09 novembro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 22


Lar, doce lar...




Belieber’s POV

   Não me lembrava de ter ido dormir naquela noite. Não lembrava de ter caminhado até a cama e muito menos se havia ido ou não para o “meu” quarto. A única coisa que minha memória conseguira conservar fora o cheiro do perfume do Justin e sua voz ecoando pelos meus ouvidos, embora também não me recordasse de qualquer palavra que tivesse sido dita pelo mesmo.

     Abri os olhos para a realidade, após perceber que estava sozinha na enorme cama de casal. Precisei de um pouco mais de tempo para fazer o meu cérebro funcionar, antes de notar a decoração simples do cômodo e minhas malas no canto. Conclui rapidamente que não tinha passado a noite com Justin, além de que ainda estava vestida as roupas com que sai no dia anterior.

      Cansada de me sentir desconfortável, levantei da cama e segui a rotina simples de sempre. Tomei um longo banho quente, passei um creme manipulado para o rosto completamente afetado pela minha longa noite e vesti qualquer coisa confortável e simples o bastante, deixando o cabelo preso em um rabo de cavalo. É incrível, mas adoro ter a oportunidade de ficar assim algumas vezes. Me faz lembrar os meus dias mais bobos, em que eu só precisava jogar uma roupa no corpo e esperar Lucas e Manuela chegarem a minha casa para começarmos a ver filmes quaisquer. Só queria ter um dia assim de novo.

     Deixei o cômodo, rapidamente. Ficar sozinha me deixava melancólica e nostálgica, mas ficar deprimida não era uma das coisas que eu esperava fazer hoje.

     Assim que cheguei à sala de estar, vi Justin completamente esparramado no sofá trocando o canal da televisão repetidas vezes, como sempre fazia ao estar entediado. Endireitei rapidamente minha roupa – que estava torta em meu corpo – antes de caminhar até ele, sentando-me ao seu lado.

     - Ei, bom dia... Acho! – Justin sorriu, me abraçando suavemente.
     - Nem está tão tarde assim, bobo! – retruquei, sem graça. – Você já tomou café da manhã?
     - Há muito tempo! Para falar a verdade, eu liguei para um restaurante de comida japonesa agora a pouco. Bom para você?
     - Por mim, tanto faz. Portanto que chegue logo!
     - Ótimo!

     Ia me aconchegar um pouco mais no sofá, me apoiando em uma almofada, porém Justin foi mais rápido. Ele deitou a cabeça sobre minhas pernas, olhando para mim e, consequentemente, impedindo que eu me movesse. Calculei o número de danos, caso eu o tirasse dali com força, mas ele sabia no que eu estava pensando e, arqueou a sobrancelha, sugestivamente duvidando que eu fosse capaz, de algum modo, me levando a acreditar nisso também.

     - Não me olhe assim! Essas são as consequências do seu amor por mim... – riu ele, remexendo-se de um lado para o outro no sofá.
     - Para de graça, moleque, ou te mostro quem é que manda aqui! – ameacei, fingindo seriedade.
     - Não precisa, porque todos sabem que você só está aqui para obedecer minhas ordens! – retrucou, se sentando no sofá novamente. – Afinal, se não for só por isso, o que você veio fazer então?
     - Que tal quebrar isso que você chama de cara?
     - Tente! Você mal consegue olhar para o meu rosto sem ser facilmente seduzida, garota...
     - Iludido! Como se eu fosse me deixar seduzir por essa sua cara de pamonha, né, Justin?
     - Ah, é? – indagou ele, quase realmente ofendido. – Deixe-me te mostra o que o pamonha aqui sabe fazer...

    Não consegui nem mesmo pensar, quanto mais me defender, quando Justin pulou em cima de mim, segurando meus braços com as duas mãos para impedir que eu o espancasse – coisa que provavelmente faria, se tivesse condições. Ele arfou, enquanto sua boca se aproximava lentamente de meu pescoço. Eu sabia que ele fazia isso de propósito, me deixando na expectativa até que eu chegasse a um ponto de desespero tão grande, que implorasse por isso. É, talvez não seja à toa que ele ache que tem controle sobre mim.

    Senti um arrepio atravessar meu corpo, quando Justin olhou em meus olhos, rapidamente, só para se certificar que estava tendo o resultado esperado. Se minhas mãos não tivessem fortemente impossibilitadas, já o teria puxado pela blusa e o beijado da maneira mais quente possível. Mas, por hora, parecia que ele estava no comando. Ou não.
  
    O interfone tocou na cozinha.

    - É brincadeira, né? – suspirou Justin, um tanto frustrado.
    - Deve ser o nosso almoço! Vá pegá-lo, antes que eu morra de fome! – implorei, empurrando-o para longe de mim, já voltando ao meu estado normal de sanidade.
    - Eu deveria deixar você morrer mesmo para aprender a não duvidar de mim...
    - Se eu morresse, você perderia seu brinquedinho! – afirmei.
    - É, tem razão! Você é meu brinquedo favorito. Talvez, eu deva te manter viva por mais alguns dias... – ele pareceu quase pensativo, enquanto caminhava até a cozinha.
    - Justin, você é um idiota! – gritei, rindo.

    Ouvi a risada do príncipe, enquanto ele voltava a passar pela sala, indo até a porta de entrada, girando entre os dedos o controle do portão da frente, que limitava a propriedade. Embora pareça meloso demais para os meus padrões, assim que a porta bateu e ele saiu, senti uma onda de saudades. Eu gostava quando ele era idiota. Principalmente, comigo.

     Quando Justin finalmente voltou, ignorei-o. Não por ter realmente me contagiado com sua anormalidade, mas, simplesmente, porque nesse momento, a comida merecia minha total atenção. Porém, a minha refeição não foi assim tão feliz, já que fui obrigada a comer com pauzinhos e, bom, minhas habilidades com o mesmo ainda são reduzidas. Em outras palavras, quase tive um acesso de choro ao notar que 30% da minha comida havia escorregado daquilo que deveria ser um tipo de talher e, ido parar no chão ou em alguma parte do meu corpo. Não é à toa que eu nunca como em restaurante japoneses.

    Ao acabar, fui prestativa o bastante para arrumar tudo, jogando os pacotes fora e lavando a louça, que se resumia a alguns copos. Já Justin me ajudava fazendo... Nada. Ele apenas ficou o tempo todo encostado a porta da cozinha, olhando para mim, como se fosse algo muito interessante para se assistir.

    Assim, quando estava prestes a acabar a minha parte, passando um pano na bancada – agora molhada –, ouvi o toque do meu celular, vindo de algum lugar na sala de estar. Não era comum me ligarem do nada, a menos que fosse Manuela ou, talvez, meus pais. Infelizmente, Justin era mais desesperado que eu, antes que eu pudesse notar, ele estava ao meu lado, balançando meu celular, enquanto visualizava a tela.

    - Hum... Quem é Jake? – perguntou, tirando o celular do meu alcance. – Está ficando com algum sarado de academia e me colocando chifres, né, (Seu Nome)?
    - Me dá isso aqui, Justin! – pedi, tentando pegar da mão dele. – Quem é, hein?
    - Jake Swafez! – falou, pronunciando o sobrenome errado. – Isso é um nome? Enfim, por que está tão interessada em atendê-lo, hein?
    - Ah, me deixe pensar... Será que é porque ele é meu professor e eu sinto que estou muito ferrada? – ironizei, alcançando meu celular por fim.
    - Hum, sério? O que você e sua super inteligência provocaram dessa vez? – perguntou, sorrindo para me provocar.
    - Shhh!

    Jake me dava aulas desde que eu havia deixado a minha simples vida de estudante para viajar pelo mundo inteiro fazendo shows. Pelo que me lembrava, todas as minhas metas de notas, eu havia conseguido alcançar através de trabalhos elaborados e testes. Assim, não conseguia pensar em nada que pudesse justificar sua ligação, o que só me deixou mais nervosa ao atender o celular.

   - (Seu Nome)? – a voz grossa ecoou por meus ouvidos.
   - Ei, Jake! – tentei fazer com que ao menos eu soasse tranquila. – Como você está?
  
   Ele era uma das pessoas mais legais e pacientes que eu já conhecera. Então, não costumávamos nos tratar com muita formalidade. Antes da relação aluna-professor, nós éramos amigos.

    - Eu estou ótimo e... Pelo que pude perceber em seus shows, você está também, não é?
    - Claro! – suspirei. – Então, algum motivo especial para ter me ligado?
    - Na verdade, sim! – ele fez uma pausa, me deixando mais nervosa. – Hã... Eu estava checando meus e-mails e... Você ainda não me enviou sua monografia de biologia, não é?
  
    Gelei. Eu havia esquecido completamente sobre isso. Era o último trabalho que faltava e, como eu considerava meio complicado, adiei o máximo que pude, até ele cair no meu esquecimento e me fazer ir de encontro com a morte, como agora.

    - Eu... Já tinha terminado, mas tive alguns problemas na hora de te enviar! – menti. – Mas acho que vou fazer alguns ajustes ainda, para aperfeiçoar. Posso te entregar até a próxima semana?
   - Claro! E depois marcaremos um teste de acordo com o tema que você escolheu, ok?
   - Sem problemas... – suspirei, cheia de culpa. – Bom, eu estou meio atarefada agora. Tenho que desligar. Enfim, desculpa pelo atraso!
   - Tudo bem! Te vejo em alguns dias... Lembre-se de prestar atenção no que está escrevendo.  

   Concordei e, em seguida, me despedi o mais rápido que pude, ansiosa para encerrar a ligação. Quando o fiz, desabei. Ao meu lado, Justin me olhava meio surpreso. Havia um típico sorriso no canto dos seus lábios, sugerindo que ele já suspeitava de algo. Hesitei, assim que percebi que ele se preparava para falar.

    - O que quer que seja, você não fez, né? – perguntou.
    - Não... – miei, sem-graça.
    - Sem problemas. Eu posso tentar te ajudar, se quiser... – sugeriu.
    - Sério? – minha voz soou mais desconfiada, do que surpresa.
    - Claro, mas não agora. Chega de trabalho ou obrigações. Hoje, você é só minha!

     Sorri, antes que Justin suavemente passasse a mão por minha cintura, fazendo-me retornar até o sofá, onde se colocou ao meu lado, deixando que eu deitasse sobre seu peitoral. Embora soubesse que em poucos minutos, ele estaria agindo como um bobo novamente, não me importava. Eu gostava disso. Gostava de Justin como um todo, desde os momentos mais idiotas aos mais fofos. Tudo isso constituía o garoto que eu amo e, ficar ao lado dele era uma das coisas que mais me passava segurança no mundo. Não importa onde eu estivesse, estaria em um bom lugar, se ele estivesse ao meu lado.

     É, realmente, é bom estar em casa!
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Capítulo 22, gatinhas :)
  Espero que gostem, bebês!
(E, sim, eu disse que ia postar dois hoje, mas... Não deu tempo! Fica para amanhã!)

(A imagem do post é da ur beautiful)

3 comentários:

  1. Capítulo perfeito, sim ou claro? U__U hahah Cara, Justin é muito fofo.. e bobo hehe *-* e meu, tava sentindo falta de um capítulo assim.. fofinho, que eles estão a sós '-' então, desculpa não ter comentado no post anterior, tava mt sem tempo, em semana de provas e pá --' Mas enfim, cara, como tu consegue escrever tão bem assim? plmdds ein, para de ser perfeita U__U hahah Enfim², tá ótimo, continua logo ! *-* bjs gata, @it_Stephanie_

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  2. lindo demais, o justin é um completo idiota que eu amo muito (:

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  3. Me desculpa por não ter comentado o cap. anterior. Não tinha visto que vc tinha postado; Maaas sua #IB está HIPER PERFEEEITA; continuua bjs.

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