Pingos nos "i"s
Música do capítulo: Cold as you - Taylor Swift
Belieber's POV
Eu tinha conseguido ter um bom dia, apesar
do começo incomum. Evitara a presença de Justin durante todo o dia, dera um
pouco de atenção a Manuela após o almoço e passara todo o resto da tarde com
Harry, conversando sobre tantas coisas diversas que eu sequer sabia antes que
tinha algum interesse. Era satisfatório, para mim, perceber que não importava quanto
tempo nós ficássemos juntos, sempre haveria algum assunto sobre o qual
poderíamos conversar. Não era um namoro vazio.
Porém, depois de acabar por completo com as
duas pizzas que pedimos para entregar para o jantar, Harry ocupou o banheiro do
primeiro andar e eu subi até o meu quarto para me arrumar para dormir. Aquele
havia sido um dia cansativo simplesmente por não ter acontecido nada de tão
relevante assim. Eu sentia falta de estar trabalhando, faltas das viagens,
falta da gritaria do lado de fora dos hotéis.
Já no meu quarto, separei uma camisola
grená de seda e uma roupa íntima qualquer, antes de seguir para o meu banheiro
e me despir. Com os pensamentos distantes, penteei o cabelo suavemente,
prendendo-o em um rabo de cavalo frouxo e me preparei para entrar no boxe,
ajustando a água até que esta adquirisse uma temperatura confortável para a
sensação térmica daquele horário.
O meu banho acabou sendo rápido e, em
alguns minutos, eu já estava novamente no quarto, devidamente vestida e calçando
as minhas pantufas de tigre, enquanto passava hidratante nas pernas, fazendo
desenhos na mesma com o creme e duvidando da minha própria mentalidade madura.
Os anos passavam e eu não conseguia perder
algumas manias e costumes dignos de uma criança de sete anos de idade. Aquela
pelúcia que imitava as garras de um tigre me lembrava disso a cada segundo. Mas
eu preferia assim, afinal, se tivesse que agir como adulto o tempo todo,
acabaria internada em uma clínica de reabilitação.
Aquela não era a minha única mania bizarra,
já que um segundo depois, me inclinei na cama, esticando-me para alcançar o que
estava trancado na segunda gaveta da minha cômoda: um caderno com a minha foto
fazendo uma careta na capa e uma caneta com design de lápis. Eu nem lembrava
mais qual era o número daquele caderno, mas a minha mania de escrever meus dias
em páginas quaisquer sempre que possível ainda não desaparecera. Porém eu
considerava um hábito saudável, me ajudava a nunca perder a inspiração por
completo.
Eu estava já no terceiro parágrafo e rindo
para mim mesma, como fazia com muita frequência ao liberar meus pensamentos sem
sentido, quando ouvi baterem à porta. Não precisei fazer muito esforço para
saber quem era, mas, de qualquer forma, voltei a jogar o caderno sobre a
gaveta, fechando-a rapidamente, antes de fazer alguma coisa. Assim, deitei-me
na cama fingindo distração e, por fim, soltei a voz:
– Pode entrar!
Eu estava olhando para a porta com o
sorriso mais sexy que eu poderia forjar, esperando que Harry entrasse pulando
sobre mim e com aquela risada que enchia o quarto ou então – em uma hipótese não tão
animadora – Manuela abrisse
a porta falando pelos cotovelos sobre qualquer coisa, que deixaria meu noivo
levemente frustrado ao chegar até o meu cômodo e perceber uma falta de
privacidade.
Mas eu estava estupidamente errada quanto a
isso.
Justin pareceu envergonhado ao entrar por
aquela porta, fechando-a silenciosamente logo atrás de si, mas nem mesmo sua
expressão de desconforto se comparava com a minha de total espanto e ao
vermelho que deveria ter tomado meu rosto por completo. Em um único segundo, me
ajeitei na cama, sentando-me de maneira comportada e formal, como eu fui
devidamente educada a me portar diante de pessoas com a qual não tinha um pingo
sequer de intimidade.
– Hã... Oi! – ele sussurrou,
parecendo um ratinho assustado diante de um leão, mas, involuntariamente,
fazendo com que eu me sentisse um elefante apavorado pela presença de tal
roedor.
– Oi! – sorri timidamente, já começando a contar os minutos para ficar sozinha novamente. – Posso te ajudar em alguma coisa?
– Na verdade, em primeiro lugar, eu queria me desculpar pelo que aconteceu hoje mais cedo. Não foi minha intenção, eu juro. – Justin avançou um passo adiante, parecendo mais constrangido do que quando entrara há poucos segundos – Eu só queria que você soubesse que eu não queria te colocar naquela situação, eu só queria conversar com você e, bom, acho que eu escolhi um mau momento. Olha, eu estou muito grato por você permitir que eu fique na sua casa durante esses dias e eu realmente não queria causar qualquer tipo de incômodo. Se houve algo que eu possa fazer para reparar isso, eu...
– Você não precisa fazer nada. Está tudo bem, eu já até esqueci esse episódio. – menti, com o sorriso mais cínico que me parecia possível – Vamos passar uma borracha no que aconteceu mais cedo e começar tudo de novo, o que você acha?
– Ótimo! – houve um tom de animação acima em sua voz – Eu só queria que você estivesse ciente que eu sinto muito por isso, mas já que já esclarecemos isso... Será que nós podemos conversar?
– Claro! Por que você não se senta?
– Oi! – sorri timidamente, já começando a contar os minutos para ficar sozinha novamente. – Posso te ajudar em alguma coisa?
– Na verdade, em primeiro lugar, eu queria me desculpar pelo que aconteceu hoje mais cedo. Não foi minha intenção, eu juro. – Justin avançou um passo adiante, parecendo mais constrangido do que quando entrara há poucos segundos – Eu só queria que você soubesse que eu não queria te colocar naquela situação, eu só queria conversar com você e, bom, acho que eu escolhi um mau momento. Olha, eu estou muito grato por você permitir que eu fique na sua casa durante esses dias e eu realmente não queria causar qualquer tipo de incômodo. Se houve algo que eu possa fazer para reparar isso, eu...
– Você não precisa fazer nada. Está tudo bem, eu já até esqueci esse episódio. – menti, com o sorriso mais cínico que me parecia possível – Vamos passar uma borracha no que aconteceu mais cedo e começar tudo de novo, o que você acha?
– Ótimo! – houve um tom de animação acima em sua voz – Eu só queria que você estivesse ciente que eu sinto muito por isso, mas já que já esclarecemos isso... Será que nós podemos conversar?
– Claro! Por que você não se senta?
Ele pareceu um tanto quanto receoso ao
caminhar até a minha cama, mas nem por isso disposto a dizer "não" a
qualquer coisa que eu pedisse, o que me deixou mais satisfeita. Enquanto Justin
se aproximava devagar, não pude deixar de reparar que seu pijama tinha o mesmo
tom da roupa que ele usara durante o dia e, ao fazê-lo, me peguei perguntando
se ele havia se acostumado a usar alguma blusa para dormir durante esses
últimos anos ou se fizera isso apenas para demonstrar um pouco de respeito para
com a futura esposa de um de seus amigos.
Eu estava um pouco pensativa demais quando
Justin afinal se sentou em minha cama, a uma distância considerável, como era
costume, porém assim que o fez, quase que involuntariamente meu corpo se pôs de
pé em um impulso. Era como se meu subconsciente estivesse me avisando através
dessas pequenas reações que eu deveria manter uma distância bem maior do que a
que estávamos no momento.
– Hã... Me desculpe! – voltei
a me sentar, um pouco envergonhada e tentando arranjar uma desculpa descente em
minha cabeça – Você sabe
como é... Essa cama tem uns trocentos anos e, com o tempo, elas vão ficando bem
problemáticas mesmo. Eu deveria trocar...
– Está tudo bem! – pelo modo como suas palavras foram ditas, não estava nada bem.
– Então... Sobre o que você quer conversar? – perguntei, ansiosa para acabar logo com aquela gentileza forçada por demais.
– Você!
– Está tudo bem! – pelo modo como suas palavras foram ditas, não estava nada bem.
– Então... Sobre o que você quer conversar? – perguntei, ansiosa para acabar logo com aquela gentileza forçada por demais.
– Você!
Naquele momento, desejei estar bebendo uma
enorme taça de champagne, só para poder cuspir tudo dramaticamente após ouvir
essa resposta despropositada. Aliás, Manuela não havia chegado nem há uma
semana e já estava me deixando mais teatral, porém, eu tinha que admitir que,
no segundo que eu escutei aquilo, arregalar os olhos de surpresa não era o
suficiente para expressar o que eu estava sentindo. Eu estava espumando de uma
surpresa repugnante e vergonhosa que me dava náuseas e dor de cabeça. Era o
pior tipo de surpresa da minha vida.
– O quê? – balbuciei,
segurando-me para aparentar não estar enjoada.
– Você... Estava ótima na sua última turnê! – ele se explicou rapidamente, como se tudo fizesse muito mais sentindo por causa disso.
– Você não assistiu a nenhum show... – ri, começando a achar graça no seu modo de mentir sem ao menos ficar vermelho – Eu saberia se estivesse lá alguma vez, mas não estava!
– Bom, só porque eu não estava lá não significa que eu não saiba que foi bom. A sua voz é bonita! – aquele era o segundo elogio que ele me fizera, ou seja, aquela situação ia ficando cada vez mais estranha, de acordo com o passar dos segundos – Aliás, você sabe o que eu descobri há muito tempo atrás? Nós temos uma música juntos!
– Você... Estava ótima na sua última turnê! – ele se explicou rapidamente, como se tudo fizesse muito mais sentindo por causa disso.
– Você não assistiu a nenhum show... – ri, começando a achar graça no seu modo de mentir sem ao menos ficar vermelho – Eu saberia se estivesse lá alguma vez, mas não estava!
– Bom, só porque eu não estava lá não significa que eu não saiba que foi bom. A sua voz é bonita! – aquele era o segundo elogio que ele me fizera, ou seja, aquela situação ia ficando cada vez mais estranha, de acordo com o passar dos segundos – Aliás, você sabe o que eu descobri há muito tempo atrás? Nós temos uma música juntos!
Meu Deus, Justin! Que descoberta
maravilhosa, quer um prêmio por tamanha façanha? Sério, eu fico imaginando que
pessoas como Pedro Álvares Cabral ou mesmo Cristóvão Colombo devem estar
revirando seus restos mortais de tanta inveja que sentem de um descobridor tão
bem sucedido quanto você. Nós deveríamos fazer desse dia um feriado para
comemorar sua extrema inteligência.
Precisei engolir todas as minhas ironias,
quase sufocando a mim mesma, apenas para não parecer rude com o meu visitante.
Aquele era um dos momentos em que eu simplesmente xingava a minha mãe até a
outra vida por ter me educado como uma senhorita educada. Eu não queria ser
agradável, eu queria rir bem alto na cara daquele inconveniente e dizer o
quanto ele era surpreendentemente estúpido.
– É, eu sei... – forcei um sorriso simpático, antes de revirar os olhos impacientes – Mas é uma velharia.
– Só porque é velha não significa que não seja boa.
– Você está certo! – concordei, respirando fundo.
– (Seu nome)...
– Só porque é velha não significa que não seja boa.
– Você está certo! – concordei, respirando fundo.
– (Seu nome)...
Senti minha respiração falhar um pouco
quando ele disse meu nome de forma tão pausada e como um suspiro. Ao mesmo
tempo, meu estômago embrulhou e eu senti como se eu realmente pudesse devolver
a pizza que comera algumas horas antes. Talvez eu estivesse sendo um pouquinho
extrema, mas eu considerava que devia ser um crime dizer meu nome daquela
forma. Mesmo que não mexesse comigo como deveria, era uma forma que me fazia
repensar o que eu fazia e o que eu pensava, era uma forma quase dolorida, que
machucava bem devagar mas profundamente.
– Pode falar! – encorajei,
tentando não ligar para o que ele havia dito e nem como havia feito isso.
– Por que você vai se casar com o Harry? – ele disparou essas palavras assim como um motorista bêbado conduz um veículo: com firmeza, mas sem direção certa.
– Por que você vai se casar com o Harry? – ele disparou essas palavras assim como um motorista bêbado conduz um veículo: com firmeza, mas sem direção certa.
Aquela era a gota d'água!
Eu não tinha ideia de como aquele garoto no
corpo de um homem adulto poderia ter a audácia de perguntar algo assim para
mim. Pensar naquilo me causava dor de cabeça, vergonha alheia, uma agitação
esquisita bem na boca do meu estômago e câimbra em cada minúsculo músculo do
meu corpo. Aquilo era tão absurdo quanto tomar sopa de garfo, em uma analogia
em que Justin era o garfo, mas não importava quantas vezes mais ele tentasse a
sopa lhe escapava, porque essa era eu. E eu não iria, de jeito nenhum, dar
satisfações maiores a ele.
Eu não era obrigada.
– Essa pergunta não tem muito a ver com os meus shows ou uma música que seja ou
não boa, não é? – desconversei, cheia de cinismo.
– Na verdade, não... – admitiu, sem graça mais uma vez, mostrando pelo menos que um pouco de vergonha na cara ainda lhe restava – Mas era exatamente sobre isso que eu queria conversar com você.
– Na verdade, não... – admitiu, sem graça mais uma vez, mostrando pelo menos que um pouco de vergonha na cara ainda lhe restava – Mas era exatamente sobre isso que eu queria conversar com você.
Imediatamente me levantei da cama, dopada
de cólera, quase afundando os pés no chão a cada passo que eu dava. Eu não
estava indo a lugar nenhum, mas precisava fazer com que o sangue do meu corpo
circulasse para que eu não acabasse explodindo de tamanha ira - que, afinal,
era pecado e eu estava cometendo por culpa do idiota do Justin. Em uma
tentativa frustrada de me acalmar, precisei respirar fundo várias vezes, antes
de finalmente virar-me para ele de novo, cheia de ódio e ainda de pé.
– Você não dá ponto sem nó, não é mesmo? Nunca joga para perder... – murmurei, conseguindo conter a
minha vontade de sair berrando aos quatro ventos – Mas, sabe qual o seu maior problema? Você sempre
perde, mesmo sem perceber...
– Espera! Eu não estava te fazendo elogios só para tentar puxar esse assunto, se é o que você está pensando... – Justin parecia nervoso, diante da minha reação completamente coerente com aquela situação – Tudo o que eu disse sobre você foi sincero. Estar aqui por um assunto específico não significa necessariamente que eu tenha que mentir para você e...
– Você quer saber? Quer saber mesmo? Eu vou me casar com Harry, porque eu o amo. – falei, destacando cada mínima sílaba para dar ênfase às minhas palavras – Eu sei que você provavelmente não tem sequer ideia do que é isso, mas geralmente é por esse motivo que as pessoas se casam.
– Eu sei o que é o amor. – afirmou, indignado.
– Ah, é mesmo? Então, por que você não me fala um pouco disso?
– Espera! Eu não estava te fazendo elogios só para tentar puxar esse assunto, se é o que você está pensando... – Justin parecia nervoso, diante da minha reação completamente coerente com aquela situação – Tudo o que eu disse sobre você foi sincero. Estar aqui por um assunto específico não significa necessariamente que eu tenha que mentir para você e...
– Você quer saber? Quer saber mesmo? Eu vou me casar com Harry, porque eu o amo. – falei, destacando cada mínima sílaba para dar ênfase às minhas palavras – Eu sei que você provavelmente não tem sequer ideia do que é isso, mas geralmente é por esse motivo que as pessoas se casam.
– Eu sei o que é o amor. – afirmou, indignado.
– Ah, é mesmo? Então, por que você não me fala um pouco disso?
Por um tempo maior do que eu esperava,
Justin se calou, ficando em completo silêncio, enquanto fitava o chão,
parecendo extremamente pensativo. Naquele momento, admito, eu acabei por ficar
tensa também. Eu queria mais que tudo sentir seu silêncio que me fazia
triunfante, mas, ao mesmo tempo, se ele realmente tivesse algo a dizer, eu
gostaria mais do que tudo no mundo de ouvir suas palavras, de ouvir sua
descrição detalhada do que ele tanto sentia.
Mas, mesmo com essa indecisão, não fui
capaz de passar por isso com naturalidade, já que a cada segundo que se passava
em minha cabeça, eu me imaginava realizando uma sequência de cenas que me
deixaria muito feliz. Com força, eu seguraria os ombros de Justin firmemente,
fitaria seus olhos cor de mel por um tempo consideravelmente longo e, assim que
tivesse a oportunidade, arrastaria-o até a janela, de onde o lançaria na grama
fofa do meu jardim, mandando que ele ficasse longe do meu quarto, longe da
minha casa e longe da minha vida.
Pensar naquela cena me deixava
imensuravelmente feliz.
– Você pode começar a falar quando quiser, ok? – incentivei, cheia de ironia.
– Não é só porque eu não sei como me expressar que eu já não tenha sentido isso. Eu sei o que é o amor e eu sei também que não é uma coisa que possa ser descrita com tanta facilidade. – ele pareceu bastante satisfeito com sua resposta piegas.
– É um lindo discurso, sabia? E você até poderia fingir que me engana com isso – continuei, mais conformada do que nunca com a minha vitória –, mas você não pode enganar a si mesmo e eu sei que não engana.
– (Seu nome), eu não vim aqui para confrontar você, longe disso, mas eu realmente acho que você deveria se preocupar um pouco mais consigo mesma.
– Não é só porque eu não sei como me expressar que eu já não tenha sentido isso. Eu sei o que é o amor e eu sei também que não é uma coisa que possa ser descrita com tanta facilidade. – ele pareceu bastante satisfeito com sua resposta piegas.
– É um lindo discurso, sabia? E você até poderia fingir que me engana com isso – continuei, mais conformada do que nunca com a minha vitória –, mas você não pode enganar a si mesmo e eu sei que não engana.
– (Seu nome), eu não vim aqui para confrontar você, longe disso, mas eu realmente acho que você deveria se preocupar um pouco mais consigo mesma.
Por algum motivo, aquilo poderia até mesmo
ter amolecido um pouco o meu coração, mas não funcionava tão bem assim. O fato
de Justin simplesmente pensar que eu deveria me preocupar mais comigo mesma
deveria fazer com que eu repensasse o que eu achava que sabia sobre essa nova
versão dele, mas quando eu me prontifiquei para analisá-lo um pouco melhor,
percebi o quão estúpido era ainda ter qualquer tipo de esperanças sobre
aquele... Menino.
Justin ainda parecia estar me dando um
tempo para que eu pensasse naquela proposta, mas quando o estudei um pouco
melhor, percebi seus olhos vidrados em minhas pernas – a mostra, devido aquele
pijama indecente – e senti vontade de começar a estapeá-lo ali mesmo. Eu
provavelmente deveria ficar furiosa por esse assédio desmotivado, mas não era
isso que me frustrava, não poderia ser. A única coisa que me fazia perder a
cabeça com aquele homem era que nada havia mudado como eu pensava. Desde que
chegara àquele quarto – ou, talvez, até mesmo àquela casa –, ele não olhara uma
vez sequer dentro dos meus olhos. Nunca.
– Você é inacreditável... – suspirei, desacreditando no que os meus olhos me mostravam.
Ainda incrédula, virei às costas para ele e
caminhei devagar até o meu armário, abrindo-o e tirando de dentro do mesmo uma
caixa de presente roxa, que destapei com a mesma delicadeza. Passei o dedo
indicador por uma quantidade mínima de convites extras que ainda havia por ali
e peguei uma daquelas caixinhas menores decoradas elegantemente, antes de me
levantar novamente.
– Eu não estou querendo parecer intrometido, mas eu acho que você deveria pensar
melhor. Talvez adiar um pouco isso, você ainda é tão nova. Por acaso, lembra
quantos anos você tem?
Sim, Justin, eu me lembro perfeitamente. Lembro tão bem que eu sei que provavelmente você não lembra.
– Olha, é muito bacana da sua parte se importar, mas tem um problema... Eu não dou a mínima para o que você acha ou deixa de achar sobre o meu casamento ou sobre a minha vida. – soltei, antes de colocar o convite em suas mãos e, novamente, dando-lhe as costas, ir até a porta do quarto, abrindo-a sugestivamente – Agora, se você puder me dar licença, eu agradeceria muito, porque eu não costumo ficar acordada até tão tarde!
Justin pareceu bastante desconfortável com
o meu pedido, mas não era como se ele já não estivesse se sentindo assim pouco
antes. Logo, acatando o meu pedido, ele se levantou meio contrariado e, com o
mesmo receio com o qual entrara no quarto, caminhou para fora do meu cômodo,
ainda com o meu convite em mãos. Pelo menos, um pouco de educação, Justin ainda
tinha e, por conta exatamente disso, não fez qualquer careta por estar com
aquilo em mãos, embora fosse como uma afronta para o seu pedido de uma
reconsideração.
– Você pode, pelo menos, pensar no que eu te falei? – indagou, perto de mim, já prestes a sair do meu
quarto, por fim.
– Boa noite! – minha resposta veio com o mesmo sorriso descontente que eu mantivera durante toda a infeliz conversa.
– Boa noite...
– Boa noite! – minha resposta veio com o mesmo sorriso descontente que eu mantivera durante toda a infeliz conversa.
– Boa noite...
Quando ele finalmente atravessou a porta – que eu fechei com rapidez, logo
em seguida –, meu coração
apertou de culpa, lembrando a mim mesma que eu era derretida demais para não
sentir pena daquela cena. Mas a verdade é que eu não poderia me sentir assim,
porque eu não pudera captar qualquer sinal de desapontamento em seus olhos
estupidamente cativantes. Não pudera sequer olhar para estes durante um minuto
e confirmar que eles eram tão cativantes quanto eu me lembrava.
Em um movimento único, tranquei a porta,
que era algo que eu não fazia há muito, muito tempo, e voltei a me deitar na
cama, cobrindo-me com o lençol mais fino. Naquela noite, eu nem mesmo esperei
por Harry para me abraçar apertado e me fazer adormecer mais rápido – ou, pelo contrário, não me
deixar dormir –, apenas
fechei os olhos de forma apertada e esperei até que o sono. E ele veio, mas a
raiva... Não passou por um segundo sequer.
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Capítulo 11, minhas amoras lindas! (:
Hoje eu devo fazer uma postagem no fb do blog explicando o motivo pelo qual não teve sequer uma animaçãozinha no dia de aniversário do blog (embora quem me segue no twitter já saiba), mas mesmo assim eu não pretendo deixar essa data passar em branco. Veremos o que eu posso fazer para ajudar a comemorar esse dia que significa o mundo para mim.
Anyway, o capítulo de hoje é esse e eu espero que vocês gostem, anjinhos.
E... Só para não perder a oportunidade, hoje é aniversário do noivo mais lindo do mundo... Senhoras e senhores, Harry Styles! Hahahahaha. O princípe (ou seria princesa?) está fazendo 20 aninhos. Quem vai mandar parabéns pelo twitter? Hahahaha
Enfim, amo vocês! Até quarta-feira! :)
Hoje eu devo fazer uma postagem no fb do blog explicando o motivo pelo qual não teve sequer uma animaçãozinha no dia de aniversário do blog (embora quem me segue no twitter já saiba), mas mesmo assim eu não pretendo deixar essa data passar em branco. Veremos o que eu posso fazer para ajudar a comemorar esse dia que significa o mundo para mim.
Anyway, o capítulo de hoje é esse e eu espero que vocês gostem, anjinhos.
E... Só para não perder a oportunidade, hoje é aniversário do noivo mais lindo do mundo... Senhoras e senhores, Harry Styles! Hahahahaha. O princípe (ou seria princesa?) está fazendo 20 aninhos. Quem vai mandar parabéns pelo twitter? Hahahaha
Enfim, amo vocês! Até quarta-feira! :)
Heey, já disse que ler ymmly é a melhor parte da minha semana? Pois é, LER YMMLY É A MELHOR PARTE DA MINHA SEMANA! Hahahaha
ResponderExcluirFalando do capítulo... Acho que meu coraçãozinho não aguenta mais ver essas cenas dela maltratando o Justin, mesmo que indiretamente, mas tenho que lembrar o quanto a pp sofreu por ele em anos anteriores e pá :c
Olhinhos azuis do Harry que me perdoem, mas sinto falta dos cor de mel do nosso Justin, garoto burro! Quer impedir o casamento mas nem sabe porque... Aff -_-
Mas é isso, tenho que te dar os parabens, Juh, por conseguir deixar a gente tão viciado nessa história! Quando abro o blog sabendo que tem capítulo novo, tenho a sensação de estar abrindo um livro, tudo ao meu redor simplesmente desaparece! ;)
Aguardando ansiosamente quarta de capítulo novo <33
Ps: "O princípe (ou seria princesa?) está fazendo 20 aninhos" MORRI DE RIR KKKKKKK
Te amo, Juli minha <33
Será que é pecado amar tanto uma fanfic, sério eu amo ler tua fic, eu comentaria mais, mas to com sono e to sem criatividade pra te elogiar o suciente, então beijo e continua logo antes que eu morra de saudade!
ResponderExcluirDÊEM LICENÇA QUE A MAIORAL CHEGOU RS RS RS
ResponderExcluirOlá minha querida, como você está nesta madrugada maravilhosa? Ah, eu estou bem, quase caindo de sono mas estou bem. AI VAI SE FODER QUE CAPÍTULO FOI ESSE MINHAS AMADASSSS????? JUSTIN SEU VAGABUNDO ERA PRA CHEGAR ATRACAR E SAIR FODENDO QUERIA VER SE ELA AINDA IA SE CASAR RSSS nossa jesus dai salvação fico mas peidada quando to c sono
E eu também fico c pena do chupa-teta-pelanca quando ela mal trata ele, foda era que quando ela tava sofrendo la depressiva por ele eu queria mais que ele tomasse no rabo c a naja da Manuela rçrçrç
Enfim, dona Julianna, espero que a senhora faça o Justin se lembrar dos momentos que viveu c ela PFVR se n fizer a unica coisa que pode compensar é aquele lancezinho basico la da orgia c os bofe RSSSSSS to brincando
Mentira, to falando sério
HAHAHAHAHAH
Bom, espero que sua pessoa tenha uma otima boa noite de sono e sonhe c os anjos (eu)
Ps. CARA TU ASSISTIU PARA SEMPRE CINDERELA HOJE? NOSSA NUNCA TINHA REPARADO NO DOTE FT DOCUMENTO DAQUELE RAPAZ PRÍNCIPE JESUS O QUE É AQUILO? SAPORRA N É HUMANO PARECE CAVALO
Ps1.Ta bom, vou dormir antes que fale mais coisinhas mas saiba que a culpa é sua, Julianna Castro, sua corrompente de pessoas.
Ps3.Te odeio
Ps4 (video game) Mentira
Ps5. LYSM
Steph x