25 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 2

                                Um pouco atrasada demais para novidades



Belieber's POV
 
  Eu estava no ponto de ônibus, mega atrasada e nada do meu ônibus passar. Bufei, irritada. Havia um mau humor terrível me consumindo naquela manhã e nem era TPM. Impaciente, foquei meus olhos no relógio de pulso por um instante e acabei ainda mais irritada. Em breve, eu estaria explodindo.

  No auge da minha impaciência, escutei o som de uma buzina não muito distante dali. Ao olhar ao redor, a minha salvação me esperava. Estacionado perto da calçada, um pouco mais adiante, estava o carro azul do pai do meu melhor amigo, Lucas. Suspirei, aliviada, quando a porta foi aberta, fazendo-me um convite para entrar. Mais do que depressa, corri até o veículo e me joguei lá dentro, sentando no banco traseiro, ao lado de Lucas. Bati a porta com um pouco de força demais devido à empolgação, o que fez com que eu ficasse ligeiramente envergonhada pelo mau jeito.

 
– Ai, muito obrigada, Lucas e seu Carlos! Achei que ficaria ali parada para sempre, o ônibus não passava de jeito nenhum.
 
– Você fala como se precisasse agradecer? Fica tranquila, bobona! Você já é da família, não é, pai?! – Lucas riu, enquanto bagunçava seu lindo cabelo loiro.

   Pelo retrovisor, pude ver Carlos sorrir em resposta.

  O resto do caminho até a escola foi bom. Lucas tagarelava sobre com quantas garotas ele havia ficado naquela semana – como se eu já não soubesse –, enquanto seu pai pigarreava e tossia quando o jovem exagerava em seu relato, o que ocorria muito frequentemente. Como se a verdade excessiva já não fosse o bastante...

  Assim que o carro estacionou na rua do colégio, eu e Lucas descemos, apressados, enquanto eu pude ouvir Carlos gritar um “Boa aula!”. Queria ser educada e responder, mas acho que não havia tempo o suficiente para reduzir a pressa. Ao tentar administrar as duas coisas, acabei por me distrair e quando voltei a ter noção de algo, já estava no chão. O cadarço desamarrado do meu tênis já dava uma boa ideia do que havia acontecido.
 
 
– O que você está fazendo aí, (Seu nome)? Estamos atrasados! – Lucas me repreendeu, enquanto calmamente ajudava-me a levantar.
 
– Ah, Lucas, está um dia tão bonito, que eu pensei que pudesse me esticar no chão aqui e tomar um banho de sol! – Ironizei.

  Ele revirou os olhos, sem se preocupar em responder, me puxando novamente para que eu pudesse acompanhar seu passo. Mas nem isso adiantou muito. Nós estávamos atrasados demais para subir para a sala e assistir nossa primeira aula. Resumindo, teríamos que fica ali, no meio do pátio completamente deserto fazendo absolutamente nada.

   Aproveitei o pouco tempo que tinha e arrastei meu melhor amigo até a cantina para comprar alguma coisa. Havia a possibilidade de aquilo ser resultado de alguma praga que minha mãe colocou em mim, mas eu estava realmente faminta. Meu estômago roncava, inquieto, enquanto eu relembrava a mim mesma mentalmente que o café da manhã deveria mesmo ser a refeição mais importante do dia.

   O resto do tempo, que passei comendo – felizmente – e ouvindo o mesmo papo de Lucas, passou mais rápido do que eu esperava. Logo, o sinal soou irritantemente estridente, indicando que a segunda aula estava prestes a começar. Revirei os olhos, antes de fixá-los no loiro diante de mim, esperando que ele tivesse alguma ideia para que não precisássemos ir para a classe. Desisti da ajuda, quando notei apenas no olhar que ele não hesitaria em matar aula, enquanto eu não estava tão segura assim de uma atitude como essa.

   Assim, nos arrastamos contrariados até as escadarias que nos levariam ao andar da nossa sala – sim, estudávamos na mesma turma, ainda bem. Ao chegarmos, nossa professora já se preparava para escrever algo no quadro e fez questão de parar o que estava fazendo apenas para nos lançar um olhar maléfico de censura. Fingindo arrependimento, eu e Lucas seguimos de cabeça baixa até duas carteiras vazias no fundo da sala.

   Enquanto abria o caderno – para desenhar qualquer coisa, não para anotar algo, afinal, a conversa da professora não me interessava nem um pouco –, pude ver pelo canto do olho Manuela olhando para mim, com um sorriso de orelha a orelha. Ela parecia completamente boba, talvez até perturbada. Incapaz de ser mais um motivo para sua alegria explosiva, retornei minha atenção ao rabisco qualquer que eu fazia em uma folha, enquanto a mulher na frente da sala tagarelava algo sobre as aulas para os que tinham ficado de recuperação. Por Deus, eu não estava de recuperação, por que aquilo me interessaria?

  Perdida nas marcas que o grafite fazia pelo papel, eu sequer percebi quando o professor mudou. Aliás, por que perceberia? Eu sabia que sua conversa seria exatamente igual a da aula anterior:  recuperação. Assim, antes que eu pudesse me dar conta, havia soado o sinal que anunciava o intervalo. Continuei rabiscando, completamente desligada, até perceber que a sala toda estava vazia. Ou melhor, quase. Manuela se encontrava bem diante de mim, me fitando com seus olhos animados, que chegavam a ser meio assustadores.

 
– O que foi agora, garota? – Perguntei, por fim.
 
– (Seu Nome), você não vai acreditar! – Ela continuou a berrar e se esquecer de respirar exatamente como fizera mais cedo. – É tão maravilhoso que acho que nem eu mesma acreditaria. É a melhor coisa que já aconteceu na minha vida e provavelmente na sua também! OMB! Você não faz ideia e... Ai, eu...

   A voz dela começou a falhar de repente e, então, Manuela simplesmente desabou, desmaiada. Eu não sei como, mas meus reflexos nem sempre tão bons conseguiram captar o que ia acontecer e impedir que a morena acabasse por se esborrachar no chão. Ainda assim, a única coisa que passara pela minha cabeça era como eu queria que esse dia completamente maluco acabasse...

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Sim, me odeiem! Vocês só vão ficar sabendo a novidade da Manu, no próximo capítulo! skaoksaksakosakspoa Mas, não é porque eu sou má não,tá? É só que eu sou detalhista ksoaksoaksoakso
Mas, fiquem tranquilas, que amanhã, bem cedo eu posto =D
Comentem, please?

(Imagem que ilustra o post é da
Berina Brkovic )

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