25 fevereiro 2013

3. You Make Me Love You - Capítulo 58


Dura realidade


Música do capítulo: I won't give up - Jason Mraz


Belieber’s POV

   Pattie passou a noite inteira com Justin. Algumas vezes, Scooter aparecia no corredor mais próximo a nós para pegar um pouco de água para a primeira. Ele não se dirigiu nem a mim, nem a Lucas, possivelmente, receoso em nos incomodar ou preocupado demais com a minha sogra desesperada que esperava por ele.

   Ainda assim, permaneci paciente durante toda a madrugada, enquanto rezava para que esse conturbado furacão passasse logo. Para ser sincera, eu estava até gostando um pouco de ter que esperar. Me dava espaço suficiente para superar o significado de “coma”, ao mesmo tempo em que Pattie poderia passar um momento que durasse o quanto desejasse com seu menininho.

   Aquela noite foi diferente. Lucas não cochilou, apesar de todo meu esforço para que isso acontecesse. Pelo contrário, o loiro passou grande parte da madrugada, tentando me fazer cair no sono, mas fracassou, como já era de se esperar. Eu provavelmente não voltaria a saber o que é sono até ter certeza de que Justin já não corria mais nenhum risco de saúde. Felizmente, porém, dessa vez, as horas foram mais calma. Lucas me deixou quieta – sem ter que ouvir qualquer frase mentirosa que deveria supostamente me ajudar –, enquanto mexia em meu cabelo de uma forma tão suave, que fez com que toda minha negatividade reduzisse discretamente.

   Pela manhã, quando eu já estava começando a sentir uma leve dormência nas pernas, dois vultos surgiram no fim do corredor. Respirei fundo, tentando achar alguma desculpa para protelar esse momento ao máximo, enquanto Pattie e Scooter se aproximavam mais e mais. Notei que a morena trazia um pequeno monte de roupas dobradas e empilhadas – peças que provavelmente Justin usara antes de entrar ali. A meu ver, a situação foi piorando à medida que os dois se aproximavam. Isso porque quando pararam diante de nós, eu pude perceber que ambos estavam com os olhos ligeiramente vermelhos. Ambos.

   Era besteira minha achar que Scooter não estava tão afetado com isso quanto nós duas, afinal, de certa forma, Justin era seu garotinho também. Ele o acompanhou durante toda a mudança surpreendentemente rápida, ao longo dos últimos anos. Mas apesar disso, acabei me surpreendendo da mesma forma. Eu nunca o vira passar por uma situação que o deixasse assim, pelo menos, não até agora.

   - Bom dia! – cumprimentou, mais por educação. – Bem, eu vou levar a Pattie para comer alguma coisa e, talvez, alugar alguns quartos de qualquer hotel aqui perto. Eu sei que todos estamos preocupados, mas vocês precisam descansar...

   Pela expressão de Pattie, estava claro que ela não gostava nem um pouco dessa sugestão, do mesmo modo que me desagradou ter que ouvir tudo no plural, como se ele estivesse me incluindo também. Preferi ficar em silêncio, apenas para não causar um conflito por detalhes banais. Afinal, Scooter não precisava saber que seria necessário um trator para conseguir me fazer sair daquele hospital, se não fosse com Justin.

   - É, é melhor assim mesmo... – dissimulei – Aliás, falando sobre isso, acho que eu deveria ver como estar Justin, não?

   Pattie arfou rapidamente, antes de assentir. Em seguida, os dois continuaram o seu caminho até a saída. Fiquei aliviada quando os vi saindo do meu campo de visão. Era bom saber que Scooter estava ali para fazer minha sogra manter-se saudável, apesar de tudo. Eu tinha certeza que todas as horas que ela passara dentro daquele quarto, tendo que observar seu filho de uma maneira que eu não conseguiria imaginar, haviam causado um grande impacto em seu emocional já fragilizado.

   Me levantei devagar, esperando que o sangue voltasse a correr até as minhas pernas, lentamente. Ficar de pé foi um pouco desconfortável para mim, mas logo Lucas estava ao meu lado, pronto para me acompanhar até o quarto. Era bom saber que ele estava ali me amparando. Era bom sentir seu braço em volta da minha cintura. Ainda assim, não era o suficiente para me fazer relevar o silêncio constante desde a nossa última conversa no corredor. Perguntei-me se algo que eu dissera o teria incomodado ou, talvez, ele apenas não tivesse tirado aquela ideia maluca da cabeça ainda. Estremeci ao pensar sobre segunda possibilidade.
  
   Antes que eu pudesse perceber, estávamos parados diante da porta do quarto de Justin. Eu podia sentir o olhar constante de Lucas sobre mim, possivelmente estranhando meu retardo temporário. Na verdade, eu não sabia se estava pronta realmente para aquilo. Não sabia se estava preparada para fazer o que eu mais estive desejando nas últimas horas. Pensei em sugerir mais uma volta pelo hospital, mas não queria que meu melhor amigo notasse que eu estava apavorada. Já era humilhante demais ter meu sofrimento exposto tão obviamente, então, seria ainda pior se nem o medo pudesse ser algo só meu.

   - Lucas... – comecei, insegura. – Você se importa se eu fizer isso sozinha? Acho que vai ser melhor assim!
   - Você vai ficar bem? – murmurou ele.   
   - Acho que sim...
   - Tudo bem, mas... Eu vou ficar te esperando aqui fora!

   O loiro se aproximou para beijar minha testa suavemente, antes de afagar meu cabelo. Seus olhos permaneciam tão preocupados quanto em qualquer outro momento ali dentro. Lucas hesitou por um minuto e, então se encostou à parede, me dando espaço para fazer o que eu quisesse ou... O que eu deveria fazer. Afinal, era óbvio que se dependesse só de mim, eu já teria cravado uma faca no meu peito, apenas para não ter que enfrentar isso. Aquela situação estava deixando claro o quanto eu era fraca e covarde.

   Toquei a maçaneta, ainda receosa. O metal frio parecia querer congelar todo o meu corpo ou talvez eu mesma já estivesse tentando fazer isso para mim. Empurrei a porta devagar e me certifiquei de entrar, fechando-a logo atrás de mim para que Lucas não me pegasse completamente desnorteada com a cena que eu acabara de ver. Mordi os lábios com força, fechando os olhos. Eu precisava de um tempo na solidão silenciosa do meu escuro interno para poder me controlar.
      
   Forcei os músculos da minha perna a desempenharem sua função, enquanto abria os olhos calmamente. A tranquilidade passou um segundo depois. Agora não era mais suposição, nem imagens aterrorizantes projetadas por minha mente traiçoeira. A realidade estava bem ali, estampada diante dos meus olhos. Justin permanecia deitado, inconsciente, em uma estúpida cama hospitalar, cercado por uma aparelhagem estranha, tendo uma o apitar mais agonizantes que eu já ouvira em minha vida.
   Embora eu já não tivesse mais vontade de avançar para mais perto daquele pesadelo, meu corpo se recusou a concordar comigo. Eu já estava chegando perto da cama, antes mesmo de me obrigar a parar.

   Quando me vi ali, tão perto da figura maltratada do meu bebê, meu coração sofreu uma rápida parada e eu tive que me esforçar para permanecer íntegra. Era meio desconcertante ter que encarar aquilo. Havia um tubo pequeno entrando pela pele do seu braço direito – a conexão oculta por um esparadrapo –, que levava o soro de um pacote transparente com identificação até suas veias. Outro, de semelhante tamanho, logo abaixo de seu nariz. Tentei não olhar muito para este, sempre me dava nervoso quando eu via em filmes e imagens, assim, ao vivo e principalmente nele, parecia ainda pior. Não dava para ver onde o monitor cardíaco se conectava devido à camisa fina e tosca de hospital, mas nem era necessário. Só os bipes demorados já eram suficientes para me desesperar. Era exatamente o som que eu temera durante um tempo infinito.
   
   Me sentei no espaço minúsculo disponível na cama, ignorando completamente a cadeira ao lado da mesma ou o pufe largo encostado à outra parede. Desejei tocar sua pele, mas ele ainda parecia tão frágil que não prossegui nessa ideia. Fitei seu rosto por um longo minuto, tentando ignorar tudo aquilo, mas era impossível. Havia uma faixa – ou qualquer outra coisa de outro material, não importava – envolta em sua cabeça, um curativo que se estendia da metade da testa até a lateral do rosto, na altura da orelha, e, embora este parecesse minúsculo em relação aos outros, um pequeno corte na parte inferior do seu lábio. O mesmo já havia sido devidamente tratado, mas ainda dava para notar.

   Suspirei, lembrando a mim mesma que eu não deveria ter mais lágrimas para chorar, enquanto tentava me manter o mais distante do corpo dele possível, na cama. Eu não sabia qual costela havia sido fraturada e tinha medo de que fizesse algo que pudesse infligir alguma dor ou algo mais sério. Infelizmente, não dava para ter qualquer noção disso, já que a roupa e os lençóis da cama dificultavam a visão deste e de, talvez, outras marcas daquele acidente. A única coisa que não era oculta por qualquer tipo de pano – além dos ferimentos do rosto – era o gesso em seu braço esquerdo. E alguns hematomas.

   Eu não sabia mais como encarar aquela cena, sem poder fazer nada. Como continuar olhando seus olhos suavemente fechados sem saber ao certo quando eles iriam voltar a abrir e me fitar da maneira mais encantadora possível. E nem como continuar bem, mesmo sendo obrigada a ouvir aquele barulho insuportável que distorcia o verdadeiro som maravilhoso das batidas de seu coração, que agora estavam fracas e esforçadas.

   Não consegui aguentar mais. Debrucei-me devagar sobre o corpo desacordado do meu namorado, tendo o cuidado de não posicionar meu peso em cima dele. Tentei me apoiar ao máximo no colchão, mas sem encostar em qualquer parte do tronco de Justin, enquanto aproximava meu rosto do dele. Examinei cada pequeno detalhe de sua face como eu sempre gostara de fazer nas horas vagas e permiti que a dor em meu peito se agravasse. Apesar de eu não me importar muito comigo, era estranho ter que assistir àquilo e sentir meu coração batendo fraco, como se cada ferida dele estivesse agora em meu corpo.

   Já era tarde demais quando percebi uma pequena gota cair sobre o rosto de Justin, seguida por tantas outras. Rapidamente, me concentrei em engolir o choro, mas não parecia mais tão fácil quanto antes. Aparentemente, meu próprio organismo estava me sabotando, se esforçando para drenar todo o meu corpo, como se eu já não estivesse desidratada o bastante, devido a minha falta de preocupação com detalhes banais nas últimas horas.

   Deslizei meu dedo suavemente pelas gotas que eu deixara cair e que definitivamente estavam no lugar errado. Enquanto tentava ser o mais cuidadosa possível, não pude deixar de notar que a pele de Justin – que anteriormente parecia tão cálida ao meu toque – estava ligeiramente mais comum e fria. É claro que poderia ser apenas o clima ambiente da sala que fazia isso acontecer, mas também poderia não ser. E, ao julgar por sua aparência pálida, eu não tinha muitas esperanças de que aquilo pudesse ser explicado por algo tão simples como o primeiro pensamento ilusório que me ocorreu.

   - Justin... – miei, desolada.

   Eu não estava tão desesperada ao ponto de achar que ele magicamente abriria os olhos e se prontificaria a falar comigo, mas até ouvir a minha voz completamente rouca e entrecortada era melhor do que barulhento silêncio daquela sala. Além disso, era mais reconfortante imaginar que ele poderia escutar minhas palavras, embora elas não pudessem fazer muito por ele.

   - Ei, lembra o que você me falou antes de entrar naquele carro idiota? – suspirei – Você disse que eu era a coisa mais preciosa que você tinha. Tem noção de como é errado fazer isso comigo? Ficar sem você é assustador...

   Deixei que minha imaginação criasse uma cena mais agradável em minha cabeça, me perguntando o que Justin diria, caso não estivéssemos nessa situação. Provavelmente, ele começaria negando que falara qualquer coisa parecida com aquilo, embora soubesse da verdade. Ele passaria um longo momento se gabando por tudo o que eu havia admitido sobre ficar sem sua companhia. Em seguida, nós passaríamos rápidos minutos discutindo sobre nossa própria idiotice e terminaríamos com toda a cena quando Justin avançasse em cima de mim para me beijar, como era usual. Era uma das poucas rotinas de que eu gostava...
        
   Sequei as lágrimas que começavam se acumular, se preparando para cair novamente. Eu já estava começando a ficar cansada daquilo, sentindo que em breve meus olhos cairiam de tanto chorar. Mas, dessa vez, tinha sido minha culpa. Era uma tremenda falta de consideração com o meu emocional, comparar a hiperatividade de Justin – com a qual eu já havia me acostumado – com o estado em que ele se encontrava agora.

   - Você não tem ideia de como eu queria poder te fazer prometer que vai ficar bem... Ou melhor, como eu queria fazer você ficar bem. – toquei sua mão direita, enquanto falava, observando o encaixe de nossos dedos. – Eu sei que eu deveria confiar na capacidade dos médicos, mas eles nunca podem dar certeza de nada. Não consigo esperar por “talvez” e eu... Eu não posso te perder, Justin!

   Solucei baixinho, desistindo de todas as minhas patéticas tentativas de manter o mínimo de calma que eu ainda achava conseguir. Separei minha mão da dele e esperei até que eu, afinal, parasse de tremer, mas demorou mais do que pensava. Eu estava deixando o pouco autocontrole que eu mantivera nas últimas horas – ou pela aparentara manter – se esvair lentamente.

   Com cuidado, ao mesmo tempo em que obrigava a recuperar a firmeza, levei minha mão até o seu rosto, acariciando-o devagar, enquanto meus dedos passavam entre o curativo na lateral do seu rosto e o pequeno tubo transparente que passava pelo meio do mesmo. Me ajeitei novamente na cama, aumentando a proximidade e sentindo minha respiração ficar ligeiramente irregular, como se o poder dele sobre mim não fosse nem um pouco afetado, inclusive em situações como essa.  Devagar, deslizei um dedo por sua boca, antes de beijar o canto de seus lábios, com toda a delicadeza possível. Ele não saberia, mas aquilo ainda era capaz de fazer com que eu me arrepiasse.

   Afundei meu rosto no travesseiro, quando minha pele deslizou pela dele. Reprimi a vontade de afagar seu cabelo, ao notar novamente aquela faixa ridícula. Eu continuava com medo de fazer algo errado. Ainda assim, apesar do latejar insistente em minha cabeça, era um pouco mais reconfortante ficar tão próxima do Justin. Ali, eu podia sentir o cheiro imutável e agradável dele. Além de estar perto o suficiente de seu ouvido para poder abrir todo o meu coração sem parecer uma tola iludida.

   - Eu sei que falar isso agora não vai fazer diferença, mas de qualquer maneira, eu espero que você já saiba... – recomecei, ligeiramente nervosa – Você é uma das coisas mais importantes que a vida me deu e não vou permitir que ela te tire de mim assim. Não vou saber viver sem você. Eu te amo, Justin! E te amarei para sempre...

   Mordi o lábio inferior, tentando não soluçar desenfreadamente, pois eu ainda desconfiava de que aqueles ruídos involuntários pudessem de alguma forma incomodá-lo. Suspirei, enquanto deixava que minhas lágrimas molhassem o forro branco do travesseiro. Infelizmente, precisei resistir à vontade de abraçá-lo apertado, já que brutalidade era a última coisa que eu queria que se infiltrasse pelo meu pânico. Justin já tinha problemas demais no momento e não precisava que eu lhe arranjasse mais um.

   - Com licença...

   Droga!

   Hesitei ao escutar outra voz no quarto, junto a nós. Aquilo era um aviso claro de que já estava na hora de me retirar. A ideia de ter que me afastar de Justin pareceu completamente torturante. Embora ficar ali doesse e fizesse meu coração se revirar de agonia, pior seria voltar para a sala de espera idiota e ter que ficar aguardando informações igualmente idiotas e editadas, onde a pior das notícias seria completamente remontada até parecer menos desagradável. Esse eufemismo era realmente repugnante...

   Arfei, me recompondo internamente. Como era de se esperar, levei um longo tempo até conseguir achar força suficiente para me distanciar de Justin. Ao finalmente fazê-lo, sequei o rosto depressa, antes que eu acabasse me humilhando ainda mais ou fazendo sabe-se lá quem, que entrara no quarto, sentir pena de mim. Tentando eliminar qualquer possibilidade de dó alheia, me levantei da cama rapidamente, enquanto tentava parecer íntegra – mas na verdade, minha mão ainda tremia, agarrada a mão do meu bebê.

   Ao dirigir meu olhar até a porta, vi uma enfermeira baixa e loira, que segurava um daqueles típicos carrinhos de hospital. Esse estava entupido de pequenas bolsas transparentes e resistentes, preenchidas por um líquido de cor semelhante. Como se não bastasse, a moça me fitava com uma expressão de solidariedade, que imediatamente fez com que eu sentisse vontade de expulsá-la do quarto, antes que ela fizesse o mesmo comigo, tendo a audácia de me afastar do meu namorado. Porém, embora, na teoria, parecesse um bom plano, na prática, não beneficiaria ninguém.

   - Sim? – perguntei, por fim.
   - Eu sinto muito, senhorita, mas precisarei pedir que se retire, pelo menos por um minuto... – informou a loira – Eu tenho que repor o soro!

   Assenti, sem a mínima vontade. Com receio, soltei a mão de Justin e me preparei para caminhar até a porta do quarto, mas embora eu tenha me esforçado para parecer natural, não foi tão fácil assim. Os poucos passos até a porta foram, enquanto eu começava a me sentia levemente tonta. Sinceramente, eu não esperava que o efeito de ter de me separar dele fosse tão avassalador assim, mas fazia com que o desejo de me recusar a sair dali aumentasse. Porém, ainda que eu não quisesse sair dali, eu fora estupidamente educada pela minha mãe que me ensinou a respeitar os mais velhos. Em outras palavras, minhas pernas se arrastaram contra a minha vontade até a porta, deixando os dois sozinhos.

   Voltar àquele corredor me pareceu a morte. Eu não queria estar ali, não queria ter que olhar para aquelas mesmas paredes lisas e passar pelas portas com enumeração. Eu precisava permanecer no quarto, eu precisava sentir que, mesmo por só pouco tempo, Justin ainda estava comigo. A única coisa que me fez esconder todas essas questões e debates em minha cabeça foi Lucas. Ele cumprira o que tinha dito e estava me esperando, encostado a parede. Assim como antes, eu não queria que ele achasse que eu estava me despedaçando em dor, embora agora parecesse mais verdade do que nunca.

   - Você está bem?

   A voz dele soou baixa e arrastada, quase como se eu estivesse com dificuldade para entendê-las. Tentei não pensar muito nisso, afinal, eu sabia que não responderia. Ao invés de me preocupar, apenas me apoiei na parede, ainda sentindo a mesma tontura perturbadora que me atingira dentro do quarto. Gotas de suor começaram a brotar em minha testa e eu respirei fundo, esperando que não fosse mais alguma armadilha do meu próprio corpo para me deixar pior.  

   - Droga, (Seu nome)! – gritou Lucas, ainda com a voz arrastada, mas em um volume maior.

   Antes que eu pudesse demonstrar minha insatisfação com a sua atitude estranha, senti meu corpo começar a ficar dormente e cambaleei, perdendo totalmente o equilíbrio – que nos últimos dias não tinha sido muito minha amiga. Porém rapidamente braços fortes estavam ao meu redor. Eu tinha certeza que alguém estava me segurando, mas minha visão estava começando a ficar embaçada. Gemi baixinho, ainda com dor de cabeça.

   - Ei, o que aconteceu com ela? – era uma voz feminina, possivelmente, mas eu não conhecia.
   - Eu não sei! – já esse som estava mais próximo de mim, então deveria ser Lucas – A pressão dela deve ter despencado. Ela não come nada há horas...

   As vozes foram diminuindo até que eu não pudesse ouvir mais nada. Não me lembrava de ter fechado os olhos, mas também não mais podia ver. Por um minuto, meu estômago se contraiu, mas passou depressa. Assim como a dor de cabeça também. E todas as feridas aterrorizantes que ultrapassavam o estado físico haviam sumido. Não fui capaz de sentir mais nada... 


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  Capítulo 58, gatinhas :)      
   Vocês devem estar pensando que eu não tenho calendário em casa, porque falei que iria postar no sábado e, olha, hoje é segunda! Hahahhaha Mas eu tentei, só que realmente não deu tempo, porque eu passei o dia inteiro ocupada e, no domingo, não tava em casa para postar. Enfim...
   O capítulo de hoje vai para uma leitora "antiguinha" aqui do blog, a @semimysong, porque... HOJE É ANIVERSÁRIO DELA! Cadê bolo? Cadê confete? Cadê? Por enquanto, não tem, mas parabéns (de novo), Maria. Te amo muito, Miss Drama hahahahha

   Por hoje, é só, gatinhas. Amo vocês, então tentem segurar o coração aí. Eu sei que níveis de tristeza elevados na reta final da ib, mas vai que eu sou boazinha e termina tudo bem? Ou vai que eu sou maligna e futrico o final inteiro? Quem sabe? Ah, espera. Eu sei! rs rs rs
   Enfim, relaxem e durmam bem!

5 comentários:

  1. aaah fuii a primeiira a comentaa que demaiis addoro issso u.u haahha enfim ja eraa de se imaginar que no estado que 'eu' estou passariia mal msm mas eu realmente n suporto ver o Justin desse jeiito pfv Juh paara logo cm isso eu n aguento mas esse sofrimento meu coraÇao eh mto fraco ta dona malvada u.u nao demora pra postar nao gatinha bjuus
    @BiebasMyPride

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  2. uhuaSHUASHUAHSUASHUAHSUSDOS AI TENDO UM FILHO COM ESSE CAPITULO!@ NOSSA CARA AMEI!

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  3. AAAAAAAAAAAAAAAAA RONY E HERMIONE! AMOOOOOO ELES! MT MT, AMEI O CAPÍTULO PERFEITO COMO SEMPRE! CONTINUA SUA DIVA

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  4. Carol (@JustinBaldwin)26 de fevereiro de 2013 às 20:36

    O cap tá lindo, apesar de muito triste :'( Mass espero q saiba o q está fazendo pq meu coração n tá preparado para o que sua "malefica" mente pode produzir! kkkk Mas sem brincadeira, quaze chorei lendo aqui...
    Da sua Julilover #1, Carol <3333

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  5. Oii, por favor: me segue no twitter? @Juu_Lanzani , minha conta é bloqueada mas pede pra seguir que eu te aceito, quero que você veja quando eu respondo sobre o q você fala da Tay (tbm amo ela hahah) e do Jus

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