3. You Make Me Love You - Capítulo 11

Namorado

Belieber's POV


   Havia um zumbido chato nos meus ouvidos, quando me acordei. Não tinha, de fato, nada barulhento no meu quarto de hotel. O som era provavelmente invenção da minha cabeça, que doía como nunca.

   Me sentei na cama, sentindo-me extremamente desconfortável por estar vestindo uma calça jeans. Respirei fundo, tentando fazer meu cérebro parar de tentar explodir, enquanto olhava o relógio na mesa de cabeceira, indicando que já passara do meio-dia.

    Assim, deslizei minha mão até a primeira gaveta e, após vasculhar um pouco achei o comprimido pelo qual procurava. Me levantei, ainda zonza e, caminhei até o pequeno frigobar do outro lado do quarto, pegando uma garrafa d’água para acompanhar o remédio. Peguei também uma daquelas barrinhas de cereal, apenas para não ficar com o estômago vazio, porque não sentia nem um pouco de fome.

   Voltei para a cama, logo que acabei de comer e tomar o remédio. Seria mais um dia que eu provavelmente passaria todo no quarto,me lamentando e desejando não existir. Felizmente, como havia tido o show ontem, eu ficara com o dia livre hoje, o que era reconfortante. Só esperava que ninguém viesse me chamar para qualquer coisa que fosse. Eu, definitivamente, não estava a fim de sair hoje.

   Eu estava voltando a me acomodar na cama, quase caindo no sono, quando notei meu celular vibrando, entre os lençóis. Peguei, cuidadosamente, e notei a mensagem de Justin, enviada há algumas horas atrás.

   “ Desculpa! Eu havia esquecido do show dessa noite.
 Eu não queria te deixar nervosa, mas eu realmente não gosto do jeito que ele te olha.
 Quero dizer... Você é minha namorada. Ele sabe disso?
 Em todo caso, sinto muito!”

    Soquei o travesseiro, logo que terminei de ler aquilo. O fato de ele tentar se desculpar só me deixava mais irritada, ainda mais considerando que ele estava fazendo isso por mensagens. Preferia mil vezes que Justin esperasse chegar aqui, para só então se pronunciar sobre a discussão – isso se ele ainda viesse para cá.

   “Eu realmente não estou com vontade de discutir agora...”

    Enviei essa mensagem segundos depois. Tinha total consciência que aquela resposta não era exatamente o que ele desejava, mas eu não estava com cabeça para mentir que estava tudo bem. Por mais que eu não gostasse disso, ainda estava irritada e frustrada, então, não seria uma simples mensagem que me faria mudar de ideia.

     Passaram-se apenas alguns poucos minutos, antes que eu recebesse uma resposta bem oposta ao que eu havia escrito.

     “Eu te amo...”

      Suspirei, resistindo à vontade de responder o mesmo.   Não dava para descrever a confusão dentro de mim. É simplesmente óbvio que eu amo o Justin, mas, ao mesmo tempo, sinto um ódio profundo dele apenas por me fazer amá-lo tão cegamente. Poxa, que maldade da parte dele!

      Larguei o celular em cima da cama, novamente e peguei o controle da televisão, ligando-a. Não tinha ideia do canal em que estava, mas passava um filme aparentemente velho. Os atores falavam em francês, então tive que me esforçar para captar expressões conhecidas como “Je t’aime” ou “Tu es tout pour moi”. Ainda assim, não parecia ser tão bom, já que senti o sono começar a voltar, minutos depois...

                                                                           ***

     Senti alguém respirar no meu ouvido, antes que lábios tocassem minha bochecha. Não estava com muita vontade de abrir os olhos, mas o fiz, apenas para contemplar a pessoa que estava ao meu lado, na cama. Eu já tinha minhas suspeitas de quem era, então, não pude evitar sorrir, enquanto me virava para...

     - Cody? – sussurrei, tentando esconder o espanto.
     - Quem você esperava? O Brad Pitt? – ele riu, brincando. – Se sim, desculpa te decepcionar...
     - Não estou decepcionada... Só surpresa! – tentei organizar bem as palavras, antes de soltar minhas perguntas. – O que você está fazendo aqui?
     - Você me pediu para dormir com você... Não lembra? Nós estávamos vendo um desses filmes de romance que você gosta e, quando acabou, você não quis me deixar ir embora, então... Aqui estou!
     - Ah, é... Eu lembro! – menti.

     Assim, enquanto tentava acabar com o meu lapso de memória, Cody me abraçou, juntando nossos corpos. Embora fosse uma sensação boa, logo a substituí pelo desespero, quando um pensamento novo me atingiu, deixando-me com medo de insistir na próxima pergunta...

    - Cody... – comecei.
    - Pode falar, amor!
    - E o Justin? – perguntei, ignorando propositalmente a última palavra dele.
    - De novo isso? – a expressão dele pareceu chateada, mas ele ainda sorria.
    - De novo o quê? – perguntei, confusa.
   - Você sempre pergunta isso! – Cody riu, passando os dedos pelo meu cabelo. – Bom, para você saber, ele provavelmente está com a Selena agora...
   - O quê? Por quê? – berrei, me afastando dele.
   - Como assim por quê? Ele voltou com ela, quando você terminou o namoro, lembra? – houve uma pausa, enquanto ele analisava minha expressão. – (Seu Nome), você está bem?
   
      Não respondi. Eu estava em choque demais para conseguir fazer qualquer palavra sair de minha garganta. Aliás, o que estava acontecendo, afinal? E, principalmente, que história maluca é essa de que eu terminei com o Justin?

      - Eu estou confusa... – admiti.
      - Claro que está. Afinal, você sempre se preocupa com essas coisas bobas. – o loiro riu, como se não desse importância. – Vamos esquecer isso, ok?

      E, quando eu pensei que a realidade maluca não poderia ficar pior, Cody preparou-se para me beijar. Sua mão deslizava por meu rosto, como se ele quisesse me tranquilizar, mas apenas estava obtendo o efeito contrário. Em uma descarga de adrenalina, me afastei dele, saltando da cama, o mais rápido que pude.

       - Fica longe de mim! – falei, tentando não parecer tão assustada quanto realmente estava.
       - O quê? (Seu Nome), o que foi? Eu sou seu namorado, como você espera que eu fique longe de você?
       - Você não é meu namorado! – afirmei, com certeza.
      
        Meu coração disparou assustado, enquanto Cody se levantava da cama e caminhava, paciente, até mim. Desejei berrar, mas não consegui.  Assim, apenas corri para fora do quarto, fechando a porta, em seguida. Aquilo estava estranha demais para eu entender como realidade. Era maluquice, não poderia estar acontecendo...
 
        Através da porta, dava para ouvir o loiro chamar meu nome. A voz estava coberta de preocupação, mas eu não me importava. Fechei os olhos, com força, desejando sumir. Tentar entender o que estava acontecendo fazia meu coração doer e me deixava com dificuldade para respirar. Muita mesmo.

        Acordei, no susto.

        Eu ainda estava no meu quarto, sozinha. Minha respiração era ofegante, enquanto eu notava que havia acabado dormido de bruços e o travesseiro me atrapalhava a respirar normalmente. Mas, apesar disso, não havia uma explicação lógica para a dor que eu estava sentindo, nem para as lágrimas que se acumulavam no canto dos meus olhos. Nunca achei que sentiria falta da época em que meus pesadelos se resumiam a monstros debaixo da cama...

        Droga!
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Voltei, mesninas (:
   E... A IB está NOT COOL! É, eu sei! Eu estou perdida... Sabe aquela impressão básica de que a história não está caminhando como você queria? Pois é... Eu escrevo o capítulo, olhando de 5 em 5 minutos o calendário da terceira temporada. Mas eu vou me ajeitar aqui, ok? (:
  Enfim, um comentário aqui e talvez eu poste o capítulo 12 ainda hoje!
  Mas, o importante é... Irei dedicar esse capítulo (awn, quanto tempo não faço isso!). Enfim, vou dedicá-lo para a Luh (bobona, mas minha!), para a Maria (a mina que surta tão fofamente no twitter com a IB, awn, LINDA!) e para a Lari (awn, porque eu tava com saudades dela, de saber o user dela e de tudo haha)...

   Enfim, talvez eu volte daqui a pouco (e aí explicarei como ficarão os posts na próxima semana!)

(A imagem do capítulo é da ClairedaLune)