02 fevereiro 2013

3. You Make Me Love You - Capítulo 49



Alfinetando



Belieber's POV

  
Ouvi atentamente o que me era dito pelo celular, concentrando-me em cada pequena informação que era posta ao meu conhecimento. Acabei por concordar com quase tudo, surpresa por me ver tão satisfeita com algo que eu ainda nem vira. Acertei o horário, por fim, e desliguei a ligação, colocando o celular novamente no bolso da minha saia.

   Retornei a cozinha, onde Lucas acabara de almoçar e estava levando o seu prato até a pia. O loiro colocou a louça lá e ficou parado, admirando o nada. Eu já havia acabado de comer há poucos minutos e tinha lavado tudo o que sujara, mas apesar disso, eu tinha certeza total de que se eu não tomasse iniciativa, aquele prato iria fazer aniversário ali, abandonado, sem nunca ver água na vida.

   Empurrei Lucas para o lado, delicadamente e, tomei o prato de sua mão, ligando a torneira rapidamente. Ele sorriu satisfeito para mim, provavelmente porque o seu plano para me fazer de escrava estava funcionando bem como havia previsto.

   - Obrigado! – sorriu, parecendo bem mais satisfeito do que agradecido.
   - Você não iria lavar mesmo... – suspirei, me concentrando no que deveria fazer.
   - Detalhes... – bufou o loiro, sem dar muita importância. – Vamos falar de coisas relevantes, ok? Tipo, o que iremos fazer hoje?

   Ignorei seu interesse, apenas para fazer suspense, enquanto dava mais atenção para a água que ainda jorrava da torneira. Eu já estava com a resposta na ponta da língua há muito tempo, mas preferia atiçar sua curiosidade. Afinal, lavar aquele prato deveria mesmo me render pelo menos alguns segundos de diversão ás suas custas.
 
   - Você não tem ideia sobre o que eu programei para hoje... – comecei, misteriosa.
   - O quê? – perguntou, aparentemente animado.
   - Absolutamente nada!
  
   Houve um silêncio arrastado, enquanto eu fingia não notar a expressão decepcionada do meu melhor amigo. Seja o que fosse aquela cena, ele iria superar...

   - Você só pode estar brincando, não é? – berrou, exaltado.
   - Claro que não, bobo! – falei, com a maior calma possível – Por que nós não podemos, simplesmente, ficar em casa e sossegar? O que é tão importante que precisamos realmente fazer hoje, hein?
   - Ah, sei lá. Você me chamou toda animada para que eu viesse para cá e, então, quando eu finalmente estou aqui, você quer me prender em cativeiro na casa do seu namoradinho! – reclamou, parecendo um idoso ranzinza. – Bem que nós poderíamos sair essa noite, não? Deve ter alguma boate por aqui... Eu vou para ousadia, eu vou para cachorrada. Hoje, eu quero trair...

   Vamos recapitular... O Lucas sempre odiou funk, porque, segundo ele, é tipo de música de quem não pega ninguém, mas finge pegar todo mundo – “quem garota em sã consciência pegaria aqueles mc’s que mais parecem atores de filme de terror?” –, entretanto, ele estava cantando um parecendo muito familiarizado com aquele gênero musical. Além disso, como se não fosse suficiente, o tarado começou a rebolar atrás de mim, esfregando o corpo dele no meu. Em outras palavras... Ele estava completamente bêbado, dopado!
      
   - Lucas, para de graça! – mandei, sem a mínima vontade de ser simpática e receptiva a sua brincadeira.
   - Ai, como você está chata, hein? – resmungou, ainda insatisfeito. – Mas eu estou falando sério. Vamos aproveitar que o seu namorado insuportável não está aqui e vamos sair para algum lugar que ele, com certeza, não gostaria de ir!
   - Claro que não, Lucas! – continuei sem me deixar levar pelo seu falatório – Você acha mesmo que eu iria sair para esses lugares logo agora que o Justin foi embora. Isso iria parecer horrível. Porque, aparentemente, eu estaria esperando ele não estar por perto para enlouquecer em uma dessas baladas capengas por aí...
   - Ué, mas qual é o problema disso? – perguntou naturalmente – Não é exatamente a verdade, (Seu Nome)?
   - Claro que não, imbecil! – respondi, hostil. – Caso você não saiba, eu tenho um namorado e o respeito muito. Diferente de você, que está velho, resmungão e tragicamente solitário.

   Lucas interpretou uma expressão de comoção tão convincente que eu quase me arrependi de ter sido tão dura assim com ele. Na verdade, mais do que isso, me senti profundamente culpada e cruel por tal escolha de palavras. Mas, de certa forma, o que eu falara fora mais por conta da raiva que eu ainda sentira por aquela garota que havia ousado conquistar o meu (MEU) melhor amigo.

   - Ai! – gemeu ele, ainda com a expressão exageradamente triste – Assim você magoa meus sentimentos, sua sem coração...
   - Ah, que bom! Pelo menos assim, a Melanie pode cuidar do seu coraçãozinho machucado e... Espera! Acho que não!

   Ok, eu juro que dessa vez saiu sem querer!
   - É, mas ao contrário de mim, você parece ter um maravilhoso relacionamento amoroso... – recomeçou o loiro, antes que eu pudesse me retratar. – Um namoro muito forte e duradouro. Seria uma pena se alguém tentasse acabar com ele!
   - O que você quer dizer com isso? – meus olhos se arregalaram.
   - Eu só estava pensando como ficaria o meu pobre amigo, Justin, após ver uma foto da sua namorada pegando o melhor amigo loiro e gostoso dela... – ele retirou o celular do bolso, calmamente, enquanto falava.
   - Você não faria isso, faria, Luquinhas lindo do meu coração?
   - Isso, minha doce amiga, se chama vingança! – um sorriso malvado tilintou em seus lábios – E, se você quiser ter uma chance, melhor começar a correr...

   Antes de conseguir tomar um pouco de fôlego, já saí disparando para fora da cozinha e por pouco não escorreguei no piso estupidamente liso. Atrás de mim, os passos apressados muito mais largos de Lucas me indicavam sua enorme proximidade. Embora eu quisesse muito escapar e sair ilesa daquela situação embaraçosa e inconveniente, podia notar o quanto eu já arfava e ainda nem tinha alcançado a oportunidade de subir as escadas. Talvez eu pudesse apenas me trancar no banheiro do primeiro andar...

    Tarde demais!

   Braços fortes me agarravam por trás e eu gritei involuntariamente com o susto. Camuflando o meu receio de que Lucas não estivesse apenas brincando, engoli em seco, me obrigando a manter a calma, enquanto meu corpo era imprensado bruscamente contra a parede mais próxima. Suspirei ao notar o sorriso de orelha a orelha do meu melhor amigo. O idiota conseguia realmente ficar muito orgulhoso de toda aquela cena que estava armando.

   Pressionando seu corpo contra o meu, apenas para continuar a me manter entre ele e a parede, Lucas mexeu calmamente nas opções do seu celular até ajustar a câmera como bem entendia. Meio de repente, ele voltou sua atenção para mim. Seus olhos faiscavam para meus e seus dedos deslizaram suavemente pelo meu lábio inferior. Poderia ser impressão minha, mas ele estava praticamente analisando minha expressão de pavor. Pensei seriamente em dar-lhe um chute “onde dói”. Quem liga se isso provavelmente diminuiria as chances de ele ter filhos um dia?

   - Sabia que você tem uma boca muito linda? – constatou o loiro, suspirando. – E, como você é uma garota boazinha, vou até deixar você escolher o ângulo que você prefere para a foto, ok?
   - Você não pode fazer isso! – uma dose de segurança tomou conta de mim, quando me apeguei a uma mísera ideia que passara pela minha cabeça.
   - Me dê um bom motivo...
   - Porque se você ousar fazer qualquer gracinha, eu dou um jeito de estragar de vez o seu lance com a Melanie. – pronunciei o nome da indesejável com um pouco mais de repulsa que eu jamais usaria em outros casos.
   - Você não tem como fazer isso, minha linda.
   - Eu tenho a Manuela, que é uma arma secreta melhor do que qualquer outra. – ameacei, com um sorriso mais irônico que conseguiu – Ela é minha melhor amiga e você sabe que se eu pedir, ela pode até fingir que está grávida de você. E então... Vai realmente querer arriscar?
   - Isso seria um golpe baixo...
   - E o que você estava prestes a fazer, não era?

   Lucas fez um biquinho de reprovação, parecendo pensar seriamente em alguma coisa. Aproveite o pequeno intervalo de distração e o empurrei – nem um pouco delicada – para que ele se afastasse. O loiro bufou, insatisfeito, antes de virar as costas para mim e caminhar pesadamente até o sofá, onde se jogou como uma criança malcriada.   
   Ignorei o ataque de infantilidade do meu melhor e bobo amigo, enquanto praticamente o seguia até o centro da sala. Só gastei o meu tempo para pegar a bolsa que eu havia deixado jogada sobre a poltrona. Passei a alça despreocupadamente pelo ombro e me dirigi à porta de saída, procurando por minha carteira.

   - Ei, aonde você vai? – Lucas praticamente berrou. A voz meio dopada de surpresa e insatisfação.
   - Eu vou sair. Posso?
   - Eu não sei. Me diz você, senhorita “não posso nem cruzar a esquina, porque meu namorado babaca pode não gostar”... – provocou, cheio de sarcasmo.
   - Acontece, senhor Lucas, que eu não estou indo me divertir em alguma festa de gente bêbada, que era para onde você queria me arrastar. – expliquei, paciente, mas usando o mesmo tom desagradável. – Eu vou ver como andam as obras da minha casa. Era sobre isso que eu estava falando no celular agora a pouco. Então, será que você me permitiria fazer isso?
   - Por mim, tudo bem. Mas se eu fosse você, ligaria para o seu namoradinho para me certificar de que ele não vê problema em você sair do cativeiro, não é?

   Fechei a cara. Lucas tinha o poder de me tirar do sério quando queria – e isso era bem frequente. Precisei respirar repetidas vezes bem pausadamente apenas para me obrigar a manter a cama e não acabar por sufocá-lo com um travesseiro. Afinal, seria uma ótima ideia. Não havia testemunhas ali...

   Quando notei que estava começando a levar a sério aquela possibilidade, refletindo inclusive em como relataria a morte do meu amigo para a polícia, achei melhor ir embora, antes que acabasse por fazer uma besteira. Assim, continuei meu caminho até a porta e, sem hesitar, saí de casa, me certificando de fazer uma saída bem ruidosa e dramática. Queria que o loiro idiota sentado no sofá da sala se sentisse infinitamente culpado.

   Logo que cheguei ao jardim da casa, passando pelo mesmo enquanto procurava ter certeza de que havia dinheiro suficiente na bolsa para pegar um táxi, senti que a minha irritação se dissipara um pouco. O ar puro me proporcionou um pouquinho mais de tranquilidade. Mas durou pouco. Já estava quase chegando ao portão principal, quando escutei chamarem meu nome ao longe. Distraída, apenas me virei para a direção de onde vinha o som e, para falar a verdade, não fiquei surpresa. Lá estava o loiro correndo até mim. A expressão incrivelmente mais suavizada do que antes, ao praticamente gritar:

   - Posso ir com você?
 
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Capítulo 49, lindas :)
  Então, meninas, eu sei que eu tenho enrolado bastante para postar esses dias, porque, nas férias, eu me distraio muito rápido (hahahaha), mas eu vou tentar voltar a postar regularmente, principalmente, porque eu notei recentemente que o meu tempo quando as aulas voltarem será realmente escasso (mais do que já era :c). Mas não se preocupem por agora, viu?
  Por enquanto, só aproveitem esse capítulo fraquinho mesmo hahahaha :c
  Boa noite!

(A imagem do post é da Grace Bordios

6 comentários:

  1. "claro que não, imbecil" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk gente, eu ri muito, porque eu lembrei da Nina (ou Rita?) de Avenida Brasil kkk. enfim, não gosto do Lucas e eu quero a M A N U. será que é pedir muito? nem uma ligaçaozinha pra ela? Fora isso, o capítulo está ótimo, amiga. beijos

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  2. primeira ? ooo/ , continua , logo dona julianna ! estou esperando anciosamente por um cap novo haha !

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  3. eu podia jurar que eles iam se beijar, risos! continua logo

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  4. "sua sem coração" tenho certeza que quando você escreveu isso lembro de mim u.u (o que não é um elogio, mas..) eu concordo com a luiza, QUANDO A MANUELA(não errei dessa vez) VAI APARECER? ): #teammanu

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  5. OMFG! PRECISO DIZER QUE A-M-E-I O CAPITULO? PQP ESSE JEITO SAFADO FT SARCÁSTICO DO LUCAS É MUITO PERFEITO, ALIÁS ELE É PERFEITO, SEM MAIS! Por deus, JURAVA que o Lucas iria beijar ela hahah lol '' Posso ir com você? '' SENHOR, PQ TÃO FOFO?
    Cara, até agr não sei como existem seres que não gostam do Lucas, plmdds! Retardo mental define cara. Porra, tá perfeito, e ah, um dia vi a senhorita postando no tt que se o Lucas desaparecesse/morresse ninguém sentiria falta dele. EU SENTIRIA! E NEM OUSE COGITAR A POSSIBILIDADE DE MATAR O SEGUNDO SER MAIS PERFEITO DESSA HISTORIA! E VAO COÇAR A XANA PQ EU SOU #TeamMANUCAS! -'- continua logo esse carai dos carai hahahaha bjs Juh essidois

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  6. hmmmm mtoo tenso essse cap nao donna Juh? haahah maiis como smp perfeiito continnuaaa logoo nao consigo esperar mto nao hehe bjus ffloor @BiebasMyPride

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