04 abril 2013

4. You Make Me Love You - Capítulo 8


Reconhecendo o inimigo

Música do capítulo: Better than Revenge - Taylor Swift


Belieber's POV

  
Não tive problemas  para recolher toda a minha coragem e me preparar para usá-la, afinal, eu tinha total certeza de que Manuela estaria sozinha e possivelmente mais vulnerável. Justin e Chaz tinham saído para acompanhar Jeremy e as crianças até o aeroporto, onde eles tomariam um voo de volta para casa. Assim, eu sabia que Pattie estava ocupada e sua atual nora estava solitária no quarto, o que significava que era a hora perfeita para um possível confronto.

   Utilizando dos meus melhores conhecimentos de séries investigativas, permaneci parada próxima à porta dos aposentos de Manu, esperando ouvir alguma coisa – talvez, ela pudesse estar planejando seu plano maligno em voz alta. Mas o silêncio ali era tão contínuo, que me fazia questionar se realmente havia alguém lá dentro. Aliás, do jeito que as coisas estavam, era possível que Manuela estivesse no quarto de Justin ao invés de no seu próprio.

   Impaciente, abri a porta sem me importar em bater, afinal, todas as regras de educação deixaram de ser necessárias quando ela resolveu me esfaquear em silêncio. Obviamente, acabei me surpreendendo com a cena vista, porque Manuela estava apenas deitada em sua cama, lendo um pequeno papel que segurava diante de si, o que era bem diferente da cena que eu pensei que veria – algo relacionado com a caverna de uma bruxa e um caldeirão com alguma poção de cheiro desagradável.

   Os meus estereótipos de vilã de conto de fadas eram claramente uma forma que eu arranjei de camuflar a realidade. Para mim, era muito mais fácil imaginar que minha suposta amiga tinha se transformado em uma pessoa má da noite para o dia por algum motivo, que eu nem precisava saber, a ter que perceber que ela permanecera exatamente como era antes. Em outras palavras, era o mesmo que perceber que eu sempre estive com uma falta dissimulada do meu lado e fora cega durante tanto, tanto tempo.

   Eu não tinha ideia do que havia naquela simples folha de papel, mas parecia ser importante o suficiente para fazer com que Manuela não percebesse minha presença naquele quarto. Ou, talvez, ela já tivesse feito o favor de me excluir de sua listinha idiota de prioridades. Aliás, surpreendentemente mesmo era pensar que em algum dia qualquer, eu ainda estive presente nessa.             

   – Manuela... – chamei, cautelosa.

   Oficialmente, eu era invisível, porque ela deu um pequeno grito ao ouvir minha voz em seu quarto e então acabou caindo do outro lado da cama. Eu teria rido, mas não era tão engraçado assim. Mas, por exemplo, se eu risse, enquanto pisava em cima dela definitivamente seria engraçado e interessante. Ao invés disso, me limite a fechei a porta com cuidado, atrás de mim.

   – Tudo bem? – perguntei, sem a menor vontade de saber.
   – Hã... Sim, claro! – respondeu, ainda no chão – Eu só... Não tinha percebido que você estava aí. Me desculpe!

   Manuela demorou um pouco mais do que eu esperava para se levantar e, quando o fez, se apressou em guardar o papel que estava lendo há segundos atrás. Minha curiosidade para saber o que estava escrito ali veio e passou em um único minuto, já que com certeza não poderia fazer muita diferença diante do real problema com que eu deveria me importar, de verdade. Embora eu fosse muito competente em me dispersar rapidamente quando tinha que encarar algo desagradável, daquela vez não estava disposta a isso.

   – Então, aconteceu alguma coisa? – perguntou Manuela, antes que eu pudesse fazê-lo – Os meninos já voltarão?
   – Na verdade, não! – admiti – Eu vim aqui porque eu estava querendo conversar com você, se não houver problemas. Eu pensei em trazer um sorvete para fazer como costumava ser antes, mas... Eu não acho que o clima de hoje combine muito com coisas geladas!

   Minhas mentiras enroladas e dissimuladas não foram suficiente para quebrar o gelo. Pelo contrário, só fez com que eu me sentisse ainda mais estranha em estar trazendo para o presente, fatos de um passado tão distante, mas incrivelmente confortável. Ainda assim, como arrependimento não traz os momentos de volta, eu tive que sorrir após falar tanta besteira em um mesmo período.
 
   Ainda com cautela, me sentei na ponta da cama, sentindo como se estivesse me acomodando na armadilha do inimigo. Porém, diferente do que eu pensava, foi Manuela quem pareceu intimidada com essa pequena ação. Sua expressão se fechou por um minuto, enquanto ela fingia não estar me encarando. Era óbvio que minha amiguinha idiota não esperava que eu, a tapada, tomasse alguma atitude ou, pior, fosse me manifestar para falar com ela.  

   – Conversar? – repetiu, claramente receosa – Você acha que é uma boa hora? Quero dizer... Já está tarde. Não seria melhor deixar para amanhã?
   – Não... – respondi, calma, fingindo que não sabia o motivo para seu nervosismo – Acho que de manhã estamos sempre ocupadas com alguma coisa, então, agora é a hora perfeita. A menos que você esteja ocupada com algo...
   – Eu estava... – houve uma pausa breve, enquanto os olhos de Manuela se desviavam rapidamente até a mesa de cabeceira e depois voltavam para mim – Na verdade, não era nada. Diga-me sobre o que você está se preocupando dessa vez, que a fez com que me procurasse, hein?
  
   Respirei fundo, enquanto engolia por completo o ódio que senti ao escutar essa frase. Como era possível que ela falasse assim, como se nós estivéssemos em mais uma tarde de estudos na casa dela? Como ela podia ainda fingir que se importava com qualquer problema que me apetecia? E o pior de tudo... Como ela poderia não saber que tudo o que me preocupava era exatamente sua atitude detestável?

   – Não é para isso que eu vim aqui, ok, sua sem graça? – continuei, ainda determinada a parecer a mais pacífica possível – Eu vim aqui hoje para falarmos sobre você... Tudo bem?
   – Espera! Falar sobre mim?
   – É... Acho que não conseguimos conversar direito desde que você chegou aqui e eu gosto de saber o que está acontecendo em sua vida. Quero dizer... O que você tem feito? – Além de roubar meu namorado, vadia. – O que você achou da sua formatura? O que você vai fazer daqui em diante? E para o Brasil, você pretende voltar?

   Obviamente, eu não estava interessada na resposta de nenhuma daquelas perguntas, mas tinha que começar por algum lugar, embora eu tivesse escolhido as piores questões possíveis.  Primeiro, porque eu sabia que a prioridade dela desde que chegara era fazer da minha vida uma droga. Segundo, porque provavelmente ela se sentiu livre após a formatura – incrivelmente comum a qual fui obrigada a ir. Livre para me apunhalar pelas costas. E, terceiro, porque a única coisa que eu realmente queria ouvir era “Bom, eu estive pensando sobre isso e vou voltar para o Brasil hoje. A propósito, mandei uma mensagem para o Justin, explicando que está tudo acabado entre nós!”

   Mas, infelizmente, a única coisa dita foi...

   – Isso é um interrogatório, senhorita curiosidade?
   – Claro que sim! – forcei uma risada idiota – Eu tenho o direito de saber dessas coisas e também de ser curiosa, ok? Afinal, nós somos amigas, não é?

   Tive que ser forte para ignorar a ânsia de vômito que senti logo após pronunciar a palavra “amigas”, enquanto continuava olhando para aquela jovem morena com cara – apenas cara, mesmo – de personagem meiga de desenho animado.

   – Tudo bem! Você está certa! – concordou ela, por fim. – Mas, eu sei lá, não sei por onde começar. Acho que muita coisa mudou nos últimos meses e... Eu não sei se sou competente o bastante para resumir isso tudo!

   Manuela sustentou meu olhar por alguns segundos incrivelmente longos. Longos o suficiente para que eu achasse que poderia decifrar todos os significados de suas palavras. Porém, possivelmente ela percebeu o mesmo e desfez o momento rapidamente, levantando da cama e acabando com qualquer contato visual. Sinceramente, seria menos patético se ela levantasse uma plaquinha, apontando-se como culpada.

   – Bom, eu estive tentando organizar a minha vida nos últimos meses. Você sabe... Com toda a bagunça de intercâmbio, coisas tão diferentes e também a pressão da formatura, eu estive pensando e vou dar um tempo, antes de começar realmente a faculdade! Eu deveria pensar em fazer isso no Brasil, mas eu ainda não tenho certeza sobre nada!

   O colégio em que Manuela estava estudando e morando nos Estados Unidos seguia um programa letivo diferente de muitas escolas americanas. Mais do que isso, ela fizera alguns outros cursos típicos de intercambista e assistira palestras durante um tempo, com o intuito de ajudá-la a se adaptar não só a um colégio estadunidense, mas à vida de uma cidadã dos EUA fora do seguro ambiente escolar. Era como se todo o programa de intercâmbio dela a incentivasse a esquecer de vez o Brasil e permanecer para sempre no país. E, claro, ela, com certeza, adorara a ideia!

   – Na verdade, eu nem me decidi realmente o que eu quero para mim! – admitiu, enquanto mexia nas gavetas do armário – Meus pais sonham que eu escolha advocacia e eu até que gosto de argumentar, mas... Meus olhinhos andam brilhando para medicina e eu estive pensando também em partir para algo mais artístico. O que você acha de artes cênicas?

   Teatro? Do jeito que você é dissimulada, vai longe em uma carreira como essa!

   – Arriscado! – minha expressão se fechou suavemente, enquanto eu fingia refletir sobre essa opção – Mas, se você quer, por que não? Você era a primeira a se empolgar com peças de teatro e roteiros. Todo mundo sabia disso!
   – Sério? – Manuela riu, mordendo o lábio inferior, parecendo ligeiramente sem graça.
   – Não se faça de desentendida, por favor! – a repreendi, docemente – Por falar nisso, você falou que seus pais sonham que você faça advocacia... Como eles estão, hein? Você tem falado com eles?
   – São meus pais. Como poderiam não morrer, se eu ficasse sem me comunicar? – ela fez graça, antes de considerar minha pergunta seriamente – Eles estão muito bem, aparentemente. Sempre perguntando quando eu pretendo voltar para casa. Aliás, minha mãe quase enlouqueceu quando eu falei sobre dar um tempo antes de pensar em faculdade. Mas acho que meu pai entendeu que eu iria surtar se tivesse que continuar carregando tudo nas costas e acalmou a senhora ansiedade. Mas... E quanto aos seus pais, hein? Eu sinto falta deles e do modo como seu pai implicava com Lucas, às vezes.
   – Eu também! – suspirei, lutando para afastar as memórias da minha fácil vida brasileira – Mas... Eles estão bem, até onde eu sei. Minha mãe provavelmente está, nesse exato momento, vasculhando todas as minhas redes sociais e sites do mundo e meu pai se queixa vez ou outra que a esposa deixou que a filha crescesse antes da hora, mas eles estão bem. É só drama familiar, mas acho que no fundo, estão orgulhosos!
   – Eu, definitivamente, entendo!

   Manuela voltou a me ignorar discretamente, enquanto fechava a gaveta, tendo feito nada mais do que retirar algumas roupas de lá. Em seguida, ela passou para as portas do armário e começou a retirar algumas coisas dos cabides. Provavelmente, a mesma não se lembrava de que eu a conhecia fazia anos e, como ela não poderia ser falsa e fingida o tempo todo, eu tinha como saber de todas as manias dela. Inclusive essa de se ocupar com alguma coisa, quando não consegue encarar algum assunto. Ou alguém.

   Porém, apesar de sua atitude fechada, eu ainda tinha consciência de que não estava ali por motivos banais ou mesmo para discutir sobre o futuro de minha amiga. Aquilo era basicamente uma pesquisa de campo e a única coisa que realmente interessava era saber com que tipo de inimigo eu estava ligando. Mesmo que fosse muito difícil seguir em uma questão mais pessoal do que apenas estudos.

   – Manuela... E quanto ao Ryan? – soltei rápido demais, antes que eu pudesse fraquejar como a covarde que era.
   – O quê?

   De repente, eu senti a atenção alheia sobre mim novamente. Manuela parou de olhar uma blusa em suas mãos e virou-se para mim, subitamente. Havia uma clara surpresa em meus olhos, mas eu não tinha como saber se era pela pergunta que eu havia feito ou pelo simples fato de eu perguntar aquilo. Não desconfiei de sua reação, afinal, ela não era a única a ficar chocada com tal coisa saindo por entre meus lábios.

     Você... Sente falta dele? – insisti.
   – Eu...

   Ela se interrompeu, suspirando. Em seguida, a blusa em suas mãos se embolou suavemente, enquanto ela a jogava em uma possível bagunça futura naquele armário. Já estava considerando a hipótese de que ela simplesmente não iria responder – falta de educação seria algo banal depois de todos os crimes morais que a mesma já cometeu – e eu estava prestes a mudar de assunto, afinal, se ela sentisse que eu realmente estava querendo esfregar um pouco de vergonha e culpa em sua cara, talvez eu acabasse sendo expulsa dali. Porém, antes que eu pudesse dizer outra coisa, a resposta inesperada foi pronunciada devagar.

   – Na verdade, não. – admitiu, mostrando mais uma vez que é uma cobra, destruidora de corações – Acho que... Ele não era para mim. Eu estou melhor sem ele!
   – Talvez, esteja! – sussurrei, começando a me sentir envergonhada por tanta mentira em uma só conversa.

   Sinceramente, me arrependi de ter feito aquela pergunta, logo após ouvir a resposta. Isso porque era horrível ter que ouvir aquele mar de besteiras, sem poder revidar da maneira que gostaria, sem poder dizer umas verdades na cara daquela garota, que aparentemente estava achando que o mundo girava ao seu redor. Como alguém poderia ser tão rasa a ponto de se aproveitar de um garoto durante anos, para depois vir com uma conversa idiota de que “ele não é para mim”? Por quê? Garotos verdadeiros e descomprometidos não fazem seu tipo, querida?

    “E foi por isso que você decidiu roubar o Justin agora?”      
 
   Precisei morder a língua para não soltar essa acusação disfarçada, afinal, a última coisa que eu queria era que Manuela notasse meu desespero em relação a isso, porque – por algum possível retardo mental – eu ainda tinha a ligeira impressão de que ela estava se aproveitando da situação para se mostrar superior a mim. Eu não poderia fazê-la pensar que por algum motivo estaria certa quando a esse estúpido pensamento. Afinal, o meu orgulho parecia ser a única coisa a qual eu ainda podia me agarrar firmemente.

   Tentei organizar tudo o que havia ouvido até então. Todas as palavras que eu havia absorvido naquela curta conversa se encaixavam devagar em meus pensamentos.  No começo, ela ainda continuava parecendo a mesma Manuela indecisa e sonhadora de sempre, como eu sempre a vi. Mas, por que tinha que mudar tão subitamente? Por que ela não podia simplesmente continuar sendo a mesma garota histérica e surtada, sempre com suas certezas ilusórias? Qual era a dessa nova onda de clichês, como “ele não era para mim”?

   – Manuela... Você está feliz? – substitui minha acusação anterior para uma pergunta de sentido mais amplo.

   Minhas palavras saíram em um sussurro tão baixo que, se não fosse pela hesitação indiscreta de Manuela, eu teria achado que não fui ouvida. Porém, ao contrário de minhas impressões tolas, Manu pareceu compreender perfeitamente minha pergunta e, talvez, até não gostar de como aquilo soava. Não era como se eu quisesse provar para ela mesma que algo estava errado, mas sim ter a certeza de que, por algum estranho motivo, eu era a única insatisfeita nessa história. E, ainda assim, eu esperava cegamente estar errada.

   Mas não estava.

   Eu poderia até pensar sobre essa possibilidade de acordo com a hesitação da outra garota presente no quarto, mas logo Manuela se virou para mim, com uma expressão aparentemente íntegra. Sua resposta não seria nada, se não fosse pelo modo como ela olhava fixamente em meus olhos ao dizê-la...
 
   – Por que não estaria?

   Precisei de um minuto para engolir o pequeno sorriso de canto dela e, só então, formulei uma resposta montada e clichê.

   – É... Você parece bem mesmo! Mas eu não estou! – essa verdade saiu sem querer e, em um surto de adrenalina, me apressei para consertá-la – Só vou ficar realmente bem, depois de uma longa e ininterrupta noite de sono... Acho que já está mais do que na hora de eu ir para o meu quarto, não? Então... Te vejo amanhã?
   – Acho que sim! – ela riu, mais leve – Afinal, nós estamos ficando na mesma casa...

   Mas eu ainda tenho esperanças de que você pegue um avião ainda essa noite e suma da minha vida para sempre, sabia, queridinha?

   Coloquei um sorriso mal feito no rosto, antes de me levantar da cama e me por a caminho da porta, enquanto ainda era observada por Manuela. Dessa vez, acabei não me importando com nada além dos meus passos pelo chão, já que estava incrivelmente ansiosa para sair daquele quarto, que mais parecia uma rede de mentiras. Estava começando a ficar preocupada que acabasse ficando como ela, se passasse mais tempo ali. Como se o cômodo tivesse de culpa de estar sobre a posse de uma pessoa desse tipo... Coitado!

   – E você?

   Eu já estava prestes a tocar a maçaneta da porta, quando a voz ainda doce da minha ex-amiga ecoou em meus ouvidos novamente. Era tão mais estranho do que deveria ser e, ao mesmo tempo, tão familiar que me fazia sentir culpada de pensar qualquer tipo de ironia sobre ela.

   – O que tenho eu? – perguntei, dirigindo-lhe minha atenção, mas já com a mão sobre a maçaneta, pronta para uma saída estratégica.
   – Você está feliz?

   “Felicidade? É algo de comer? Se for, por favor, me dê a receita, porque acho que já faz um longo tempo desde que eu provei esse sabor, pela última vez...”. Foi a primeira coisa que pensei em responder, mas definitivamente não era a mais sensata. Eu não estava tão desesperada a ponto de abandonar meus princípios e dividir minha melancolia com alguém. Ainda mais quando esse alguém era culpado por grande parte disso.

   Era tão perverso ela me perguntar isso. Porém, embora eu tivesse a certeza de que ela já sabia a resposta e estava apenas me testando, havia ainda uma curiosidade tão intensa em seus olhos que se tornava quase dolorida. Doía saber que aquela garota que me costumava me conhecer como nenhuma outra, agora tinha dúvidas de todo o mal que estava me fazendo. De todas as coisas pelas quais ela passou comigo, eu sinceramente pensei que ela nunca usaria nenhum dos meus pontos fracos contra mim. Mas, aparentemente, era mais outro item sobre o qual eu estava enganada.

   – Sim. – menti, sendo muito pouco convincente – Eu acho que sim!
   – Que bom! – o seu sorriso dessa vez fora muito mais forçado do que em qualquer outra – Hã... Boa noite!

   Assenti, saindo do quarto logo em seguida, com a consciência de que eu não aguentaria ficar ali nem mais um minuto. Pelo menos, não depois de dizer uma das maiores mentiras da minha vida. E, para dizer a verdade, eu não sabia do que estava mais envergonhada: de estar mentindo ou de ser uma mentirosa tão ruim, que provavelmente o meu “sim” fora como levantar a plaquinha de que eu estou prestes a entrar em depressão.

   Mas, a coisa que mais me envergonhara mesmo era saber que não fui capaz de fazer a pergunta que mais me incomodava, que mais sufocava e me fazia sentir como se eu estivesse em um universo paralelo. A coisa que eu considerava mais necessária saber era... Se minha “melhor amiga” estava feliz – ou satisfeita – em não se importar mais comigo. Provavelmente, sim. Ela deveria estar muito realizada em ter se livrado de um peso como eu.

   E, talvez, seja isso que eu precise tanto fazer. Parar de me importar!
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   Awn, capítulo 8, gatinhas :)
Avisinhos básicos:
   1)* A música desse capítulo foi por conta de uma leitora linda que disse que lembrou da Manuela ao ouvir essa música (hahaha, que maldade!) e... Eu decidi colocá-la, porque meio que combina, né? Hahahaha Concordam ou...?
 
   2) Visitem o blog dessa princesa aqui. Ela começou há pouco tempo e vocês sabem como o incentivo no começo é imporntate, não é? So let's go!
http://allanabelieber13.blogspot.com.br/

   3) O capítulo de hoje é dedicado para a minha sister perfeita (manda beijo, Rafa! ksopakpsaoksk), que lê a fic há muito, muito tempo e eu sempre estive enrolando para dedicar capítulo para ela. Mds, que sis relapsa que eu sou! kspoakpaoksoksa Te amo, neném! :)

   4) Bad news, lindas. Como eu coloquei na agendinha aí do lado, minhas aulas começam amanhã, o que significa: Adeus, tempo! Adeus, escrever o tempo inteiro! Adeus, liberdade! Adeus, tudo! ksopakspakaoskk Eu, obviamente, vou tentar me centrar para não enrolar demais para postar, mas, entendam que esse ano PARA MIM vai ser muito complicado, com trocentas coisas ao mesmo tempo e... Eu vou precisar de um pouquinho da compreensão de vocês, ok?

   Por hoje, é só! Amo vocês demais! :)

8 comentários:


  1. Leitora Nova :))'
    A fic ta perfeita... Uma das únicas que já me fizeram chorar
    Neste momento estou com com raiva de uma tal Manuela- kkkkkkkk'
    Sou sua Fã
    Grazi

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  2. Ameeei! Me ajuda a divulgar meu blog por favor? Obrigadinha *--*
    www.justimaginewithme.blogspot.com.br

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  3. eu EXIJO que você continue senão vou na sua casa com a cabeça da medusa e lhe transformo em estátua u.u

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  4. Pelo meu grau de depressão por causa da saudade vou reler os capitulos em q eu era feliz com meu Justin e a cobra da Manuela não atrapalhava minha vida feliz antes daquele maldito acidente acontecer.
    Adeus mundo *--*

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  5. precisamoos dela flando mais com o justin ae eu quero ve! ODKEKDEKDOPEK

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  6. que perfeito
    esta sem dúvida foi a melhor IB que eu já li
    Continua, please...

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  7. Carol (@JustinBaldwin)14 de abril de 2013 às 21:57

    Aeeeee! Consegui, sua julilover ta de volta! (Ou ao menos, conseguiu dar uma atualizada nos capitulos kkkk) Awn, tava morrendo de saudade de dizer isso Juli... CONTINUAA! ;) Bjssss! <333

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