23 dezembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 37


Tocando a campainha



Belieber’s POV


  
Cheguei em casa extremamente cansada. Me arrastei da porta para o sofá e desabei. Já estava de noite e eu realmente esperava que Justin já tivesse chegado, mas minha esperança fora em vão. A casa ainda permanecia vazia. E, para falar a verdade, eu não me sentia nem um pouco surpresa.

   Em meio ao silêncio contínuo, me assustei ao ouvir o celular tocar dentro da minha bolsa. Revirei-a, buscando pelo primeiro e hesitei ao olhar a pequena tela. Era uma mensagem de Jake. Gelei ao pensar nas inúmeras possibilidades do que poderia estar dizendo, antes de finalmente abri-la:

    “Estudando?
      Hey, adorei o seu trabalho e já tenho até um exame pronto para você. Estava pensando... Você queria acabar logo com isso, então, por que não o realizamos amanhã?"


     Não tive coragem de continuar a ler, completamente paralisada de medo. Eu sequer havia lido novamente o trabalho, depois de enviá-lo. Mas, ainda assim, eu não podia passar esse compromisso, já que, segundo o resto da mensagem, Jake já havia fechado um cybercafé – além de ter feito isso com a parte do meu conquistado dinheiro, que estava em sua posse para “fins educacionais”.

     Suspirei, me sentindo esgotada. Sem muitas opções, mandei outra mensagem, confirmando, enquanto me sentia profundamente idiota. Desanimada para qualquer outra coisa, levantei do sofá e me coloquei à caminho do quarto de Justin, chegando ao seu banheiro.

      Sem perder tempo, me despi e entrei no boxe. Liguei o chuveiro e tomei um banho bastante rápido. Minutos depois, livre do suor e de qualquer outra coisa, enchi a banheira e aproveitei a mesma para relaxar, após despejar algumas gotas de uma cheirosa loção própria, na água. Eu não era uma pessoa muito à favor de banheiras, mas precisava admitir que elas eram profundamente relaxantes em situações como essa. Me senti infinitamente infeliz ao pensar que teria que sair dali. Afinal, apesar de tudo, ainda havia um arquivo salvo no meu notebook, que precisava ser lido e estudado detalhadamente.

     Saí da banheira e retirei o fecho que impedia a água de escapar pelo ralo. Em seguida, sequei meu corpo e vesti um pijama de seda, que me deixava milhares de vezes mais confortável do que a produção que eu usara antes.

     Ao sair do banheiro, me senti um pouco – bem pouco – mais renovada e tentei manter a paciência e bom humor, enquanto pegava o notebook em meu quarto e retornava para o cômodo do meu(?)  namorado. Assim que me sentei em sua confortável cama, me esforcei para me concentrar em minha própria monografia. Acabei por me surpreender em notar que eu compreendia a maior parte do que havia escrito.
      
    Já era a segunda vez que lia a mesma coisa, quando ouvi o barulho da campainha. Bufei, impaciente. Obviamente, era Justin, porque ninguém mais chegaria à porta sem passar pelo portão principal e, não dava para passar por este sem tocar o interfone ou – caso fosse algum assassino ou maluco do parque – sem despertar o alarme de segurança. A questão então era: O que Justin estaria fazendo? Por que ele simplesmente não entrava? Teria perdido a chave? Ou melhor, não era para ele estar de carro?

     Resmunguei para o vento, enquanto saia do cômodo e descia as escadas. O caminho até a porta pareceu incrivelmente longo e eu pensei seriamente em desistir e deixar meu namorado dormir lá fora mesmo, afinal, ele até que merecia. Mas algo em mim – uma parte bem idiota, na verdade – me incentivou a continuar.

     Por um minuto, hesitei ao tocar a maçaneta, ignorando o fato de que a campainha continuava a ser tocada insistentemente. Afinal, afastei aquela estranha sensação de mim e abri a porta. Foi instantâneo. Assim que eu me deparei com que estava lá fora, meu queixo caiu, enquanto os olhos começavam a ficar úmidos, sem a minha permissão.

     - E então? Vai me deixar aqui fora, pequena?
     - Lucas!

     Eu não consegui mais dizer nenhuma palavra depois disso, apenas o puxei e o abracei da forma mais apertada que conseguia. Aquilo era tudo que eu precisava para fazer o meu dia lixo se transformar em uma noite perfeita, principalmente, porque eu já havia esquecido que o tinha convidado e, mesmo que lembrasse, eu ainda tinha dúvidas se ele apareceria. E no entanto, lá estava ele parado em minha porta. Espera, como ele...?

      - Lucas, como você chegou aqui? – perguntei, enquanto me afastava e o fitava com a cara mais brava que conseguia.
      - Vai mesmo estragar o momento “ah, que saudades de você” com essa pergunta boba? – o loiro fingiu estar incrédulo, quando na verdade apenas queria desconversar.
      - Vou! – respondi, sem me deixar abalar. – Responda!
      - (Seu Nome), você me conhece! Nenhum portão, muro ou cerca elétrica é demais para mim...
      - Você... Não danificou nada, não é?
      - Não... – Lucas pareceu pensar. – Acho que não!
      - Lucas, que saber? Dane-se! – voltei a me encolher em seus braços. – Eu nem acredito que você está aqui...
      - Eu disse que viria, oras!
      - Não, você disse que daria um jeito... – o corrigi rapidamente. – E para falar a verdade, eu cheguei a duvidar de que você conseguiria permissão para deixar o colégio.
      - É... Uma permissão especial. – a voz dele falhou, me deixando com a certeza de que ele aprontara alguma coisa.
      - Vou querer saber o que você fez? – suspirei, já esperando o pior.
      - Na verdade, não. – Lucas ocultou um sorriso, mordendo o lábio. – Só saiba que eu não ficarei por muito tempo, ok?
 
     Assenti, sem coragem de perguntar mais. Eu não precisava perder o pouco tempo que ele ficaria ali com perguntas que as respostas seriam sempre inacreditáveis. Assim, sem enrolar mais, peguei uma das bolsas que ele segurava e incentivei-o a entrar, fechando a porta, em seguida.

    Sem cerimônia, Lucas retirou a mochila das costas e jogou-a na poltrona, antes de se deitar no sofá. Eu nem precisei falar para que ele se sentisse em casa, porque aparentemente ele já estava bastante à vontade. Suspirei, antes de me arrastar para o seu lado e me sentei no minúsculo espaço que ele deixara.

     - Então, o que vamos fazer, hein? – perguntou, por fim.
     - Eu não sei. – eu já tinha algo em mente, mas preferi ser gentil em primeiro lugar. – Você não está com fome? Posso fazer alguma coisa para você, se quiser...
     - Na verdade, não. Eu comi na lanchonete do aeroporto!
    - Então, o que nos resta é fazer uma coisa muito legal, que pode mudar nossas vidas para sempre. O que você acha?- sorri, tentando ser o mais convincente possível.
    - O quê? – Lucas arqueou as sobrancelhas, curioso.
    - Estudar! – berrei, fingindo animação.
    - Você não está falando sério, não é? – ele falou bem pausadamente, enquanto me fitava esperando mais. – Diga que você não me fez vir até aqui para não fazermos nada de interessante...
    - Ah, Lucas, por favor... – miei. – Eu tenho uma prova horrível amanhã. O que custa você me ajudar? Poxa, você acabou de chegar, eu prometo te compensar nos próximos dias...
    - Eu odeio quando você fala assim. – falou entre dentes, enquanto se levantava – Tudo bem. Vamos guardar as minhas coisas e eu te ajudo. Mas, só para deixar claro, isso vai custar muito caro, hein? Prepare-se!

    Ignorei suas últimas palavras e peguei suas coisas, enquanto o puxava escada acima. Deixamos sua bagagem no quarto ao lado do meu e depois seguimos para o de Justin, onde eu havia deixado meu pobre trabalho solitário. Como era de se esperar, Lucas achou um jeito de implicar com cada pequeno detalhe do quarto do meu namorado. Ele falou mal dos desenhos na parede e até do piso, enquanto eu fingia que escutava.

    Eu já até havia me esquecido de como estudar com Lucas era definitivamente diferente. Ele era capaz de fazer graça com cada vírgula que eu colocara e ao, mesmo tempo, fazia eu entender perfeitamente tudo, com analogias incomuns. O tempo passou duas vezes mais rápido do que passaria se eu estivesse sozinha e, logo, já estava tarde demais para continuarmos.

     - Não acha que já chega por hoje? – Lucas suspirou, se jogando na cama.             
     - Com certeza! – concordei, desligando meu pequeno computador.
     - Ótimo! Então, eu posso...

     Antes que Lucas pudesse terminar de falar, o barulho da maçaneta nos assustou. A porta do quarto se abriu rapidamente e lá estava Justin com uma aparência um tanto quanto acabada. Porém o cansaço e esgotamento em sua expressão foi substituído rapidamente por uma de surpresa e, talvez, reprovação. Ele pareceu se esforçar para ocultar isso por um minuto, mas ainda parecia evidente para mim.

     - Hã... Oi! – cumprimentou ele, desconfortável.

     Dava para ver, claramente, a insatisfação de Justin em ver meu melhor amigo no seu quarto e na sua casa. E, como se não fosse o suficiente, Lucas mantinha o olhar mais cínico possível, quase como uma forma de provocá-lo. Em meio a uma discussão mental comigo mesma, cheguei a triste conclusão de que aquilo não daria certo.

     - Bom, agora que seu namoradinho chegou, acho que já posso ir para o meu quarto, já que você tem companhia, não? – Lucas se levantou, antes de me dar um beijo na testa. – Se bem que com uma companhia como esta, melhor seria ficar sozinha...

     Ele não pareceu notar minha expressão de reprovação e apenas sorriu para mim. De uma forma quase inocente, Lucas se dirigiu até a porta, mas – quando eu já estava quase esperançosa que evitaríamos confrontos, por hoje – fez questão de parar no meio caminho, bem onde Justin se encontrava. Embora não desse para ver, eu tinha total certeza que meu melhor amigo idiota estava usando sua expressão mais sarcástica possível.

     - Boa noite! – falou, por fim.
     - Boa noite. – Justin respondeu seco, sem demonstrar alterações.

     Esperei que Lucas saísse do quarto, batendo a porta ruidosamente, e ainda mais alguns minutos, para que a falsa calma de Justin se dissolvesse. E, então, observei em silêncio, enquanto ele pegava uma almofada de sua cama e a apertava contra o rosto. Ainda assim, não foi o suficiente para abafar o grito furioso que veio em seguida. Segundos depois, a pobre almofada voara pelo quarto e acabara por derrubar objetos na mesa de cabeceira do outro lado da cama. Parecia um pouco exagerado, porém melhor do que eu pensei.

    - Por que ele está aqui? – perguntou, irritado.
    - Porque eu o convidei, oras.
    - Sem o meu consentimento?
    - Sim, por quê? Qual é o grande problema agora? – falei, começando a ficar com mais raiva do que supostamente deveria. – Só gostaria de te lembrar que não fui eu quem pediu para ficar aqui. Você ofereceu sua casa, lembra? Mas se você está tão incomodado assim, eu dou um jeito muito mais rápido e satisfatório para você.
    - (Seu Nome), posso saber por que você está sendo tão negativa? Eu só fiz uma pergunta, sabia? – seus olhos se estreitaram, enquanto ele me fitava, incomodado com o meu comportamento.
    - Não, você não fez só uma pergunta... – afirmei, segura do que estava dizendo – Você teve a cara de pau de chegar em casa quase 23h e ainda querer começar uma discussão comigo. E o pior é que você nem percebe o quanto é inacreditável. Sério, Justin, nada no mundo me irrita mais do que voc...

     A frase não foi completa.

     Justin avançou para me beijar em um movimento que durou um segundo. Eu sabia em todas as células do meu corpo que odiava quando ele fazia isso. Era baixo demais usar a única coisa que me fazia parar de pensar para encerrar uma discussão em que ele sabia que não iria terminar bem. Mas, como sempre acontece, não consegui me obrigar a resistir.

     Rapidamente, puxei-o pela camisa e deixei que seu corpo pairasse sobre o meu, fazendo meus sentidos pararem de funcionar. Suas mãos deslizaram suaves pelo meu rosto passando para o meu cabelo e, então, seu toque fazia as coisas voltarem a parecer estarem tudo bem. Mas, pior do que tudo isso junto, era o modo calmo como seus lábios quentes se mantinham nos meus e como sua língua se entrelaçava a minha, em um ato tão receoso, mas romântico que fazia parecer que era a primeira vez que ele me beijava. Aquilo era suficiente para massagear meu coração frustrado e enciumado.

      Deixei que Justin ditasse as regras do nosso jogo até o momento em que um selinho demorado encerrou a maravilhosa sensação em mim. Ainda assim, seu olhar carinhoso se encontrando com o meu fazia parecer que sua alma estaria sempre beijando a minha. Suspirei, incapaz de compreender porque eu deixava essas coisas acontecerem.

      - Melhorou? – ele sussurrou baixinho.
      - Não... – admiti, antes de fazer uma pequena pausa. – Justin, por que você não vai tomar um banho, hein? Você deve estar cansado...
      - Você vai continuar aqui?

      Assenti. Parecendo mais aliviado, ele se levantou de cima de mim e sorriu, antes de se afastar, indo até o armário. Justin pegou duas peças de roupas quase sem olhar e se dirigiu ao banheiro. Ele tentava disfarçar, mas eu sabia que ele mantinha os olhos em mim, em cada passo, desde que se afastara.
    
     Me senti infinitamente mais culpada ao ficar novamente sozinha. Não culpada por ter sido possivelmente grosseira com Justin, mas sim por não ter a capacidade de entender a mim mesma. Ou talvez de não entender como eu e Justin funcionávamos juntos – isso SE funcionasse. Era como se o simples ato de respirarmos machucasse ou incomodasse um ao outro, mas no segundo seguinte, quando nossas respirações se misturavam, tudo parecesse bem de novo. Nós tínhamos a necessidade de discutir, mas isso não significava que quiséssemos que acabasse.

     É complexo demais para mim...

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Capítulo 37, amores :)
    Espero que gostem!

(A imagem do capítulo e da Greengloves)

4 comentários:

  1. Vou ser a primeira a postar. E agora tenho uma novidade. Meu novo cel consegue comentar, então vou sempre comentar os capítulos a partir de agora.. Enfim, eu não gosto do Lucas, sou #teamManu desde sempre kkk mas esse capitulo ficou ótimo, amiga. E esse Lucas é abusado hein? Kkkk mas mesmo assim, ta lindo o capitulo!!
    Beijooooos

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  2. OMG OMG OMG OMG O LUCAS VOLTOOOOOOOOOOOU LOL CARA, QUE FELICIDADE, LUCAS, TE AMO, SEU LIAMDO! ESSIDOIS haha Cara, lucas é muito foda, na boa lol haha Abusado lvl 100 hohoho e o Jus com ciúmes foi fofo haha foi ainda mais fofo ele beijando ela para não começarem a discutir :3 haha e ah, sobre o post passado, na boa, aquilo vai dar treta, com certeza vai sair alguma foto, notícia do selinho do casal Jelena ------------' essa bisca ainda vai atrapalhar o namoro deles, certeza. Mas enfim, o capitulo ficou muuuuuuuito perfeito e cara, juntando o meu, só tem 2 comentários e tipo, isso é uma sacanagem, pq deve dar trabalho ter inspiracão e criativadade todo dia pra fazer um capitulo e tua ib é muito perfeita pra ter so esse tanto de comentário U_U devia ter no mínimo uns 50, sem zuera. Mas enfim, tá ótimo gata ! continua logo! bjs de luz ^^ @it_Stephanie_

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  3. aaaaaaaaaa LUCAS..TAVA CM SAUDADE DO LUCAS? E A MANU?
    EE..aaaaa será q eu vou descobrir sobre o "selinho por engano" da Selena e do Jubs? to curiosa aqui =/ e aaa..comecei uma IB no blog da Queel :D (eu feliz haha)

    Juuuh, FELIZ NATAAAL pra vc minha linda, tudo de bom e por favor continue com sua IB perfeita por muito muito, mas muito tempo huahua!!!

    To esperando ansiosamente o proximo capitulo *OOO*

    Bj ;)
    Leh

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  4. Oye! Eu aqui de novo, comentando só pra comentar mesmo kkk, pois é, devorando um capitulo atras do outro!Juh, to sentindo cheiro de DRAMA! kkkk bjs!

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