28 outubro 2012

3. You Make Me Love You - Capítulo 14



Frio



Belieber's POV


   
O barulho de vidro se quebrando ecoou pelo quarto, me fazendo acordar assustada. Um cheiro fortemente doce tomou o ambiente, enquanto eu notava Justin atrapalhado com cacos de vidro no chão e... Espera! O quê?

     Precisei de um segundo para me recompor, enquanto tentava entender se eu realmente estava vendo aquilo ou ainda era algum tipo de sonho maluco. E, feliz ou infelizmente, era tão real e tangível quanto os últimos dias. Assim, apenas aproveitei para continuar observando, enquanto meu namorado(?) continuava a arrumar a bagunça que havia feito, sem perceber que eu já havia acordado.

      - Bom dia! – falei, chamando sua atenção.
      - Ei, você acordou! – ele constatou o óbvio, parecendo meio inseguro.
      - O que aconteceu?
      - Eu não fiz nada! – respondeu, de imediato. – Ele caiu sozinho...
      - Sem problemas. Esse era só o meu perfume preferido, que você me deu há algum tempo! – suspirei.
      - Eu posso comprar outro...
      - Sei que pode!

       A expressão de Justin ficou mais preocupada e séria, enquanto ele, rapidamente, largava os cacos que recolhera em cima da mesa de cabeceira e vinha se sentar ao meu lado na cama. Eu não disse uma só palavra. Aliás, nem me movi, quando seu braço contornou o meu corpo e ele me abraçou de lado.

      - Eu te amo! – sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar.
      - Quando você chegou aqui? – ignorei sua declaração, sem disposição para discutir relacionamento.
      - Sei lá. Talvez às 13h... – pelo tom de voz dava para notar que ele não gostara da minha troca de assunto. – Eu não tinha nada para fazer e queria te ver, então Demetria me arranjou uma cópia da sua chave!
      - Nossa, que legal da parte dela! – ironizei. – Espera! Você disse que chegou aqui às 13h... Que horas são?
      - São 15h30... – informou, após olhar o relógio de pulso.
      - O quê? Ah, meu Deus!

      Pulei da cama, pelo outro lado – para não pisar em vidros ou líquidos cheirosos –, antes correr para achar uma roupa decente para usar.

      - O que foi? – perguntou Justin ainda sentando na cama, me observando.
      - Simples! Eu tenho um show essa noite, são quase quatro horas da tarde e eu ainda estava na cama a essa hora. Tem noção do que isso significa?
      - Quer ajuda?
      - Não! –berrei, antes de bater a porta do banheiro.

      Eu realmente não sabia qual era o meu problema. De uma maneira ou de outra, eu quase sempre acabava me enrolando em dias de show. E, como era de se esperar, dessa vez eu acordei tarde demais simplesmente por ter ficado a noite inteira acordada, pensando no Justin, igual uma idiota. O pior é que agora ele está aqui e... Nada.

      Apenas durante o meu banho, pude contar que me chamei de idiota umas 2.678 vezes. Afinal, será que era tão difícil assim falar a verdade? Algo como “eu te amo muito mais” ou “você não tem ideia de como sentir sua falta” serviriam muito bem, mas minha boca evitava dizê-las por um motivo que eu não conhecia.

       Só percebi que realmente estava começando a perder tempo embaixo d’água, quando comecei a cantarolar baixinho musiquinhas tristes da Adele. Fundo do poço é onde estou?

       Após desligar o chuveiro, quase como milagre, consegui me vestir, secar e pentear o cabelo e ainda arrumar a minha bagunça em tempo recorde. Assim, saí do banheiro, com mais pressa do que entrei. Parecia que tudo estava conspirando contra mim, principalmente o relógio que indicava que já passava das 16h30.

       Peguei, rapidamente, o meu celular em cima da mesa de cabeceira e disquei o número da Demi, esperando que ela não demorasse muito a atender, mas demorou. Tive que tentar pela terceira até conseguir.

      - (Seu Nome), onde você está? – perguntou, parecendo ofegante.
      - Hã... No hotel ainda! – respondi sem-graça. – E você?
      - Que tal “no lugar onde você deveria estar”? – falou, cheia de ironia. – (Seu Nome), tem um carro esperando por você, já faz bastante tempo na verdade, mas ainda deve estar aí na porta do hotel. Eu ia te esperar, mas rolou um mal-entendido e eu não pude esperar, ok? À propósito, não demora! Eu tenho que desligar agora. Beijos...

       Ela nem esperou a minha resposta, antes de encerrar a ligação.

       - Justin, eu estou indo agora... – informei, pegando a minha mochila jogada no chão.
       - Como assim “eu”? – perguntou, antes de parar de mexer nas minhas gavetas. – Não vai me chamar para ir com você? Não é por isso que estou aqui?
       - Claro! – suspirei – Vamos...

       Justin caminhou até mim, com pressa e, assim passei pela porta, ele segurou minha mão, me acompanhando pelo corredor. Tentei não demonstrar, mas aquilo estava me matando. Por algum estranho motivo, eu me sentia muito culpada. Em outras palavras, eu estava me sentindo exatamente como me sentia quando começamos a namorar: como se eu nunca fosse ser o suficiente para ele.

      Ainda assim, ele não soltou a minha mão até chegarmos ao carro, onde ele apenas passou o braço pela minha cintura, enquanto eu pedia desculpas ao motorista.

     Durante todo o longo percurso, permaneci intranquila, enquanto Justin não ousara se afastar nem um milímetro de mim. Parecia que o meu silêncio seguro começava a me sufocar, fazendo com que eu me sentisse extremamente fraca e previsível.

     - Justin... – sussurrei, com a voz trêmula de desespero.
     - O quê?
     - Desculpa...

      Felizmente, assim como eu esperava, ele não me respondeu, apenas pressionou o meu corpo para mais perto, enquanto eu deitava a minha cabeça em seu ombro.
 
      Odiava me sentir confusa. Parecia que quanto mais confusa eu ficava, mais magoava as pessoas ao meu redor. De uma forma ou de outra, nesses casos, alguém sempre saia perdendo por minha causa, obviamente. Argh, sou uma idiota!

       - Nós já chegamos! – informou Justin, ao perceber que eu não me movi, quando o carro estacionou.

       Assenti, antes de finalmente abrir a porta e sair, agradecendo ao motorista.
  
        Minutos depois, eu já estava no backstage, ficando surda com os gritos lá fora, enquanto corria feito louca para arrumar o meu figurino e maquiagem, ainda nervosa por saber que os olhos de Justin estavam sobre mim em tudo o que eu fazia. Não que isso fosse ruim. Eu gostava do jeito que ele olhava para mim. Era sempre o mesmo, não importava se eu estava  super produzida para um show ou descabelada por acabar de acordar. Era sempre o mesmo e isso me matava por dentro.

        - (Seu Nome), você já está pronta? – a voz de Demetria ecoou pela sala, quando ela entreabriu a porta.
        - Quase! – suspirei. – Já estou indo...
       
      Demetria fechou a porta, deixando-nos sozinhos novamente. Justin ainda estava largado no pequeno sofá, olhando para mim, quando finalmente tomei coragem para me dirigir diretamente a ele.

      - Então, eu estou bonita? – perguntei, sorrindo.
      - As estrelas teriam vergonha de aparecer hoje à noite se te vissem assim... – respondeu da forma mais doce possível, antes de se levantar.
      - Então, eu acho que já vou... Me deseja boa sorte?
      - Claro...

    Foram necessários apenas alguns segundos para que Justin me puxasse para perto e roubasse um beijo de me fazer delirar. Não era quente. Na verdade, pelo contrário, completamente doce e... Nostálgico. Não era bem essa palavra que eu usava para descrever momentos como esse, mas caiu perfeitamente bem nessa situação.

    Eu estava aproveitando cada segundo daquela amostra grátis do paraíso, quando senti a primeira lágrima começar a deslizar pelo meu rosto. Rapidamente, me afastei quase, sem querer, lançando-o no sofá novamente.

    - Melhor eu ir, né? – falei, secando o rosto com a ponta dos dedos para não borra a maquiagem, embora fosse à prova d’água.
    - Espera! Por que você está chorando? Foi tão ruim assim? – ele se aproximou, mais uma vez.
    - Justin, não é isso e você sabe... É complicado! Melhor conversarmos depois!
    - Ei, eu te...
    - Não diga isso! Não diga... – interrompi. – Eu também, mas... É melhor deixarmos para depois!

     Justin assentiu, antes de se dispor para me acompanhar até a entrada do palco. Isso não ajudou muito, mas era melhor do que discutir.

     Fiquei escutando os gritos do lado de fora por um minuto, enquanto ajustava o microfone, preparando-me para entrar. Já me sentia pronta, quando Justin apertou minha mão forte e depois soltou, sorrindo. E foi nesse momento que eu percebi que já não dava mais, mas ignorei minhas conclusões e segui para a confortável gritaria.
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Capítulo 14 ~purpurina~
Hahahahaha, então, é isso, girls!
Espero que gostem e eu não posso falar muito hoje, porque eu tenho que sair daqui :c
Enfim, boa noite!

(A imagem do post é da Corinna)  

4 comentários:

  1. porque ela ta tao estranha (e apavorada??)??

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  2. Nossa cara. To com pena do Justin. Ele chega todo fofinho e ela fria demais :/. E concordo com a menina ai de cima, pq ela ta tao apavorada ? Parece que ele se arrepende de algo ... Enfim , continua .... @iJubswag

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  3. aaaah eles não vão terminar né? tipo ele é muito fofo, e aai da uma dor no coração :(

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