Espairecendo a mente
Música do capítulo: O lado escuro da Lua - Capital InicialJustin's POV
Coloquei uma blusa vermelha antes de dar uma última olhada no espelho para achar todos os defeitos que eu sei que estariam presente na minha produção, pelo menos aos olhos da dona daquela casa. Eu tinha tentado me convencer de que não havia me vestido só para ficar dentro dos padrões dela, mas sinceramente eu sabia que queria estar impecável para esfregar na cara daquela garota mimada que eu era alguns anos-luz mais maduro e consciente que ela e que, sendo assim, ela se sentiria na obrigação de ouvir os meus conselhos.
Ironicamente, esses pensamentos pareciam
bem aceitáveis para mim.
Quando Manuela me dissera que (Seu nome)
tinha planos para aquele dia, eu naturalmente achei tudo muito desnecessário,
mas, pensando melhor, era uma oportunidade para me fazer entender e quem sabe
conseguir enfiar naquela cabeça dura toda a luz da verdade sobre a vida a dois – que deve ser uma bela porcaria, vamos admitir. Verdade esta que ela não
conseguia enxergar por estar cega de amor pelo Styles.
Amor. Argh.
Eu ainda não tinha engolido por completo o
desafio que (Seu nome) me fizera, noites atrás. Mais do que isso, eu não
conseguia aceitar que eu mesmo lhe dera o gosto da vitória, quando não fui
capaz de responder o que raios era o amor. Afinal, não podia ser uma pergunta
assim tão difícil, considerando que as pessoas falam de amor com a mesma
frequência com que respiram. Além disso, eu sei bem o que é esse sentimento. Eu
sei o que o amor perfeitamente. Não sei?
– Justin... – meu nome ecoou além da porta.
– Justin... – meu nome ecoou além da porta.
– Pode entrar, Manuela! – pedi,
amarrando o tênis pela última vez.
A porta do quarto se abriu devagar e Manu
se colocou parcialmente no quarto, sem realmente entrar. Ela fez apenas um
sinal para que eu me apressasse e eu me limitei a pegar meu celular e sair,
caminhando até ela. Como era de se esperar, ela me fitou por um minuto, ainda
no corredor, buscando vestígios das minhas intenções na minha expressão para
ver se concordava comigo e, por fim, pegou minha mão, puxando-me até as
escadas, já que (Seu nome) e Harry nos esperavam.
Enquanto caminhava até eles, não pude
deixar de perceber que Ryan, com certeza, era do tipo de cara que tinha certos
problemas com a namorada, porque aquele vestido florido que ela estava usando
era deveras curto demais. Pelo menos, foi o que eu achei até chegar à sala e me
deparar com as pernas da (Seu nome) devidamente descobertas em um short, no
mínimo, indecente. Deveria realmente haver uma lei que proibisse alguém de ter
coxas tão... Tão... Inapropriadas.
Como
o Harry poderia suportar aquilo?
Ela estava trajando um short – ou seria uma
calcinha em tamanho maior? – jeans meio rasgado e propositalmente desbotado,
uma regata branca simples e uma jaqueta preta com as mangas puxadas para cima.
Nos pés, ela calçava um tênis igualmente preto e que, de longe, se percebia que
era caro. Era do tipo que já tinha sido moda há alguns anos atrás e voltara com
tudo exatamente por conta de pessoas como ela. E, embora eu soubesse que não
deveria ser tão detalhista, eu queria analisar pelo visual dela, o nível de
aceitabilidade que (Seu nome) teria para com a minha própria aparência.
– Então, podemos ir? – perguntou Harry,
recuperando minha atenção.
– Só se for agora... – explodiu
Manuela, sempre animada – Então, quem dirige?
– Vamos no meu carro, pessoas. Todos
para a garagem! – (Seu nome) sorriu, ainda nos braços do namorado.
– Ah, meu Deus! Você está falando
sério, (Seu nome)? – os olhos de Manuela se arregalaram de surpresa – Porque eu
achei que a ideia principal fosse que todos chegassem ao shopping... Mas
chegassem vivos.
– Vou fingir que nem escutei isso,
palhaça.
O carro da (Seu nome) era uma Ferrari vermelha invejável, mas não chegava perto do modelo mais atual. Ainda assim um veículo daqueles somado ao comentário que Manuela fizera não
me deixava muito animado para chegar ao nosso destino. Percebi isso quando
notei minhas mãos tremendo ao colocar o cinto – procedimento que eu não
costumava realizar com muita frequência, embora isso fosse um erro – e senti
uma leve gota de suor brotar em minha testa quando ela assumiu seu
lugar, bem a frente do volante, segurando o mesmo com firmeza.
Felizmente, não passou de uma brincadeira,
já que a direção da (Seu nome) parecia ser bem aceitável e o caminho curto até
o shopping aconteceu de forma tranquila, enquanto a paisagem deslizava pela
janela.
Durante esse meio tempo em que cobrimos o
percurso, não pude deixar de pensar que aquele tipo de programa me deixava em um clima bastante nostálgico. Eu não conseguia imaginar qual fora a última vez
que eu tinha ido ao shopping apenas para ficar fazendo absolutamente nada com os amigos – embora a maioria dos presentes ali não fossem bem meus amigos.
Em um tempo bem menor do que eu achei que
levaria, nós já estávamos abandonando o veículo no estacionamento do shopping e
caminhando até o elevador que nos deixaria no andar que queríamos. Naquela
altura do campeonato, eu já estava começando a sentir que ficaria levemente
deslocado naquele meio, afinal, eu nem sabia bem o que nós realmente iríamos
fazer ali. Mas sinceramente eu não estava tão disposto a ficar assistindo
melação entre o casal do momento.
– Então, onde nós vamos primeiro, hein? – indagou Manuela, entrelaçando nossas mãos ao perceber meu leve desconforto.
– Bom, acho que devido ao horário,
nós podemos ir comer primeiro e depois a gente arranja algo para fazer... – respondeu (Seu nome), sem pensar muito, ajeitando-se em frente ao espelho do
elevador – Onde vocês preferem fazer uma refeição nada saudável e cheia de
gorduras, hein?
– Hamburgueria? – Harry e eu
respondemos em unissom, o que me desagradou.
– Eu ia dizer para a gente ir ao restaurante
de comida japonesa, mas acho que estou em desvantagem nessa votação. – suspirou
Manuela, fazendo o seu melhor bico de descontentamento – Isso é tão injusto!
Aliás, quando eu ficar cheia de celulites e o Ryan não me quiser mais, eu vou
ficar na porta da casa de vocês choramingando as pitangas da vida. Aviso dado!
– Como se o Ryan fosse desistir de você
por algum motivo, não é, Manuela? – adverti, coberto de razão.
– Isso é verdade! – (Seu nome) me
surpreendeu ao concordar comigo. Embora fosse em relação a algo pequeno, eu
jamais esperaria esse comportamento vindo dela – Se o Ryan já te aguenta cheia
de estrias e com essa bunda caída, nada mais fará ele desistir de você,
Manuela. Relaxa!
– Repete isso, (Seu nome), repete
para você ver se eu não faço um strip aqui mesmo para esfregar o meu corpo de
princesa brasileira na sua cara. Repete! – Manuela colocou as mãos na cintura e
balançou o cabelo com tanta atitude que, se elas não fossem melhores amigas, eu
poderia jurar que iriam se estapear ali mesmo – E você não duvida de mim, (Seu
nome), porque você me conhece e você sabe que eu faço isso...
– Tudo bem, Manuela, tudo bem. Eu
retiro tudo o que eu disse, mas, por favor, continue completamente vestida, eu
te imploro. – ela murmurou, fazendo uma careta de reprovação – Eu odiaria
terminar o dia na delegacia, tendo que resolver o seu caso de atentado ao
pudor, sua stripper barata.
Manuela fez uma careta para a amiga, enquanto descíamos no terceiro andar, onde ficava a praça de alimentação. Embora não tivesse muitas pessoas no elevador em que estávamos, eu tive certeza que, se não fossemos minimamente conhecidos, os poucos presentes e a ascensorista já estariam achando que éramos um bando de pacientes desequilibrados de algum hospício descuidado o bastante para permitir que fugíssemos.
A praça de alimentação estava cheia quando
chegamos, quase todas as mesas ocupadas, o que fez com que (Seu nome) pedisse
gentilmente – de uma forma desnecessariamente adocicada demais – para que Harry
guardasse uma mesa para nós enquanto faríamos o pedido. Em seguida, ela
assegurou que sabia exatamente o que ele iria querer, como sempre, e lhe deu um
beijo demorado demais. Minha vontade foi de cutucar o ombro de algum deles e
perguntar se ambos tinham perdido a individualidade e precisavam estar tão juntos
a esse ponto.
Mas não o fiz, em um ato de total respeito à
Manuela.
Logo, seguimos para a fila do restaurante
escolhido, onde felizmente não tivemos que ficar esperando por muito tempo, já que
não estava tão grande assim. Fiquei me distraindo com a decoração do ambiente,
enquanto Manuela e (Seu nome) tagarelavam sem parar sobre uma loja qualquer na
qual estavam pensando em ir. Eu até teria me importado em participar da
conversa, mas eu ainda não usava calcinha – graças a Deus –, então aquele papo não prendia meu interesse nem por um minuto.
Nós já havíamos feito o pedido e estávamos
esperando que nossos lanches ficasse pronto e fosse posto sobre as nossas
bandejas. O cheiro de hambúrguer e batata frita já estava me deixando mais
gordo, quando Manuela chamou minha atenção retirando todos os quatro copos de
cima dos seus respectivos lugares.
– Ei, por que vocês não pegam os pedidos,
enquanto eu vou pegar a bebida de todo mundo? – sugeriu Manuela, já se
afastando para se dirigir a máquina de bebidas que ficava no final de um corredor.
– Tem certeza que dá conta? – perguntei, arqueando levemente as sobrancelhas e tentando ser gentil – Porque,
se você quiser, eu posso fazer isso para você, sem problema nenhum.
– Justin, eu dou conta, relaxa! São
copos, não halteres. – ela riu, antes de lançar um olhar bem penetrante para
sua amiga. – Além disso, eu não sou nenhuma (Seu nome) da vida, que não
consegue nem mesmo segurar um único copo d'água sem deixar metade cair no chão.
E, por falar nisso, ajude-a com a própria bandeja, porque isso nem sempre
termina bem com essa mão furada que ela tem...
(Seu nome) fuzilou a amiga com os olhos,
mas, como era costume, Manuela não pareceu se importar muito e se limitou a
apressar o passo até a máquina de bebidas, equilibrando os quatro copos com as
mãos. Ironicamente, enquanto ela se afastava, lembrei-me de que a mesma já
havia me falado que a amiga não era sempre tão jeitosa. (Seu nome) era
usualmente delicada, mas tinha uma tendência permanente a derrubar, quebrar e derramar
coisas por onde passava.
Obviamente não era uma característica muito
notável, o que fez com que eu guardasse minha pequena risada sem graça para mim
mesmo. Afinal, estar sozinho com aquela garota me deixava ligeiramente mais
desconfiado e alerta. Todas as minhas palavras, atitudes e reações estavam à
prova a partir daquele momento e, embora eu não soubesse bem se deveria puxar
assunto, aquele silêncio não estava me soando muito agradável.
– Você e a Manuela sempre se trataram dessa
forma completamente carinhosa e adorável uma com a outra? – perguntei, em tom
de brincadeira, tentando quebrar o gelo que parecia tão espesso quanto um iceberg.
– Para você ver... – ela suspirou,
fitando de forma despreocupada as unhas perfeitamente pintadas de preto – O
bullying começa mais cedo do que muitos pensam e eu tenho que aguentar as
provocações dela desde que me entendo por gente.
O que foi isso? (Seu nome) respondeu a
minha pergunta com um tom sereno? Sem hostilidade? Isso realmente aconteceu ou
eu estou sonhando? Será que eu estou usando drogas?
Não tive tempo de responder minhas próprias
perguntas existenciais, já que uma atendente se aproximou da bancada, colocando
sobre nossas bandejas todos os nossos pedidos ao mesmo tempo, com uma agilidade
que eu poderia jurar não ser humana. Aliás, eu mesmo não teria feito tudo com
tanta rapidez e precisão, considerando que todos os pedidos foram colocados em
perfeita ordem e de uma forma esteticamente bonita. Assim, já estava me
preparando para pegar tudo quando fui interrompido.
– Com licença – (Seu nome) interpelou pela
atendente mais uma vez –, será que a senhora poderia me dar mais alguns sachês
de catchup e mostarda, se não for pedir demais...
A atendente assentiu de forma gentil e, em
questão de segundos, colocou mais de uma dúzia do que fora pedido sobre a
bandeja de (Seu nome), obtendo um sorriso e um miado de agradecimento em troca.
– Eu achei que você não gostasse de mostarda. – comentei, despreocupadamente, enquanto pegava dois dos pedidos, já que ela já se apossara dos outros.
– E eu não gosto. Eu pedi essas para
Manuela, que diz que um hambúrguer não é um hambúrguer de verdade se não tiver
os condimentos cert... – o singelo sorriso no rosto dela se desfez rapidamente
dando espaço para sobrancelhas unidas em uma expressão de completa confusão – Espera! Como você sabe que eu não gosto de mostarda?
– Hã... Não deveria saber? – disfarcei, ligeiramente sem graça.
– Não... Quer dizer, sim. Bem, eu não
sei. – (Seu nome) parou de andar e eu tive a impressão de que ela me fitava
curiosamente, mas não me atrevi a verificar – É só que eu não me lembro de ter
dito isso a você e, bom, não é algo que eu espero que as pessoas saibam sobre
mim.
– Bom, você apenas parece ser o tipo
de pessoa que não gosta desse tipo de condimento. – eu não consegui manter
qualquer vestígio de integridade com aquela desculpa esfarrapada, assim, me
apressei para mudar de assunto – É melhor a gente ir logo, antes que os lanches
esfriem, não?
Felizmente (Seu nome) fez questão de
entender a minha deixa e pareceu voltar a ignorar por completo a minha
existência. Eu sabia bem que aquilo não era o que eu queria, mas eu não me
sentia confortável o bastante para ficar mentindo enquanto conversava com ela e,
ao mesmo tempo, não podia sair de situações como aquelas sem uma mentira
amigável ou coisa parecia. Aliás, a verdade nem sempre é tão animadora e simpática
assim e eu não estava disposto a piorar ainda mais o clima por ali.
Assim que chegamos à mesa em que Harry
estava – distraindo-se com o celular –, (Seu nome) assumiu seu lugar ao lado
dele, colocando a respectiva bandeja a sua frente e dando-lhe um beijo na
bochecha. Tentei não focar no romance alheio, enquanto me sentava também. Eu
não queria sentir o meu estômago embrulhar e ter que desperdiçar toda aquela
comida, mas era difícil quando eu era o único ali. Eu não sabia bem onde
Manuela se enfiara, mas era melhor que ela aparecesse logo, antes que eu
tivesse um colapso nervoso.
– E as bebidas? – Harry perguntou, largando
o celular sobre a mesa.
– A Manuela ficou de pegar para todo
mundo – explicou (Seu nome), abrindo um dos seus guardanapos –, mas ela está
demorando, não é? Será que aconteceu alguma coisa?
– Nada, minha doce (Seu nome)! – a
voz de Manu ecoou bem perto da nossa mesa, enquanto ela se aproximava,
equilibrando todos os copos devidamente tapados e com canudos – Eu só tive um
pequeno imprevisto com aquela máquina idiota. A parte do gelo não estava funcionando
como deveria... Mas aqui estou!
Manuela rapidamente se sentou ao meu lado, colocando todas as bebidas sobre a mesa e já aproveitando para atacar uma de suas batatas. Enquanto observava toda aquela dinâmica acontecendo ao meu redor, notei que não tinha sequer tocado em minha comida, mas eu nem me lembrara de fato se estava com fome. Tentando afastar qualquer negatividade, peguei meu copo, levando o canudo até a boca. Porém, ainda assim, não consegui também evitar pegar no bolso da bermuda o celular, apenas para me certificar de quanto tempo mais eu teria que passar por aquela tortura constrangedora.
Eu estava distraído o bastante para
perceber tarde demais quando Manuela levou uma batata frita cheia de catchup
até a minha bochecha, sujando-a propositalmente. Ela olhou para mim por um
minuto, arqueando as sobrancelhas e rindo, querendo me dizer alguma coisa
daquele jeito só dela. Porém, mesmo assim, eu estava aéreo demais para perceber
de primeira e me limitei a rir também, antes de limpar o rosto com o papel.
– Justin, você não pediu esse lanche enorme para ficar só olhando, não é? – perguntou ela, levando a batata até a minha boca, por fim.
– Justin, você não pediu esse lanche enorme para ficar só olhando, não é? – perguntou ela, levando a batata até a minha boca, por fim.
– Claro que não. – ri ao responder,
voltando minha atenção para meu sanduíche ainda intocado.
– Sabe de uma coisa? – Harry se
intrometeu, interrompendo o que Manuela iria dizer, sem querer – Vocês formam um bonito casal. Deveriam namorar...
– De novo? – (Seu nome) murmurou
baixo demais para alguém que supostamente se queria fazer escutar.
– O quê? –- a pergunta de Harry não
era nem um pouco surpresa. Ele apenas não havia a escutado, na verdade.
– Eu estava dizendo que eu pedi o hambúrguer
errado de novo, como sempre faço quando venho aqui. E, mais uma vez, lá vou eu,
tendo que comer essas drogas de picles. Por que colocam essa porcaria em
sanduíches tão gostosos?
Aquelas desculpas da (Seu nome) já estavam
ficando piegas de tão furadas, mas não era educado da minha parte pedir que a
mesma fosse pelo menos um pouco menos óbvia. Aliás, ninguém ali parecia ser
capaz disso, já que não houve nenhuma desconfiança ou indireta, o que reduzia a
situação a duas simples opções: a primeira era que ninguém realmente se
preocupava em desmascarar as verdades que a própria (Seu nome) não tinha
coragem de dizer por ela mesma e, a segunda... ela era tonta o bastante para
já ter cometido esse erro banal tantas vezes que todos seus amigos acreditavam.
– De qualquer forma, Harry, isso nunca
aconteceria. – Manuela retomou a palavra, entre uma mordida e outra – Eu adoro
o Justin, mas o meu coração já tem dono. Um dono que está muito longe daqui
agora, mas fazer o quê? Essa é a vida, eu aguento.
– Desculpe-me, foi uma indelicadeza
da minha parte, mas eu não fiz por mal. – Harry pareceu realmente envergonhado
pelo comentário mal colocado – Enfim, é uma pena que Ryan não pôde vir por
agora, mas ele estará aqui em alguns dias, não é mesmo?
– Esse é o plano!
– Bom. – ele sorriu para Manu,
visivelmente aliviado por ter conseguido passar por esse momento embaraçoso – E
quanto a você, Justin? Nós somos um pouco mais velhos que isso... Então, já tem
algum plano sério em relação a sua vida amorosa?
– Bem, considerando o fato de que eu
estou solteiro, eu acho que não. – respondi, sem muito ânimo para entrar nesse
tipo de conversa.
– Solteiro, é? – embora eu não
tivesse total certeza, pude jurar ter ouvido um leve tom de cinismo na voz de
Harry, como se ele já soubesse dessa informação há muito tempo. – Há quanto
tempo você não muda seus status de relacionamento, hein?
Eu já estava prestes a responder, quando a expressão de Harry mudou discretamente para uma de dor e eu estranhei de imediato. Porém, no segundo seguinte, ele se virou para a (Seu nome) de uma forma meio duvidosa e obteve como resposta um olhar de ódio fulminante que foi feio o bastante para atingir até a mim. Eu tentei fingir que não percebi que ela o tinha agredido discretamente por debaixo da mesa, mas precisei de muita força de vontade mesmo para conseguir conter uma risada.
– Já
faz um tempo. – admiti, utilizando o meu lado mais cara de pau – Na verdade, eu
acho que eu gosto dessa vida de não ter compromissos. Faz com que eu me sinta
bem ter um pouco mais de emoção e diversão de verdade no meu dia-a-dia!
– Pois é, esse moço tem gostado
demais de sair para baladas e aprontar mais do que o necessário, não é? – Manu
me provocou, fitando-me pelo canto de olho, claramente avessa ao meu
comportamento.
– A sorte é que nem todos nós
queremos viver nessa vida de libertinagem para sempre... – (Seu nome) comentou novamente em um tom mais baixo, antes de vagar seu olhar levemente para Harry e retornar
para o seu prato.
– Mas eu também tenho trabalhado
bastante nesses últimos tempos e eu acho que não é mais do que o meu direito querer
relaxar. Gravações, filmagens, papéis em filmes, problemas com a mídia e turnês. Eu acho que todo
mundo aqui sabe que, embora gratificante, é muito estressante fazer centenas de
shows em um espaço de tempo não muito longo. – discursei, meio irritado pelas
indiretas desnecessárias daquela garota.
– Finalmente! – Manuela respirou
profundamente, revirando os olhos – Estava demorando para que vocês começassem
a me excluir com essas conversinhas de estrelas mundiais do pop. Mas, não se
preocupem, podem continuar... Eu não ligo!
– Você fala com tamanha modéstia que
nem parece que é a mesma garota que ficava saltitando de um lado para o outro
no Canadá, após ser chamada para fazer um comercial de um dos seus produtos
preferidos... – falei, introduzindo o assunto que ela ainda não tivera a chance
de comentar com detalhes. – E, por falar nisso, por que você não conta para eles
sobre o seu próximo personagem no teatro, hein?
Instantaneamente os olhos de Manuela faiscaram para mim e ela checou os outros presentes na mesa para verificar se ambos estavam interessados e, felizmente, estavam. Assim, ela começou a tagarelar com um nível de empolgação que só o próprio trabalho lhe dava. Eu já vira Manuela das formas mais explosivamente histéricas de toda a vida, mas quando o assunto era teatro, ela surtava de vez, porém de um jeito contido. Ela não gritava, fazia gestos maiores ou chamava muito atenção, mas o modo como ela se referia àquilo ao falar, o modo como toda sua expressão corporal mudava de uma hora para a outra era único.
Aproveitei que eu mesmo já havia ouvido
aquela história várias vezes e, durante o resto do tempo em que Manuela falara, estudei o inimigo com a máxima discrição possível. Mas não
passou disso. (Seu nome) se limitou a fazer perguntas para a amiga durante seu
relato e a terminar seu lanche. Sem mais doçuras exagerada com o Harry. Sem
mais indiretas. E, por alguns minutos completos, eu cheguei a ter a impressão
de que ela era realmente inofensiva.
Obviamente, eu estava me iludindo.
Oi, anjinhos! Como vocês estão?
Eu estou bem, postando isso rapidinho, porque vou sair já, já. Então, o capítulo de hoje é esse, algo mais leve, mais nostálgico, porque ser adulto e ter preocupações o tempo todo é chato, né? Eu sei que vocês devem estar ansiosas para que suas expectativas virem logo realidade e, calma, eu também estou ansiosa para estragar todas elas, mas enfim... Assunto para o futuro! :)
Eu estou bem, postando isso rapidinho, porque vou sair já, já. Então, o capítulo de hoje é esse, algo mais leve, mais nostálgico, porque ser adulto e ter preocupações o tempo todo é chato, né? Eu sei que vocês devem estar ansiosas para que suas expectativas virem logo realidade e, calma, eu também estou ansiosa para estragar todas elas, mas enfim... Assunto para o futuro! :)
O capítulo de hoje vai ser dedicado a minha doce Steph, que de doce não tem nada. Já viram os comentários dela? Gente, essa menina não presta, é uma tarada ksaopskoask Mas eu a amo assim mesmo. Ela está comigo há muito tempo e é uma #TeamLucas muito especial para mim. Obrigada pelas comentários loucos e por me fazer rir, bby! (Sigam-na em @onlyouE3).
Por hoje, é só! Tenham um bom dia... E até sábado!
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