Cambaleando, com Manuela nos braços, eu tentava chegar até a enfermaria, mas não parecia que eu estava tendo algum tipo de avanço. Meus braços pareciam se recusar a serem fortes, enquanto eu sustentava todo o peso dela. Eu nunca tivera muito força, mas naquela situação parecia que o pouco que eu tinha havia escapado para fora do meu corpo. Meu Deus, como aquela garota pesava!
Felizmente, ao cruzar um corredor, encontrei Lucas, que não me fez perguntas. Ele apenas disfarçou a expressão de surpresa e tomou Manuela de meus braços, carregando-a como se fosse constituída por penas. Não era exatamente essa a sua intenção, mas eu me senti uma inútil fracote, só preferi guardar essa definição apenas para mim, ao invés de me queixar por nada.
Alguns passos depois, nós estávamos na enfermaria do colégio. Na realidade, nem chegamos a entrar direito, já que uma enfermeira ruiva se espantou assim que viu Manuela desmaiada e saiu correndo atrás de uma maca, para colocá-la e levá-la ao consultório. Se não fosse um leve momento de tensão, seu jeito atrapalhado poderia até ser considerado cômico, mas de fato não era.
Eu e Lucas acabamos por ficar no corredor, esperando enquanto eu começava a odiar aquela regra ridícula de que dentro dos consultórios, só eram permitidos aqueles que seriam atendidos. Em outras palavras, não importa se você é parente do paciente, rei da Inglaterra ou então a pessoa que aguentou o peso de mil elefantes para conseguir trazer a amiga até o local, ainda assim, teria que permanecer do lado de fora, aguardando.
Resmungando para mim mesma em silêncio, eu mal percebi quando a enfermeira começou a vir em nossa direção, longos minutos depois, trazendo Manuela quase arrastada. Aquela cena era infinitamente patética. Minha melhor amiga estava sendo conduzida como uma debilitada, enquanto a sua pele mais parecia a de um zumbi.
– E então, o que houve?- perguntei, indo de encontro às duas.
– Parece que certa mocinha por aqui ignorou uma das refeições mais importantes do dia! – a enfermeira “Miss Chata” falou, tentando disfarçar a censura em sua voz, com um olhar de preocupação que claramente não lhe pertencia - É melhor você levar sua amiga para casa. Entregue esse bilhete à diretora e as duas serão liberadas!
Sorri de forma bastante falsa para a moça, enquanto pegava o papel de suas mãos. Preocupada e, ao mesmo tempo, satisfeita por estar saindo mais cedo, deixei Manuela com Lucas por um minuto, enquanto me ocupava em ir até à direção e depois até nossa sala de aula, para recolher o material novamente.
Não demorei tanto tempo assim, mas ao retornar ao corredor onde meus amigos deveriam estar, o humor de Manuela já parecia revigorado. A morena desatara a falar, relatando algo à Lucas, enquanto fazia gestos e se animava. Se eu não estivesse um pouco distante ainda, poderia jurar que os olhos dela estavam brilhando de excitação. Havia uma enorme possibilidade que ela estivesse falando sobre o tal acontecimento que pretendia me contar a minutos atrás.
– Voltei! – berrei, me juntando a eles.
– Ótimo, (Seu nome)... – falou Manuela, ainda animada – Muito bom que você tenha chegado, porque eu estava mesmo contando ao Lucas sobre...
– Eu sei, Manu, eu sei... – assenti, sorrindo – Mas, antes de começar, seria melhor que Lucas voltasse para sala. O recreio já acabou, sabia, gatinho? O que você pretende fazer, hein?
– Ah, minha doce (Seu Nome), o gatinho aqui vai passar muito mal nesse próximo tempo de aula e consequentemente ser liberado também! – ele riu, como se aquilo fosse um grande golpe. Ele já tinha feito isso tantas vezes, que aposto que a enfermeira só o liberava das aulas, porque Lucas não era de se jogar fora. – Que pena! Mas, em todo caso, para onde vocês vão, hein?
– Provavelmente, para a lanchonete da esquina. Vou tentar fazer essa besta comer alguma coisa...
– Beleza! – ele suspirou, antes de se levantar e se por a caminho das escadas – Nos encontramos em 20 minutos?
Ele não escutou a resposta, correndo apressado, devido ao seu atraso. Sem esperar ele desaparecer do meu campo de visão, me dirigi com pressa semelhante para fora da escola, passando pelos portões tão rapidamente que demorei a perceber que já havíamos saído dos limites dos prédios. Sendo puxada por mim, Manuela apenas arfava, tentando sem sucesso acompanhar meu passo. Mas eu não me importava. Naquela manhã, me sentia má o suficiente para fazê-la se arrepender de ser tão imprudente.
Não demorou muito até estarmos na lanchonete, que estava quase vazia devido ao fato de que ela era sempre preenchida em sua maioria por alunos e estes, agora, estavam em suas respectivas salas de aula. A falta de cliente no local facilitou a velocidade em que nossos lanches – um suco, um croissant e um sorvete de chocolate – chegaram até a mesa e Manuela, particularmente, pareceu bastante satisfeita com isso.
Manu bebeu metade do copo de suco em um só gole e eu precisei suportar a vontade de repreendê-la por isso, afinal, ela não havia ingerido nada desde que acordara e tivera que passar pela pequena maratona que eu que eu armara inconscientemente. Após parecer um pouco mais hidratada, minha amiga atacou o seu croissant sem pensar duas vezes. Suas mordidas foram tão rápidas que me assustaram ligeiramente.
– Você não faz idéia de como isso é bom... – Manu enrolou as palavras, enquanto ela tentava falar com a boca cheia.
– Miss Educação, mastiga antes de falar! – pedi, incomodada. – O mundo não vai acabar hoje, não, amiga! Aliás, por falar em fim do mundo, você não estava quase morrendo para me contar algo épico?
Os olhos dela brilharam e se esbugalharam, quando toquei no assunto. Por um pequeno momento, me arrependi, imaginando que não fora uma boa ideia, já que provavelmente aquilo desencadearia um surto histérico novamente. Manuela soltou o croissant rapidamente no prato e me fitou, mordendo os lábios de animação.
– Por favor, Manuela, respira! Tenta não engasgar e... Se não for pedir muito, não grite! – adverti, antes que ela contasse a novidade não só para mim, mas para todos ali presentes.
– Ok! – ela respirou fundo, com visível esforço – (Seu nome), se lembra daquele vídeo para um concurso que você filmou e editou para mim?
– Aquele da paródia de One... Time? – me demorei em achar o nome correto da música, enquanto minha mente vagava pela tarde de risos que eu tivera após comprar a ideia louca de ajudá-la a fazer aquilo.
– Aham! – a expressão dela ainda era assustadora, parecendo prestes a explodir de alegria – Adivinha quem ganhou e vai viajar para Nova York para passar um mês inteiro na companhia do Justin lindo gato maravilhoso perfeito razão da vida Bieber?
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Ok, ta aí. Eu sei que o certo seria um post por dia, mas uma certa Luh ficou me torturando e eu, boazinha, postei... ksaokspoakpsokaoskaopksaos Então, dedico esse capítulo a @s2_truebelieber :)
Espero que goostem e... comente!hahahah
(Imagem que ilustra o post é da Sajü )
Awwn qe peerfeitoo Juuh PARABENS ... ( LE joga a cabelo ) eu tenhoo uma amiga qe escreve MTOO beem e faiz #IB's perfeitas (: hehe
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