Queimando preocupações
Belieber's POV
Harry ainda estava dormindo, quando
acordei pela manhã. Assim que olhei para o lado e visualizei sua figura quieta
e imóvel, pensei em acordá-lo com alguns beijos ou apenas ficar acariciando seu
cabelo, mas desisti de imediato. Nem mesmo a ideia de fazer por ele o mesmo que
ele havia feito por mim me animava, porque ele parecia um anjo deitadinho
daquela forma, o que fez com que eu não pudesse atuar de nenhum outro modo,
além de ficar admirando-o.
Suspirei, quando um sorriso começou a se formar em meu rosto e eu
percebi, afinal, que não dava para passar o dia inteiro ali, da mesma forma que
não dava para acordá-lo. Assim, me limitei a me levantar da cama e arrumar o
meu lado, ajeitando tudo mais que ainda estava fora do lugar devido à noite
passada.
Havia
DVDs espalhados pelo quarto, lenços de papel que Harry comprara propositalmente
para caçoar das minhas lágrimas e o prato de brigadeiro se encontrava vazio em
algum canto. Aquele cômodo havia virado uma completa zona e eu tomei para
mim a responsabilidade de arrumá-lo, como sempre fazia.
Recolhi
cada bagunça, jogando o que não prestava no lixo, arrumando os DVDs em um canto
para que fossem devolvidos posteriormente e, por fim, saindo do quarto para
levar toda a louça suja até a cozinha, onde a lavei com a maior calma do mundo.
Cheguei até a aproveitar o momento por estar ali sozinha e em silêncio, já que
nos últimos dias, aquele ambiente havia sido cenário de todas as minhas
batalhas mais árduas – incluindo aquela básica com a geladeira, que era um
confronto diário.
Aproveitando estar ali, tomei meu café da manhã à base de cereal de
aveia, já começando a planejar mentalmente todo o meu dia. Eu ainda tinha muito
que fazer em relação ao casamento e muito em que pensar até que o tal dia, de
fato, chegasse e isso me deixava fulminantemente estressada demais.
Tratei
de terminar logo a refeição e lavei tudo com cuidado, deixando a cozinha na
mais perfeita ordem, assim como a encontrara. Eu sabia que deveria ser mais
receptiva e possivelmente preparar o café para todos da casa, mas havia muita
coisa a disposição de todos por ali e eles poderia simplesmente escolher do que
quisessem. Além disso, minha cabeça estava completamente voltada para obrigações
mais individuais e, embora parecesse egoísta da minha parte, eu cedi a estas.
Retornei ao meu quarto, enchendo ainda mais minha cabeça de
preocupações, e me dirigi rapidamente ao meu guarda roupa, abrindo uma das
últimas gavetas, onde eu deixava minhas roupas que usava para malhar ou quase
isso. Com estas em mãos, segui meu caminho até o banheiro, pronta para tomar
banho e descer novamente para largar de vez essa vida de sedentária e fazer o
que todas as noivas fazem antes do casamento: surtar completamente com o peso.
Eu
tinha planejado tomar um banho rápido, só para fazer minha higiene, como em
geral as pessoas normais fazem, mas não consegui. Enquanto a água caia sobre
mim e eu tentava fingir não estar sentindo aquele leve desconforto em meu
ventre, meus olhos se encheram de imagem da noite passada. Eu sabia que tinha
prometido para mim mesma não ficar me perseguindo com aquilo, mas aparentemente
minhas memórias adoravam brincar com o meu autocontrole.
Era
como se eu pudesse sentir tudo aquilo de novo. A surpresa de ter suas mãos nas
minhas. O calor provocado por essa aproximação. A sua ousadia em continuar com
aquilo e deslizar seus dedos por todo o comprimento do meu braço. A sensação de
ter seus olhos invadindo os meus de uma forma que eu não sentia há muito tempo.
Seu doce e nostálgico movimento ao sujar meus lábios com chocolate.
"Está bom?", aquela voz, vindo do além e sendo sussurrada em meu
ouvido me assustou o bastante para que todos os pêlos em meu corpo se eriçassem
subitamente.
Um grito escapou da minha garganta ao sentir que não estava mais sozinha e ter minha concentração quebrada de forma tão brusca e repentina. Eu me virei rapidamente para confrontar o que quer que fosse e, então, me deparei com Justin bem diante de mim. Na verdade, foi bem mais do que isso. Eu me deparei com um Justin muito levado, que não se demorou para passar o dedo no brigadeiro restante no prato e sujar o meu nariz subitamente.
"Ah, é assim?", perguntei, afundando em indignação.
Um grito escapou da minha garganta ao sentir que não estava mais sozinha e ter minha concentração quebrada de forma tão brusca e repentina. Eu me virei rapidamente para confrontar o que quer que fosse e, então, me deparei com Justin bem diante de mim. Na verdade, foi bem mais do que isso. Eu me deparei com um Justin muito levado, que não se demorou para passar o dedo no brigadeiro restante no prato e sujar o meu nariz subitamente.
"Ah, é assim?", perguntei, afundando em indignação.
"É, é sim!", ele riu,
completamente convencido, enquanto me dava a língua como uma criança sapeca.
Insatisfeita com aquela resposta, me preparei para dar o troco, pegando um pouco de brigadeiro entre os dedos e passando por sua bochecha. Porém, carregar consigo o nome Justin Bieber implicava com o fato de que ele nunca perdia a piada e, entrando na minha vingança, ele riu, antes de voltar a me sujar mais uma vez, sem compreender que eu estava dando a deixa para pararmos com aquilo.
Porém eu deixei que ele continuasse brincando comigo e, assim, devolvendo suas provocações. Nós só realmente paramos quando o prato estava quase todo limpo e meu rosto totalmente adocicado pelo chocolate. Meu nariz, minha bochecha direita, minha testa e meus lábios estavam com mais brigadeiro do que quando eu era pequena e me lambuzava.
"Argh, eu estou toda melada!", me lamentei, segurando o riso. "O que eu faço agora?"
Insatisfeita com aquela resposta, me preparei para dar o troco, pegando um pouco de brigadeiro entre os dedos e passando por sua bochecha. Porém, carregar consigo o nome Justin Bieber implicava com o fato de que ele nunca perdia a piada e, entrando na minha vingança, ele riu, antes de voltar a me sujar mais uma vez, sem compreender que eu estava dando a deixa para pararmos com aquilo.
Porém eu deixei que ele continuasse brincando comigo e, assim, devolvendo suas provocações. Nós só realmente paramos quando o prato estava quase todo limpo e meu rosto totalmente adocicado pelo chocolate. Meu nariz, minha bochecha direita, minha testa e meus lábios estavam com mais brigadeiro do que quando eu era pequena e me lambuzava.
"Argh, eu estou toda melada!", me lamentei, segurando o riso. "O que eu faço agora?"
"Vem cá que eu dou um jeito
nisso..."
Assim, ele avançou em minha bochecha, limpando o chocolate com seus próprios lábios e me fazendo rir por seu lado mais bobo. Eu já estava ficando sem graça, quando ele deu um passo maior do que eu esperava. Em menos de um minuto, nossas bocas estavam coladas e ele me beijava da forma mais manipuladora que conseguia, afinal, eu com certeza não estaria fazendo aquilo se estivesse em sã consciência, mas não estava. Eu estava cedendo por completo a todas as vontades de Justin.
E eu estava adorando aquilo.
Porém, mesmo tendo sido um momento agradável e surpreendente, eu ainda não sabia até que ponto Manuela estava envolvida em tudo isso e, sinceramente, não queria saber. Aliás, eu não queria sequer chegar a considerar aquele episódio importante na linha cronológica da minha vida, afinal, pessoas vinham e encostavam em mim o tempo inteiro. Meus próprios fãs já chegaram até a arrancar finas mechas do meu cabelo e eu mesma me sentia hipnotizada até por um pedaço de bolo, então... Por que com o Justin tudo aquilo tinha que virar necessariamente especial?
Bom, não tinha.
Acabei meu banho em torno de uma hora, o que fora muito mais do que eu pensaria gastar. Mas, logo que saí do boxe, felizmente deixei esses pensamentos mais desagradáveis para trás. Assim, mais tranquila, me arrumei para descer e, em seguida, retornei ao quarto para pegar meu secador e ajeitar o cabelo para poder prendê-lo em um rabo de cavalo e impedir que ficasse caindo no meu rosto, enquanto eu me exercitava.
Após colocar tudo em seu devido lugar e deixar o quarto perfeitamente arrumado para quando Harry acordasse, me abaixei perto da mesa de cabeceira, procurando na última gaveta – sempre trancada – a agenda branca e cheia de renda que ficava guardada junto ao meu diário, me lembrando de todos os meus compromissos de casamento e tudo mais o que poderia aparecer dentro daquela semana para ser resolvido. Eu precisava ter também tempo livre para resolver os imprevistos pelo caminho, considerando que estes sempre apareciam – Justin era a prova viva disso.
Assim, ele avançou em minha bochecha, limpando o chocolate com seus próprios lábios e me fazendo rir por seu lado mais bobo. Eu já estava ficando sem graça, quando ele deu um passo maior do que eu esperava. Em menos de um minuto, nossas bocas estavam coladas e ele me beijava da forma mais manipuladora que conseguia, afinal, eu com certeza não estaria fazendo aquilo se estivesse em sã consciência, mas não estava. Eu estava cedendo por completo a todas as vontades de Justin.
E eu estava adorando aquilo.
Porém, mesmo tendo sido um momento agradável e surpreendente, eu ainda não sabia até que ponto Manuela estava envolvida em tudo isso e, sinceramente, não queria saber. Aliás, eu não queria sequer chegar a considerar aquele episódio importante na linha cronológica da minha vida, afinal, pessoas vinham e encostavam em mim o tempo inteiro. Meus próprios fãs já chegaram até a arrancar finas mechas do meu cabelo e eu mesma me sentia hipnotizada até por um pedaço de bolo, então... Por que com o Justin tudo aquilo tinha que virar necessariamente especial?
Bom, não tinha.
Acabei meu banho em torno de uma hora, o que fora muito mais do que eu pensaria gastar. Mas, logo que saí do boxe, felizmente deixei esses pensamentos mais desagradáveis para trás. Assim, mais tranquila, me arrumei para descer e, em seguida, retornei ao quarto para pegar meu secador e ajeitar o cabelo para poder prendê-lo em um rabo de cavalo e impedir que ficasse caindo no meu rosto, enquanto eu me exercitava.
Após colocar tudo em seu devido lugar e deixar o quarto perfeitamente arrumado para quando Harry acordasse, me abaixei perto da mesa de cabeceira, procurando na última gaveta – sempre trancada – a agenda branca e cheia de renda que ficava guardada junto ao meu diário, me lembrando de todos os meus compromissos de casamento e tudo mais o que poderia aparecer dentro daquela semana para ser resolvido. Eu precisava ter também tempo livre para resolver os imprevistos pelo caminho, considerando que estes sempre apareciam – Justin era a prova viva disso.
Abandonei a casa rapidamente, equilibrando comigo a agenda, meu celular e uma garrafa d'água. Cobri o espaço até a academia depressa e tentei me manter animada, apesar de todos aqueles aparelhos parecerem me olhar de forma intimidadora, como se eles duvidassem da minha capacidade de ir adiante com aquilo. Mas eu não ia me deixar vencer assim tão facilmente. Eu não me chamava (Seu nome) à toa e era isso que aqueles brinquedinhos iriam perceber naquele momento.
Coloquei minha garrafa sobre o rodapé da janela e ajeitei a esteira, colocando-a na velocidade em que eu estava acostumada. Com cuidado, apoiei minha agenda e celular sobre o visor da mesma e comecei a correr confortavelmente, enquanto ia folheando todos os compromissos que ainda não tinham um "feito" do lado, o que eram muitos na verdade. Eu tinha que voltar a focar naquilo o mais rápido possível.
Enquanto analisava os afazeres dos últimos três dias, notei que eu já deveria ter feito a prova do vestido e isso estivera marcado para ocorrer ontem. Encarando aquele pedaço de papel com caneta brilhante apontando uma seta para meus próprios horários, eu comecei a duvidar da minha própria credibilidade como noiva. Até alguns dias atrás, eu estava eufórica, revendo várias e várias vezes a lista de convidados e, agora, eu tinha esquecido uma das coisas mais importantes como a prova do vestido.
Mas, calma, (Seu nome), não se desespere! Ainda faltam mais de uma semana para o seu casamento, você pode muito bem resolver esse pequeno empecilho e tudo ficará bem novamente. Só serão necessárias algumas ligações!
Então, eu ainda tinha que ligar para a designer do meu vestido, para os meus pais, para os padrinhos e para Lucas – que, com certeza, não iria me perdoar, caso eu resolvesse ignorá-lo no período mais importante da minha vida.
– (Seu nome)? – quase não acreditei ao ouvir aquela voz chamando por mim.
Manuela entrou no ambiente, já fazendo barulho como sempre e me procurando como se eu fosse um copo quase congelado de suco no meio de um deserto escaldante. Pelo modo como interpelava meu nome, ninguém diria que havíamos brigado há certo tempo atrás, mas eu tinha o meu orgulho e não ia esquecer tão facilmente do que ela tinha admitido noites atrás. Eu preferiria que Manuela se ajoelhasse diante de mim e admitisse estar arrependida, mas nós não estávamos no meu mundo, ou seja, não iria acontecer.
– Eu estou aqui... – suspirei, sem tirar os olhos da pequena agenda à minha frente.
– Ei! – ela estava sorrindo quando
chegou até mim, analisando claramente tudo o que eu estava fazendo – Está tudo bem?
– Por que não estaria? – eu não me
preocupei em pensar muito, antes de retrucar.
Manuela não pareceu satisfeita com a minha resposta simplória e permaneceu imóvel diante de mim, esperando por algo mais. Algo que não veio. Eu realmente não estava lhe dando muita atenção, porque diante de mim, era como se houvesse um mundo de problemas que eu ainda precisava resolver.
A página mais bonita daquela agenda estava cheia de desenhos de corações e tinha escrito "Final feliz para sempre" em uma caligrafia desenhada que eu fizera durante uma viagem, enquanto ainda estava explodindo de felicidade.
– Eu falei com Justin ontem a noite... – comentou, como se eu tivesse algum interesse nisso.
Manuela não pareceu satisfeita com a minha resposta simplória e permaneceu imóvel diante de mim, esperando por algo mais. Algo que não veio. Eu realmente não estava lhe dando muita atenção, porque diante de mim, era como se houvesse um mundo de problemas que eu ainda precisava resolver.
A página mais bonita daquela agenda estava cheia de desenhos de corações e tinha escrito "Final feliz para sempre" em uma caligrafia desenhada que eu fizera durante uma viagem, enquanto ainda estava explodindo de felicidade.
– Eu falei com Justin ontem a noite... – comentou, como se eu tivesse algum interesse nisso.
– Nem consigo imaginar uma ocasião
mais feliz! – ironizei.
– E ele me falou que eu deveria
tentar resolver as coisas com você. – Manuela estava se sentindo claramente
contrariada ao ter que colocar aquilo para fora – Ele disse que não achava certo
nós duas ficarmos brigando por causa dele. Talvez, só talvez, isso comprove o
que eu disse naquela noite sobre ele ser uma pessoa maravilhosa.
– Ah, claro! – as palavras pularam da
minha boca, antes mesmo que eu pudesse digerir a informação – O problema é que
o espírito maravilhoso das pessoas se acaba quando elas fazem as coisas por
puro interesse. Sinceramente, eu nem quero saber o que levou Justin a ser tão
“amável” assim...
Eu respondera daquela forma por pura birra e preguiça de me importar de verdade com o que Justin fazia ou deixava de fazer, mas bem profundamente aquilo me surpreendeu. Eu não achava que era tão descrente do bom caráter de Justin, mas pensar nele se importando com um problema interno entre mim e Manuela se tornava bizarro. Aliás, para mim, já era um crime saber que ela estava indo se queixar com aquele sujeito, mas a gravidade da situação estava justamente no fato de ele parecer se importar.
– (Seu nome), olha, eu não vim aqui para discutir com você, eu juro, mas... – Manuela suspirou e começou a recuar bem discretamente – Eu estou ficando cansada disso tudo!
Eu respondera daquela forma por pura birra e preguiça de me importar de verdade com o que Justin fazia ou deixava de fazer, mas bem profundamente aquilo me surpreendeu. Eu não achava que era tão descrente do bom caráter de Justin, mas pensar nele se importando com um problema interno entre mim e Manuela se tornava bizarro. Aliás, para mim, já era um crime saber que ela estava indo se queixar com aquele sujeito, mas a gravidade da situação estava justamente no fato de ele parecer se importar.
– (Seu nome), olha, eu não vim aqui para discutir com você, eu juro, mas... – Manuela suspirou e começou a recuar bem discretamente – Eu estou ficando cansada disso tudo!
– Manuela... – insisti, desligando a
atividade da esteira enquanto o fazia – Me desculpa!
Era raro eu dizer algo daquele tipo e não me arrepender cinco minutos depois por estar jogando meu orgulho fora, mas aquele momento fazia parte dessas exceções e Manuela me conhecia o suficiente para saber disso. Por conta desse detalhe, a morena parou subitamente e virou-se para mim com os olhos tão arregalados que davam a impressão de que ela acabara de ver milhares de porcos voando.
– Eu estou enganada ou você me pediu desculpas? Porque, se sim, eu estou meio perdida por aqui... – ela levou a mão até a testa, exagerando em sua expressão dramática –– Você, por acaso, não matou meus pais, matou?
– Não! – neguei de imediato, duvidando do seu nível de casualidade – Manuela, eu só estou me desculpando, porque mesmo sem achar que devo, sei o que você está pensando ultimamente. Você acha que esses últimos tempos me deixaram completamente esnobe e acha também que eu estou agindo como uma estrelinha mimada que não consegue não passar por cima dos outros...
Era raro eu dizer algo daquele tipo e não me arrepender cinco minutos depois por estar jogando meu orgulho fora, mas aquele momento fazia parte dessas exceções e Manuela me conhecia o suficiente para saber disso. Por conta desse detalhe, a morena parou subitamente e virou-se para mim com os olhos tão arregalados que davam a impressão de que ela acabara de ver milhares de porcos voando.
– Eu estou enganada ou você me pediu desculpas? Porque, se sim, eu estou meio perdida por aqui... – ela levou a mão até a testa, exagerando em sua expressão dramática –– Você, por acaso, não matou meus pais, matou?
– Não! – neguei de imediato, duvidando do seu nível de casualidade – Manuela, eu só estou me desculpando, porque mesmo sem achar que devo, sei o que você está pensando ultimamente. Você acha que esses últimos tempos me deixaram completamente esnobe e acha também que eu estou agindo como uma estrelinha mimada que não consegue não passar por cima dos outros...
– Uau, me impressionou... – ela
ergueu uma sobrancelha e seu olhar sobre mim se tornou mais crítico – O que é
isso? Está lendo minha mente ou algo do tipo? Porque, só para você saber, eu
não gosto disso!
– Manuela, eu sou sua melhor amiga.
Como não saber? – eu estava começando a me sentir exausta por ter começado
aquela conversa, mas ao mesmo tempo me sentia mal por saber que ela estava com
esses pensamentos tortos sobre mim – Mas, francamente, se tem uma coisa a qual
eu possa te garantir é que isso não é verdade. Sim, eu tenho andado bastante
estressada com toda essa história de casamento e, desculpa dizer isso, mas ter
o Justin aqui não está ajudando. Eu quero ser gentil e educada com ele,
Manuela, mas eu não esqueço as coisas com tanta facilidade quanto todo mundo e,
acredite, eu tentei muito esquecer. Eu nunca gostei de ser ignorada e você sabe
disso, então não é como se eu pudesse ficar de sorrisinhos o tempo todo para alguém
que era muito competente em fingir que eu não existia...
Eu odiava do fundo do meu coração falar sobre isso, porque sempre que eu tocava nesse assunto uma corrente de ira fluía velozmente pelas minhas veias e isso me fazia mal, eu podia sentir isso. Como se já não fosse o suficiente, eu ainda tinha que disfarçar, fazer uma cara de tacho de quem não se importava e fingir que eu não estava me corroendo por dentro como o mais poderosos dos ácidos. E, depois, ainda tinha que aguentar aquela coisa cor de rosa me dizendo que o Justin era uma boa pessoa. Ele já me causava todo esse mal inconscientemente, imagina o que poderia fazer de propósito...
Demorei um pouco mais do que o suficiente para perceber que Manuela conservava um sorriso suspeito nos lábios e, assim que o fiz, me assustei. Eu não sabia como ela fazia isso, mas era como se pudesse me bloquear da sua vida com a maior facilidade do mundo. Em um minuto, eu sabia traçar toda a linha de raciocínio da minha melhor amiga e, no outro, eu já me sentia vitoriosa por simplesmente saber o seu nome. Aquele momento, em que percebi o estranho jeito que ela me olhava, se encaixava perfeitamente na segunda situação.
– O que foi? – perguntei, sem vergonha.
Eu odiava do fundo do meu coração falar sobre isso, porque sempre que eu tocava nesse assunto uma corrente de ira fluía velozmente pelas minhas veias e isso me fazia mal, eu podia sentir isso. Como se já não fosse o suficiente, eu ainda tinha que disfarçar, fazer uma cara de tacho de quem não se importava e fingir que eu não estava me corroendo por dentro como o mais poderosos dos ácidos. E, depois, ainda tinha que aguentar aquela coisa cor de rosa me dizendo que o Justin era uma boa pessoa. Ele já me causava todo esse mal inconscientemente, imagina o que poderia fazer de propósito...
Demorei um pouco mais do que o suficiente para perceber que Manuela conservava um sorriso suspeito nos lábios e, assim que o fiz, me assustei. Eu não sabia como ela fazia isso, mas era como se pudesse me bloquear da sua vida com a maior facilidade do mundo. Em um minuto, eu sabia traçar toda a linha de raciocínio da minha melhor amiga e, no outro, eu já me sentia vitoriosa por simplesmente saber o seu nome. Aquele momento, em que percebi o estranho jeito que ela me olhava, se encaixava perfeitamente na segunda situação.
– O que foi? – perguntei, sem vergonha.
– Nada, eu estava pensando aqui, mas
não é nada demais! – ela chacoalhou a cabeça delicadamente e, então, voltou a
me fitar, como se toda a sua personalidade estivesse diferente – Eu só queria
que você soubesse que embora não seja a coisa mais fácil do mundo, você deveria
tentar um pouco mais... E, acredite, quando eu digo isso, estou tentando pensar
com a mesma cabeça que você!
– Isso tem a ver com o que você me
falou naquela noite? – indaguei, realmente perdida – Bom, quando você...
Quando você me falou sobre saber aonde meu suposto "joguinho" iria me
levar, o que você estava querendo dizer?
Manuela pareceu gostar da minha pergunta. Na verdade, ela adorou a minha dúvida e isso era perceptível até de olhos fechados, o que acabou me incomodando um pouco. Aquela sua reação às minhas palavras deixava claro, para mim, que eu teria um esclarecimento quase nulo sobre a minha pergunta. Em outras palavras, fazer aquela questão para um cachorrinho e fazê-la para aquela garota mal intencionada que aprendera a falar há trocentos anos não faria qualquer diferença.
– Ah, esses olhinhos de dúvida me encantam, sabia? – cantarolou ela, com um sorriso de orelha a orelha. – O mesmo olhar desesperado da incerteza, mas em nuances diferentes. Isso me diverte, porque é tão projetado. Você sabe de tudo melhor do que eu, (Seu nome)... Aliás, vocês dois sabem!
Dois?
– Quer saber? Eu não vou te perguntar mais nada! – desisti, antes que começasse a ter mais dores de cabeça – Continue com seus enigmas bizarros e com seu teatrinho de mistério. Eu jogo a toalha... Para mim, é o suficiente!
Manuela pareceu gostar da minha pergunta. Na verdade, ela adorou a minha dúvida e isso era perceptível até de olhos fechados, o que acabou me incomodando um pouco. Aquela sua reação às minhas palavras deixava claro, para mim, que eu teria um esclarecimento quase nulo sobre a minha pergunta. Em outras palavras, fazer aquela questão para um cachorrinho e fazê-la para aquela garota mal intencionada que aprendera a falar há trocentos anos não faria qualquer diferença.
– Ah, esses olhinhos de dúvida me encantam, sabia? – cantarolou ela, com um sorriso de orelha a orelha. – O mesmo olhar desesperado da incerteza, mas em nuances diferentes. Isso me diverte, porque é tão projetado. Você sabe de tudo melhor do que eu, (Seu nome)... Aliás, vocês dois sabem!
Dois?
– Quer saber? Eu não vou te perguntar mais nada! – desisti, antes que começasse a ter mais dores de cabeça – Continue com seus enigmas bizarros e com seu teatrinho de mistério. Eu jogo a toalha... Para mim, é o suficiente!
– Você costumava ser mais
persistente, sabia? Mas vou deixar passar. – Manuela voltou a se afastar até a
porta, parecendo mais aliviada por termos ajeitado as coisas, sem nem mesmo
perceber – E agora, quer saber? Eu vou tomar meu café, porque, caso você não
saiba, eu sou uma amiga tão boa que vim logo falar com você para resolvermos de
uma vez essa bobeira. Mas eu não sou de ferro! Então... Aproveite seu tempo aí,
suando, enquanto eu encho a minha barriguinha de gostosuras.
A minha amizade com Manuela era meio engraçada, digamos assim. Às vezes, era algo tão definido, tão metódico e inflexível que me dava preguiça só de pensar e, em outras, tudo simplesmente fluía. Embora fosse um episódio pequeno, as coisas tinham se resolvido em questão de segundos sem que eu precisasse pensar muito – bem, pelo menos, não até dona Manuela começar a querer bancar a rainha das charadas e se divertir às minhas custas da maneira mais patética possível.
A minha amizade com Manuela era meio engraçada, digamos assim. Às vezes, era algo tão definido, tão metódico e inflexível que me dava preguiça só de pensar e, em outras, tudo simplesmente fluía. Embora fosse um episódio pequeno, as coisas tinham se resolvido em questão de segundos sem que eu precisasse pensar muito – bem, pelo menos, não até dona Manuela começar a querer bancar a rainha das charadas e se divertir às minhas custas da maneira mais patética possível.
Com um suspiro, sorri para ela e retomei meu lugar na esteira, sem a menor vontade de ligar aquela porcaria mais uma vez. Assim, foquei apenas na minha pequena agenda, tentando rever o que eu ainda tinha para fazer. Foi quando finalmente consegui enxergar minhas prioridades da forma que importava. Lá estava a data perdida do dia da prova do vestido e, um pouco mais distante disso, uma Manuela se arrastava para longe de mim. Algo estava errado por aí!
– Manu... E quanto aos nossos vestidos? Eu tenho que fazer a última prova e, caso você não saiba, o seu já chegou. Pelo menos segundo o planejamento, iam trazer do Canadá ainda ontem. – comentei, folheando a agenda mais uma vez – Aliás, vamos combinar que você não era tão fresca antes, né? Fazer eu arranjar alguém para ir buscar uma roupa quando você mesmo poderia ter trazido é o fim, né?
– Isso não é frescura, (Seu nome)! O
meu vestido custou os olhos da cara, lembra?
– Sinceramente, do jeito que você
enlouqueceu o coitado do designer, eu achei até barato. Se eu fosse ele, teria
cobrado bem mais caro só por ter que aturar suas chatices. – ri, voltando a
recuperar meu fôlego para exercícios – E, não reclame, porque foi você mesma
quem não deixou eu colocar o vestido na minha conta. Teimosia mais boba!
– Sobre isso, eu não vou voltar
atrás. – ela revirou os olhos, como se aquilo fosse uma proposta absurda,
quando na verdade não passava nem perto – Mas, vamos ao que interessa... Eu
preciso ver o seu vestido. Quando nós vamos resolver isso?
– Eu vou precisar remarcar isso,
porque a data correta já passou. Mas eu te aviso assim que conseguir acertar
tudo!
– Bom – Manu suspirou, voltando a
sorrir –, você sabe que eu não vim para cá só para ficar de enfeite. Qualquer
coisa que você precisar planejar, ajeitar ou rever, pode deixar comigo, porque
eu dou conta!
Assenti, continuando a correr no mesmo ritmo de antes, circulei com a caneta o telefone mais importante naquele momento, e voltei a replanejar tudo em minha cabeça, sentindo o mesmo frio na barriga que andava me destruindo dias antes de Manuela chegar. Era uma sensação boa e desesperadora ao mesmo tempo, mas, com toda a certeza, era algo muito melhor do que o balde de água fria que veio logo em seguida:
– Hã... Por falar nisso, eu prometi mostrar meu vestido a uma pessoa. – miou Manuela – O Justin, por acaso, pode ir com a gente?
Não!
Não! Nops! Nunca! No! Non! Nicht! Ikke! He! ليس! 不! ではない! Nem em um milhão de anos!
Assenti, continuando a correr no mesmo ritmo de antes, circulei com a caneta o telefone mais importante naquele momento, e voltei a replanejar tudo em minha cabeça, sentindo o mesmo frio na barriga que andava me destruindo dias antes de Manuela chegar. Era uma sensação boa e desesperadora ao mesmo tempo, mas, com toda a certeza, era algo muito melhor do que o balde de água fria que veio logo em seguida:
– Hã... Por falar nisso, eu prometi mostrar meu vestido a uma pessoa. – miou Manuela – O Justin, por acaso, pode ir com a gente?
Não!
Não! Nops! Nunca! No! Non! Nicht! Ikke! He! ليس! 不! ではない! Nem em um milhão de anos!
NÃO!
– E por que não?
– E por que não?
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Oi, gatinhas! E aí, como vão? Como anda o Carnaval de vocês?
Enfim espero que esse capítulo sirva para animar a noite de quem não curte muito essa festa e sirva também para acalmar um pouco aquelas que não saem dos blocos por nada e adoram uma ousadia e alegria, hahahaha.
Então, o capítulo de hoje será dedicado a Megan, que deixou um comentário super amorzinho no capítulo anterior e eu super amei, então, milhões de obrigadas, minha vida, e que você continue aqui comigo por muito, muito tempo, porque sua importância para mim é colossal! Te amo, bby! (:
Por hoje, é só!
(E, sim, gente, eu usei o tradutor, hahahahaha. Eu só domino relativamente bem três idiomas, sem contar o português, porque né? E, infelizmente, coisas como japonês, chinês e alemão ainda não estão entre eles... Choremos!)
ó eu aqui, enfim. palmas.
ResponderExcluireu n sei se eu disse antes, mas eu estou começando a ficar meio hipnotizada quando vejo noticias, um clipe, ou até simples fotos de Harry Styles.. isso ta meio estranho sabia? psasksd
serio, eu n sabia o quanto esse homem era tão.. tão.. meu(?) nao n.. tão.. tão.. lindo, amável, fofo, apertável *O*
mds..bote um homem desse na minha vida.
eu ja tinha perdido tanto capitulo que fiquei perdida aqui. Mas já me achei, inclusive achei muito tocante(literalmente) aquele capitulo com o Justin.
eu to com saudade dele.. vou reler alguns capitulos de temporadas anteriores pq cara..ta dificil a situação ate de aproximação hj em dia graças a uma mente muito má de uma garota fofa(ó a contradição hauaj)
to ansiosa pra esse casamento..pra ver Charles e Lucas sob o mesmo teto, cara eu quero tanto isso, ja to enjoando eu sei hauah
enfim minha linda, mil desculpas por n estar tão presente quanto antes. Sempre que estiver ao meu alcance eu dou um pulinho aqui e mato a saudade.
bjaaaao
Nany
Juliiiiii
ResponderExcluirEu sei que to sumida por aqui, tanto na minha fic, no twitter, quanto no blog, mas infelizmente, previsão de melhora vão ser férias, e só! <33
Eii, não sei o que deu aqui no blog, mas meu comentário sumiu quase todo '-' vou mandar de novo...
ResponderExcluirEles se beijaram. Eles se beijaram. ELES SE BEIJARAM!!!! AAAAHHH!!
Sério Juh, voce n faz ideia de quanto eu sentia falta disso, a coitadinha ficou toda confusa agora, aiai...
Manu minha algodão doce, que bom que vcs n estão mais brigadas *-*
Tô indo ler o 20, espero que mais um cap seja suficiente pra matar minha sede de ymmly (como se isso fosse possivel, rsrsrs)
Te amo mt Juh, beijinhos! <333