22 outubro 2013

4. You Make Me Love You - Capítulo 23




 Seus erros



Música do capítulo: If I were a boy - Beyoncé
Belieber's POV
    Minha ficha demorou a cair quando me vi diante do portão de aspecto fino da enorme casa de Justin que anunciava que tínhamos chegado ao meu destino final e que eu tinha que começar a me despedir das maravilhosas horas que eu tivera com Cory. Já estávamos no final da tarde e eu podia sentir o brilho do meu dia indo embora junto com o sol, que insistia em se dirigir até as montanhas, onde começaria a desaparecer.

    Eu não imaginara que tudo isso aconteceria tão depressa, quando Cory se ofereceu para me levar até em casa. Afinal, onde estavam os engarrafamentos usuais das tardes? Onde estava aquele percurso tortuosamente longo, quando eu tinha pressa? Onde estavam as minhas desculpas para permanecer naquele carro e não entrar tão rapidamente?

    – Bem... – Cory quebrou o silêncio com um tom melancólico – Isso significa que eu tenho que começar a me despedir de você?

    Não! Vá em frente, sequestre-me! Eu não ligo...

    – Acho que sim! – suspirei – Eu sei que você temia muito por esse momento, mas fazer o quê? Só não sofra muito, Cory. Nós podemos nos vemos de novo!
    – Claro que nós vamos nos ver de novo, afinal, a senhorita não vai aguentar muito sem a minha companhia e, na verdade, eu nem posso culpá-la por isso! Eu sou incrível mesmo... – falou Cory, guardando a modéstia no bolso.

    Eu teria lhe dado língua, fazendo uma careta bem infantil, mas Cory me impediu da maneira correta. Aproximando-se em um segundo, ele me beijou devagar. Ainda o mesmo modo tranquilizador de sempre, embora aquele beijo parecesse mais urgente do que os anteriores, talvez por ser uma forma de dizer tchau. Uma forma que fazia parecer que ele não queria que eu fosse. Meu coração acelerou com esse pensamento feliz.

    A verdade era que eu poderia – e talvez, deveria – ficar pouco a vontade por ser pega de surpresa, mas não era estranho. Pelo menos, não com Cory. Ele fazia as coisas parecerem naturais. Eu não sentia que tinha que beijá-lo ou que deveria retribuir seu ato. Eu só sabia que queria seus lábios nos meus; seu aroma em meu nariz; seu toque esquentando minha pele quase congelada pela temperatura pouco amena.

    – Então... – ele suspirou, ao se afastar – Eu devo ligar para você para marcarmos outra coisa futuramente? Não tão em breve, porque eu tenho questões médicas a resolver. Você pode não saber, mas prometi a uma garota insuportável que iria me cuidar e é isso que eu tenho que fazer!
    – Acho bom mesmo... – resmunguei, não conseguindo ser firme como gostaria – Mas, na verdade, eu temo que não seja possível nos encontrarmos tão em breve. Não fique chateado por isso!

    A reação de Cory às minhas palavras não foram muito serenas, mas notoriamente descontentes, o que me alegrou um pouco – era bom saber que ele ansiava por me ver de novo –, mesmo sabendo que era errado ficar feliz com isso. Eu já havia tomado uma decisão bastante séria e não podia voltar atrás por um detalhe ou outro. Era hora de eu começar a insistir.

    – Por quê? – indagou, por fim.

    Era uma pergunta bem interessante e felizmente uma pergunta que eu não me fazia mais. Durante o percurso até em casa, que não levara mais de uns quarenta minutos, eu aproveitei para pensar muito no que havia ouvido e também dito nas últimas horas e foi bom. Diferente de todas as pseudorreflexões que eu já fizera sobre o mesmo assunto, eu tinha conseguido chegar a um ponto bastante crítico e me decidi por enfrentá-lo de uma vez, ao invés de deixar passar como vinha fazendo.

    – Bem, Cory, eu estive pensando e... Acho que vou voltar para o Brasil. – informei, me sentindo estranhamente radiante – O mais rápido possível.
    – Sério? – seus olhos se arregalaram – Mas, por quê? Não foi algo que eu disse, foi? Porque, às vezes, eu falo as coisas sem pensar e pode ser que isso tenha acontecido em algum momento, mas eu...
    – Cory – interrompi –, relaxa! Não tem nada a ver com você! – esclareci – É mais relacionado a tudo o que eu te falei hoje e tudo o que eu ouvi. Você sabe que eu estive me prendendo aqui por muito tempo e eu nem sei mais se, agora, eu ainda tenho motivos para permanecer no mesmo lugar, quando posso voltar para casa por um tempo e descansar dessa loucura. A minha situação não é tão dramática quanto teoricamente é a sua, mas mesmo assim você lida melhor com a sua realidade do que eu, com as minhas ilusões. Eu não quero fazer isso mais e, na verdade, estou bem feliz por você ter feito com que eu abrisse os olhos para isso!

    Suspirei ao finalmente terminar de falar, calando minha boca de matraca. Ao fazê-lo, notei Cory me olhando da mesma forma carinhosa que fazia com frequência e não soube se ele achava as minhas palavras divertidas ou preocupantes.

    – Eu fico feliz que pense assim... Mas, na verdade, se eu soubesse que tudo o que conversamos hoje faria você ir embora, não teria dito uma só palavra! – Cory riu, voltando a olhar a paisagem pela janela.
    – Não seja bobo! – ri também – Não é como se eu fosse partir em uma jornada sem volta. Eu só vou parar um tempo em casa, com a minha família, mas em breve eu devo voltar a viajar e, em meio a tudo isso, você com certeza irá me ligar para marcarmos algo, não é? Afinal, eu não te dei o meu número à toa...
    – Não mesmo!

    Pela última vez, abri o meu melhor sorriso para ele, acariciando bem devagar sua mão. Decifrando o que minhas ações queriam dizer, Cory apenas curvou-se e beijou a minha bochecha devagar, antes de pegar a sacola com as minhas roupas no assento traseiro e me entregar, dando uma última olhada detalhista para mim.

    Eu gostei daquilo. Do modo como ele dizia o tchau sem palavras, deixando claro que acreditara em mim e sabia que logo, logo eu estaria de volta para mais uma tarde boba como aquela. Sua simplicidade me fazia acreditar e ansiar por isso também.

    – Tchau! – sussurrei, abrindo a porta do quarto.
    – A gente se vê por aí, gatinha...

    Ao sair do carro, batendo a porta, corri até o portão que delimitava a casa e fiquei fitando o asfalto, sem me preocupar se Cory estava ou não consciente do meu ato. Sinceramente eu até gostei bastante quando ele, ao sair, acelerando novamente na estrada, acenou suavemente para mim antes de sumir no horizonte, alguns minutos depois.

    Percebendo que meu dia realmente se encerrara, abri o portão sem mais cerimônias e percorri todo o gramado verde claro. Talvez o termo correto a se usar seja corri todo o gramado, porque foi exatamente o que fiz. As roupas carentes de um tecido quente que me foram emprestadas poderiam funcionar em um local fechado, mas ali sentindo o gelo de ventos que eu desconhecia, consegui distinguir minha coluna vertebral congelando aos poucos.

    Quando cheguei à porta de entrada da casa, não toquei a campainha ou fiz muito barulho com as chaves, mas mesmo assim, ao entrar, dei de cara com Chaz, para minha infelicidade. Enquanto eu me perguntava como ele poderia estar naquele exato ponto da casa, naquele exato momento, decidi também que seria mais agradável se eu tivesse ficado lá fora com pouco pano e congelado até morrer. Congelar pode ser legal!

    – Então, quando você diz que não é para esperar por você, fala sério, não é? – insinuou Chaz, arqueando uma sobrancelha.
    – É bom te ver também, Chaz! Obrigada pela recepção... – ironizei, com um sorriso bem falso.

    Eu iria simplesmente segui meu caminho, sabendo que ele estaria bem atrás de mim, mas ao me inclinar pretensiosamente para o lado, avistei Justin, Manuela e Pattie sentados no sofá da sala, entretendo-se com um programa de televisão qualquer. Exceto o primeiro que parecia ter notado a agradável conversa que eu e Chaz iríamos iniciar em breve.

    Sem muitas boas opções, segui silenciosamente até a cozinha, apenas para não interromper um bom momento entre os três anteriores, além de tentar fugir da enchente de perguntas falsas e inveja que Manuela derramaria sobre mim, pedindo que eu lhe relatasse tudo o que me ocorrera enquanto eu estive fora. Eu estava feliz demais para ter que me estressar assim ou mesmo ficar mentindo o tempo todo, encobrindo minhas felizes verdades.

    – Então, o que aconteceu, hein, mocinha? – indagou Chaz, novamente, quando chegamos à cozinha.
    – Nada demais, Chaz. – sorri, enquanto pegava uma jarra de água e enchia um copo para mim – Sério mesmo. Eu apenas saí, joguei um pouco de boliche, um pouco de sinuca e posso seguramente dizer que foi bem interessante...
    – É, deve ter sido, a julgar pelas roupas que está vestindo, que eu não acredito te pertencerem, não é? – Chaz começou a chegar ao ponto que eu temia, as especulações – Além disso, eu acidentalmente te vi lá fora quando estava chegando e eu devo supor que o dono do carro que te trouxe até aqui tem a ver com a sua troca de figurino incomum e também esse seu sorrisinho que não sai?
    – Ah, então você estava me espionando? – retruquei, sem realmente conseguir parar de sorrir – Agora, tudo está explicado. E o que não está, eu posso lhe explicar agora mesmo... Como pode ter notado eu dormi fora e, assim, acabei pegando as roupas de uma amiga emprestadas, porque eu não poderia passar tanto tempo com as mesmas peças. Resumindo tudo, eu saí com Cory e foi bastante legal, mas isso não significa que eu o veja como algo mais que um amigo. Ele é só... Muito especial. E, se realmente quer saber o motivo por esse sorriso que não sai, é bem simples. Eu só estou... Feliz. Engraçado, né?

    Eu estava fitando o chão, sorrindo para o mesmo, como se estivesse com alguma espécie de sintomas de paixão, o que não era de fato verdade, mas havia um pouco de felicidade rodando em volta de mim e eu gostei. Eu não estava ligando de parecer uma boba, porque realmente não havia motivos para eu estar desse jeito. Eu estava simplesmente animada, porque uma parte de mim – uma parte oculta há muito, muito tempo – era assim naturalmente.

    Em reação ao meu comportamento não tão usual, Chaz se aproximou devagar, olhando-me fixamente como se eu tivesse feito algo errado. Eu já estava começando a me preparar para algumas de suas formas de me provocar que nem sempre eram tão engraçadas, quando suas mãos afagaram meu cabelo e ele beijou minha testa, com a mesma delicadeza que teria feito um admirador apaixonado.

    – Então – ele se afastou só um pouco, permitindo que eu voltasse a olhar para o seu rosto –, você se divertiu?
    – Aham... – sorri, sem graça.
    – Bom, é isso que realmente importa!

    Chaz não voltou a fazer mais contestações ou se aproximou novamente. A única coisa que ele se limitou a fazer foi piscar para mim, enquanto saia da cozinha rapidamente. E o sorriso que ele antes havia questionado estava prestes a me deixar com câimbras no rosto de tão extenso que ele encontrava.

    Eu amava o jeito como Chaz fazia com que tudo que parecesse tão certo. Mesmo quando eu não tinha razão, ele deixava transparecer que não era preciso estar com esta sempre. Isso permitia que eu superasse em certos momentos a minha insegurança.

    Percebendo minha solidão na cozinha, resolvi seguir o meu caminho para o meu cantinho. Silenciosamente, buscando não chamar muita atenção, me pus a atravessar a sala e subir as escadas, desejando chegar ao meu quarto o mais rápido possível e me enrolar nas cobertas para fugir do frio. Mesmo sabendo que deveria começar a arrumar as tais malas de viagem, ignorar minha caminha quentinha não parecia algo muito prudente a se fazer.

    Quando eu estava prestes a tocar a maçaneta da porta, porém, senti alguém respirar fundo atrás de mim e, logo em seguida, meu coração parou coincidentemente. Eu sabia que não tinha ouvido passos atrás de mim na escada e não esperava que Chaz estivesse me seguindo, por acaso, para prolongar uma conversa que nós já havíamos terminado. Algo estava fora do lugar por ali.

    – Posso falar com você?

    Aquela voz.

    Eu não estava sensível o bastante para deixar que aquelas simples palavras estragassem toda a minha felicidade excessiva, mas dava para distinguir o clima pesado que se instalara no corredor. Exatamente por esse motivo, esforcei-me para tirar o sorriso do rosto quando me virei para a pessoa que fizera o favor de assustar-me de um modo bem inconveniente.

    – Não vejo porque não, Justin! – falei.

    Era mentira. Eu via muitos motivos para não lhe dirigir a palavra.

    – Na verdade, eu não sei bem como começar, mas eu não quero tomar muito o seu tempo. Mesmo sentindo que estarei sendo levemente indelicado, acho que preciso perguntar mesmo assim. Desculpe-me! – murmurou, parecendo intimidado – Se eu não estiver sendo invasivo demais, posso saber onde você estava?

    O ar escapou de meus pulmões involuntariamente com a surpresa do momento. Eu não sabia e não poderia imaginar o motivo pelo qual, depois de tanto tempo sem me dirigir a palavra, ele tinha a ousadia de me procurar para fofocar sobre a minha vida particular. E ainda não era nem no sentido que poderia de algum modo lhe importar. Justin estava apenas com uma vontade absurda de meter seu pequeno nariz no meu raio de sol que conseguia irradiar felicidade para meu corpo.

    – É, você tem razão!  Está mesmo sendo indelicado – suspirei – Mas, se quer mesmo saber, eu saí com um amigo... Aquele da pista de patinação, lembra?
    – Sério? – seus olhos se esbugalharam de imediato – E você acha isso certo? Você não o conhece muito bem e...
    – Isso importa? – perguntei, interrompendo-o – Cory é, sem sombra de dúvida, uma pessoa doce, esperta, engraçada e de forma geral maravilhosa. Eu não acho que precise saber muito mais do que isso sobre alguém para achar no mesmo um amigo...
    – Bom, você é quem sabe. – Justin continuou, buscando algum argumento ao qual pudesse se apegar – Mas, mesmo assim, você deveria tomar cuidado!
    – Por que pensa assim?
    – Porque, bem, eu estive pensando e acho que... – de repente, ele travou, como se algo entre nós estivesse muito errado.

    E estava.

    Sua dificuldade em terminar a frase me deixou ansiosa e eu busquei por seus olhos para suprir então minhas dúvidas. Mas a única coisa que encontrei foi frustração. Diferente do que se espera quando uma pessoa fala com você, Justin não olhava para mim, mas sim fitava o chão em uma tentativa enlouquecedora de me fazer desistir da vida. Nada me irritava mais do que seu esforço para evitar qualquer tipo de contato visual comigo. Afinal, eu era realmente uma pessoa tão repulsivamente horrível que até olhar para mim era insuportável?

    Aposto que Cory não achava isso!

    – Acho que você pode acabar magoando alguém... – completou, por fim.
    – Eu não costumo fazer isso com muita frequência – contestei, completamente frustrada –, mas do que você está falando especificamente?
    – Eu estou falando sobre Chaz. Quem mais seria? – Justin falava com mais naturalidade do que jamais usara nas mínimas conversas que tínhamos – Você não deve saber, mas ele ficou se queixando do seu sumiço durante um longo tempo. Vocês estão muito juntos nesses últimos tempos e ele sente isso. Ele se importa com você e... Eu acho que gosta de você também!

    Eu poderia facilmente ter rido, mas não falando com aquele garoto.

    Sinceramente, eu só conseguia sentir extremo nojo das palavras que haviam saído da sua boca. Mesmo que estivesse acostumada com essa assimilação simplória, quando era Justin que a dizia em voz alta parecia muito mais bizarra, repulsiva e imbecil do que o normal. Embora a ideia não fosse tão terrível, eu me perguntava o motivo pelo qual Justin tinha o poder desnecessário de sempre me colocar para baixo – mais especificamente no subsolo da vida.

    Definitivamente eu não pensava em Chaz como alguém que me via de outra forma – de um jeito interessado. De fato, eu sabia que ele me enxergava apenas como sua amiga atrapalhada e dramática. Era uma característica realmente importante da nossa amizade e também a mesma que me fazia questionar o motivo pelo qual os outros conseguiam visualizar algo mais que isso. Principalmente quando era público que Chaz tinha uma namorada.

    – Para a sua informação, Justin, eu realmente não me importo com o que você acha ou deixa de achar. – respondi, áspera – Mas você deveria passar a pensar mais antes de falar as coisas, afinal, caso o senhor não dê importância para isso, Chaz tem uma namorada, que eu sei que ele ama mais do que é possível dizer e eu mesma tenho um respeito e carinho absurdo por essa garota. Resumindo, eu jamais me intrometeria assim no relacionamento de alguém, assim como Chaz jamais daria qualquer espaço para alguém atrapalhar o que ele tem com a Caitlin. Eu sei que para você esses princípios podem parecer estranhos, mas você deveria respeitar o fato de algumas pessoas ainda terem caráter...

    Dito isso, decidi que já estava cansada de escutar. Eu não queria iniciar uma discussão que faria com que eu me odiasse minutos depois ou mesmo desintegrasse minha melancolia, deixando apenas a raiva. Eu me recusava a manter um sentimento tão mesquinho assim ou admitir que o tinha. Além disso, apesar de tudo, com todas as minhas decisões tomadas, eu escolhera permanecer com a boa imagem que eu tinha de Justin e eu não queria estragar isso.

    – O que você quer dizer? – Justin indagou, retornando ao seu tom inocente.

    Respirei fundo, antes de abrir a porta do meu quarto, que era para onde eu buscava ir desde o começo. Felizmente eu me lembrava de ainda estar cansada e sabia que discutir gastava muito da minha energia, o que me fez prosseguir para dentro do meu cômodo. Eu não iria insistir naquilo, porque às vezes a ignorância é melhor do que as verdades que podem ser ditas. E havia muitas coisas que eu poderia dizer bem ali, se me deixasse levar pelo momento.

    – Você não vai me dizer mesmo? – repetiu.

    Vai lá, coração de manteiga! Dê-lhe atenção! Vai!

    Parei, com a porta entreaberta, virando-me para ele. Justin ainda não olhava para mim, mas dava para distinguir muito facilmente certo ar de tristeza, incerteza, algo bem negativo. Esse fora o principal motivo pelo qual me dispus a responder sua pergunta. Eu não me sentiria bem, deixando-o ali com essa dúvida, que muito futuramente poderia atrapalhar sua vida, mais do que atrapalhava no momento.

    – Você não se lembra das coisas, Justin. Mais do que isso, você parece não ter apego por aquilo que é seu. Eu não estou dizendo que isso é especificamente culpa sua, mas você deveria tomar mais cuidado! – deixei que as palavras saíssem da minha boca, calmamente, mas me concentrei para filtrar até onde as verdades poderiam passar – Chaz é seu amigo e eu sei que você sabe que, por mais pervertido que ele seja, ele não trataria Caitlin de um jeito inadequado. Eu sei também que você não confia em mim e, sinceramente, nem faço questão que confie, mas você deveria confiar no seu amigo, porque nós dois sabemos que Chaz ficaria muito desapontado se ouvisse você falando tudo o que falou para mim há pouco...

    Eu não podia me dar ao luxo de esperar pela sua reação ou mesmo de ouvir uma resposta qualquer, nem queria. Eu já havia passado dos limites que impusera a mim, naquele dia, então não havia qualquer sentido em continuar dando espaço para que aquele mal entendido esclarecedor continuasse, embora eu esperasse de coração que Justin me desse ouvidos e deixasse de sair por aí dizendo aos quatro ventos tudo que lhe passava pela cabeça.

    Fechei a porta do quarto.

    Sozinha no conforto novamente, percebi que todo o frio que eu estava sentindo quando chegara havia se dissipado rapidamente, dando espaço a uma sensação térmica que poderia se dizer quente. O calor da ideia do inicio de um confronto havia se apossado do meu corpo, mesmo que eu tentasse fugir disso. Assim, adiei meu encontro com a cama e protelei a tarefa de começar a arrumar as malas. Limitei-me a me preparar para um tomar um banho relaxante. Um banho para me livrar de todos os resquícios de Justin, antes de dormir.
 
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 E aí está o capítulo 23.
Então... Como eu disse, meu computador está completamente sem garantia de continuar funcionando, mas eu tenho que trocar as peças com urgência, o que eu não creio que acontecerá tão depressa, então... Se eu sumi por agora, vocês já sabem o motivo!
Eu vou tentar agendar os outros capítulos, mas não garanto, porque sempre que eu faço isso o blog futrica e, além disso, agora vou terminar meus trabalhos do colégio, quando o fizer, daí vou dar atenção ao blog...
Mas, por ora, é só. Espero que tenham gostado!
Amo vocês! (:

2 comentários:

  1. Juh, tá tudo muito perfeito, juro. Já te disse milhares de vezes mas você escreve muito bem! Espero que o Justin largue logo de ser pangaré e corra atrás dela porque tá difícil... Chaz continua sendo a coisa mais amável do mundo e falando em coisas amaveis, estou sentindo falta de uma certa pessoa chamada Lucas Barros :) hahahah espero logo a continuação porque a tua história é uma coisa mais que viciante, mds. Enfim dona Julianna, mesmo com o lance do teu computador e afins, por favorzinho, n demora muito p postar e espero de verdade que você n desista de ymmly antes do final, porque aí as coisas tomariam medidas drásticas, e uma certa leitora psicopata vá atrás de você e te obrigue a escrever rs rs rs
    Bjs lindaaaaaa, @onlyoue3

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  2. Como assim nenhum comentário? Justin tá precisando levar uma pedrada no meio da testa isso sim...
    Vo sair aqui, nestante volto pra ler mais ;)

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