
     
      Respirei fundo, tentando voltar ao meu estado normal e, por fim, decidi seguir seu exemplo e partir para um bom banho. Assim, segui logo atrás de Justin pelas escadas e quando já estava chegando ao segundo andar, ele se virou para mim, me assustando e quase provocando a minha queda pelos degraus.

      - Ei! – começou. – Sabe que eu só estou brincando, não é? Quero dizer, não se exiba para a casa. Guarde todas as energias que puder, porque quando eu chegar, nós vamos compensar todas as vezes que você já me enrolou...
        
      Ri, desconcertada e Justin me acompanhou, antes de afinal me dar um suave beijo no rosto e partir para seu quarto. Fiquei observando até que ele estivesse fora do campo de visão, quando me lembrei do que realmente viera fazer ali e voltei a caminhar até o meu cômodo. Embora eu já estivesse quase certa de que meu lado tarada já estava se dissipando, ainda havia uma parte de mim que tinha dificuldade para pensar e outra que ansiava para que Justin fosse logo embora e chegasse o mais rápido possível.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Capítulo 31, amores :)
   Pronto aí está, gatinhas! Mas, vamos falar de coisas importantes...
   Seguinte, muitas de vocês ainda não me mandaram a foto do Justin preferida de vocês. É sério, amores, estou precisando que vocês façam isso por mim :) Enfim, se você for uma das que não mandaram ainda, pegue logo a foto mais linda que você acha dele e me manda nesse twitter (o link irá te direcionar para o meu twitter pessoal, porque eu parei de usar os meus twitters pelo menos por um tempo e estou usando o pessoal só para divulgar a IB mesmo. Entendedores entenderão...). Desde já, obrigada a ajuda de vocês!

   Por hoje é só, amoras da minha vida! Espero que gostem do capítulo...

2 comentários:

  1. *O* AMEI; KK foi de mais como sempre perfeeeito :D continuua amooree bjs ^^

    ResponderExcluir
  2. Ufffa Julianna consegui te alcansar,li todas as duas temporadas e os capitulos da 3° pra poder comentar eu lia pelo celular á noite e cara passei 1 mês lendo,foi surreal..

    Fato é que sua ib é fooda demais,vc mescla drama,romantismo tudo ao mesmo tempooo......PERFEITAAAA

    Coontinuuua____ @_ThamyyMello

    ResponderExcluir