03 agosto 2013

4. You Make Me Love You - Capítulo 17

                                                          Questionário


Belieber’s POV
    Eu tinha voltado a amar o antigo esquema de noite de filmes com os amigos. Então, eu estava no quarto de Chaz, deitada em sua cama, ao lado dele, cercada por mais e mais DVDs que havíamos achado pela casa e outros que havíamos alugado. Tinha ainda um balde de pipoca doce no colo do Chaz, mas eu nunca ligara muito para isso, então não fazia diferença, pelo menos para mim. Já o garoto ao meu lado mastigava o doce de uma forma devagar a barulhenta, ainda chateado por eu não ter feito brigadeiro – mesmo depois de eu já ter explicado mil vezes que não tinha os ingredientes necessários.

    Estava tudo bem divertido até o momento em questão em que Chaz colocou um filme de ação idiota em que tudo o que passa na tela é apenas muitas pessoas matando outras, sem uma história para sustentar toda essa matança. Até poderia me perguntar como aquele garoto poderia gostar de uma coisa dessas, mas percebi, perto da metade do filme, que ele lutava para continuar prestando atenção.

    Enquanto indícios de violência transbordavam da tela da televisão, eu me distraia folheando uma dessas revistas para adolescentes ingênuas e iludidas. Embora eu nunca tenha gostado desse tipo de coisa, precisava admitir que em muitos momentos da minha vida eu era uma garota ingênua iludida e não me orgulhava disso. Mas, independente de reflexões e qualquer baboseira filosófica, eu já tinha passado por várias páginas que falavam sobre maquiagem e cabelos – uma dessas páginas tratava sobre um penteado que eu usara há milênios em uma premiação e eu fiz uma setinha apontando para o meu rosto.

    Havia acabado de ocorrer uma batida de carro no filme, quando eu finalmente cheguei à parte sobre garotos ou, em uma tradução melhor, a parte em que eles transcrevem as respostas que garotos supostamente perfeitos dariam a algumas determinadas perguntas. Seguramente, o conceito de perfeição era algo muito particular, considerando o fato de tudo aquilo não ser nada adequado ao meu ponto de vista... Pelo contrário, para mim, parecia até meio assustador o nível de amabilidade desses meninos entrevistados. Muito falso!

    – Chaz... Posso te fazer uma pergunta? – indaguei, pensando em comprovar minha teoria, afinal.
    – (Seu nome)... – ele suspirou, antes de dirigir vagarosamente seus olhos até mim – Você não está prestando atenção no filme, não é?
    – Ah, Chaz, para de graça! – resmunguei, sentando-me ao seu lado e reforçando o meu olhar de censura – Nem você mesmo está conseguindo aguentar essa porcaria que dizem ser um filme!
    – Mas é claro que eu estou vendo e gostando muito, caso você não tenha notado...
    – Ah, sim... – concordei, sarcástica – E eu posso saber do que se trata esse achado do cinema?
    – Hã... Bem... Veja bem, é um filme muito complexo, sabe? Eles estão, bom, estão... – ele franziu o cenho, involuntariamente, tentando criar uma explicação para si mesmo – Estão tentando não ser mortos. Viu? É interessante!
    – Tudo bem, Chaz. Primeira pergunta...
    – Ah, meu Deus, dê-me forças para aguentar essa menina durante o resto da noite! – murmurou não baixo o suficiente para que eu não ouvisse.
    – Então... Quais são as cinco coisas que você mais gosta em uma garota?

    Houve um silêncio profundo, enquanto eu esperava uma resposta que não viria. Fitei Chaz, concentrando todas as minhas expectativas no olhar, mas a expressão dele parecia confusa por si só. Ele encarava o vazio a sua frente, com a testa completamente franzida. Felizmente, alguns longos segundos depois ele virou para mim e sua expressão se amenizou um pouco, mas ainda questionava seriamente o meu nível de sanidade ou o nível de profissionalismo daqueles que editavam essa revista.

    – Que tipo de pergunta é essa? – perguntou, por fim.
    – Eu não escrevi isso, ok? Eu só estou lendo algo que você deve responder. Não poderia ser mais simples... Então, responda! – ordenei, nem um pouco amigável.
    – Mas... Essa pergunta é tão boba e sem sentido que nem vale a pena responder. Essa revista deve pagar muito bem a esses garotos para fazerem a isso, porque é ridícula demais!
    – Tudo bem, tudo bem, só que não é isso que eu estou perguntando. Quais são as cinco coisas que você mais gosta em uma garota?
    – Hã... O fato de ela ser uma garota? – suas sobrancelhas se arquearam, como se sua resposta fosse óbvia demais para precisar ser dita.
    – Eu poderia te repreender por isso, mas você é você, o que significa que não iria levar isso a sério mesmo, então... Qual a segunda coisa?
    – Eu não sei se há algo a acrescentar, depois de “o fato de ela ser uma garota”, mas... Já que você insiste, a segunda coisa seria o fato de ela se chamar ou não Caitlin Beadles. Se esse não for o nome dela, desista, porque eu não irei gostar de jeito nenhum!
    – Eu até acharia isso fofo, mas... – o sorriso que surgiu após suas palavras começou a desaparecer lentamente. – Eu vou fingir que você não disse isso e considerar o fato de você gostar muito de mim, então... Qual a segunda coisa que você gosta em mim, tirando o fato de eu ser uma garota?
    – (Seu nome)... – sua expressão incrédula me assustou por um minuto – Você é uma garota? Ah, meu Deus! Agora, tudo faz sentido.

    Fuzilei Chaz com o olhar, esperando que ele se desintegrasse diante da minha raiva ardente, mas isso tudo só servia para deixá-lo ainda mais satisfeito dos efeitos de suas gracinhas fora de hora. Cheguei a pensar em bater nele até que sua pele começasse a mudar de cor, mas era o Chaz, o que significava que apenas continuar fazendo as perguntas já pareceria torturante o suficiente para ele e, consequentemente, agradável demais para mim.

    – Vou fingir que não ouvi isso, Charles! – resmunguei, irritada – Próxima pergunta...
    – Achei que depois disso, iríamos parar. – respondeu de má vontade – Como isso ainda pode piorar, hein, (Seu nome)?
    – Ok, obrigada por sua gentileza e boa disposição! – ri, deixando cair uma pequena gosta de sarcasmo – Enfim, diga-me, o que uma garota tem que fazer para te levar à loucura?
    – Tirar a roupa rapidamente!
    – Chaz!

    Ele me olhava de um modo ainda desafiador, deixando claro que fizera aquilo só para provocar minha ira. De qualquer jeito, não adiantou, mas serviu para que eu começasse a pensar sobre essa resposta idiota. Afinal, sempre soube que 90% dos homens adoram quando as mulheres despem-se rapidamente, porque isso significa sexo o mais cedo possível, mas ainda assim acabava com toda a sensualidade do momento. Que graça teria?

  Ah, por que isso parecia importante? Eu já não me lembrava mais do significado da palavra “sexo”. O que é isso? O nome de algum planeta do Sistema Solar? Provavelmente, voltei a ser virgem.

    – Tudo bem... – ele suspirou, enquanto largava o balde de pipocas de lado – Você quer uma resposta séria? Bom, sabe aquelas garotas com cara de anjo e que parecem ser bem quietinhas? Eu me descontrolo quando esse tipo me olha fixamente, com uma expressão safada e, depois, morde o lábio da maneira mais sexy possível. É como se ela estivesse implorando para que eu a levasse para um canto qualquer e a pegasse de um jeito de que ninguém jamais fora homem o suficiente para fazê-lo.
     – Uau! – minha surpresa pulou da boca como se eu não conseguisse controlar a mim mesma – Isso foi bem sincero, mas... Por que quando você fala sobre cara de anjo me faz pensar que estamos falando da Caitlin, hein?
    – Mais ou menos. – um sorriso se desenhou em seu rosto – Ela fez esse tipo de coisa às vezes, mas... Com ela, não é só apenas uma coisa ou outra, sabe? É mais pelo conjunto de tudo o que ela é.
    Suspirei como se tivesse acabado de ler um capítulo de algum exemplar de Romeu e Julieta. Mas era ainda melhor!
    – Sabia que eu amo o modo como vocês não tem nada a ver, mas ainda assim combinam como nenhum outro casal? É tão inesperado e, ao mesmo tempo, tão perfeito. Nunca deixe isso escapar por nada, ok?

    Ele assentiu levemente sem graça e, eu acabei sorrindo ao notar como os olhos dele brilhavam apenas ao pensar e falar sobre ela. Caitlin era uma garota de infinita sorte – e paciência maior ainda – por ter Chaz sendo todo e completamente dela. Mesmo que, como todo homem, ele não admitisse, a verdade era que o mesmo havia desenvolvido a necessidade de ter Cait em sua vida e, basicamente, era uma boa coisa. Minha certeza consistia no fato do equilíbrio da personalidade de ambos, que com aspectos tão diferentes, completavam uma a outra.

    – Então... Próxima pergunta? – continuou, voltando a se concentrar no pequeno jogo que fazíamos.
    – Hã... – precisei de um minuto para localizar a pergunta que se adequasse mais para o padrão de idiotice de Chaz – Bem, não é o seu caso agora, mas vamos fingir que sim e continuar. Então, o que você faz quando você está gostando de uma garota?
    – Bem... Você quer dizer gostar, gostar mesmo, tipo amor ou... Eu não sei, só atração? – ele estava começando a prestar mais atenção no que eu falava.
    – Gostar, amar... – esclareci, mesmo que a pergunta não deixasse tão claro assim.
    – Sinceramente, começaria a tramar vários planos para me suicidar! – respondeu, rapidamente – Estar com alguém que você gosta é indescritivelmente bom, mas estar apaixonado é como se você assinasse um contrato para ceder todo o seu bom senso. Não dá para falar com a pessoa sem que seu coração pareça que vai sair pela boca, não dá para ficar perto dela sem perder total controle das reações do seu corpo, não dá para não parecer um babaca. Aliás, você automaticamente se torna um babaca!
    – Hum... – meus olhos se estreitaram – Não sei se concordo ou não, mas eu não acho que tenha ficado assim, nas vezes em que eu me apaixonei...
    – (Seu nome), sem mentiras, por favor...
    – Ei, não estou mentindo! – falei, elevando o tom de minha voz – Posso saber do que o senhor está falando, moço?
    – Eu estou falando sobre quando a senhorita se apaixonou pelo Justin. Se lembra? Foi um bom final de ano, mas talvez nem tanto para você, que ficou sobre os efeitos torturantes de gostar de alguém... Não diga que não!
    – Eu gostaria muito de discordar, Chaz, mas... Acho que você sabe muito bem, já que passou por um longo período irradiando amor pela Caitlin, com a sofrível dúvida de ser ou não correspondido! – provoquei.
    – Isso é golpe baixo!

    Ri, embora não soubesse exatamente por qual motivo. Chaz até que era divertido, mas nada poderia iluminar tanto minha mente, quanto pensar sobre aquele final de ano, aquele beijo, aqueles momentos, meu coração querendo pular do peito ao simples toque ou aproximação inesperada... Na época, essas reações me irritavam muito, porque me apaixonar por uma celebridade era o último dos meus planos. Agora, eu implorava internamente para que tudo isso voltasse. Um tempo de responsabilidades de menos e beijos demais. Queria poder dizer que ainda sentia isso, mas o gosto em meus lábios começava a sumir, assim como a facilidade de meu coração reagir a qualquer um que não fosse o Justin.

    – Então... Passamos para a próxima pergunta? – indagou Chaz.
    – Sim! – suspirei – Olha... Essa é boa! O que você faria se a sua namorada extremamente idiota esquecesse completamente de você e seu melhor amigo traidor ridículo e falso tomasse o seu lugar, fingindo ser o namorado perfeito e compreensivo dela, hein? O que você faria?

    Tudo bem, eu não deveria ter deixado esse surto de loucura se transformar em pergunta, mas quando dei por mim, já havia disparado tudo e estava respirando como se tivesse voltado aos meus dias de descontrole...

    – (Seu nome) – ele me fitou calmamente, parecendo impaciente –, você está bem? Quer um remedinho?
    – Por quê? – perguntei, fingindo não ligar para seu julgamento equivocado sobre a minha sanidade.
    – Você sabe que essa pergunta não está na revista, não é?
    – Pode até não estar nessa daqui, mas muitas revistas tem esse tipo de pergunta como uma forma de reflexão pessoal. Talvez, eles tenham se esquecido de incluir isso na edição... – dissimulei, trabalhando bastante na minha expressão de inocência.
    – (Seu nome)! – seu tom de repreensão me pegou de surpresa.
    – Tudo bem, Chaz, tudo bem... Não tem mesmo essa pergunta aqui, mas, em minha defesa, a culpa é toda sua. Foi o senhor que começou a falar de passado, Justin e todo o resto das coisas desnecessárias. Além disso, você só vai responder uma pergunta e não decidir toda a sua vida. Ou a minha. Você só precisa responder...
    – Nossa, você fala bastante, hein? – interrompeu, olhando fixamente para mim.

    Sem poder discordar ou mesmo controlar meus impulsos, apenas suspirei, voltando minha atenção novamente à revista. Voltei a me acomodar na minha posição anterior e recomecei a folhear a revista novamente, quase chegando à seção de humor e de horóscopos, que eram as que eu mais gostava quando tinha contato com algo do tipo. Em silêncio, esperei até que voltasse ouvir a mastigação pausada de Chaz, mas não aconteceu como eu esperava. Ele apenas continuou quietinho onde estava.

    Embora admitir algo não fosse o meu forte, havia sim uma razão para ele ter se chateado comigo. Deveria ser insuportável me ver falando que iria parar com esse comportamento e voltando a fazer tudo exatamente igual sempre que tivera chance, mas dessa vez eu realmente não tinha outras intenções a não ser saber o que outras pessoas fariam no meu lugar. Eu só queria ter algo com o qual comparar minhas ações para, desse modo, identificar se eu estava ou não fazendo o certo, para mim mesma. Porém, isso não era problema de ninguém, se não meu.

    – Olha... – sua voz baixa me pegou desprevenida, quase me fazendo pular da cama – Se eu estivesse em uma situação como a sua, eu tentaria ser racional como você está sendo, mas você me conhece... Eu não conseguiria suportar essa pressão por muito tempo. Em algum momento eu simplesmente explodiria e contaria toda a verdade querendo ela saber ou não. Mas isso porque eu não sou como você...

    Chaz definitivamente me pegou de surpresa, me deixando sem palavras. Ele não tinha a menor obrigação de fazê-lo, mas respondeu minha pergunta boba simplesmente por se preocupar comigo e entender minha aflição diante de toda aquela atmosfera internamente tensa. Além disso, ainda fez a gentileza de ser completamente sincero e de não me julgar pelas minhas atitudes, que às vezes eu mesma não entendia.

    – Porém, se há algo que eu não compreendo é o motivo pelo qual você já decidiu ir embora, mas mesmo assim continua aqui se magoando com isso... – completou.
    – Eu tenho meu orgulho, oras! – berrei, de imediato, involuntariamente.
    – Não sei se sou burro ou algo do tipo, mas continuo sem entender!
    – Chaz... Eu não posso ir embora e deixar o meu garoto com aquela vadia. – esclareci – Pelo menos, não sem me esforçar antes, sabe? Eu não me sentiria uma mulher de verdade, se fizesse isso.
    – Normalmente, esse tipo de pensamento é típico masculino! – assinalou, pensativo – Mas esqueça! Eu só quero saber, considerando tudo isso que você acabou de falar, o que pretende fazer, hein?

    Essa era a questão principal. Ironicamente, todas as respostas que eu tinha se baseavam em algo que eu aprendera nos filmes idiotas de romance que eu assistira durante toda a vida. Eu não sabia se era a melhor opção pensar daquela maneira, mas eu não tinha muitas outras experiências em que eu pudesse me basear. Ainda mais quando, apesar de tudo, eu tentava negar para mim mesma que Justin havia sido uma perda de tempo tão grande quando Rodrigo fora.

    – Eu não sei bem ainda! – respondi, quase sussurrando, sem ter coragem o suficiente de falar meu plano idiota em alto e bom som – Às vezes, eu só sinto que tenho que ficar com meus amigos e me esquecer disso, como as pessoas normais costumam em fazer relacionamentos normais.
    – Então, eu acho que eu estou cumprindo um bom papel como forma de apaziguar seus sentimentos ruins, correto? – identifiquei o tom esperançoso em sua voz, tarde demais.
    – Na verdade – minha sinceridade não deveria se mostrar tão necessária –, eu estava pensando em gente nova. Novos amigos. Novos ares. Você sabe...
    – O quê? – suas sobrancelhas se arquearam – Você está dizendo que eu sou um nada? Eu estou aqui igual um idiota, mas eu não sou bom o suficiente para ser o amigo que você precisa é isso mesmo, (Seu nome)? Eu sou um lixo descartável? Bom saber!

    Chaz estava ultrapassando os níveis normais de drama e de expressão desolada, enquanto cruzava os braços, parecendo uma criança frustrada. Ainda parecendo desapontado, ele puxou novamente o cobertor para o próprio corpo e, então, voltou a fixar sua atenção somente na televisão. Eu provavelmente deveria me sentir um poço de culpa por tê-lo deixado chateado com a minha má escolha de palavras, mas eu também não estava acostumada a ter contato com esse lado falsamente sensível de um dos meus melhores amigos. Aparentemente, alguém estava precisando ser mais mimado do que o normal!

    – Chaz – miei, largando a revista de lado pela primeira vez –, você sabe que te amo, então pare de dramatizar tanto, ok? Você é um dos meus melhores amigos e nenhuma pessoa nova vai substituir você, mas eu preciso sentir que minha vida está mudando. Eu não aguento mais ficar parada nesse capítulo interminável e, ao mesmo tempo, eu sinto como se estivesse presa nele!
    – E por que você não rasga logo essa parte do seu livro? Ah, espera. Você está ocupada demais com seus novos amigos para poder fazer isso! – continuou ele, como se estivéssemos em um teste para alguém filme de drama.
    – Chaz...
    – Então... Você quer terminar de ver o filme comigo ou prefere que eu chame um dos seus novos amigos para fazer isso com você?
    – Você sabe que se não fosse por você, eu nunca veria um filme tão chato quanto esse, não é? – falei, dando ênfase a cada palavra para deixar claro o quão desinteressante era aquela experiência.

    Correspondendo a minha estranha maneira de ser fofa, ele apenas ajeitou o cobertor para mim também e sob esse eu me acomodei, delicadamente, pegando o meu celular, jogado em algum canto qualquer da cama. Logo que me coloquei a seu lado, Chaz apenas me envolveu com seus braços, me abraçando da forma mais carinhosa possível. Era nessas poucas horas que eu quase me arrependia de ser sempre tão chata com ele, mas eu sabia – na verdade, nós dois sabíamos – que se não fosse assim, a nossa amizade não seria tão especial e eu definitivamente não conseguia imaginar como viver sem isso.

    – E você? – sussurrou ele, com os lábios a poucos centímetros do meu ouvido – Sabe que a única pessoa insuportavelmente chata que eu aguento é você, não é?

    Insuportavelmente chata. Esse era o seu jeito inconveniente de dizer que me amava, mas eu gostava.

    Com um pequeno sorriso idiota no rosto, me aninhei a seu peito, afundando o resto em sua blusa e sentindo o cheiro maravilhoso de seu perfume natural. Mesmo sem saber quando arranjei essa estranha mania, eu adorava me embriagar com aquela sensação boa de segurança e apoio que só meus amigos me ofereciam. Apesar do conceito de “amigo” ser um pouco duvidoso para mim, desde que Manuela aconteceu, eu conseguia facilmente perceber que Chaz não iria me fazer querer mudar o significado dessa palavra.

    Ainda sem me importar tanto com o filme que estava chegando ao fim, tomei meu celular em mãos e entrei no twitter, começando a digitar uma DM, que começava exatamente com o número do meu celular. Eu não tinha ideia de onde aquela coragem surgira, mas eu precisava começar a me permitir mais, correr mais alguns riscos ou então jamais faria o que Chaz me propôs: rasgar esse capítulo. Pensando nisso, terminei de digitar a mensagem...

    “Então, esse é o número da (Seu nome). E eu espero que você ainda se lembre dela. Caso contrário, talvez você deva dar uma olhada nas revistas da sua irmã... Hahahaha.
     Me liga!”

    Li a tela do celular mais duas vezes, antes de achar que estava bom suficiente. Com o dedo prestes a clicar em “enviar”, olhei discretamente para Chaz, que conseguira, afinal, se concentrar no que estava passando na televisão. Eu não tinha certeza se ele iria concordar com o que eu estava fazendo, mas o seu repentino toque em meu cabelo me tranquilizou, lembrando-me novamente do modo como ele apoiava...

    Com um suspiro e um único clique, eu enviei o número do meu celular para Cory.

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Capítulo 17, gatas (:
   Então, é isso, eu espero que vocês tenham gostado e... Na verdade, eu não tenho previsão para postar o próximo capítulo, mas eu vou tentar ir adiantando algumas coisas essa semana para assim deixar alguns já arquivados aqui e programados, para o blog ir postando automaticamente, porque eu estou em um período que eu mal tenho tempo para mim, sabe? Mas paciência!
    Por hoje, vou deixar o link de duas leitoras aqui, a da Juh e a Mellanie (menina, seu nome é perfeito. Amo demais, hahaha), respectivamente:
  
http://fanfictionbelieve.blogspot.com.br/
  e...
  http://melswag160.blogspot.com 

 Então, gente, é isso. Eu gostaria de pedir desculpas, porque essa meninas lindas já pediram para eu divulgar há muito tempo, mas com o ritmo de frequência de postagem desregulado, eu entro aqui muito de vez em quando e acabo esquecendo. Então, a todas vocês que me pedem para divulgar suas ibs, CALMA! Eu não estou ignorando você, ok?! Eu vou divulgar assim que der, mas eu prefiro fazer assim (no máximo, divulgação de dois blogs por postagem, porque se eu colocar uma lista enorme há menos chances de quem passa por aqui parar para ver, sabe?! Menos links chamam mais atenção).
  E a todas vocês que me pedem a opinião sobre suas fics, não pensem NUNCA que eu estou desprezando vocês ou tratando-nas como inferior, porque vocês estão começando agora. Eu nunca faria isso. O problema é que eu mal tenho tempo para dar conta do meu blog e de tudo que eu tenho para fazer (acho que vocês já notaram isso), então é raro eu ter tempo para ler ib, mesmo que eu adore ler fanfics. De qualquer modo, saibam que eu sempre favorito os links que vocês me mandam, para ler no futuro, assim que tiver tempo. Então, relaxem, porque são muitos, mas alguma hora, vai ter um comentário meu no seu blog. Se isso acalma o coraçãozinho de vocês, fiquem sabendo que eu fico muito feliz em saber que vocês consideram minha opinião importante! (:
  Eu espero que entendam e não fiquem chateadas comigo. Por hoje, é só, bebês. Adios!

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