21 julho 2013

4. You Make Me Love You - Capítulo 15



                                               Homeless Heart



 Belieber's POV
 
    “Cinco dias. Se não der  certo, caia fora. Você nunca teve garantias”.

    Foi a primeira coisa que li pela manhã. Três frases que eu anotara ao redor do meu pulso na noite passada, com uma caligrafia completamente torta, embora isso não importasse muito. Estava escrito, registrado em minha pele e, apesar da enorme possibilidade de sair no primeiro banho que eu tomasse, aquilo tornava aparentemente minha decisão oficial e essa era a única coisa da qual eu tinha certeza. Escrever me ajudava a permanecer focada e a ter uma direção em que eu devesse seguir.  

   Visto isso, foi mais animador me levantar naquela manhã, mesmo que as imagens da noite passada não tivessem sido apagadas durante as últimas horas em que eu conseguira após muito esforço tirar um cochilo. Mas eu estava tentando começar de onde aquele dia merecia. Do zero. Sem me prender ao passado, assim como todos ali pareciam estar fazendo. E, apesar disso, eu também queria me livrar dessas expectativas, me livrar de tudo aquilo que me fazia esperar demais por coisas que eu sabia que não iriam se cumprir. Era mais satisfatório comigo mesma tentar desse jeito.

   Me pus de pé, devagar, preparando-me para seguir a ordem rotineira de todas as manhãs. Em um tempo muito mais curto que o usual, eu já estava com uma aparência, no mínimo, apresentável, embora minha vontade fosse de permanecer no conforto do meu pijama quentinho. Aliás, passava a ser tido como necessidade a considerar o frio cortante que fazia minha coluna parecer que ia se esfarelar, após congelar por completo.

Deixei o quarto sem cerimônias, seguindo até a sala de estar, no primeiro andar, que estava vazio, arruinando assim meus planos. Os maus hábitos estavam se tornando frequente demais naquela casa, fazendo-me sentir falta de um tempo em que eu era sempre acordada por terceiros por estar atrasada para o colégio. Eu reclamava na época, mas reconhecia que era bom ter companhia logo nas primeiras horas da manhã. Eu sabia que isso me deixava mais leve durante o resto do dia.

Sentei-me no sofá em uma posição que com certeza não era muito favorável a minha postura, mas eu não deveria me importava e realmente não o fazia. Peguei uma revista abandonada na mesa de centro e comecei a folheá-la, rendendo-me a falta de atividade. Como era de se esperar, não havia qualquer coisa interessante ali, apenas mais um monte de fofocas, boatos e especulações. No meio disso tudo, uma ou outra matéria sobre “como você não é bonita o suficiente e precisa entupir sua cara de maquiagem, consumindo nossos produtos”. Tudo tão vazio...

Comecei a considerar a ideia de retornar ao meu quarto e passar o meu dia enroladinha embaixo do cobertor, quando um barulho vindo da cozinha chamou minha atenção. O dia já estava claro o suficiente para que eu descartasse a hipótese de fantasmas me perseguindo. Assim, me disponibilizei a me levantar e ir checar com meus próprios olhos o que acontecia. Se fosse algo como uma aranha ou derivados, pensaria seriamente em ligar para os bombeiros, apenas por precaução.

Felizmente, à medida que eu me aproximava, a voz amável ia me deixando mais feliz por ter companhia. Pattie estava na cozinha, ocupando-se em preparar o café da manhã e tentando fazer com que esse parecesse mais saudável do que estava sendo nas últimas semanas. Ela não pareceu ter qualquer consciência da minha chegada silenciosa, me dando a opção de permanecer ali ou voltar para a sala, solitária e entediada.

 – Bom dia! – suspirei.
    – Bom dia, minha linda! – ela sorriu para mim rapidamente, antes de retornar sua atenção ao que fazia – Já de pé?
    – Eu não estou com tanto sono, assim. Fui dormir cedo ontem... – menti, parecendo convincente pela primeira vez na vida – Então... Você quer ajuda?
    – Ah, não precisa se preocupar...
    – Não é nada demais! – Insisti. – Eu não estou fazendo nada mesmo e, aliás, já faz bastante tempo que eu não fico com você direito, então eu estou ótima em permanecer aqui!

Pattie sorriu para mim, parecendo satisfeita com o que eu dissera e me deixando ter liberdade para fazer o que bem entendesse. Assim, pacientemente, separei uma toalha de mesa, colocando-a sobre tal, antes de começar a dispor de pratos, copos, talheres, frios, cereais, leite, frutas. Arrumando tudo geometricamente sobre a mesa, eu buscava uma harmonia que já obtivera. Soava estranha aquela cena, porque eu nunca gostara de colocar a mesa, decorada ou não, mas não ter que fazê-lo acabava por me deixar mais nostálgica.

 – Acho que acabei... – informei, mais cedo do que eu pensava.
    – Ótimo! – retrucou, embora não tirasse os olhos de sua ocupação – Pode deixar o resto comigo, (Seu nome)...
    – Bem, se você prefere assim...

Dei de ombros, aquietando-me enquanto pegava uma pera da fruteira. Observei aquela frutinha em minhas mãos e comecei a me perguntar sobre o trabalho do meu personal trainer, minha coreógrafa e minha nutricionista. Isso tudo sempre parecera pesado para mim, porque cuidar do corpo de uma garota viciada em doces – tentando fazê-la controlar isso e praticar atividades físicas – não era tarefa para qualquer um. Mas, bem ali, na cozinha da minha, digamos, terceira casa, eu observava todo dia, sem perceber, um trabalho físico e psicológico talvez ainda mais complicado.

 – Pattie... – Chamei, com cautela – Desculpe-me perguntar, mas... Você nunca se cansa? Quero dizer, você não tem vontade de voltar para a sua casa, para a sua rotina?
    – Bem... – ela virou-se para mim, com um sorriso ligeiramente suspeito – Na verdade, não. Aliás, apesar do motivo para estarmos aqui, eu gosto de poder ficar com meu Justin por tanto tempo. Eu não lembrava mais o que era isso...
    – Mas... Você não sente falta da sua casa? Do seu trabalho? Do seu tempo? – continuei.
    – Não há nada que não possa ser adaptado, (Seu nome)! – suas palavras pareciam tão distantes quanto seus pensamentos, como se ela nem tivesse precisado formular muito a resposta – Eu não me sinto como se eu estivesse muito distante da minha rotina normal, porque essa é a minha segunda casa e eu ainda tenho meu tempo. Eu saio às vezes, mas eu gosto de passar a maior parte do dia com o Justin, me faz bem. E, quanto ao meu trabalho, eu não estou muito diferente de você. Só fiz uma pausa e voltarei assim que parecer mais oportuno.
    – É, você tem razão... – falei, tentando não me sentir constrangida por ter perguntado e iniciado aquele tipo de conversa – Eu só fiquei um pouco...
    – Receosa? – ela completou rapidamente.

Pega de surpresa, eu não soube como responder aquilo, porque não era bem a palavra que eu usaria, mas talvez servisse melhor do que eu pensava. A morena virou-se para mim, dando-me total atenção e, inclusive, se aproximando. Senti um leve desconforto por não estar em condições de que alguém se aproximasse psicologicamente dos pensamentos que eu achava serem somente meus. Mas, mesmo assim, eu tinha consciência de que fora eu que começara aquela conversa e agora precisava aceitar a conclusão da mesma.

 – Achou que eu não tinha percebido logo que você começou a falar sobre isso? – indagou, sorrindo, enquanto afastava uma mecha de cabelo do meu rosto – (Seu nome), eu te conheço e sei que você não começaria a falar sobre isso, se não tivesse pensando em algo semelhante. Você está querendo voltar para casa, querida?
    – Bem, a considerar pelo modo como as coisas estão caminhando, eu não acho que haja outra opção para mim.
    – (Seu nome), você sabe que eu não costumo me intrometer muito na vida do Justin, mas, nesse caso, a situação é diferente. Você realmente tem certeza de que não quer que eu converse com ele sobre isso? Tem certeza de que não quer que ele saiba de um jeito mais fácil e direto?
    – Na verdade, não, Pattie... – suspirei, sem sequer analisar a proposta, já que não era a primeira vez que eu a ouvira – Sinceramente, quando você me sugeriu isso pela primeira vez, eu recusei, porque esperava que ele se lembrasse de toda uma história de modo natural e também porque eu não queria embaralhar a relação de vocês com problemas alheios a isso. Mas, agora, notando que não vai acontecer assim, eu também não me sinto confortável com essa hipótese. Justin parece feliz com a Manuela e jogar um balde de água fria nisso não deve mudar muita coisa. Nós já tentamos fotos e vários tipos de aproximação e eu acho que se ele realmente me quisesse de volta em sua vida, isso já teria acontecido!

Respirei fundo, após despejar todas essas verdades, me sentindo completamente cansada pelo desabafo. Felizmente, o profundo silêncio em seguida serviu perfeitamente para que meu interior se acalmasse, deixando que eu não me arrependesse de ter tirado o peso dessas palavras de mim. 

Sem eu precisar fazer qualquer expressão de dó, Pattie me abraçou suavemente e, embora seu tamanho fizesse parecer que eu a estava confortando, seu abraço era tudo o que eu estava precisando no momento. Como se sua voz doce e seu jeito de falar suave, chamando-me de “querida”, não fossem o bastante, ela precisava se tornar ainda mais perfeita me dando todo o apoio materno que eu estava precisando, sem admitir. 

 – Eu respeito a sua escolha, assim como irei respeitar e apoiar quando você decidir o que fazer, ok? – falou Pattie, me abraçando ainda mais forte – Só pense bastante, não faça nada precipitado.  E... Se mudar de ideia ou precisar de qualquer tipo de ajuda, não hesite em me procurar! Lembre-se que a primeira coisa que eu disse a sua mãe, por telefone, no primeiro dia em que te conheci, foi que cuidaria de você e é isso que continuarei a fazer, até mesmo quando você achar que não precisa mais de mim.
    – Eu sempre vou precisar de você, Pattie... – não pude deixar de sorrir entre as palavras – Obrigada, de verdade!

Beijei sua testa, antes de afinal nos afastarmos. Mesmo que isso soasse como o final da nossa conversa e eu não sentisse como se precisasse ou quisesse dizer mais alguma coisa, seus olhos claros me fitando pareciam me induzir a soltar todos os sentimentos e frustrações que eu estivera guardando para mim, nas últimas semanas. Mas eu não estava com vontade de reviver coisas que lutava para enterrar definitivamente e foi isso que me ajudou a escapar daquele poder e me centrar naquilo que meu coração pedia desesperadamente.

 – Falando na minha mãe, acho que eu vou ligar para casa... – afirmei, por fim.
    – Faça isso... Vai te fazer bem! – encorajou-me ela – Só não ouse utilizar isso como forma de se apressar a tomar uma decisão, ok? Você ainda tem tempo para pensar sobre isso, com muita calma!
    – Eu sei... – mordi os lábios, enquanto tentava fixar suas palavras em minha cabeça e colocar meu jeito impulsivo de lado – Então... Você não precisa mais de nenhuma ajuda por aqui?
    – Não. Eu estou quase acabando e ainda faltam alguns minutos para aqueles preguiçosos acordarem. Pode ir tranquila!

Assenti, antes de começar a me dirigir para fora da cozinha. Pattie esperou até que eu estivesse fora dali para poder voltar as suas atividades e isso me deixou levemente culpada por tê-la, possivelmente, preocupado com detalhes que não mereciam tanta atenção assim. Tentando afastar essa sensação e ainda, talvez, tranquilizá-la, sorri para ela, antes de desaparecer de seu campo de visão.

Eu sabia que estava tentando assumir um papel de mulher madura e decidida e, por este motivo, tornava-se muito difícil admitir que não havia nada que eu precisava mais naquele momento do que os meus pais e tudo mais o que poderia representar a segurança de um único lar e uma família. Pattie deixara isso óbvio para mim e, sinceramente, era um fato que me assustava. Me assustava bastante pensar em acabar jogando todas as minhas conquistas pessoais para o alto, já que eu não conseguia me manter segura sozinha.

Esperando que uma simples ligação pudesse acabar com a saudade e, consequentemente, com sentimentos não tão positivos, disquei rapidamente o número de casa e esperei, sem paciência, enquanto a chamada estava sendo efetuada. Mesmo sabendo que meus pais não podiam ficar o dia inteiro em casa e nem grudados no telefone, eu não gostava de esperar. Mas isso conservava um pouco a emoção, quando eu finalmente era atendida no quinto toque...

 – Alô? – a voz masculina em um perfeito português do outro lado da linha me pegou de surpresa.
    – Pai? – arfei, sem encontrar as palavras corretas para dizer.
    – (Seu nome)? – o tom de voz dele deixava claro que ele estava sorrindo, o que me fez sorrir involuntariamente também. – Filha, que saudades de você! Como a minha princesinha está, hein?
    – Pai, é você mesmo? – continuei com meu leve surto, dando pouca atenção às palavras dele – Pai, eu não acredito, é tão bom ouvir a sua voz! Eu estou definitivamente morrendo de saudades de você. Eu te amo, nunca se esqueça!

Eu não estava ficando louca ainda, mas era realmente verdade. Eu não conseguia acreditar que estava falando com meu pai, depois de tantos meses sem ouvir sequer a sua voz. Como o homem ocupado que sempre fora, ele acabava por não estar em casa todas as vezes que eu ligara. E, apesar de as conversas com a minha mãe serem como um delicado abraço em meu coração, falar com meu pai era diferente. Ele, mais do que muita gente, me via como sua eterna garotinha, o que significava que ele ainda me imaginava com as mesmas manias de algum tempo atrás, não gostava de me imaginar apaixonada por ninguém – embora ele não soubesse do pequeno problema que eu estava enfrentando, no momento – e, principalmente, esperava que eu ligasse em uma noite qualquer, pedindo para que ele viesse me buscar e levar para casa.

Era bom imaginar seus olhos brilhando ao falar comigo, mas eu esperava ficar longe dessa ideia de voltar para casa no Brasil, pelo menos por mais algum tempo.

 – Eu não vou esquecer... Eu te amo também, filha! – ele ficou um pouquinho mais sério, talvez surpreso pela minha pressa em preencher meses de conversa perdidos – Mas... Aconteceu alguma coisa? Quero dizer... Você parece nervosa? Está tudo bem, não está? Porque se tiver algo errado, pode me contar que eu vou aí resolver para você!
    – Não aconteceu nada, pai. Eu estou bem! – definitivamente, essa mentira estava ficando cada vez mais fácil de ser contada – Eu só... Estou feliz de ouvir a sua voz! Como eu disse, eu estou com saudades e eu nunca consigo falar com o senhor direito. A mamãe sempre atende e, quando eu pergunto sobre você, ela me diz que você não está. Se você não fosse meu pai, eu começaria a pensar que você está me evitando... Mas eu sei que você me ama, então essa hipótese não tem fundamento.
    – Bom, isso é verdade. – ele riu por pouco mais do que alguns segundos – Aliás, eu sinto muito por isso, eu gostaria de estar sempre aqui quando você ligasse, mas eu passei os últimos meses ocupado com milhares de coisas do trabalho. Só que eu estou de férias agora, o que significa que muito provavelmente estarei disponível sempre que você resolver ligar e, na verdade, eu espero que você faça isso mais vezes!
    – Vou tentar, prometo! Mas, às vezes, o tempo que eu acho que terei simplesmente desaparece, sem que eu nem note. É complicado...
    – Eu acredito... – seu suspiro quebrou meu coração, embora eu soubesse que a intenção não era essa – E, por falar nisso, como você está? Quando eu vou voltar a comprar álbuns seus ou viajar para algum show, hein?
    – Logo, eu espero... – respondi, com o máximo de sinceridade possível – Eu acho que só preciso resolver mais alguns detalhes por aqui, antes de voltar a trabalhar de verdade. Eu estou sentindo falta disso também!
    – E o Justin? Ele já está melhor? Se sim, vocês já terminaram?

Meu pai não fazia ideia da realidade da minha situação. A única coisa que chegara a seu conhecimento era que Justin sofrera um terrível acidente no final do ano passado, assim como todas as outras pessoas do mundo estavam sabendo. Mesmo que minha família devesse ter consciência desse fato importante da minha vida, não era fácil apenas dizer “ei, meu namorado, aquele que eu elogiei tanto quase obrigando vocês a gostarem dele, agora nem lembra o meu nome direito e está saindo com a minha melhor, aquela que eu tratei como irmã durante anos” para os meus pais. E outros conhecidos.

Eu ainda queria manter o pouco de orgulho e dignidade que ainda me sobrara, mesmo que esses se prendessem em formas toscas de ocultar a verdade!

Independente disso, as palavras de meu pai não foram interpretadas de uma forma maldosa, até porque o sonho dele desde que eu começara a namorar o Justin era que eu terminasse com ele. Mas que eu terminasse e não que eu fosse largada e ficasse a sofrer pelos cantos. Esse também era um ótimo motivo para que meu pai não ficasse sabendo de nada que acontecia ao meu redor, porque caso soubesse que eu estava sofrendo – mesmo que a culpa não fosse de ninguém, exceto minha – ele, com certeza, iria contratar pessoas competentes em matar outras e, então, teríamos uma terrível manchete de jornal sobre o assassinato de Justin Bieber.

 – Nós não terminamos, pai! – menti, me esforçando para não deixar que a voz falhasse – Aliás, ele já está bem melhor. Acho que ele deve voltar a ilustrar capas de revistas em breve, acabando de vez com todas essas notícias cheias de especulações sobre seu estado atual e ainda alguns boatos desnecessários!
    – Que pena! Você sabe que eu ainda não gosto dele, não sabe?
    – Sim. Assim como você não gostava do Lucas, do Chaz, de todo o resto dos meus amigos e de todos os garotos que já se aproximaram de mim...
    – Isso não é verdade! – se manifestou, como se eu tivesse dito alguma bobagem – Eu gostava um pouco do Lucas...
    – Pai!
    – Tudo bem, eu não gosto e nem nunca gostei dele! – admitiu, afinal – Você sabe que ele não é uma boa influência e, além disso, você sabe que eu tenho amigos que são pais das suas amigas e já ouvi algumas histórias não agradáveis sobre ele. Esse garoto parece que não sossega nunca. Eu ainda não sei o que você viu nele!
    – E adianta explicar, pai? – ri, surpreendendo-me ao descobrir que eu sentia falta desse jeito chato dele – De qualquer jeito, nada do que eu fale irá te fazer mudar de ideia. Então, vamos falar de outra coisa... Eu estou esperando surpreender vocês em breve!
    – O quê? Do que você está falando?

Já ia me prontificar a responder, utilizando de uma boa dose de suspense, quando ouvi um barulho na escada. Desviando minha atenção por alguns minutos, pude escutar com mais clareza os passos que desciam em direção à sala de estar e as vozes que ecoavam em uma animada conversa. Eram Justin e Manuela se aproximando, prontos para interromper minha ligação. Na verdade, eu poderia continuar ali normalmente, se não soubesse que ela – a cobra – entenderia perfeitamente tudo o que eu falava.

 – Pai, se eu contar, deixa de ser surpresa! – afirmei, apressando-me ainda mais – Bom, eu receio que tenha que desligar agora, desculpa...
    – Já? – sua voz mostrara que ele realmente não esperava por isso, o que me fez ter vontade de continuar com aquilo por, pelo menos, mais duas horas.
    – É, pai! – suspirei, sustentando meu desapontamento com a situação – Estão me chamando e... Além disso, eu não posso falar por muito tempo. Você sabe que essas ligações custam muito caro!
    – Ah, sim, imagino que o dinheiro gasto para falar com seu pai vá fazer muita falta em meio aos seus milhões ou bilhões de dólares. Coitadinha de você!
    – Você é tão bobo... – revirei os olhos, esperando que ele pudesse ver minha expressão – Isso foi só para ressaltar meu argumento, ok? A verdade é que estão me chamando e eu ainda nem tomei café da manhã, então eu tenho mesmo que desligar. Mas o que eu falei sobre uma possível surpresa é verdade, ok?
    – Espero que seja uma máquina do tempo que permita voltarmos à época em que você era bem pequenininha e ainda morava com a gente... – odiava o jeito como ele amolecia meu coração.
    – Bom... Não perca seu tempo tentando adivinhar! – pedi, rindo – Só relaxe e sinta a minha falta. Eu ligo logo para conversarmos mais, sério. Eu te amo, pai!
    – Eu também te amo, princesinha! Se cuida...

Então, eu desliguei a ligação, deixando um pedaço do meu coração encerrado ali também.
   Respirei fundo, ainda ouvindo as vozes do casal passarem pela sala e, provavelmente, seguiram até a cozinha, se afastando. Não fui capaz de sentir nada em relação a isso. A única coisa que realmente parecia importar no momento era eu mesma e eu sabia que o culpado disso era unicamente meu pai. Seu jeito único de fazer com que eu me sentisse importante estava dando resultados, justamente quando eu mais precisava. Pensando nele, eu comecei a lembrar que algumas pessoas gostavam de mim como eu era simplesmente e estava na hora de eu voltar a gostar disso também.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Capítulo 15, babys :) 
  Então, aí está. Eu não tenho nenhuma boa notícia hoje, exceto a de que eu estou "trabalhando" em uma surpresa para vocês. Surpresa que eu não sei se vai dar certo, mas eu realmente espero que sim, ok? Ok!
  Tá. Sobre os comentários de vocês e pedidos que o Justin volte a se lembrar da protagonista o mais rápido possível... E, bem, vocês sabem que não vai ser "vocês pediram, no próximo capítulo acontece!", não, não vai ser assim, porque I'm a bad, bad girl, rs (: Mentira, mas é porque se não iria ficar muito sem graça, muito maçante. Então, não, não vai acontecer AGORA, mesmo que vocês me odeiem por isso. O que eu posso adiantar para vocês é que nós vamos nos desprender um pouco dessa onda de sofrimento sem fim. Aguardem e saberão!

  Por hoje, eu deixo para vocês o link de duas fics super nenis. Uma delas é de uma leitora aqui do blog, a Carol, e a outra tem a colaboração dessa mesma leitora, junto a uma meiguinha chamada Milena. São estas, respectivamente:


http://running-from-myself-fic.tumblr.com/
e...

http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-justin-bieber-love-me-908470 


Enfim, por hoje, eu acho que é só!
Fiquem bem e... Feliz dia do amigo atrasado para as minhas coisas mais lindas do mundo! Obrigada por tudo, nenéns. Boa noite!

11 comentários:

  1. Juuh minha linda feliz dia do amigo atrasado tambem haha sz aaa vi que há uma luz pra "mim" rs vai acabar a onda de sofrimeento, palmas rs
    So pra vc saber..gosto do Cory e to meio q sentindo falta dele huahu..
    Bom..mesmo q demore pro Justin lembrar da minha insignificante pessoa, eu mal posso esperar por esse dia rs
    Noite em claro..o sono toma conta de mim aos poucos -_- boa nooite sz

    ResponderExcluir
  2. Postaaaaa e faz ele lembrar poxa... Assim a hist fica um pouco cansativa... Ele n lembra de nada ai fica sem sentido a hist. Bjsss amr amo sua ib mas faz ele lembrar logo pq ne

    ResponderExcluir
  3. juuuuuuuuuuh, vc n sabe como eu te adoro minina! hahaha amo teu Imagine, tá pfto! posso dar uma sugestão? então, coloca mais diálogos, pq ai fika mais fácil de ler ok??

    ResponderExcluir
  4. continua amor! Acho pfto seu IB, só que eu só queria dar uma sujestão construntiva (não ofensiva ok?), assim, eu acho que você devia colocar pra gente ser mais fria com a Manuela e desabafar com ela, aí o justin ve, ou algo desse tipo...Enfim, to adorando, parabéns! Meu tt: @cyrus_attack (n tenho conta aqui )

    ResponderExcluir
  5. Julianna!vc quer me matar né?,como assim ele vai demorar pra lembrar? TO BRAVA E VOCÊ NÃO É MAIS MINHA AZEITONA U.U . Boooom,tirando isso eu fiquei feliz por mim nesse capitulo :) eu finalmente vou parar de drama e curtir a vida -quem sabe eu pego alguem enquanto o Juba nao lembra de mim?- kkkkk cade o Lucas?me responda isso pleaseee,ele tem que aparecer pra botar a manuela na linha aquela vagabunda kkkk.
    Continua logo minha nao mais azeitona.
    Ágatha @yepdrew

    ResponderExcluir
  6. kkkkkkk..rindo com os outros comentários aqui..^^
    é vdd ficaria meio q sem sentido ele lembrar de algo agora, mas esse drama me consome, concordo que o Lucas deve aparecer logo e colocar a Manu nos eixos =P
    Essa hist. da surpresa me deixou Super Feliz, adoroo surpresas u.u
    Ameii o cap. Juú , e Feliz dia dos Amigos atrasadoo lol
    by: Juliana m°

    ResponderExcluir
  7. posta logooooooooooooo ki demora hein hihihi bjs amei!

    ResponderExcluir
  8. A Manuela me irrita demais, tenho vontade de a matar e a dar de comer ao monstro do lago ness! Eu espero ansiosamente pelo dia em que o Justin irá recordar a minha insignificante pessoa, mas essa espera e esse sofrimento faz com que quando esse dia chegar seja ainda mais especial. Continua, logo.

    ResponderExcluir
  9. Esta história me consome, parte o meu pobre coração e eu meio que posso sentir o "meu" sofrimento na vida real, cara é muito bem escrita!! E esta espera sofrida?OMB! Posta logoooo.

    ResponderExcluir
  10. Caraaaa, tá ficando perfeito! n qro mais ser amg dessa vagabunda da manuela rdhijnbru q menina idiota iuerhowjkldm ta mt bem escrita. continuaaa

    ResponderExcluir
  11. Juuh continua logo, to mt ansiosa pra ver oq a Manuela vai fazer quando o Justin se lembrar de "mim" rsrsrs... Amo sua IB ela é perfeita d+!!! Continua logo beiju
    By Juliana

    ResponderExcluir