18 março 2013

4. You Make Me Love You - Capítulo 4


Planos de um fim de semana



Belieber’s POV

    A noite passou depressa, ou seja, tive que acordar mais rápido do que planejara. Eu até tentei ignorar o despertador insuportável e insistente, mas só consegui fazê-lo após desligar o mesmo. No silêncio confortável, eu quase conseguia esquecer o lugar e tempo em que estava. Era como se eu estivesse em meu castelinho encantado novamente, porém invisível, já que não havia sonhos, apenas o vazio de um dia para o outro.

   – (Seu nome), o que você ainda está fazendo na cama?

   Ah, Chaz, não! O que você está fazendo? Cadê o botão para te desligar, hein? 

   – Chaz, vai embora, por favor! – gemi, disposta a choramingar caso ele insistisse em me tirar dali.
   – Você, por acaso, sabe que dia é hoje? – continuou ele, resistindo à minha voz arrastada e melosa.
   – Dia de ficar na cama até tarde? – tentei.

  Antes que eu pudesse obter qualquer resposta, ouvi o barulho da cortina sendo aberta e, então, o brilho intenso da luz externa me cegou por completo. Resmunguei todos os palavrões em todas as línguas que eu conhecera na vida, enquanto pegava o meu travesseiro e colocava-o em cima da minha cabeça, fazendo com que assim toda a claridade do mundo fosse deixada do lado de fora da minha cama maravilhosamente confortável.

   Infelizmente, os passos dentro do meu quarto continuaram. Chaz realmente não iria embora sem atrapalhar toda a minha paz interior. Em outras palavras, eu tinha que começar a planejar um assassinato que não deixasse provas que apontassem para mim. Talvez eu pudesse sufocá-lo com um travesseiro, fazer com ele caísse da janela ou, na melhor das hipóteses, estrangulá-lo. Acidentalmente, claro.

   – (Seu nome), hoje é domingo! Se lembra do que estava marcado para hoje? – a voz dele trazia uma ligeira pressa implícita.
   – Eu não lembro nem o que eu comi no almoço ontem! – berrei, ainda sob os travesseiros.
   – Bom, você não almoçou ontem...

   Desisti. Eu sabia que aquele ser insuportável não iria desistir de me perturbar até que eu finalmente demonstrasse que não estava prestes a morrer dormindo. Assim, afastei o travesseiro de mim e me sentei na cama, procurando focalizar Chaz em algum lugar do meu quarto, ao mesmo tempo em que afastava os lençóis de mim. Eu já estava começando a ficar cansada de permanecer com os olhos abertos, quando o localizei ao lado da minha cama.

   Já ia começar a disparar todas as ofensas existentes, quando notei ao seu lado, sobre a minha mesa de cabeceira, uma bandeja com uma tigela de salada de frutas e um copo de suco. Disfarcei um sorriso conformado, enquanto voltava a fitar o garoto que esperava que eu agisse como uma pessoa normal logo de manhã. A ilusão é uma coisa maravilhosa!

   Como eu obviamente não estava raciocinando com muita clareza, demorei a perceber algo diferente em Chaz. Este estava trajando uma roupa muito arrumada para quem iria ficar em casa o dia todo. Aliás, ele parecia bem animado para um dia sem qualquer tipo de planejamento. Em outras palavras, aquilo não soava nada bem...

   – Chaz, o que você...
   – (Seu nome), o que aconteceu com seu cabelo? – ele me interrompeu sem qualquer receio – Parece que serviu de campo de guerra para a briga de dois gatos!
   – Nossa, isso é o que toda mulher quer ouvir! – ironizei, fitando-o com minha máxima reprovação – Só para você saber, eu não acordo sempre assim, ok? Porém, eu estou chateada, então, o meu cabelo é a última coisa com que eu estou me preocupando agora...
   – Isso é realmente decadente! – continuou sem a menor sensibilidade, enquanto sentava-se ao meu lado – E aproveitando a situação, o que você acha de tirar uma foto assim e divulgar para os seus fãs? Iria animar o dia de muitos!
   – Charles, saia desse quarto agora!
   – Charles? – as sobrancelhas dele se arquearam sutilmente – Com quem você está falando? Com um senhor de noventa anos?      
   – Você me obriga a agir assim, Somers!
   – Claro que não! – discordou ele – Você é chata assim por natureza...

   Ignorei a afirmação do idiota diante de mim, enquanto o mesmo se endireitava na cama, esforçando-se para alcançar a bandeja sobre a mesa de cabeceira. Ao fazê-lo, ele esperou um pedacinho de manga com o garfo e levou-o até a minha boca. Eu não entendia exatamente o porquê, mas essa atitude estava se tornando cada vez mais frequente, o que provava a insanidade de Chaz.

   – Vamos, (Seu nome)! Abra a boca e vamos comer... – orientou.
   – Chaz, para de graça! – resmunguei – Pegou mania de me dar tudo na boca? Eu não sou bebê, sabia?
   – Pode não ser bebê, mas é teimosa para c...
   – Ei! Olha como você fala comigo, hein, garoto. – repreendi – Está achando que eu sou essas suas amiguinhas? Se oriente!
   – Por favor, Senhor, me dê paciência! – murmurou baixinho, antes de se dirigir novamente a mim – Olha, (Seu nome), coisa linda, come a manga, vai! Ela está tão gostosa, junto às outras frutas. Abre a boca, por favor!

   Cedi ao que me era pedido, mesmo sabendo que Chaz estava sendo exageradamente gentil para que eu parasse de me opor às suas vontades. Enquanto mastigava, notava que ele já estava ocupando o garfo novamente, pronto para levá-lo à minha boca. Essa pequena atitude me fez lembrar que ele parecia apressado ao entrar no meu quarto e, aparentemente – a julgar por seu comportamento –, essa pressa ainda não havia se dissipado.

   – Espera! – falei, antes que mais um pedaço de fruta pudesse ser enfiado em minha garganta – Antes, me responda uma coisa. Por que devemos estar com tanta pressa?
   – (Seu nome), você se esqueceu? – a expressão de Chaz se fechou em uma confusão evidente – Hoje é domingo! Jeremy já chegou e nós temos o jogo de futebol no clube, lembra?
   – Ah, não! – miei – Está frio! Minta para mim, dizendo que eu não acordei. Diga que estou muito cansada e que é melhor irem sem mim...
   – Não mesmo! – discordou ele, firme – Se você não for, quem vai torcer por mim?
   – Qual a diferença, hein? – rebati – Eu estando lá para torcer ou não, você continuará sendo um péssimo jogador!
   – Nossa, (Seu nome), muito obrigado por sua sensibilidade e também pelo incentivo...
   – De nada. – sorri, cheia de sarcasmo – Sinta como uma retribuição para o seu elogio máximo ao meu cabelo!
   – Tudo bem, então, você tem uma boa desculpa! – admitiu, afinal. – Porém, não é hora disso agora. Se eu fosse você, terminaria de tomar café e, então, começaria a se arrumar porque você não vai querer ser a culpada pelo nosso atraso, não é?
   – Não me obrigue a ir, por favor! – miei, me jogando na cama.

   Chaz me fitou durante um longo minuto e eu não desviei o olhar, só para que ele pudesse sentir piedade da minha pessoa. Eu realmente tinha esperanças de que aquele garoto hiperativo e insistente pudesse desistir de me tirar da cama e me deixasse ali, quietinha comigo mesma. Obviamente, só fui perceber o quanto minha esperança era idiota tarde demais.

   – Você me obriga a tomar medidas drásticas! – ameaçou.
   – Sobre o que você está falando? – suspirei, ainda forçando a expressão de coitadinha.
   – Bom, eu não queria ter que te falar isso, mas... – Chaz fez uma pausa estúpida apenas para prolongar o mistério da sua dita medida drástica – Bom, como eu disse, Jeremy já chegou. Ou seja, Jazzy e Jaxon já estão aí, sabia?

   Em um segundo, arranquei a tigela de frutas de sua mão e comecei a comer quase compulsivamente com pressa para acabar logo e poder começar a me arrumar. Pelo canto do olho, pude ver Chaz com um semblante idiota de superioridade, sendo conservado por um sorriso vitorioso. Precisei ignorá-lo , para conseguir controlar o impulso de lhe dar um soco no braço. Eu não tinha tempo a perder com agressões físicas.

   O sono me deixara tão completamente atordoada, que eu já não fazia mais ideia que era um domingo, o que significava que era dia de Jeremy vir visitar Justin e, ao mesmo tempo, trazer Jazmyn e Jaxon. Dizendo de uma forma mais simples, era o dia em que dois raios de sol decidiam vir trazer um pouquinho de alegria excessiva para a minha vida. Domingo era um ótimo dia, para ser mais especifica!

   – Isso foi um golpe baixo, sabia? – falei, após dar o último gole no suco e por fim terminar com todo o conteúdo da bandeja.
   – Você me obrigou a isso. Agora, vá se arrumar, porque não temos muito tempo! – informou Chaz, ligeiramente mais satisfeito.

   Em um pulo, me levantei da cama, indo em direção ao armário. Eu não gostava de escolher roupas com alguém me espionando, porém eu estava apressada o bastante para não achar tempo para expulsar Chaz dali. Assim, separei uma meia-calça, saia e uma blusa para vestir, já que o clima frio estava resolvendo dominar os últimos dias como era de se esperar. Ironicamente, eu gostava de frio e chuva, mas era patético esse tempo resolver se estabilizar logo agora que eu estava meio deprimida. Me fazia parecer uma adolescente idiota chorando e se lamentando por nada.  
 
   Sem vontade alguma, me dirigi ao banheiro, receosa por ficar sob a água. Me despi rapidamente, ainda consciente do horário apertado que tinha. Entrar no boxe e ligar o chuveiro foram tarefas realmente desafiantes, mas logo que a água tocou meu corpo, relaxei. Não estava na temperatura ideal, mas quente o suficiente para que eu não congelasse. Felizmente, tive que seguir um procedimento normal de banho, sem me dar ao luxo de apenas ficar em pé, deixando os pingos quentes me aquecerem.

   Dessa vez em especial, dei mais atenção ao meu cabelo do que qualquer outro banho rápido que eu já tomara. Eu queria estar na frente de Chaz com o cabelo mais perfeito que ele já vira. Minha madeixa tinha que estar tão linda quanto em qualquer outro momento da minha vida, afinal, só assim eu poderia fazer aquele idiota engolir cada palavrinha desagradável que tinha dito ao me ver acordar.

   Desliguei o chuveiro mais cedo do que gostaria e me arrumei no banheiro mesmo, sem a certeza de que Chaz já havia saído do meu quarto. Porém, logo que retornei ao último, este estava completamente vazio. Seria até bom se apenas não tivesse aumentado ainda mais a minha pressa e o medo de que eu atrasasse os garotos ou até mesmo que eles saíssem sem mim – afinal, eu não tinha me levantado à toa.
     
   Rapidamente, calcei uma bota sem salto, peguei um casaco e, antes de sair, liguei o secador. Apesar de não estar em condições de abusar do tempo, me recusava a sair com o cabelo molhado quando o vento estava tão frio. Deixei que o aparelho fizesse seu trabalho em dois minutos, enquanto eu penteava meus fios novamente.

   Por fim, me lembrei de pegar o celular e, só então, deixei meu quarto. Ao descer as escadas com calma, pude ouvir vozes no primeiro andar, o que significava que eu poderia parar de correr, antes que acabasse por cair – tendência patética que não me abandonara, independente de quanto o tempo passasse.
 
   Na sala de estar, todos já pareciam pronto para sair –  Ou quase todos, já que Pattie não estava presente. Jeremy estava sentado sobre a poltrona, entretendo-se com um jornal, enquanto Chaz brincava com Jazzy e Justin, com Manuela sentada em seu colo, distraia Jaxon com alguma brincadeira particular. Todos estavam tão concentrados com suas próprias atividades que demoraram a notar a minha presença.
    
   – Ei! Bom dia, (Seu nome)! – me cumprimentou Jeremy.
   – Bom dia! – retribui – Pronto para o jogo hoje?

   Jeremy não teve tempo para me responder, já que me distrai, quando Jazmyn pulou do colo de Chaz e correu em minha direção. Antes que a pequena princesinha chegasse até mim, lancei um breve olhar convencido para o garoto que estava com ela anteriormente, apenas para deixar claro que, assim como todos, as crianças também preferiam à mim.

   – Oi, minha linda! – miei.
  
   Peguei-a no colo, rapidamente, ansiosa para tê-las nos braços. Jazzy estava perceptivelmente mais pesada, ou seja, eu estava ficando velha à medida que minha princesinha crescia. Ela já estava tão maior do que a primeira vez que eu a vira, mas para mim ainda parecia a mesma, com a diferença clara de que estava ainda mais bonita. Jazzy era o tipo certo de criança que só de olhar já dava uma ideia de que ia dar trabalho com os garotos quando fosse uma adolescente.

   Passei alguns minutos abraçada com ela, enquanto sentia a mesma brincar com os fios do meu cabelo. Jazzy era como a parte da minha vida no final de 2012, que ainda não fora roubada pela minha melhor amiga. E, sinceramente, ela parecia estar extremamente satisfeita só comigo mesmo. Talvez, Justin devesse passar mais tempo com sua irmã para aprender certas coisas.

   Aliás, Justin felizmente não teve grandes problemas para se lembrar dos irmãos. Para falar a verdade, essa parte da memória dele não pareceu ser nem um pouco afetada, porque na primeira vez que eles se viram após o acidente, Justin os tratou da forma mais amável do mundo, parecendo completamente animado – talvez pelo efeito que crianças causam nas pessoas, em geral. Esse pequeno fato fora o que me alegrou durante alguns dias, já que eu estava achando que seria complicado para os dois pequenos entenderem a situação do irmão.

   – Tudo bem? – o tom de voz dela era tão meigo, que ainda me dava vontade de mordê-la.
   – Claro que sim... – sorri – E você, hein? Está bem?
   – Não! – a expressão dela se fechou em um biquinho – Eu não gosto de assistir a futebol...
   – Ah, mas eu vou estar lá, não vai ser tão chato assim! – ri, tentando animá-la – E você pode pedir para o seu irmão dedicar um gol para você...
   – Sério? – suspirou, parecendo mais satisfeita.

   Assim, coloquei Jazzy novamente no chão como ela queria para poder correr até o irmão. Enquanto minha princesa se apressava até Justin, eu me aproximei devagar, apenas para poder falar com Jaxon, já que era sempre bom falar com um Bieber que não tivesse desenvolvido uma extrema aversão a mim.

    – E quanto a você, hein, galã? – ri, me abaixando perto o lugar em que o loirinho estava sentado.

   Jaxon me fitou com uma expressão travessa, enquanto apenas sorria em resposta. É claro que esse comportamento tímido era só uma fachada, porque eu conheci esse garoto há tempo suficiente para ter conhecimento de todas as gracinhas que ele gostava de aprontar. Assim, comecei a fazer cócegas nele, suavemente, apenas para fazê-lo soltar-se um pouco, afinal, a risada dele era simplesmente uma das coisas mais gostosas de ouvir.

   Foi durante esses poucos minutos, que acidentalmente peguei Justin olhando para mim. Em qualquer outra época, isso seria uma ação tão simples que eu praticamente nem me importaria tanto, mas eu nem me lembrava da última vez que tinha visto aquele par de olhos cor de mel me encarando. A ciência de que ele tinha olhado para mim por um curto espaço de tempo fez com que meu corpo todo estremecesse, fazendo com que eu me sentisse naquelas férias idiotas novamente.

   Infelizmente, esse momento acabou em uma fração de segundos, já que logo quando Justin percebeu que eu o tinha pegado no flagra, desviou o olhar do meu rapidamente, voltando sua atenção total para Jazmyn. Esse tempo tão curto em que tudo ocorreu quase me fez pensar que tinha sido apenas impressão minha, mas não podia ser. Eu já tinha me acostumado a ser ignorada, então, uma ilusão dessas não seria criada a menos que eu estivesse ainda dormindo.

   – Ah, achei! – a voz de Pattie ecoou em algum lugar nas escadas – Desculpem a demora. Não estamos atrasados demais, não é?
   – Na verdade, não. – respondeu Justin – Mas temos que ir agora mesmo...

   Parecia que todos estavam animados para a tal partida de futebol, principalmente os homens, já que foram tagarelando sobre estratégias e derivados, até chegarmos à garagem. Eu, obviamente, me sentia patética por não compartilhar de toda essa animação. Aliás, eu só estava indo mesmo pela insistência de Chaz e pela presença de Jazmyn e Jaxon, porque congelar até morrer, enquanto assiste a vários homens correndo atrás de uma bola não estava entre uma das minhas preferências.

   O caminho até o clube foi meio silencioso, já que fui no carro de Jeremy, junto com as crianças e – infelizmente – Manuela, enquanto Chaz e Pattie ficaram no carro do Justin. Ainda assim, o silêncio era bem melhor do que ter que começar uma conversa falsamente amigável com a morena dissimulada sentada no banco do carona. Afinal, era o mesmo que escolher ficar sozinha em uma sala ou ficar sozinha em um ninho de cobras.
                      
   De todas as imagens que passavam pela janela do veículo, nenhuma foi melhor do que quando estacionamos. Chegar era sempre um alivio para mim, porque quando mais cedo chegávamos, mais perto estávamos da hora de ir embora. E, sinceramente, meus pensamentos ainda estavam completamente fixados em minha cama.
  
   Como todas as áreas abertas do clube não estavam em funcionamento (por que será, hein?), o jogo iria acontecer no ginásio. Assim, os meninos quase correram até o mesmo, com pressa para vestir os uniformes que haviam trazido. Não me esforcei para alcançá-los, já que o resto da minha companhia não parecia sentir também essa pressa exagerada. Ou seja, acabamos ficando para trás.

   Ao chegar ao ginásio, havia mais pessoas na arquibancada do que eu achava ser possível. Mesmo que não fosse um número grande – apenas conhecidos dos membros dos times –, para mim, foi surpreendente. E, aparentemente, Pattie parecia conhecer cada rosto presente ali, já que cumprimentava e conversava com todos, enquanto eu me limitava a observar alguns jogadores que já estavam em campo. É claro que havia alguns mais bonitos que outros, mas todos ainda pareciam tão estranhos quanto qualquer outra pessoa desconhecida.

   Acabei ficando em um lugar vazio mais próximo da quadra mesmo, afinal, parecia que todos preferiam os assentos mais altos, onde aparentava ficarem pessoas mais empolgadas. Sentada, abraçadinha com Jazzy, eu quase podia sentir minha pálpebras voltando a pesar e o sono a me dominar. Porém eu me recusava a fechar os olhos, quando Manuela estava do meu lado. Embora ela parecesse entretida com Jaxon, eu não tinha mais certeza de quando ela poderia me atacar novamente.

   – Ei! – Chaz me assustou, surgindo do nada – Resolveu ficar na frente para quê, hein? Achei que a senhorita não estava nem um pouco interessada em uma partida de futebol...
  
   Se eu não tivesse na companhia de crianças, teria mandado Chaz ir a certo lugar não tão agradável. Mas, devido à situação, me limitei a revirar os olhos para sua provocação, antes de finalmente notar o que ele estava vestindo. O uniforme do time deles era o mais bonito em comparação ao outro. Uma blusa com predominância azul, mas com detalhes em branco e um short do mesmo tom. As chuteiras não combinavam muito, mas eu duvido que algum homem se importasse com isso.

   – Eu não queria ter que dizer isso, mas você parece incrivelmente sexy nessa roupa! – disparei, ao terminar de analisá-lo – Deveria tirar uma foto e mandar para a Caitlin.  Ela iria amar...
   – Você está falando sério ou... – parei de ouvir gradativamente.

   Entrando na quadra, algo retia muito mais minha atenção do que qualquer coisa que Chaz pudesse dizer. Justin caminhava devagar ainda sem camisa, segurando-a, pronto para vestir. Eu não conseguia imaginar como ele poderia andar daquele jeito, no frio que estava fazendo, mas Justin parecia tão suficientemente quente que uma temperatura baixa era o menor de seus problemas.

   Uma cena como aquela, eu não podia ver todo dia, embora morássemos temporariamente na mesma casa. E, infelizmente, era em momentos como esse que eu o sentia mais distante de mim, como nunca. Em momentos como esse, eu lembrava que tudo aquilo que aquele garoto poderia oferecer – além das aparências, obviamente – agora pertencia a Manuela. Era nesses momentos que a raiva ardia dolorosamente dentro de mim.

   – (Seu nome), pare de babar! – orientou Chaz, em um sussurro.
   – Babar é feio! – concordou Jazzy, em meu colo, interpretando da forma literal o que havia sido dito.
   – Eu não estou babando, não, linda! – sorri para ela, tentando focar minha atenção novamente – É que o Chaz está vendo coisas demais, onde não tem nada. Isso porque fica aqui conversando conosco, enquanto já deveria estar com o time dele!
   – Já entendi... – suspirou ele, parecendo se render – O jogo já vai começar mesmo! Então, me desejam boa sorte?
   – Boa sorte! – falou Jazmyn.
   – Boa sorte! – repeti, em seguida – E tente não me envergonhar. Nem envergonhar a si mesmo!
   – Farei o melhor gol do jogo só para calar essa sua boca grande! – resmungou, antes de começar a se afastar.

   Assim, enquanto Chaz se afastava, Justin vinha falar discretamente com Manuela e também com seus irmãos, antes de afinal se juntar ao seu time. Os jogadores começaram a se colocar em suas posições e eu tentava a todo custo parar de fitar aquele garoto tão insistentemente, mas parecia impossível. Mesmo se eu fechasse os olhos, eu ainda continuaria imaginando-o, apenas para satisfazer um pouco da minha vontade. Mas, ainda assim, eu tinha consciência de que o garoto retinha não só o meu olhar, mas também da morena ao meu lado. E esse parecia interessar-lhe bem mais...

   Começou a partida.
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Capítulo 4, minhas amoras... E atrasada como sempre, né? Ai, que vergonha!

   Então, perceberam que o clima nesse capítulo tá um pouquinho menos deprê, porém nostálgico. hahahahha Jeremy, Jaxon e Jazmyn na casa do Justin no Canadá? Lembra alguma coisa? hahahah
   O capítulo de hoje é dedicado para a minha linda, Evely, que fez aniversário ontem. Eu juro que tentei postar o capítulo ontem para dar parabéns por aqui, porém eu expliquei no twitter o desastre que aconteceu com meu computador, então... Mas, parabéns de novo, Evely. Tudo de mega ótimo para você, minha linda! Que chova sonhos cheio de swag na sua vida. :)
  
   Por hoje, é isso!

(A imagem do capítulo é da Luiza)
 
    

7 comentários:

  1. Juuuu, tá perfeito.. por favor não demora a postar :3 @takeyoujust3n/ viic

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  2. meu deus! O Justin e ela estao (meio) que começando a se notarem , ae siiiim u.u awnnnn! CONTINUA , e plmdds nao demora pra postar mesmo pq viciaaa sua IB haha

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  3. o justin tem que agora notar mais ela e para de dar atençao pra manuela

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  4. posso estar mais lerda que o nnormla maais aindaa continuo vviajando sem entender nada, as vezes ate vem uns fatoss pra serem pensados mas nd tao importante enfim...continua logo pq o lerdo do justin ta 'me notando' finalmente hehehe bjuus amoraa ate a proxima e pfv ve se nao demora
    @BiebasMyPride

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  5. CONTINUA LOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

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  6. Carol (@JustinBaldwin)14 de abril de 2013 às 19:56

    To me atualizando um pouquinho hj... acho q vai dar p ler uns 3...

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