16 janeiro 2013

3. You Make Me Love You - Capítulo 45



Pré-morte


Belieber's POV


  
Me revirei na cama, inquieta. Aquilo era apenas reflexo da péssima noite passada, quando eu mal conseguira dormir. Eu não relaxara durante todo o tempo que deveria ser um período de sono. Embora não tivesse qualquer motivo aparente, a insônia não ia embora de jeito nenhum. Nem mesmo a respiração pausada de Justin batendo suavemente em minha nuca era capaz de me fazer adormecer.

   Ainda não passava de 8h, quando decidi afinal desistir de tentar dormir e me levantar. Senti o corpo todo protestar ao me colocar sentada sobre a cama. Eu definitivamente não estava muito bem, fisicamente, mas não existia causa aparente.

   Sai do quarto e me dirigi até o meu cômodo. Ele ainda parecia bastante bagunçado, como eu o havia deixado na última noite. A cama estava desarrumada e o pote de sorvete – agora completamente líquido - estava abandonado sobre a mesa de cabeceira. A falta de organização excessiva costumava me desagradar, mas eu não estava nem em condições de me sentir desconfortável.

   Sem ânimo para ficar por muito tempo ali, peguei uma roupa – possivelmente uma das mais folgadas que eu tinha – e me dirigi ao banheiro. Eu tinha esperanças que um longo e demorado banho me faria relaxar.

   Me livrei do pijama e entrei no boxe rapidamente. Liguei o chuveiro gradativamente, esperando chegar à temperatura ideal da água. Ao afinal conseguir, deixei que as gotas levemente quentes caíssem sobre meu corpo, provocando uma leve sensação de relaxamento dos músculos. A água passava pelos fios do meu cabelo, me deixando com a impressão de que a minha visão parara de girar por alguns minutos, mas era só impressão. Eu ainda me senti tonta de dor e esta parecia aumentar mais a cada suspiro.

   Desliguei o chuveiro ao perceber que nem aquilo daria certo. Sequei meu corpo e cabelo rapidamente, antes de me vestir e pentear a madeixa fios de forma desajeitada e descuidada. Embora eu quisesse ficar arrumada em casa, não havia paciência no mundo que me permitiria fazer isso naquela situação.

   Ao sair do banheiro, ignorei completamente a cama bagunçada e me limitei a retirar o pote de sorvete derretido de cima da mesa de cabeceira, levando-o comigo para o andar de baixo. Dava até pena ver a minha felicidade completamente líquida e não tão gelada quanto antes. E parecia ainda pior, quando eu percebia que estava me lamentando por conta de um sorvete –que nem calda tinha.

   Como era de se esperar, Lucas ainda não havia acordado e o primeiro andar estava quase completamente quieto, enquanto eu me dirigia até a cozinha. Eu não estava com qualquer vontade de comer alguma coisa e muito menos de pensar em preparar algo. Assim, joguei o pequeno pote no lixo e me encostei à parede mais próxima, sem a mesma disposição para permanecer em pé, sem apoio.

   Meu corpo deslizou um pouco pela parede lisa e eu conclui que em breve estaria jogada no chão, choramingando o meu estado de pré-morte. Era o que provavelmente teria acontecido se Justin não tivesse aparecido de surpresa, entrando na cozinha, fazendo barulho e me assustando mais do que era realmente necessário.

   Eu não consegui sequer fingir uma animação simplória, quando ele me abraçou depressa. Precisei berrar, advertindo-o, quando notei que meu namorado desavisado estava prestes a tirar meus pés do chão e rodopiar comigo no ar. Definitivamente, não era uma das melhores coisas que ele poderia fazer no momento.

   - Ei, qual o problema? – perguntou, se afastando um pouco com a expressão levemente preocupada.
   - O problema, Justin, é que eu sou uma garota, eu não tenho um pênis e eu me sinto naturalmente atraída por machos da minha espécie. Está feliz? – retruquei, nem um pouco paciente com a sua falta de sensibilidade.
  
   Esperava que o idiota ainda me respondesse qualquer coisa que pudesse me fazer esquecer seu deslize anterior, mas minha esperança foi em vão. Justin se limitou a olhar para o teto com a expressão vazia. Ele soltou ainda um pequeno suspiro, antes de sussurrar de forma quase inaudível:

   - Querido Deus, por favor, me dê forças para atravessar mais esse difícil momento em minha vida. Eu sei que o Senhor pode me ajudar em mais esse período, assim como tem feito durante esses últimos anos. Muito obrigado por tudo, Senhor!

   Observei, muda, enquanto ele parecia bastante sério em suas palavras. Decidi não atrapalhar e controlar a impaciência, até que ele afinal voltasse sua atenção para mim. Eu apenas esqueci que meu namorado era esperto o suficiente para agir antes que eu o matasse e, foi exatamente assim que ele me abraçou de forma protetora, quando eu já me preparava para reclamar da sua atitude desagradável.

   - Já tomou um remédio? – indagou, suspirando em meu ouvido.
   - Remédio para quê? Não adianta! Melhor aceitar o fato de que eu irei morrer. – dramatizei. – Eu não sei exatamente quando vai acontecer, mas em todo caso, lembre-se que eu te amo, ok? Ah, e por favor, avise aos meus pais!
   - Menos, (Seu Nome), menos. – pediu Justin e eu senti que ele abafava uma leve risada. – Vamos do começo, ok? O que você acha de um chocolate para o café da manhã?
   - Chocolate, Justin, chocolate? – me afastei dele depressa, sem acreditar em suas palavras – Quer me deixar mais gorda e inchada do que eu já estou, Justin? É isso? Pode falar. Admita! Você quer acabar com o meu corpo para poder me abandonar e me deixar sozinha, velha, gorda e com vinte gatos de estimação para cuidar...
   - Primeiro, eu não vou te abandonar, princesa! – houve um leve suspiro entre suas falas, um perfeito sinal de que sua paciência estava começando a falhar. – E, segundo, você não está gorda, (Seu Nome)...
   - Não estou gorda? – repeti suas palavras, fitando-o profundamente. – Você anda mentindo com tanta integridade assim? Justin, eu estou tão gorda que devo estar grávida! É, só pode ser isso, eu estou grávida e meu filho está prestes a nascer...
  
   Houve um silêncio, enquanto eu tentava analisar minhas palavras. Gravidez poderia ser uma boa possibilidade àquela altura do campeonato. Mas nem todos pareciam concordar. Justin encostou levemente o rosto na parede e mordeu o lábio inferior. Eu podia quase vê-lo tremer, enquanto se controlava para não rir. Rir de mim, que fique claro. Se algo acontecer, está claramente comprovado que ele não teve amor à própria vida.

   - Amor da minha vida, grávidas não menstruam... – me informou, voltando a virar-se para mim.
   - Então, isso não é normal? Ótimo, Justin! Estou possivelmente perdendo nosso bebê e você fica com essa cara de pamonha sem fazer nada...
   - Você fala com uma integridade que até me faz acreditar. – Justin revirou os olhos, como se considerasse aquilo irrelevante. – Quase me faz esquecer de que já faz uns vinte milênios desde que você começou uma possível greve de sexo.

   Greve de sexo?

   Respirei fundo. Eu não estava a fim de chutar ninguém e depois me arrepender, então precisei de um minuto para pensar em algo aceitável, mas que pudesse estar à altura da idiotice do meu namorado insensível.

   - Bom, parece que talvez eu deva falar com o Lucas, afinal... – provoquei
   Justin congelou no lugar em que estava. Aparentemente, eu havia alcançado meu objetivo. Minhas palavras pareciam ter surtido tanto efeito ao serem ouvidas, que ele sequer lembrou a minha presencia ali e começou a sussurrar uns palavrões consigo mesmo. A pele dele parecia ficar realmente vermelha, quando ele se virou, dando as costas para mim e se preparando para sair da cozinha.
   - Ei, aonde você vai? – perguntei, surpresa.
   - Vou colocar aquele imbecil para fora da minha casa, se é que você me permite...
   Antes que aquilo acabasse provocando um estrago, agarrei Justin por trás. De inicio, ele pareceu mais relutante do que eu esperava. Dava para sentir seus músculos rígidos sobre a camiseta e, sinceramente, eu não conseguir decidir se isso era bom ou ruim. Fiquei agarrada a ele durante um curto espaço de tempo e mesmo assim, ele não se moveu, apenas soltou um suspiro e eu notei que talvez eu tivesse pegado um pouco pesado demais.

   - Ei, é brincadeira, bobo! – sussurrei, descansando a cabeça em suas costas. – Já cansei de falar isso, mas... Você e eu para sempre, lembra? Cuida de mim!
  
   O meu drama teria parecido piegas demais, se ele não tivesse prestado o mínimo de atenção, mas felizmente Justin se importava demais para me ignorar. Impedindo-me de continuar a me lamentar, ele me pegou no colo facilmente. Deitei a cabeça em seu ombro, enquanto ele me levava até a sala, colocando-me no sofá, sem fazer nenhum esforço notável.
 
   - Tem certeza que não quer comer nada? – perguntou, sentando-se ao meu lado, completamente voltado para mim.
   - Não. – menti. – Eu quero só você. Isso basta!

   Puxei-o delicadamente para mais perto de mim e o abracei, enterrando o rosto em sua camisa. Eu tinha a ilusão de que ficar mais próxima dele pudesse me distrair da dor, como acontecia em todos os casos, mas eu estava sendo estupidamente enganada pelo meu próprio corpo.

   - Odeio te ver assim! – as palavras de Justin soaram acolhedoras em meu ouvido. – Quero dizer... Se você estivesse bem, eu poderia te espancar por ter dito aquilo há alguns minutos atrás!

   Franzi o cenho, insatisfeita. Em silêncio, calculei as possibilidades de retrucar aquelas palavras de forma física, mas eu não conseguiria nem em condições normais, quanto mais na de pré-morte. Ainda com essa consciência, me afastei dele sugestivamente, apenas para encará-lo. Por alguma razão, não fiquei surpresa ao notar sua expressão divertida. Eu já deveria sabe a pretensão máxima por trás de cada ação sua.

   - Idiota! – resmunguei.
   - Com toda certeza.

   Justin riu, antes de começar a beijar o meu rosto repetidas vezes. Ele continuou, em uma tentativa estúpida de me perturbar, até que estivéssemos quase deitados sobre o sofá, enquanto eu permanecia tentando afastá-lo de mim. Embora eu sentisse a necessidade de lhe dar um soco que o faria voar para longe, uma parte de mim considerava a ideia de que eu só estava chateada principalmente pela dor, então, descontar nele seria um erro.

   Porém, já estava cansada de controlar minha frustração, quando ele surpreendentemente parou onde eu menos esperava e onde mais era necessário. Seus lábios pararam sobre os meus, começando em um selinho que se transformou rápido em um beijo calmo e capaz de tirar o meu fôlego, apenas pelas circunstâncias. Aquela sensação poderia facilmente minimizar qualquer outra. Eu mal conseguia sentir o resto do meu corpo, enquanto os lábios do meu príncipe estavam em contato com os meus.

   Suas mãos deslizaram por minha nuca e eu me arrepiei involuntariamente. Deixei que a falta de um espaço mínimo entre nós me distraísse de qualquer coisa que não tivesse qualquer relação com Justin. Eu estava obtendo resultados satisfatórios, quando o peso acima de mim se deslocou e, então, com uma suave mordida no meu lábio inferior, meu namorado se afastou. Apesar disso, seus olhos ainda continuavam presos aos meus, fazendo com que eu me questionasse mentalmente se minha expressão demonstrava muita vontade de continuar. Possivelmente, a resposta seria positiva.

   - Ei, por que parou? – suspirei. – Seu beijo faz a dor passar...
   - Sério? – suas sobrancelhas se arquearam, formando uma expressão surpresa.
   - Não, mas eu falo qualquer coisa que você queria, caso isso te leve a continuar! – ri, sem graça.
   - É bom ouvir isso! – Justin sorriu, convencido. – Mas eu volto já, ok? Espere aí!

   Antes que eu pudesse contestar ou choramingar para que ele não saísse dali, Justin já estava fora de meu alcance. Resmunguei para o vento, completamente insatisfeita. Eu não estava com a menor vontade e instabilidade para ficar sozinha naquele dia e, então, como se a cólica do além não bastasse, eu ainda era obrigada a aturar um namorado desalmado e cruel, que acha que pode me abandonar em momentos de maior necessidade.

   Me revirei no sofá, deitando encolhida. Precisei me mover no mínimo vinte vezes para conseguir achar uma posição que não me desse a sensação de que poderia parir um hipopótamo a qualquer instante. Somente ao ficar quase contorcida, me senti confortável o suficiente para não morrer.

   Fiquei quieta durante boa parte do tempo, fitando o estofado do sofá e tentando não pensar em nada coerente. Já estava conseguindo me sentir dopada pelo ócio a ponto de fazer minhas pálpebras pesarem. Animei-me com a possibilidade de dormir. Pelo menos aquilo faria o dia parecer passar mais rápido do que o necessário.

   - Voltei!

  O berro de Justin fez com que o móvel abaixo de mim estremecesse e eu precisei me segurar para não cair do mesmo, com o susto. Não tenho certeza se era mesmo choro, mas uma lágrima inevitável caiu, quando eu notei o quão inconveniente meu namorado era. Que tipo de ser horrivelmente estúpido e imbecil vai embora, quando deveria ficar e aparece, quando deveria estar ausente?

   - Morra, Justin! – retruquei, afundando o rosto no sofá mais uma vez.

   Indiferente às minhas palavras, ele se sentou perto de mim. Podia ouvir o som de ele mexendo em alguma coisa, mas eu estava rancorosa demais para destinar-lhe um pouco de atenção. Deixei que ele fizesse o que quisesse ao meu lado, enquanto me concentrava para voltar à inconsciência. Não tive sucesso.
   Meu cabelo foi acariciado suavemente e, então, algo quente tocou minha pele bem na região onde anteriormente meu possível filho hipopótamo estava se revirando dentro de mim. Me desesperei, de início, afinal, o que meu corpo mais poderia fazer comigo? Explodir?

   Me endireitei no sofá, pronta para voltar a olhar para Justin e lá estava ele. Os olhinhos repletos de preocupação não ocultavam o tímido sorriso em seus lábios. Ele mantinha uma compressa de água quente envolta em uma pequena toalha apoiada em mim. Essa pequena atitude fez com que toneladas de culpa se apoiassem em mim. Como eu poderia ser tão desalmada a ponto de querer matar um ser perfeito como esse?

   - Eu te perguntei ontem se você é real, não foi? – suspirei. – Esqueça! Eu já sei a resposta...
   - Deixa de ser boba, (Seu Nome)! – Justin revirou os olhos, descrente às minhas palavras – Eu estou bem aqui. Mais real que isso, impossível...
   - Como você pode saber dessas coisas, hein? Como você pode ser idiota 90% do tempo e depois completamente perfeito nos outros 10%? É estratégia para que eu não te mate, é isso?
   - Primeiro, eu nunca pensei dessa forma, mas seria uma boa estratégia. – ele sorriu sugestivamente. – E, segundo, princesa, eu tenho uma mãe e também já tive ex-namoradas. Estou mais acostumado a lidar com isso do que você imagina...
   - Justin... Eu acho muito amável sua atitude e tudo, mas... – fiz uma pausa para respirar fundo – Você não precisava jogar suas ex-namoradas na minha cara, sabia? Agradeço muito se você parar!
   - Exagerada! – cantarolou, me provocando.

   Dei de ombros, sem capacidade suficiente para achar um argumento que pudesse discordar da verdade. Tentei desviar minha atenção do meu namorado, apenas para não demonstrar submissão, afinal, eu não podia concordar com um adjetivo desses. Mas se ele podia ficar irritado, quando eu falava no Lucas, eu também tinha total direito de desaprovar que ele mencionasse as namoradinhas na minha presença.

   Parei de pensar em coisas negativas, no exato momento em que Justin se remexeu no sofá, deitando no mínimo espaço atrás de mim. Ele me abraçou, certificando-se de não deslocar a compressa do lugar, enquanto fazia isso. A minha situação atual fazia parecer que a dor mortal de minutos atrás fosse o acidente mais banal possível.

   A voz de Justin soou no meu ouvido, baixa e calma. Eu não conseguia distinguir se ele estava falando alguma coisa comigo ou simplesmente cantarolando para si mesmo, mas era mais fácil crer na primeira opção. Nem por isso fiz esforço para compreender. Meus pensamentos e percepção começaram a se embaralhar, enquanto o rosto do meu namorado alisava meus cabelos, provocando uma sensação agradável. A última coisa da qual foi possível recordar fora seus lábios encostando-se ao meu pescoço e depois a inconsciência me atingiu completamente.

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Capítulo 45, princesas!
Sim, voltei! :)
  Minhas provas acabaram, amores, e eu provavelmente voltei para ficar. Vou tentar voltar a postar regularmente todos os dias. Devo trazer algumas novidades para cá (provavelmente, ok?). Mudar o design (capa, fundo, tudo!) quando terminarmos essa temporada. E devo parar de trollar vocês (hahahahaha, má experiências com isso).
   Mas, enfim, eu estou de volta. Sei que o capítulo está capenguérrimo, mas deem um desconto. Sempre que eu fico muito tempo sem escrever, poim, dá nisso :c Porém, melhoras serão providenciadas!
   Por hoje é só, lindas :)
   Espero que gostem do capítulo...

7 comentários:

  1. lindooo, justin super atencioso awnawn

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  2. TA PERFEITO, CONTINUA SUA DIVA! MDS, JUSTIN, COMO PODE SER TÃO FOFO? PLMDDS
    Enfim, nao sei mais o que comentar jsdaksjksdçads continua logo, pfvr! bjs gatinha essioids

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  3. Awn linda, ainda bem q vc tá de volta! Serio, não aguentava mais um dia de abstinência! kkkk "capenguérrimo"? Como assim? babei quando li " dopada pelo ócio" kkk Tá lindo o cap. baby! *-*
    Torço pela "rotina" de um cap por dia!
    Bjs!

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  4. aaaawm *---*

    aeee voltei volteei haha.. e vc tambeeem aaaa :D
    o capitulo n ta nada de capenga u.u ta lindo e eu..eu amei *--*
    mds..tava com saudade disso ;)
    esperando o proximo aqui :)
    beeijo

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  5. hahaha maaiis perfeiito que isso imposivel Juh maiis enfiim axo super super fofo ver oo Juss cuidando de 'miim' ele eh taao taao perfeiito maiis n eh novidade certo? certo entao eh isso continuaa logoo ate o proximo cap e n demora pra postar nao taa bjjs diivaa
    @BiebasMyPride

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