28 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 7

Último dia e... Adeus!

                      

  Pela manhã, acordei com a luz do sol batendo na minha cara. Eu tinha esquecido de fechar as cortinas, no dia anterior. Sentada na cama, eu me “alonguei” e voltei a deitar. Desculpe, mundo, mas a minha cama é seduzente demais para que eu possa resistir.

   -Ô, demente, você não vai levantar, não?
  
   Ok, voz masculina vindo de algum lugar do meu quarto. Por favor, Deus, não seja um estuprador!

  Cautelosa, corri os olhos por cada canto do meu quarto, até ver Lucas sentado na cadeira da escrivaninha e mexendo no meu computador. Por um lado, isso era bom, porque não era um estuprador, mas por outro, meu melhor amigo estava invadindo meu quarto e me vendo com o cabelo todo bagunçado e o rosto todo marcado pelo travesseiro. Isso não parecia nada legal.

  - Lucas, seu babaca! O que você está fazendo aqui?
  - Está com amnésia ou o quê, (Seu Nome)? Você me convidou para vir aqui e ainda almoçar, tá? Eu cheguei cedo como você mandou e sua mãe me deixou subir, ué?- ele parou de falar por um minuto, ligado demais em algo que via no computador – Epa! Epa! Quer dizer que a senhorita está dando em cima do Rafael? Que segundo a Manuela é o segundo garoto mais gato da sala...
  -Ei, para de olhar meu histórico do chat! Além disso, eu não estava dando em cima dele, estava só sendo gentil e... Segundo a Manuela, ele é o primeiro garoto mais gato da sala! – disse, finalmente me levantando da cama e indo em sua direção.
  - Isso porque a nossa doce Manuela se esqueceu de me incluir nessa lista, ok? E... Ui, quem é essa Renata aqui, hein? Que delicinha!

   Perdi a paciência.

  - Primeiro, para de olhar o meu facebook, Lucas! Segundo, você não vai mesmo dar em cima da Renata. Eu odeio essa garota, é uma vaca! E não é “vaca” no bom sentido,ok? E, terceiro, eu vou tomar banho e, se quando eu voltar, você estiver mexendo nos meus perfis em qualquer rede social, ou pior... Falando com a Renata, eu vou te castrar, ouviu?

  Lucas assentiu, possivelmente assustado. Eu, com certeza, não era muito amigável, quando perdia a paciência. Deixando esse fato inscontestável de lado, fui até o armário, peguei um vestido simples e corri para o banheiro.

  Tomei um banho rápido, mas relaxante. Quando estava me vestindo, ouvi risadas vindas do meu quarto e fiquei preocupada. Eu nunca sei o que esperar do Lucas! Penteei o cabelo, com pressa. E, logo, sai do banheiro.

  No quarto, o meu melhor amigo bobão ainda estava no meu computador e gargalhava (muito alto, por sinal). Cheguei, sorrateiramente, perto dele e vi que ele estava mexendo nos meus arquivos, mas especificamente, em fotos muito velhas e muito vergonhosas também. Com raiva, peguei meu travesseiro e comecei a bater nele.

  Lucas, despreparado, caiu da cadeira e por pouco não leva o meu computador para o chão também. Eu, sem dó, iria bater mais, mas não tive tempo, pois assim que me preparava para mais uma travesseirada, Manuela entrou no quarto.

  - Nossa, é assim, agora? Todo mundo entra quando bem quer? Olha que meu quarto é um lugar de respeito! – adverti aos dois.
  - Ai, amiga, deixa de ser boba! Você não tem idéia do quanto eu estou animada! – dava para ter uma idéia da animação da Manuela, pois ela quase pulava ali mesmo.
  - Por favor, me diga que você tomou café, hoje! - Lucas fez piada, me fazendo rir.
  - Óbvio que tomei, seus bestas!- respondeu minha doce bobinha Manuela, cruzando os braços.
  - Ok, povo! Eu não chamei vocês aqui para isso! Vamos à sorveteria, porque eu quero muito muito aproveitar o nosso dia antes de irmos ao aeroporto.

  Os dois, mais que depressa, correram em direção a porta e eu os acompanhei, rindo apenas da companha deles, na verdade. Ao passarmos pelo primeiro andar, avisei à minha mãe que estávamos saindo e que voltaríamos na hora do almoço. Ela não pareceu se incomodar realmente e me deixou ir, sem qualquer advertência ou lembrete.
 
   Durante o percurso até a sorveteria, eu estava ignorando um pouco meus dois amigos e prestando mais atenção ao caminho. Sei lá, sou muito apegada a tudo que está a minha volta, então, deixar o meu bairro, mesmo que durante um mês, não seria fácil. Nova York é linda, mas o lugar onde eu moro é o único que eu posso chamar de lar, então...

  - (Seu Nome), você não vai entrar, não? – Manuela me chamou já dentro da sorveteria.
  - Nossa, a gente já chegou? – Sim, eu estava mesmo distraída.
  - Não, (Seu Nome), ainda estamos na sua casa! Vamos logo! – Lucas me puxou, bruscamente.
  - Ai, ogro!
 
   Os meus dois patetas riram da minha reação. E, em seguida, fomos os três, pegar os sorvetes. O motivo para eu adorar essa sorveteria é justamente por podermos montar a combinação de sabores que quisermos. Eu escolhi uma bola de manga e outra de coco, Manuela escolheu as três de chocolate e ainda colocou cauda (DE CHOCOLATE!) por cima. Sim, ela é anormal! Enquanto o Lucas, ogro, escolheu cinco, repito CINCO bolas de sorvetes diferentes, cujos sabores eu nem soube identificar. E, incrivelmente, ele ainda conseguiu acabar antes de mim e da Manu.

  - Nossa, acho que vou pegar mais um e... – disse o saco sem fundo... Quero dizer, Lucas.
  - Nada disso, besta!- o interrompi – Lembre-se que ainda vamos almoçar lá em casa.

  Depois dessa, ele finalmente se aquietou... Até nós duas acabarmos de comer. Assim que saímos da sorveteria e nos pomos em direção a minha casa, Lucas não calou a boca por um segundo. E sobre o que ele falava? Comida da minha mãe! Sério, se esse garoto é magro, com certeza, é porque Deus gosta muito dele.
                                                                          *****

  Ao chegarmos a minha casa, a “tia” Cláudia já tinha chegado, trazendo as malas da Manu. Minha mãe já estava arrumando a mesa para almoçarmos e pediu para que eu a ajudasse. Em geral, eu sempre reclamava só por hábito, mas eu estava explodindo de felicidade, então não faria tanta diferença parecer útil para alguém.
 
  O almoço foi um pouco estranho e ao mesmo tempo divertido. Enquanto a minha mãe e a da Manu falavam sobre a viagem e choramingavam que iríamos passar o Natal e o Ano Novo com desconhecidos, Lucas interrompia o drama materno, para tornar o ambiente mais leve com suas – sempre presentes - piadinhas. Apesar de tudo, eu ficaria ali conversando um pouco mais com eles, se não fosse minha melhor amiga para me lembrar que eu não tinha feito as malas ainda. Me desesperei. Eu já tinha até esquecido sobre isso. Que porcaria!

  Pedimos licenças à nossas presentes responsáveis e arrastamos  Lucas para o meu quarto para nos ajudar também. Foi uma das coisas mais horrríveis do dia. Eu praticamente coloquei o meu guarda-roupa à baixo. Queria e precisava levar tudo, mas só me era permitido duas malas comuns, outra de mão e outra bolsa qualquer. Como eu poderia sobreviver apenas com aquilo? Não que eu fosse tão superficial, mas o espaço parecia faltar até para as peças essenciais.

   Depois de muito discutir com a tonta da Manuela, bater muito no palhaço do Lucas e fazer um drama básico do tipo “não tenho roupa decente”, eu finalmente acabei arrumando tudo. Roupas necessárias, sapatos, maquiagem, acessórios, cremes, documentos, meus bebês (leia-se: notebook, minha câmera maravilhosa a e meu ipod), entre outras coisas, estava tudo no devido lugar.
 
  Só tinha um detalhe... Já eram 18h, o nosso vôo saia às 22h30; nem eu, nem Manuela estávamos prontas e meu quarto parecia um campo de guerra... Senti uma nova crise de pânico recomeçar. Corri para arrumar tudo, enquanto Manuela ia tomar banho. Tudo bem que eu não lembrava onde estava a toalha que ela tinha deixado na minha casa e demorei mais uns 20 minutos procurando até finalmente chamar a minha salvadora (leia-se: mãe) que a achou em menos de 1 minuto. Mas, isso também foi um pequeno detalhe imprevisto.

   Eu acabei não arrumando nada, apenas embolei e joguei no armário. Era muita coisa e além disso, eu nem iria precisar de nada daquilo durante um mês, mesmo. Manuela saiu do banheiro, logo. Então, era minha vez. Eu peguei a roupa que tinha separado e corri para me arrumar. No final, eu fui até que rápida, considerando o tempo que levo para ficar pronta para sair, normalmente.
 
  Manuela ainda estava terminando de se maquiar,quando sai do banheiro, ajeitando o cabelo. Não vi motivo para fazer o mesmo, já que iríamos voar a noite e eu estava tão cansada que iria acabar dormindo a viagem inteira. Felizmente, ela acabou logo e nós duas descemos. Na sala, minha mãe, Cláudia e Lucas já estavam meio impacientes. Então, mais que depressa pegamos nossas malas e juntos seguimos para o aeroporto.

  Após um longo e monótono caminho, chegamos. Minha mãe a da Manu foram resolver coisas “técnicas” como check-in ou sei lá o quê. Nós apenas ficamos do lado delas, mas ignoramos completamente tudo o que acontecia a nossa volta, enquanto conversávamos , em meio a lágrimas inevitáveis, com o Lucas. Eu, com certeza, não era tão histérica quanto Manuela, mas a mistura de futura saudade com o frio da barriga em ter que viajar me deixavam um pouco sensível também.

  A despedida tinha sido um pouco dramática e, admito, que contribui para isso. Houve ainda mais lágrimas, “eu te amo” e uma surpresa: meu pai apareceu no aeroporto para se despedir. Um lindo! Quase senti vontade de desistir, mas a essa altura, não faria isso mesmo. Já estava na hora de entrarmos no avião, eu já estava com a tal pulseira roxa na mão, NY já me esperava.

   E, foi com essa sensação de indecisão, que eu, junto a Manuela, dei um último aceno, antes de seguir o meu caminho até o avião.

____________________________________________________________________________
Então, aí está o capítulo 7! Ui, estão prontas para NY?
Ah, tipo, eu sei que esse não foi um dos melhores capítulos que já fiz, mas é porque eu tentei colocar um dia inteiro em um só, para não ficar enrolando... (Porque eu sei que vocês estão doidas para ver o Justin entrar logo na #IB, né? kosaksoaksoaksoaksakos)
Bom, eu espero que vocês gostem do capítulo... Senão gostarem, por favor, me digam o que está errado,ok? Pode até dizer que eu sou doida, maluca, mas digam alguma coisa,tá?!hsuahsuahsuasha Eu fico nervosa quando não sei a opinião de vocês  :)
Enfim, espero que gostem *-*

(Imagem do post é da When Youlovedme )

2 comentários: