27 dezembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 40


(In)Esperado



Belieber's POV


   
Cheguei à casa mais tarde do que esperava, devido ao trânsito pavoroso. Ansiosa para sair do carro, entreguei algumas notas para o taxista e afirmei que ele poderia ficar com o troco, sem nem realmente olhar para o que estava lhe dando. O motorista agradeceu, entusiasmado, me deixando com a certeza que eu tinha pagado bem mais do que deveria.

    Já na calçada, esperei o veículo seguir seu caminho, antes de caminhar até a entrada da casa. Peguei o pequeno cartão na carteira e o passei pelo local específico do interfone, fazendo o portão principal abrir. Já dentro da propriedade, digitei a senha no pequeno monitor e, então, ele se fechou, novamente. Eu realmente odiava esse processo metódico de segurança.

    O caminho até a casa pareceu uma eternidade, enquanto eu andava batendo os pés na grama, ainda irritada. Eu sabia que provavelmente não pegaria um flagra, nem nada muito surpreendente, afinal, segundo o horário em que Justin me ligou – e eu ignorei –, eles já haviam chegado há bem mais tempo que eu. Então, era de se imaginar que eles já tivessem aproveitado bastante.

      Ao finalmente chegar à porta, me atrapalhei para achar as chaves, devido à pressa, mas quando encontrei, tratei de colocá-la na porta o mais rápido possível. Antes de girar a primeira ou até mesmo tocar na maçaneta, refleti comigo mesma sobre como deveria entrar. Poderia ser uma entrada triunfal ou, talvez, algo mais discreto para poder tirar foto do momento e ter justificativas para quando eu fosse julgada por homicídio, em algum tribunal.

      Abri a porta devagar, entrando pé antepé e fechando-a tão silenciosamente quanto. A luz central da sala não estava ligada, apenas as outras. Meus pés se recusavam a continuar, enquanto o meu receio aumentava. Eu tinha medo do que podia ver e, ao mesmo tempo, tinha medo por ter medo, porque ainda havia uma enorme parte de mim que confiava no... Meu namorado.

       Porém, quando me aproximei do sofá da sala, meu mundo desabou, desmontando em cima da cena mais repulsiva que eu já vira. Suas mãos se encaixavam perfeitamente na cintura e no pescoço da morena. As pernas dela estavam jogadas por cima das dele. O beijo parecia tão intenso e desesperado, que seria mais confortável se eles estivessem em um quarto, aliás, sem camisa ele já estava. A decepção que eu imaginei que sentiria foi rapidamente substituída pela raiva.

      - Ei, vocês! – berrei, tentando controlar a irritação.

     Selena deu um pequeno grito de surpresa, enquanto se afastava, fazendo com que minha insatisfação só aumentasse. Ela pareceu bastante sem jeito ao se endireitar no sofá para olhar para mim, aparentando, pela primeira vez, estar incomodada com as mãos masculinas em seu corpo. Ao contrário dela, Lucas permaneceu sem alterações, apenas roçando os lábios no pescoço da jovem envergonhada em seus braços.

      - Hã... Eu... – Selena tentava formar as palavras, enquanto afastava suavemente Lucas de si, com o rosto vermelho e batom borrado na boca. – Eu acho que já está tarde, não?          
     - Tarde demais. – concordei, fria.
     - Então, é melhor eu ir! – ela se levantou do sofá, ajeitando as roupas amassadas – Tchau, Lucas!
     - Tchau, linda! – falou o loiro, antes de puxar novamente Selena e dar-lhe um beijo em sua mão.
    
     Selena sorriu discretamente, antes de dar-lhe as costas, pegar a bolsa e começar a andar em direção à porta. Ela hesitou ao passar por mim e seu rosto ficou ainda mais vermelho, embora eu não achasse que fosse possível.             

     - Boa noite, (Seu Nome)! – falou, por fim. – Diga a Justin que eu disse “boa noite”, ok?
     - Claro! – assenti, com a cara mais cínica que podia.
     - Obrigada!
     - Bom, pode ir, que eu abro o portão para você! – assegurei, desfrutando do meu autocontrole – Boa noite, Selena!

      A morena continuou a seguir até a porta, sem coragem de sorrir para mim. Considerei isso uma sábia decisão, porque eu estava prestes a esfregar a cara dela no piso. Com calma – uma quantidade bem pequena, mas suficiente – observei enquanto Selena chegava à porta e a abria, saindo do meu campo de visão. Tentando restaurar minha sanidade, ignorei Lucas e segui para a cozinha, onde fiquei vigiando sua amiguinha nova pelas câmeras de segurança, até que ela estivesse próxima à saída. Precisei ser forte para controlar a vontade de esmagá-la contra as grades.

     Retornei a sala, com passos curtos e bem marcados, mantendo os olhos em Lucas, que permanecia deitado no sofá como se nada tivesse acontecido. Ele nem pareceu ligar, enquanto eu me aproximava e aproveitei sua falta de culpa para pegar disfarçadamente uma das almofadas jogadas no chão.

     - O que foi? – perguntou, fingindo-se de inocente.
    
     Fuzilei-o com o olhar, durante um mísero segundo, antes de começar a lhe bater com a almofada, utilizando toda a força que eu tinha. Estava desejando mentalmente que a maciez do objeto fosse substituída por quilos e quilos de cimento, capazes de triturar os ossos daquele idiota.

     - Lucas, seu viado! Corno! Imbecil! Tarado! – berrei, enquanto continuava a lhe bater. – O que você tem na cabeça?
     - (Seu Nome), você está exag...
     - Cala a boca, babaca! – continuei. – Cala a boca, antes que eu quebre todos os seus ossos, arranque seus olhos fora e almoce todos os seus órgãos.
     - Mas não aconteceu nada demais! – afirmou, enquanto se defendia, sem dificuldades.
     - Ah, não? Então me conte, Lucas Barros, desde quando é normal você enfiar essa sua língua inquieta na boca daquela vagabunda, hein?
     - Não precisa falar assim também!
     - Não tente me repreender, Lucas, porque eu, com certeza, não estou legal para te aguentar agora! – informei, lutando para que as lágrimas de irritação não caíssem e me deixassem parecer frágil em uma situação dessas.
     
      Em uma tentativa frustrada de me distrair dos meus próprios sentimentos e manter minha integridade intacta, acertei a almofada em meu melhor amigo pela vigésima vez. Mas antes que esta o acertasse, ele arrancou-a das minhas mãos e me segurou, impedindo-me de continuar a me movimentar. Rosnei, frustrada e irritada ao mesmo tempo. Queria espancar Lucas até ele não ser mais capaz de se mover durante uns dois dias, mas aparentemente eu não era capaz disso tudo.

      Os olhos do loiro penetraram nos meus de forma intensa. Ele estava tentando parecer, de alguma forma, inocente e eu precisava admitir que Lucas era bem competente no que fazia. Tanto que quase fez com que eu mesma me sentisse culpada por estar sendo má com ele. Ainda assim, meu bom senso ainda conseguira se manter firme e, foi este que me fez desviar o olhar, antes que eu acabasse deixando que o jeito sedutor do Lucas me controlasse.
 
     - Onde está Justin? – perguntei, conformada por não poder fazer mais nada.
     - No quarto dele, provavelmente. – respondeu, me soltando, finalmente.

     Me ajeitei, sem olhar para ele, antes de pegar novamente a almofada e, passando direto pelo loiro, me dirigir às escadas. Eu estava a ponto de explodir e, aparentemente, todo mundo ali tinha alguma parte de culpa. Supostamente, eu deveria estar aliviada porque não era bem como eu pensava, mas acho que a surpresa só serviu para me deixar ainda mais irada. Era como se todas as células do meu corpo estivessem contaminadas por essa fúria e eu só piorava em saber que estava tão submersa em um sentimento negativo.

     Suspirei, ao chegar à porta do quarto de Justin. Entrei devagar e silenciosamente, me surpreendendo com a imagem que encontrei. Justin dormia docemente, tomando conta de quase toda a cama. Seu peitoral se mexia lentamente, acompanhando o ritmo de sua respiração. Era o tipo de cena que eu poderia admirar por horas consecutivas, sem me incomodar, caso não estivesse tão irritada.

     - Você ousa dormir em uma situação dessas, vagabundo? – gritei, tacando a almofada nele.
   
    A única coisa que eu ouvi, em seguida, foi o estrondo de Justin caindo no chão, após acordar assustado. Ele gemeu baixinho, enquanto se levantava vagarosamente. Aparentemente, Justin estava bastante atordoado, pelo menos, era isso que parecia quando ele me encarava, com a expressão confusa. Considerei a possibilidade de que ele não estava sequer me reconhecendo. Isso, por algum motivo, deveria ter me deixado com uma sensação de culpa por tê-lo acordado, mas não.

   - Estou esperando uma explicação! – continuei, sem me abalar.
   - (Seu Nome)... – murmurou, baixinho. – Do que você está falando?
   - Por que você trouxe aquela aproveitadora aqui? Por que você deixou aquela maníaca sozinha com o Lucas? Por que você não fez nada para impedir que aquela pedófila se aproveitasse do meu melhor amigo? E, por que você está dormindo, enquanto tudo isso acontece, hein? Está usando drogas, por acaso?
    - Não. – respondeu, pausadamente. – Mas e você? Está? Porque, sinceramente, é o que parece!
    - Cala a boca, seu idiota, e me explica essa história! – mandei, sem um pingo de vontade de ser educada.
    - Como eu vou explicar com a boca calada? – ele franziu a testa, parecendo estupidamente perdido.
    - Justin, pelo amor de Deus, não brinca comigo! – respirei fundo, buscando um pouco de calma e paciência. – Será que você poderia me explicar o que realmente aconteceu durante essa tarde?
    - Bom, para começar, saiba que eu acabei contando para a Selena o que aconteceu por conta daquela foto. Então, ela insistiu que queria falar com você, porque estava se sentindo culpada ou qualquer coisa assim. O que eu poderia fazer? Eu a trouxe aqui. Não havia demais nisso. O real problema foi o seu amiguinho sem vergonha na cara. E, bom, eu não poderia tapar a boca dele com uma fita adesiva, não é?
    - Eu... Eu... – tentei falar, entre dentes.

    Aparentemente, eu não tinha qualquer argumento.

    - Argh! Eu te odeio! – menti, frustrada.

      Desprovida de paciência, me dirigi para fora do quarto, batendo a porta, em seguida. Ignorei a voz de Justin atrás de mim. Eu não queria escutar mais as suas palavras, porque, aparentemente, ele tinha mais argumentos e razão do que eu, o que não era muito aconselhável, quando eu estou irritada.

     Finalmente, sozinha, no corredor, me joguei no chão e fiquei lá, quieta. Queria gritar e me jogar da escada para ver se a dor passava. Eu não era do tipo agressiva, mas me arrependi em silêncio de não ter dado nenhuma tapa na cara daquela magrela. Talvez, esse pequeno ato aliviasse um pouco a irritação. Ou não. Mas deixaria uma marca legal.

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Capítulo 40, amoras :)
   Então, o que acham do casal Lelena? (skaopskaposkaoks Que nome estranho. Enfim Lucas+Selena). Por favor, respondam, porque eu quero saber a reação de vocês, ok? Ok! Hahahahha
   Por hoje, é só, amores!
   Espero que tenham gostado!
(A imagem do post é da mericern)       

7 comentários:

  1. lelena eh vida, sinta-se surpresa pq eu estou comentando. bj tchau

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  2. KKKKKKKKKKKKKK lelena OH DEUS ksksks' ameeei ta perfeeeeeito continuua logo bjs ^^

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  3. OMG! NA HORA EU PENSEI QUE FOSSE O JUSTIN E A SELENA SE PEGANDO AI EU FIQUEI "OMG" AI DPS EU VI QUE ERA O LUCAS E FIQUEI "AWW QUE SAFADENHOS" AI DPS QUE A SEU NOME XINGOU ELA DE VAGABUNDA EU FIQUEI "OMG, ELA NEM PEGOU SEU NAMORADO"

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  4. Hahahaha que nome mais futricado, amiga! E, não, não curti Lelena kkkk o Lucas é abusado, e a Selena, abusada também kk mas adorei o ciúmes possesivo "de mim" por causa do meu namorado e melhor amigo... Continuaaa, e olha que lindo, capitulo par U.u

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  5. Ahh! Eu tmb pessei q fosse Justin, só depois q vi q era Lucas! Enfim continuaa, tá mt lindo! ah, e sobre Lelena ( ou Lulena, acho melhor) eu gostei da ideia, pelo menos a Sel fica fora do caminho!kkk bjs!

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  6. - Cala a boca, seu idiota, e me explica essa história!
    - Como eu vou explicar com a boca calada?
    kkkkk morri nessa parte kk
    kkk Lelena..boa boa...mas eu n gostei huahua..o Lucas é meu tambem kk..ok ok..parei..se bem q ela ia ficar longe do Jus..é..é..é uma boa rs

    Juuh obrigada por tudo ta? obrigada por existir tambem u.u rs sz

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