3. You Make Me Love You - Capítulo 32

Novas, mas não boas.

Belieber's POV

   Passei o resto da minha tarde completamente sozinha, digitando de forma arrastada as palavras que pareciam não fazerem sentido nenhum ao ficarem juntas. Algo me dizia que aquela não seria uma matéria que eu concluiria com êxito. Afinal, quem em sã consciência estaria em condições de escrever uma entediante monografia, quando há horas atrás estava com o garoto mais safado do mundo?

    Suspirei, quando percebi, de fato, que havia acabado todo o meu desenvolvimento, embora por vezes eu tivesse ficado confusa com pesquisas que se contradiziam. Mas, felizmente, só faltava a conclusão e essa era uma das partes mais fáceis, pelo menos para mim. Aliás, depois de organizar as ideias, finalizar era até tranquilizador.

    Teclava com calma e rapidez, tentando por o último ponto final naquilo o quanto antes, quando um ruído quase inaudível ecoou pela casa silenciosa. Ouvi a maçaneta girar com suavidade e me endireitei na poltrona, tentando parecer o mais relaxada possível, quando na verdade já estava inquieta.

    Sem me dar tempo de ao menos me ajeitar ou guardar o notebook com o trabalho inacabado, Justin irrompeu pela sala de estar, chegando até mim, rapidamente. Meu bebê super amado e caro quase se destroçou no chão, quando meu namorado idiota avançou até mim, beijando-me de forma desesperada e voraz. Quase como reação involuntária, dei-lhe um soco bem forte no braço, o que fez com que ele se afastasse.

    - Ai! – reclamou baixinho. – Por que fez isso?
    - Justin, eu estou trabalhando nisso há 4 horas, só levantei daqui para comer e ir ao banheiro. Aliás, minhas nádegas estão levemente dormentes por isso. Então, você acha mesmo que pode por meu precioso trabalho em risco assim? – falei, pausadamente, fingindo uma seriedade exagerada.
     - Se acontecesse alguma coisa, seria culpa sua mesmo... – sibilou, sentando-se no sofá ao meu lado.
      - Minha culpa? Posso saber por quê?
      - Eu fui bem claro antes de sair, lembra? Pedi para que se preparasse e, no entanto, eu chego aqui agora e te vejo assim... Ainda escrevendo esse testamento e completamente vestida. Acho que alguém não cumpriu o acordo...

      Suspirei, paciente. Então, larguei o notebook sobre a mesa de centro, me certificando de que salvara a minha preciosa monografia, antes de me arrastar vagarosamente para o sofá, me sentando perto de Justin. O mesmo se virou depressa em minha direção, mas eu controlei a sua animação, com um simples olhar seco.

     - Acordo? – indaguei, repetindo o termo utilizado anteriormente.
     - Shhh...

     Seu dedo indicador tocou meus lábios, sugerindo que eu me calasse e, como a pamonha que sou, senti o coração amolecer por dentro. Sua mão deslizou até meu queixo e, finalmente, ele me beijou. De início, foi devagar, mas, gradativamente, o clima foi esquentando, enquanto sua língua se entrelaçava com a minha, fazendo meu coração se manifestava como louco dentro do meu peito. Com certeza, eu me sentiria muito mais sensata se algum dia isso parasse de acontecer, afinal, gosto de ter consciência de que minha saúde cardíaca não corre riscos.

     Me arrepiei, quando os botões da minha camisa foram desabotoados tão rapidamente. Justin me puxou para mais perto, unindo nossos corpos e eu não consegui ocultar um pequeno riso diante da sua animação incansável, enquanto nos beijávamos. Ainda assim, embora soubesse que ele estava gostando, precisei parar por um minuto. Queria convencer a mim mesma de que só fizera aquilo para recuperar o fôlego, mas era impossível negar que eu gostava de ver o olhar desesperado de Justin, quando eu o fazia esperar.

      - O que foi? – miou, ainda me segurando pela cintura.
      - Nada, oras. – sorri. – Só não precisamos ir tão rápido. Quero dizer... Você não quer conversar? Por que não me conta o que aconteceu, hein? Por que afinal precisou sair com tanta pressa?
      - Isso é tão irrelevante... – suspirou, tentando voltar ao que tínhamos interrompido.
      - Me conta. – pedi, realmente interessada.
      - Ok! Bem, eu te falei que tinha a ver com uma parceria, não é? – Justin ia dando curtos e leves beijos em meu pescoço, entre cada palavra. – Então, eu vi a base da música e parece muito boa. Nós vamos fazer algumas pequenas mudanças e, por fim, Justin Bieber estará no próximo álbum de Selena Gomez. Feliz agora? Podemos voltar ao que realmente interessa?
 
     Gelei. Eu provavelmente parei de entender o que as palavras queriam dizer, após ouvir “Selena Gomez”. Embora minha razão tentasse afastar esse tipo de reação de minha pessoa, ainda havia uma parte de mim – sobre a qual, com certeza, eu não tinha muito controle – que não conseguia ignorar esse fato e, muito menos, ser indiferente diante desse nome. Em minha cabeça, essa parte estava gritando um alerta de perigo preocupante.

     Meus pensamentos estavam me levando para longe, mas meu corpo ainda conseguia sentir e reagir ao toque de Justin. Suas mãos deslizavam lentamente por minhas pernas até o fecho do meu short curto. Ele estava prestes a abri-lo, quando me levantei, sem explicações e retornei a poltrona, onde eu estava sentada anteriormente. Nesse exato segundo, tive certeza que a (Seu Nome) safada havia dado lugar para a (Seu Nome) chata.

     - Justin... – comecei, sem coragem de olhar para ele. – Por que você não vai comer alguma coisa? Eu pedi pizza, está na cozinha...
     - Eu não quero comer! – afirmou, parecendo frustrado. – Hoje, meu jantar é você!
     - Isso se chama canibalismo...

      Retomei o notebook, que já estava no modo descanso de tela – onde ironicamente diferentes fotos minhas com o Justin ficavam em uma animação comum. Antes que pudesse fingir concentração, notei meu namorado se abaixar calmamente ao meu lado e parecer preocupado novamente. Seu dedo indicador tocou meu queixo, fazendo-me com que meu rosto fosse obrigado a virar em sua direção. Respirei fundo.

      - Desculpa. – sussurrei. – Eu estou cansada e preciso terminar logo isso. Por que você não vai comer alguma coisa e dormir?
    
      Ele não respondeu, mas se levantou e então eu notei que o havia deixado chateado. Observei, em silêncio, enquanto Justin cedia ao meu drama e se dirigia até a cozinha. Sabia que o havia deixado um tanto quanto confuso com a minha mudança inesperada de humor, mas ainda assim odiava fingir que tudo estava um mar de rosas, quando na verdade, era bem ao contrário.     

    Tentei voltar a me concentrar, porém não parecia mais tão fácil. Meus dedos pareciam se recusar a digitar, enquanto minha mente deslizava pela loucura que eu denominava pensamentos. Continuei a escrever, me esforçando para pensar somente no que era externo a qualquer crise sentimentalista. Felizmente, parecia que começara a dar certo e quando eu já estava em um meio bem aceitável, Justin atravessou a sala, andando com pressa até as escadas e inconscientemente me levando até o segundo andar com ele.

    Odiava me sentir culpada.

    Tratei de terminar aquilo logo. As palavras sendo digitadas de forma agressiva em um momento onde minha atenção parecia estar focada. Depois de muitos longos minutos, consegui colocar o último ponto final naquela tortura. Queria me sentir aliviada, mas passos próximos de mim acabaram por me deixar ainda mais tensa.

      Me virei, suavemente, para a direção dos ruídos e então Justin estava novamente ao meu lado, em uma situação um pouco diferente. Seu corpo e cabelo estavam completamente molhados, o que deixara pequenas poças de água por onde ele passara. Além disso, apenas uma toalha azul amarrada a sua cintura cobria suas partes intimas.

     - Última chamada antes do parque de diversões fechar... – anunciou, olhando sugestivamente para seu corpo seminu.

     Internamente, admiti que aquela era um tentação quase maldosa, apenas por estar tão tangível. Se essa proposta me fosse feita há algumas horas, eu provavelmente pularia em cima dele, sem dó alguma, mas aparentemente, eu havia criado raízes sobre aquela poltrona e não sairia de lá até que minha insegurança se desprendesse de mim, o que deveria demorar muito, para falar a verdade.

     - Justin, vá dormir... – sorri, olhando profundamente dentro de seus olhos tristes.

     Seus ombros murcharam, decepcionados e eu afundei sobre o estofado da poltrona macia, querendo sumir. Apesar de tudo, Justin ainda parecia compreensivo e se aproximou ainda mais, levando seus lábios até minha bochecha, onde pairaram por um longo e bom minuto, me fazendo suspirar por dentro.

     - Eu te amo! – falou pausadamente no meu ouvido.

     Sem esperar qualquer resposta, ele voltou ao quarto, refazendo os mesmo passos, talvez esperando não molhar tanto a casa. Senti vontade de ir atrás dele e me deitar ao seu lado, quando Justin fosse finalmente dormir, mas ironicamente eu ainda tinha mais coisas para fazer. Com pressa, salvei pela última vez o arquivo, enviei para o e-mail de Jake e finalmente desliguei o notebook, deixando-o jogado sobre a mesa.

      Sentia meu corpo todo dormente devido ao grande tempo imóvel, quando me levantei. Sem vontade, me dirigi até a lavanderia, onde retirei todas as roupas da secadora e coloquei-as sobre um novo cesto, sem paciência para dobrá-las de forma organizada. Equilibrando o cesto, me arrastei ao segundo andar. Hesitei ao tocar a maçaneta do quarto de Justin, considerando a ideia de dormir no meu próprio quarto essa noite, mas afastei essa possibilidade de deixar meu namorado chateado mais uma vez. Assim, entrei no cômodo depressa, esperando que ele não estivesse acordado ainda.

      Felizmente, Justin já estava deitado sobre a cama. Com os olhos suavemente fechados, ele parecia completamente inconsciente da minha presença ali. Aliviada, larguei as roupas dentro do armário, sabendo que teria o trabalho de arrumá-las e guardar da forma devida, na manhã seguinte.

      Sem paciência para trabalhar em mais nada, deixei minha preguiça me levar até o banheiro, onde me preparei para tomar banho. Livre das roupas, entrei no boxe e liguei o chuveiro, aproveitando a água quente para relaxar cada músculo do meu corpo, pensando carinhosamente na cama maravilhosamente macia que me esperava.

      Preguiçosa e sonolenta, encurtei o banho, desligando o chuveiro. Infelizmente, precisei me enrolar na toalha e sair, quando notei que havia me esquecido de pegar algo para vestir, tamanha a pressa que tinha para fazer com que aquele dia acabasse logo. Sem a mínima vontade de ir até o meu quarto, caminhei apenas até o armário do meu namorado, onde procurei por alguma peça de roupa minha. Achei um conjunto de peças intimas, mas o resto pareciam ser apenas roupas desconfortáveis como vestidos e calças jeans. Sem outras opções, peguei uma blusa enorme de Justin e a vesti, imaginando que ele não se importaria. Na verdade, vestir aquela peça me fez sentir até um pouco reconfortada no meio de toda estranha situação que eu criara.

      Me arrastei até a cama e me acomodei ao lado de Justin, puxando o cobertor até a metade do meu corpo. Não demorou muito para uma mão tocar minha cintura e, então, eu me assustei, quando fui levemente puxada para trás. Não havia espaço entre Justin e eu, o que fez com que eu precisasse respirar fundo, para controlar minha surpresa em relação ao fato de que ele não estava dormindo como eu esperava.

      - (Seu Nome)...

      Quasei orei para que ele não me fizesse qualquer pergunta.

      - Você vai ficar bem?

      E ele fez.

      - Por que você se preocupa tanto? – retruquei com outra pergunta. – Quero dizer, eu sou sua namorada, não sua filha. Não quero que você fique perdendo seu tempo com essas coisas, ok?
      - Bem, você será mãe da minha filha, um dia... Então, não é perda de tempo. –  sua respiração batia delicadamente sobre a minha nuca.
      - Não posso contestar, posso?
      - Na verdade, não.

      Coloquei minha mão sobre a sua, que ainda estava repousada suavemente em minha cintura, e entrelacei nossos dedos, notando como – ainda após todos esses anos – esse simples contato físico, já era suficiente para fazer parecer que uma corrente elétrica atravessava todo o meu corpo.

       - Eu te amo, Justin! – suspirei, enquanto minha voz permanecia trêmula. – Nunca se esqueça disso...
      
     A resposta que obtive foi apenas um curto e leve beijo na nuca, mas serviu para mim. Tinha certeza que Justin havia entendido o que eu quisera dizer e, talvez ele soubesse que eu não me manteria tão firme diante de qualquer resposta simplesmente linda que ele sempre costumava me dar. Agradeci internamente pelo seu silêncio e apertei um pouco mais sua mão, antes de esperar que um sono profundo me levasse dali.

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Capítulo 32 no ar! :)
    Em homenagem ao dia de hoje (que na verdade, não passa de uma segunda feira comum), eu vou dedicar os capítulos as leitoras novas do blog, como a Thamires,  a @mesninado_JDB (que eu ainda não sei o nome verdadeiro dela e ela possivelmente nem estará vendo isso agora, já que ainda está na 2ª temporada, mas enfim.) e outras as outras novas leitoras que não se manifestam, mas que estão ali.
   Ah, quero lembrar uma coisa. Antes que vocês fiquem "Nossa, Selena Gomez? Que clichê! Esperava mais de você, Juh!", não julguem antes de saber o que vai acontecer, ok? Dona Sel será usada como uma parte muito importante para o desenrolar da nossa história aê :)
   Enfim, vamos falar de outras coisas, como por exemplo, vocês me abandonando. Sim, pois é, acharam que eu não tinha notado, né? Não comentam mais! Não leem meus comentários aqui embaixo! Não me respondem no twitter! Não atendem minhas ligações! O que foi, hein? Há outra na vida de vocês, não é? Não, tudo bem, falem! Eu entendo. Foram longos e bom meses, mas "não é você, sou eu", né? Mas tudo bem, pode ir em frente. Essa é a vida. Felicidades com sua nova autora :c #dramaoff
  
   Então, abandono de vocês a parte (skasoaksopaksaksaoks), eu ainda tenho várias outras notícias boas que darei ao longo da semana, então fiquem ligadinhas, ok?
    Espero que gostem do capítulo!