24 novembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 27


Impaciência



Belieber's POV


   
Havia fios e mais fios de cabelo jogados sobre o meu rosto, quando acordei pela manhã. Uma claridade fraca ultrapassava a janela, iluminando o quarto. Aquele não era exatamente o clima que eu esperava após a chuva e a ventania da noite passada, mas tudo parecia bem mais seco, embora nem tão ensolarado quando eu queria. Ainda dava para sentir um doce aroma de grama molhada, mas talvez fosse apenas impressão minha.

    Me levantei, enfrentando a preguiça e, observei rapidamente Justin jogado sobre a cama, completamente esparramado. Sua expressão estava vazia, o que me fez concluir que talvez ele não estivesse tendo nenhum sonho realmente intrigante. Ainda assim, continuava parecendo um anjinho dormindo. Dormindo.

     Mantendo a concentração para evitar me distrair com pequenos detalhes, caminhei lenta e calmamente para fora do quarto. Enquanto descia as escadas, me dirigindo ao primeiro andar, notei algo diferente sobre mim mesma. Me sentia incrivelmente mais otimista do que já estivera durante nem sei quanto tempo. Estava motivada o suficiente para levar a sensação a qualquer um que se aproximasse de mim hoje.

      Animada, corri até a cozinha. Vasculhei cada canto quadrado do cômodo, procurando tudo de melhor ali. Preenchi a bancada de alimentos deliciosos que eu particularmente teria um prazer enorme em devorá-los na hora, mas me controlei. Com cuidado, ajeitei tudo em uma bandeja retangular, enchendo, por fim, dois copos de suco e colocando-os sobre o recipiente também. Iria escrever algo em um pequeno bilhete, mas achei desnecessário. Aquilo já deveria bastar por si só.

     Com pressa, peguei a bandeja com firmeza, enquanto lutava para manter o equilíbrio, e corri para retornar ao quarto do meu namorado. Diminuir a velocidade, apenas quando já estava no último degrau. Além disso, precisei quase fazer um milagre para segurar tudo com uma mão só e conseguir assim abrir a porta.

     Justin ainda estava dormindo, tão perdido em si mesmo quanto possível. Tentando manter o silêncio, repousei o que segurava sobre a pequena mesa de cabeceira. Em seguida, me ajeitei novamente a seu lado na cama e fitei-o, tranquila. Lutando contra a pena que sentia ao tê-lo que acordá-lo, comecei a beijar seu rosto, suavemente. Só estava começando, quando um doce sorriso se esboçou em seus lábios.

     - Bom dia! – sussurrei.
     - Não precisa parar, não... – sussurrou baixinho, com uma pequena risadinha, no final.
     - Tarde demais! – cantarolei, antes de me afastar, sentando de novo.

     Justin tapou o rosto com o meu travesseiro, em seguida, como uma criança mimada. Ri, incapaz de permanecer indiferente ao seu lado mais infantil. Me rendendo a ele, agarrei firmemente o travesseiro, tentando tirá-lo das mãos fortes de meu namorado. Obviamente, não obtive tanto sucesso quanto esperava. Não importa o nível de força que eu usasse para tentar pegar o objeto macio, ainda assim, deveria parecer como nada.

     - Fraca! – berrou ele, praticamente se sufocando.
     - Ah, quer ficar se escondendo? Então, fique! – resmunguei, antes de ser atingida por uma excelente ideia. – É até melhor. Assim posso trocar de roupa aqui mesmo e...

     Antes que eu sequer terminasse de falar, o travesseiro já estava sobre o chão e Justin, sentado na cama. Seus olhos estavam arregalados e um sorriso muito safado se alojava em seu rosto. Ele parecia tão empolgado que demorou mais do que o necessário para perceber que eu ainda estava imóvel, ao seu lado, apenas o observando, com um ar inevitável de incredulidade.

     - E aí? – perguntou. – Já pode começar...
     - Ah, não... – soltei um falso suspiro. – Mudei de ideia! Eu estou bem com essa roupa mesmo!
     - É, isso eu não posso discordar! – constatou, claramente me analisando. Ou, em outras palavras, praticamente me devorando com os olhos.
     - Com quem você pensa que está falando, hein, Justin Drew Bieber? – indaguei, tentando parecer exaltada. – Repete o que você disse se é homem. Repete...
     - Eu disse que essa roupa te deixa mais gostosa do que já é, além de me dar vontade de te pegar. Feliz agora?
     - Primeiro, eu deveria te bater muito para ver se você aprende a ter um pouco de vergonha nessa cara. – chiei. – E, segundo, vai sonhando, garoto. Você precisa crescer muito ainda para ser homem o suficiente para me pegar, ok? Ok.
     - Hum... Está duvidando da minha capacidade? – suas sobrancelhas se arquearam, fazendo um arrepio repentino correr pela minha espinha.
     - O que você acha, hein? – continuei, tentando disfarçar ao máximo minha fraqueza.
     - Resposta errada.

     Eu já esperava que Justin estivesse se preparando para ser mau comigo, mas não àquele ponto. Ele pulou em cima de mim e, antes que eu tivesse ao menos chances de gritar, começou a fazer cócegas na minha barriga. Gritei. Nada me deixava mais vulnerável que isso. Meu corpo ficou completamente dormente, enquanto eu era brutalmente torturada. Que tipo de monstro faria tamanha maldade?

     - Para, Justin! – berrei. Minha voz estava sendo entrecortada pelo desespero.
     - Não mesmo! Você duvidou de mim. Agora, aguente as consequências! – falou, rindo da minha situação.
     - Não!
     - Bem... Quem sabe se você implorar... – dramatizou, aliviando um pouco as cócegas, mas sem realmente parar.
     - Ok, qualquer coisa. – concordei, sem fôlego. – Por favor, pare. Eu te imploro. Eu não quero morrer... Para!
   
     Senti um alívio infinito, quando ele finalmente me obedeceu. Porém, eu ainda não estava tão livre quanto imaginava, já que quando me dei o luxo de relaxar, Justin descansou o peso de seu corpo em mim. Teria reclamado se ele não estivesse me fitando, com uma expressão fofa, que amoleceu meu coração e fez com que eu esquecesse que estava completamente incapacitada de me mover.

      - Sabia que você é linda quando está desesperada? – perguntou, sorrindo.
      - E você? Sabia que fica lindo quando não está me maltratando ou abusando da minha pessoa? – provoquei, ressentida.
      - Isso significa que eu continuarei sendo feio, então.

      Estremeci internamente, enquanto ele sorria para mim. Aproveitei o momento e a proximidade para levar meus lábios aos dele. Eu não tinha segundas intenções quando tudo começou, mas sentir a respiração dele tocando meu rosto era uma tentação e eu jamais me perdoaria se resistisse a ela. Assim como eu, Justin também não hesitou nem um só minuto para aproveitar do clima que eu criara.

      Romântico e lento. Nós estávamos indo com calma, mas por dentro eu estava ansiosa. Queria aqueles lábios, aquela língua, aquele sabor e aquele perfume mais e mais. Eu poderia ter aquilo para sempre e nunca me cansar. Eu estava ficando possivelmente viciada e precisaria logo, logo visitar uma clínica de reabilitação ou algo do tipo, mas provavelmente o meu tratamento não seria tão bem sucedido. O beijo do Justin não era algo tão fácil assim de esquecer. Não havia sequer comparação entre ele e substâncias como drogas e álcool.

      Meu coração estalou alto, quando senti meu namorado morder meu lábio inferior. Esse pequeno e safado ato significava que o momento estava para acabar e, no meu dicionário mental, isso era uma coisa terrível. Suspirei, decepcionada, segundos depois que Justin realmente se afastou.
 
      - Não... – miei. – Volte!
      - Hum, está querendo mais, é? – ele me fitou com uma expressão extremamente pervertida. – Safadinha você, hein?   
      - Justin, se você parar de falar e me beijar, eu falo até que sou ninfomaníaca, pervertida e tarada. Só não me deixe com vontade, ok? – continuei, esfregando meu orgulho no chão, enquanto quase implorava.
      - Bom saber, mas, por hora, chega! – falou, endireitando-se ao meu lado. – Não quero me cansar...
       - Você está brincando, não é? – perguntei bem pausadamente, para que ele sentisse minha frustração.
       - Não. Estou apenas me vingando de todas as vezes que você fez o mesmo comigo. – falou, presunçoso. - Prove seu próprio veneno, princesa!
      - Você não tem ideia de quanto é mau, não é?
   
      Justin apenas riu, virando-se na cama para fitar o teto, distraído. Fiquei observando-o, enquanto ele permanecia imóvel, talvez pensativo. Quando ele finalmente desviou o foco do vazio, voltando a olhar para mim, eu congelei. Fechei os olhos, em uma tentativa tola de não ser mais vítima de suas maldades involuntárias. Ainda assim, minha concentração estava completamente direcionada a ele. Era engraçado analisá-lo de olhos fechados. Ouvir sua respiração calma e sentir as batidas de seu coração. Porém, quando tudo pareceu silencioso, estranhei e voltei a olhar o que estava diante de mim.

      Meu namorado ainda estava ao meu lado, tapando o nariz e com a boca fechada, aparentemente, tentando não respirar. Minha testa se franziu involuntariamente. Eu sabia. Aquela história da noite passada fora tudo invenção. A verdade é que ele realmente tem alguma super habilidade que o possibilita ler minha mente. Ou talvez, eu só seja muito previsível.

     - O que foi agora? – perguntei, impaciente.  
     - Estava só testando uma coisa... – informou.
     - O quê, por exemplo?
     - Você analisa minha respiração, quando fecha os olhos, não é? – ele riu, como se aquilo fosse uma grande idiotice.
     - Como você sabe dessas coisas? – tentei não berrar, enquanto era banhada por uma irritação repentina. Aquilo não poderia ser tão óbvio.
     - É engraçado. Você respira no mesmo ritmo que eu, quando faz isso...
     - Quer saber? Continue rindo de mim. Eu não preciso de você. Eu tenho comida!

    Fiz um biquinho, antes de pegar a bandeja, até então esquecida, em cima da mesa de cabeceira, colocando-a sobre meu colo. Ignorando por completo Justin, comecei a cortar um pequeno pão, enquanto decidia com o que rechearia o mesmo. Podia parecer infantil, mas, de certa forma, eu realmente estava com fome. Além de que, se ouvisse a risada do idiota ao meu lado novamente, seria bem provável que eu enfiasse a faca em seu pescoço.

     - Deixa de ser boba, (Seu Nome). – percebi que ele segurou o riso, antes de me beijar levemente minha bochecha. – Eu te amo, ok? E, caso queira saber, é bonitinho quando você faz isso. Parece que você me conhece mais do que eu mesmo.
     - Você só está dizendo isso, porque está com fome.
     - Isso é... Meio verdade! – suspirou.
     - Eu não fiz isso tudo para comer sozinha mesmo, então... Pegue o que quiser!

     Justin pegou o pão que eu estava prestes a levar a boca e deu uma mordida enorme. Olhei fixamente para a faca em minha mão e pensei. Pensei seriamente. Precisei respirar fundo para conseguir finalmente largá-la sobre a bandeja. Não valia a pena. Prisão me daria crises de claustrofobia.

     - Está chateada? – perguntou ele, após a segunda mordida no meu antigo alimento.
     - Ainda não. – suspirei, antes de levar o copo de suco à boca, receosa.
     - Olha, para acabar de vez com a sua chatice, eu tenho uma surpresa para você... – anunciou, animado. – Adivinha o que iremos fazer hoje?
     - Que tal dormir?
     - Não, sem-graça! – resmungou, fingindo decepção. – Nós vamos a um parque de diversões...
     - Você está maluco? – perguntei, indignada. – Justin, eu não vou em parque de diversões. São lugares em que você paga para morrer.
     - Como você é careta! Bom, nós vamos mesmo que eu tenha que te amarrar no carro. – ameaçou, sério.
     - Isso se você conseguir me pegar, não é?

     Larguei a bandeja em cima da cama, antes de sair do quarto, correndo o mais rápido que eu conseguia – o que já não era grande coisa mesmo. A porta do cômodo sequer tinha batido ainda, quando escutei um palavrão baixo e, então, percebi que ele não se renderia tão fácil. Assim, era óbvio que uma hora ou outra, eu iria ser pega. Sempre acontecia, mas eu iria adiar isso o quanto pudesse.

     Parques de diversões não são tão divertidos para mim, desde que eu era criança e tive uma má experiência após uma ida à montanha russa. Eu, com certeza, não gostaria de repetir isso na frente do Justin. Então, isso implicava que eu não desistiria sem luta. Até fingir um desmaio era uma opção, mas eu não entraria naquele carro. 
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Capítulo 27, amores :)
   Bem fraquinho, eu sei, mas próximos capítulos virão, então paciência hahah :)
   Mas vamos falar de um assunto IMPORTANTE!
   Vocês já estão sabendo que o vídeo "Baby" do nosso Justin não é mais o mais assistido da história. "Gangnam style" agora suporta isso título. Sabem o que isso significa? Que não deixaremos isso ficar assim! O BIEBERMANIA está disponibilizando um link, onde o vídeo fica repetindo e repetindo sem parar (assim como na época do recorde de "Beauty and a Beat"), então, gatinhas, vamos recuperar o nosso recorde? :)

(PS: A imagem do post é da love-whatisitgoodfor)

3 comentários:

  1. Ameei,
    MEGA HIPER PERFEEEITO.
    Continuuua diva bjs. ^^

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  2. owwnnn seriio msm que foffo esse cap. assim como vc eu tbm ja cansei de pedir desculpas por ficar sem comentar um cap. seu mais emfiim estou akiie deiixando minha marca registrada neh gatiinhaa...Bom eu realmente n gosto de parque de diversoes entao vou lutar ao maxiimo msm pra n ir la u.u hahahaha continua logo amoraa bjs sua divaa
    @BiebasMyPride

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