3. You Make Me Love You - Capítulo 33

Defina "Selena"

Justin's POV


   Pela manhã, quando acordei, senti o peso de um pena sobre mim. Ao tentar me levantar afinal, notei que (Seu Nome) mantinha metade do corpo sobre o meu, embora as roupas que tivesse trajando não fossem tão apropriadas para aquela situação. Com cuidado, cobri suas pernas completamente nuas, já que ela vestia apenas uma velha camisa minha – que, a propósito, caia muito bem nela.

     Respirei fundo, resistindo à vontade de acordá-la e saquei o meu celular sobre a mesa de cabeceira, apenas para checar à hora. Como uma coisa leva à outra, passei de 10h30 para o twitter. Já fazia certo tempo que eu me desconectara do mesmo, o que significava que, provavelmente, eu estava sendo dado como morto.

      Observei a timeline por alguns rápidos segundos, depois retweetei boa parte das contas verificadas que seguia e respondi a um tweet do meu pai, antes de finalmente ter algo em mente.

      “Tempo para novidades #música”

     Fiquei receoso em citar nomes e, por fim, achei melhor continuar com as típicas poucas palavras que poderiam significar muito. Ou não.

     “Sentindo sua falta @pattiemallette”

     A última manifestação havia sido uma verdade incontestável. Já fazia praticamente décadas desde que eu vira mãe pela última vez e eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que mostrar sinais de vida, antes que essa minha baixinha viesse até aqui me arrastar para o lado dela novamente.

      “E de todas vocês também. Mal posso esperar por uma nova turnê, novos meet&greet, novos sorrisos. Eu amo vocês #beliebers #família”

     Uma respiração contínua bateu no meu braço inúmeras vezes e, incomodado, voltei a largar o celular sobre a pequena mesa de canto. Tentando arranjar paciência, fitei minha namorada desacordada por longos minutos, mas o método acabou não sendo tão eficaz. Decidi, por fim, que já estava tarde o suficiente para acordar a miss “acordar cedo é bom porque temos muitas ocupações”.

      Por um segundo inteiro, considerei a idéia de ir com calma, até que lembrei que meu nome é Justin Drew Bieber e calma é uma coisa que eu definitivamente não tenho.

     Sem dó, pulei em cima de (Seu Nome), cantarolando uma música brasileira, da qual eu só lembrara o refrão. Aparentemente, esta não agradava muito minha namorada, que lutando contra meu peso, tentou se mover, sem sucesso. Insatisfeita e incomodada, ela tacou o travesseiro sobre o rosto e – se minha audição não falha – podia jurar que foi usado apenas para abafar um grito irritado.

     - Ai, se eu te pego. Ai, ai, se eu te pego... – cantarolei mais alto.
     - Garoto, qual é o seu problema? – indagou, jogando o travesseiro sobre meu rosto.
     - Problema? – me fingi de inocente da melhor maneira que pude. – Oras, achei que você gostasse que eu cantasse para você.
     - Tanta música boa e você decide cantar isso. Sério mesmo? – ela pareceu não acreditar em nenhuma dose da minha inocência. - Aliás, eu já tentei te ensinar milhares de palavras em português e você insiste firmemente em não aprendê-las, mas esse tipo de coisa você pronuncia perfeitamente, não é, idiota?
      - Claro, minhas beliebers costumavam cantar isso nas portas do hotel para mim, sabia? Esse tal de Michael é magnífico, ok?
      - Primeiro, pseudo brasileiro, é Michel Teló e não Michael. Segundo, não fale como se essa letra fosse um achado da música brasileira, porque se fosse, eu já teria me matado. E, terceiro, magnífico será o soco que eu te darei se você não sair de cima de mim, seu gordo!
     
      Fiz uma careta, antes de finalmente a obedecer. (Seu Nome) me fitou parado ao lado da cama, com um falso olhar de reprovação, antes de se levantar também. Ela estava ajeitando a roupa no corpo, ignorando completamente minha presença, quando meus olhos se estreitaram. Uma ideia de origem duvidosa atravessou meus pensamentos e eu ocultei um riso malvado.

     Corri pelo quarto, forçando os músculos das pernas, ainda adormecidos pela noite de noite, a voltarem a funcionar da maneira mais rápida que conseguia e, então, agarrei (Seu Nome). Segure firmemente suas coxas, fazendo suas pernas se fecharem em volta da minha cintura. Ouvi um grito abafado de surpresa atrás de mim e, então, minha namorada puxou firmemente a gola de minha camisa, evitando a possibilidade de cair para trás.

     - Justin, me põe no chão! – ordenou, me dando uma leve tapa nas costas.

     Ignorei sua insatisfação e me demorei em uma volta completa pelo quarto, acelerando o passo aos poucos. (Seu Nome) pareceu perceber que eu não a deixaria em paz e segurou firme em meus ombros com as mãos um pouco trêmulas. Sem me importar com sua reação desconfortável, sai do cômodo, ainda correndo e continuei descendo as escadas. Enquanto pulava alguns degraus, um grito fraco e rouco ecoou atrás de mim e então dentes se cravaram em minha nuca. Gemi baixinho, mas não me abati.

     Continuei em um ritmo acelerado, enquanto atravessava a sala. Notei minha namorada tentando se agarrar a paredes e móveis quando eu passava por perto, o que me fez tentar desviar ao máximo dos mesmos. Quando afinal senti meus músculos protestarem, me rendi, joguei (Seu Nome) sobre o sofá e desabei sobre o chão ao seu lado, arfando. Aparentemente, eu precisava fazer um pouco mais de exercícios aeróbicos ou talvez a idade estivesse chegando para mim também.

     Um peso extra caiu sobre mim de forma violenta. Eu não pude sequer reclamar quando notei que (Seu Nome) havia se jogado sobre mim do sofá, já que aquilo deveria valer como uma minúscula vingança. Permaneci calado, enquanto seus olhos faiscavam raivosos para mim. Ela queria parecer irritada, mas no fundo – talvez bem no fundo – eu sabia que ela gostava.

      - Sabia que eu te odeio? – ela arfou, sem retirar seu olhar intenso de mim.
      - Você mente tão bem que chega a ser fascinante... – sorri.

      Sem pensar, aproximei minha mão de seu rosto e então peguei uma mecha de seu cabelo bagunçado que dançava com a ajuda da brisa suave que varria a casa. Coloquei a mecha atrás de sua orelha para analisar melhor sua expressão. Ela parecia preocupada, mas seu rosto estava ligeiramente iluminado por um sorriso que ela tentava ao máximo ocultar. Suspirei, antes de arriscar.

       - Posso fazer uma pergunta?
       - E desde quando você pergunta antes de fazê-las? – (Seu Nome) ficou um pouco tensa, embora tentasse não demonstrar.
       - Você quer que eu desista? – fiz uma pausa. – Sobre a música com a Selena? Porque se você quiser, não tem problema. Eu posso dar um jeito...

     (Seu Nome) tombou a cabeça ligeiramente para o lado como se estivesse tentando entender alguma coisa maluca que eu dissera. Me surpreendendo, ela se levantou e, logo, estendeu a mão para mim, esperando que eu fizesse o mesmo. Sem fazer muito força e levantando quase que por mim mesmo, me pus de pé em questão de minutos. Questão de minutos mesmo.

     Antes que eu pudesse realmente me firmar sobre o chão, senti um impacto contra meu ombro e cai desajeitado sobre o sofá. Bufei, irritado, fitando minha namorada parada diante de mim, com os braços cruzados diante de si. Igualmente irritada, ela me olhava quase como se estivesse em uma posição superior a minha em alguma escala que eu desconhecia.

     - Você ficou louco? – praguejou, reforçando cada palavra com um tom repreensivo.
     - Bem, quem me empurrou no sofá foi você, então...
     - Não me interrompa, enquanto eu estiver pensando em como colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça... – continuou sem olhar para mim, enquanto andava em círculos.
     - O que foi agora? – afundei sobre o sofá, já esperando alguma reação louca.
     - “Você quer que eu desista?” – falou, em uma tentativa péssima de me imitar. – E você, Justin? Quer que eu te bata do lado direito ou esquerdo do rosto?
     - Devo responder? – perguntei, quando (Seu Nome) fez uma pausa grande demais.
     - Eu quero que você prometa que nunca mais fará esse drama ridículo de novo. Esse tipo de comportamento pertence a mim, então pare! – minha namorada despejava as palavras sobre a situação de forma rápida, mal tendo tempo para respirar. – Eu quero que você vá à gravadora, divirta-se e faça a melhor parceria que você já fez na vida...
     - Sim, senhora!

     (Seu Nome) revirou os olhos, mas se rendeu a minha palhaçada, rindo. Ela respirou fundo e caminhou calmamente até sair do cômodo, entrando na cozinha. Ainda confuso pelo que acabara de acontecer, esperei um pouco até me sentir normal novamente, antes de segui-la, sem pressa. Quando cheguei ao seu alcance, estudei a situação e fiquei surpreso comigo mesmo. Para falar a verdade, (Seu Nome) parecia bem relaxada, enquanto rodava a cozinha, pegando o que achava necessário. Eu realmente não esperava isso.

     - Então, quando vocês começam? – ela se dirigiu a mim e eu hesitei, sem ter consciência de que ela havia notado minha presença.
     - Hoje...
     - Sério?

     Frutas diversas eram fatiadas em pequenos pedaços, retendo a total atenção de (Seu Nome), que embora parecesse incomodada com a minha resposta imediata, permaneceu sem maiores alterações. Respirei fundo, pensando na maneira correta de retirá-la dessa calma toda. Odiava mesmice.

      - Então, você realmente não se importa com o fato de que eu passarei realmente um longo e agradável tempo com a Selena? – provoquei.
      - Não.
      - Não liga? Ela é bonita...
      - Justin... – ela parou de fatiar, segurando a faca com firmeza, o que me fez recuar. – Eu gosto da Selena e você sabe. Nós já nos falamos milhares de vezes!
      - Ah, claro! Em premiações e derivados, né? E foram diálogos bem curtos, ok? – a corrigi, sem hesitar.
      - Não faz diferença. Ela é uma boa artista e talentosa também. O que você esperava? Que eu a tratasse com indiferença?
      - Ok, então, concordamos que ela seja uma ótima profissional. Mas como você a define como minha ex-namorada?

      (Seu Nome) se calou, por completo, e voltou a fatiar as frutas. Ela colocou-as em tigelas diferentes e levou as mesmas até a mesa. Pegou um suco na geladeira e pôs fatias de pão na torradeira, ajustando um tempo determinado. Esperei pacientemente, enquanto ela observava o aparelho executar seu trabalho e, então, finalmente, obtive uma resposta.
 
      - Nenhuma ex-namorada é boa, admito. Feliz agora?
     - Hum... Sério? – parei por um minuto, enquanto refletia sobre suas palavras. – Então, defina Caitlin.
      - Toda regra tem uma exceção! – ela parecia calma e certa do que dizia. – Nós não namorávamos quando eu conheci a Cait e... Além disso, ela está com Chaz agora, então, não conta. Selena por outro lado está completamente solteira...
      - Então, você admite que está com ciúmes?

      O rosto de (Seu Nome) ficou levemente vermelho e ela voltou a se concentrar novamente nos preparativos do café da manhã, colocando as torradas sobre diferentes pratos e levando-os à mesa. Sorri comigo mesmo, satisfeito por ter conquistado mais esse objetivo e em um tom provocador voltei a me dirigir até ela, ignorando a possibilidade de ter porcelana atirada sobre mim.

      - Você fica tão adorável quando está com ciúmes...
      - Eu não estou com ciúmes, idiota! – rosnou, antes de se sentar a mesa, me levando a fazer o mesmo.
      - Pare de mentir, (Seu Nome)! – pedi, sem dar atenção a qualquer alimento a minha frente. – Você tem ciúmes da Selena. Eu sei, você sabe, todos sabem.
      - Justin, você poderia parar de mudar de assunto? – suspirou, parecendo já sem paciência. – Eu te perguntei sobre o motivo para vocês terem que fazer tudo tão às pressas e você não me respondeu até agora.
      - Hum, que foi? Está com medo de que eu fuja com a Selena para uma ilha deserta e te deixe sozinha e solitária? – continuei, estreitando os olhos.
      - Continua de graça, Justin! Continua que eu te coloco para dormir lá fora... – ameaçou, cravando um garfo em um pedaço de melancia.
      - Sabe que está na minha casa, não é? – assinalei, lembrando-a.
      - Espero que você não esteja duvidando de mim. – o tom sério que ela usou deveria ter me assustado. – Agora, explique-se!
      - Deixa de ser boba! – ri sem humor. – Na verdade, não era bem para ser tão em cima da hora, mas logo eu vou ter que começar a me dedicar à gravação do meu próprio álbum, o que iria dificultar um pouco as coisas. Então, nós ajeitamos tudo para começarmos o mais rápido possível, o que significa hoje.
      - Então, isso significa que você já deveria estar arrumado, não?

      Um sorriso sarcástico se formou no rosto da minha namorada e afinal eu percebi que ela tinha razão. (Seu Nome) levou o copo de suco até a boca, enquanto me observava desesperado para enfiar uma torrada na boca e correr para me arrumar. Felizmente, consegui mastigar, sem morrer engasgado, antes de disparar pelas escadas até chegar ao meu quarto.

    No cômodo, arranquei as roupas do corpo jogando em cima da cama e segui para o banheiro. Tomei o banho mais desesperado da minha vida e, por vezes, quase cai no boxe, enquanto passava sabonete pelo corpo. Senti preguiça ao lembrar que teria que secar o cabelo, mas assim o fiz, aniquilando a possibilidade de chegar à gravadora parecendo um gato pingado.

     Felizmente, eu fiquei pronto depressa, após vestir o primeiro par de peças que encontrei no guarda-roupa. Provavelmente, a combinação não estava muito favorável, mas, ainda assim, era melhor do que permanecer ainda mais atrasado. O relógio de parede, que emitia um ruído clássico no meu quarto, indicava que eu estava bem longe de chegar em horário conveniente. Me culpei baixinho ao lembrar o longo percurso que teria que percorrer.

     Tropeçando nos próprios pés e me sentindo extremamente imbecil, desci as escadas, me esforçando para ser o mais rápido possível. Me certifiquei de estar com o celular e documentos, antes de atravessar a sala de estar. Já estava, praticando, tocando a maçaneta da porta que levava até a garagem, quando me lembrei de (Seu Nome) em outro canto da casa. Desacelerando, dei meia volta.

     Entrei calmamente na cozinha e observei, em silêncio, enquanto minha namorada levava à louça até a pia. Eu tinha consciência de que ainda estava atrasado, mas me sujeitava a perder a hora apenas para continuar admirando um pouco mais.

      - Acho que já vou indo... – suspirei pesadamente esperando que ela notasse minha presença.
      - Melhor se apressar se pretende chegar lá ainda hoje! – (Seu Nome) desviou a atenção até mim, por um instante e pareceu me analisar. – E... Por favor, não dirija como um louco, ok?
      - Prometo me esforçar...

      Me aproximei de (Seu Nome) e toquei seu queixo rapidamente, a obrigando a não se desviar de mim e, então, deixei que meus lábios fossem até os dela. Comecei com um pequeno selinho e depois a beijei com vontade. Suas mãos molhadas deslizaram até meu pescoço e me fizeram estremecer. Felizmente, não deixei que aquilo ultrapassasse certos limites, que me obrigariam a permanecer em casa e, então, me afastei mais depressa do que realmente desejava.

     - Bom, boa sorte! – suspirou ela, enquanto eu ainda a mantinha em meus braços.
     - Vai sentir saudades de mim, enquanto eu estiver fora? – perguntei, fazendo drama.
     - Vou tentar me lembrar de você, enquanto estiver dando uma grande festa para comemorar sua saída, ok?

     Exagerei na expressão de insatisfação, fazendo (Seu Nome) rir. Relaxei, por fim, e me preparando para sair, dei um último beijo no rosto de minha namorada sem graça, antes de retornar a sala de estar.

     Apressei o passo até chegar à garagem e, então, ajeitei tudo o que precisava para sair. Quando entrei no carro, me desesperei ao lembrar que estava atrasado, mas ainda assim tentei me prender ao pedido de (Seu Nome) e controlar minha ansiedade no trânsito. Liguei o pequeno rádio para me ajudar a relaxar e fui surpreendido com uma música bastante velha, Who Says. Recostei sobre o estofado macio e tentei não ficar paranoico com a coincidência.  

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Capítulo 33, amoras :)
   Então, vocês lembram do que eu disse no post anterior? Falei que traria boas notícias, não é? Então, eu trouxe! Hahahaha, seguinte, belieber/leitoras cariocas, vocês já viram isso? http://www.facebook.com/events/357160777712686/?ref=ts&fref=ts Então, terá um encontro de beliebers aqui e, bom, como sempre eu pensei "quero conhecer vocês, princesas!" Hahahah, enfim, por que não? As informações estão todas na página e bom, se alguma de vocês forem, se manifeste. Quem sabe não nos encontramos por lá?

    Então, é só, gatinhas :)
    Espero que gostem do capítulo.

(A imagem do post é da haughtyroll)